sábado, 9 de janeiro de 2010

Turbulence, tradução

Uma nova fic. Acho que foi uma das primeiras que eu li ;D Se chama "Turbulence" e é de autoria da Joise. Mais uma vez, os personagens não pertencem a mim...(ah, vocês já sabem do resto).

Turbulência
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Torre do Relógio

Oliver Queen estava irritado. Irritado não era a exata definição do que ele estava sentindo. Ele estava furioso e ofendido por uma certa loira que já tinha sido uma repórter, depois parceira e depois torre de vigilância. Ele andava de um lado pro outro num estado incansável que qualquer um poderia confundi-lo com um animal enjaulado apenas esperando para escapar. Ele urrou em frustração quando a megera atendeu o telefone apenas pra desligar na cara dele em seguida;

“Chloe…” Ele apertou o botão de rediscagem enquanto esse pequeno jogo que ela jogava despedaçava com seu último nervo.

“Não...”

Ele atirou seu telefone contra a parede liberando um grunhido primitivo de seu peito. Ele pegou o celular número dois do seu bolso. “Ela não tem esse número, certo?” Estava tão concentrado na ligação que não ouviu a porta abrindo.

“Nós...”

“Você poderia...”

“Deus...”

“Você...”

“H...”

Oliver sentiu alguém tocar seu ombro. Ele se virou rapidamente e não se deu ao trabalho de ocultar seu desapontamento quando viu Clark Kent e não a pessoa com quem ele estava tentando falar na última semana. Oliver estendeu as mãos e sinalizou pra que Clark entregasse seu celular.

“Clark entregou sem questionar e observou, divertido. Ele nunca pensou que veria o dia em que Oliver Queen
tinha que se esforçar tanto pra conseguir a atenção de uma mulher. Clark não sabia quem era ou o que ele tinha feito pra ela, mas isso não o impedia de aproveitar o show. Clark viu o sorriso de um milhão de watts aparecer no rosto do Oliver, ele havia conseguido falar com quem quer que fosse.

“Ei, eu preciso... Filha da mãe!” ele gritou ao telefone, “Ela desligou de novo!” Ele jogou o telefone do Clark por cima do ombro enquanto ia pegar o telefone fixo.

“Ei, cuidado,” Clark disse pegando o celular, “Alguns de nós não temos bilhares de celulares a nossa disposição.”

“Você falou com a Chloe recentemente?”

“Sim, esta manhã,” Clark disse “Tá acontecendo alguma coisa?”

“Claro que ela está falando com você,” Oliver murmurou ignorando a pergunta de Clark. Ele não sabia porque estava recebendo o “tratamento silencioso” dela. Por falar nela, ele deixou um recado em sua caixa postal de novo “Chloe, é o Oliver de novo,” ele disse, tentando não deixar a raiva transparecer no seu tom de voz, “me ligue quando você ouvir isso e caso você tenha se esquecido no meu número, é 555-1030.” Ele desligou o telefone e olhou pro Clark, “O que eu posso fazer por você Clark?”

“Por que você está tentando falar com a Chloe?”

“Eu duvido seriamente que foi por isso que você veio,” Oliver respondeu, “ Então eu repito, porque está aqui?”

“Eu…” Clark foi interrompido quando o telefone do Oliver tocou. Clark observou Oliver procurar o celular na mesa.

“Já era hora,” ele reclamou com quem ligava e não escondeu o sarcasmo da voz quando continuou a dizer, “Você esqueceu meu número...” Seu semblante se transformou de esperançoso em desapontado enquanto ele desligava.

“Eu beijei a Lois,” ele disse do nada ao seu amigo. Ele estava criando coragem já tinha uma semana pra contar a Oliver. Oliver olhou pra ele com um olhar de ‘e eu me importo porque’ e de repente Clark estava pensando no porque tinha demorado tanto pra contar pro Oliver se essa era a reação dele. Clark esperou mais uns segundos que ele o respondesse e parasse de ligar repetidamente pra alguém, “Eu beijei...”

“Eu ouvi da primeira vez,” Oliver respondeu sem tirar os olhos do telefone, “O que eu não entendo é porque você está me contando isso?” Ele pressionou rediscar e colocou o telefone no ouvido.

“Eu ouvi…” Clark tentou dizer mas foi interrompido por Oliver.

“Chloe...”

“Você pode desligar o telefone por um segundo e me escutar?” Clark exigiu. Oliver levou as mãos ao alto em sinal de que se rendia momentaneamente. “Eu ouvi o que você disse a Lois no encontro.”

“Eu já sou bem grandinho, Clark,” Oliver retrucou. “E eu estou bem com isso. Como eu disse pra Lois quando saímos de perto das câmeras pra terminar nossa conversa.” Ele não tinha certeza do que o deixava com mais raiva, Chloe o ignorando ou Clark tentando abrir uma ferida antiga.

“Oliver, você não está bem,” Clark disse enquanto via Oliver jogar seu celular na parede. Ele usou sua super velocidade pra pegá-lo antes que se esmagasse contra a parede. Ele mostrou o celular pra Oliver como se fosse prova de como ele não estava bem.

“Eu não me importo com o romance que surgiu entre você e a Lois.” Oliver retrucou indiferente, “ O que eu preciso saber é porque Chloe Sullivan passou a ultima semana ignorando minhas ligações ou desligando na minha cara quando ela raramente atende o telefone!”

“Eu não sei,” Clark disse, “é a primeira vez que ouço algo sobre isso.”

“Isso é um consolo...”

“Não falamos de você a não ser que ela fale do assunto,” Clark disse,” E nas raras ocasiões que falei foi quando você estava no modo de autodestruição.” Clark o viu pegar a jaqueta e ir em direção a porta. “Onde você vai?”

“No orelhão do outro lado da rua,” ele disse, “talvez se eu disfarçar minha voz dessa vez eu consiga ao menos falar uma frase inteira antes dela desligar o telefone.”

“Você já tentou apenas ir lá?”

Oliver se virou pra olhar de cara feia pro homem mais novo como se ele fosse o maior idiota do mundo por sugerir aquilo. Quando ele saiu, no entanto, foi em direção ao seu carro estacionado na frente do prédio ao invés do orelhão do outro lado da rua.

Clark observava da sacada enquanto Oliver ia pra torre de vigilância. Ele queria saber o que estava incomodando Oliver e se ele estava descontando sua frustração com Lois e ele na Chloe ou se foi algo que Oliver fez para parar na lista negra da Chloe. Um arrepio passou pela sua espinha pela mera lembrança da vez que ele estava na lista negra da Chloe.

Fundação Isis

Chloe ouviu seu celular tocar The Joker, de Steve Miller. No mesmo instante que a música acabou começou a tocar de novo. Toda vez Oliver Queen aparecia no identificador de chamadas. O problema era que quando ele ligava para o fixo ela tinha que atender para o caso de ser Lois, Clark ou qualquer outro membro da Liga. Se ela ouvisse a voz do Oliver, ela desligava na cara dele e ignorava as cinco ligações seguintes até ela ouvir The Joker de novo, aí ela sabia que era seguro atender o outro telefone

“Knock, knock”

“Hei Lois,” Chloe disse no meio do barulho.

“Alguém está bem popular hoje,” Lois observou enquanto a música sem fim tocava várias e várias vezes. Ela viu Chloe atender o telefone e silenciar a chamada. Chloe pressionou mais alguns botões e colocou o celular na mesa. Um segundo depois Dancing Queen começou a tocar. Lois arqueou a sobrancelha, questionando Chloe.

“Eu estava cansada de ouvir The Joker,” Chloe respondeu sua pergunta silenciosa, “Eu sei que eu deveria colocar pra vibrar mas eu não tenho nenhum bolso e estou esperando uma ligação importante.

“É por isso que você não atende nenhuma chamada?” Lois indagou, “Porque eu tentei falar com você o dia inteiro.”

“O que posso fazer por você, Lo?” Chloe perguntou. Ela notou que quando seu telefone tocou de novo Lois esfregou suas têmporas. “Você tá legal?”

“Atende o maldito telefone!” ela gritou. Lois não teve a intenção de perder a cabeça mas ela realmente acreditava que um telefone tocando devia ser atendido... especialmente um que tocava sem parar;

“Alô?” Chloe disse numa voz assustada obedecendo ao comando de Lois.

“Parceira...”

Chloe desligou o telefone e ouviu ele tocar de novo. Ela olhou pra Lois e decidiu que talvez seria melhor colocar o telefone no silencioso enquanto ela estava lá.

“Qual é o problema com essas ligações constantes?”

“Eu não quero falar com essa pessoa e imaginei que depois de um dia dando gelo nela, ela iria desistir,” Chloe explicou à prima. Ela não queria contar pra Lois quem era ou porque ela estava com raiva dessa pessoa.

“Então mais umas horas disso e você acha que essa pessoa vai desistir?” Lois perguntou, imaginando como isso ainda não tinha enlouquecido Chloe.

“Bem, isso foi o que eu pensei uma semana atrás, agora ele é apenas um bastardozinho persistente.”

“Uma semana!” Lois exclamou, “Chloe, fale com essa pessoa. Quem quer que ela seja, uma semana quer dizer que é importante...”

“Lo...”

“Não vem com essa de ‘Lo’ pra cima de mim e atende o maldito telefone… porque o maldito telefone parou de tocar?” Ela finalmente notou que não havia mais um telefone tocando.

“Eu coloquei no silencioso pra você,” Chloe disse direcionando sua atenção a Lois. “Então, o que aconteceu? Você tinha aquele sorriso de um milhão de dólares quando entrou por aquela porta.”

Lois abriu a boca pra contar pra Chloe quando o telefone da Isis tocou. Chloe murmurou uma desculpa pra Lois enquanto caminhava pra sua mesa, “Fundação Isis, Chloe falando.”

“Chloe, não ouse desligar o telefone,” A raiva de Oliver podia ser ouvida em seu tom.

“Eu nem sonharia com isso” Ela disse virando-se para olhar pra Lois, “Espera apenas um segundo e eu poderei atender sua ligação.”

“Okay,” Oliver disse hesitante, sem realmente acreditar que ela finalmente iria falar com ele. Ele esperou uns segundos que Chloe terminasse o que quer que ela estivesse fazendo.

Chloe tapou com as mãos o microfone enquanto entregava o telefone a Lois, “É pra você,” ela disse, “Você pode trancar a porta quando terminar? Tive um dia bem longo.”

“Claro, prima,” Lois disse pegando o telefone, “Alô?”

“Quem é?”

“Quem é?” Lois perguntou confusa. Como podia a pessoa não saber com quem ela pediu pra falar, “Oliver?”

“Lois?” Oliver disse ao mesmo tempo que ela dizia o nome dele.

“ Não se faça de surpreso,” Lois disse a ele, “Você que ligou aqui atrás de mim... Espera, como você sabia que eu estava aqui?”

“Coloque a Chloe na linha,” Oliver instruiu.

“Seu grosso, você ligou pra mi…”

“Eu liguei pra Chloe,” Oliver disse num tom autoritário, “Coloque-a na linha Lois. Estou cansado desse joguinho.

“Ela foi embora,” Lois respondeu, percebendo pelo tom de voz dele que era ele que ligava pra Chloe constantemente, “Ela me disse que era pra mim e me pediu pra trancar tudo depois.”

“Pra onde ela está indo?”

“Não faço idéia,” ela respondeu sinceramente, “Você está bem?”

“Não, eu não estou bem.”

“Alguma coisa que eu posso fazer?” Lois perguntou.

“Sim,” Oliver afirmou, “Da próxima vez que você ver sua amada prima, cole-a numa cadeira com super bonde, seguido de fita adesiva e de uma corda. E depois me liga.”

Lois deixou escapar uma risada por seu humor sarcástico, “Sério, o que eu posso fazer?”

“Eu estava falando sério.”

Antes que Lois pudesse responder ela ouviu o tom de discagem. “O que diabos está acontecendo?” A irritava o fato dela ter que perguntar usso. Ela estava com raiva porque ela ainda não sabia a resposta. “O que você está escondendo de mim, Chloe?” ela perguntou, trancando as portas e indo procurar sua prima pra exigir umas respostas. Depois ela contaria sobre o encontro que ela tem com o Clark amanhã.


Torre de Vigilância

Chloe chegou à torre de vigilância em tempo recorde. Ela rapidamente trancou a porta atrás dela, na esperança de manter certo herói de couro verde longe de sua casa. Ela estava com raiva dele. Ele a havia magoado e ela estava cansada de ser magoada pelos heróis em sua vida. Primeiro Clark, agora Oliver. Chloe subiu a escada em espiral pra sua casa. Ela ouviu seu celular tocar de novo enquanto o atirava na mesa de café. Ela sentou no sofá e esfregou suas têmporas imaginando quando ele iria desistir. Seu telefone tocou de novo e ela deixou escapar um pequeno grunhido.

“Alô?” uma voz familiar disse, “Ei Chloe, é o Oliver.”

Chloe olhou pra cima pra ver que Oliver tinha o telefone dele no ouvido direito e o dela no esquerdo.

“Oliver, eu estava mesmo querendo retornar suas bilhares de ligações,” ele respondeu num tom agudo.

“Mesmo?” Oliver exclamou com sua própria voz, “Porque por um segundo eu pensei que você estava me evitando.”

“Mas eu estava mesmo,” Oliver respondeu na sua voz aguda

Chloe encarou Oliver e pegou seu celular de volta.

“Viu como isso foi fácil, Chloe?” Oliver disse a ela enquanto Chloe jogava o celular no sofá e se recusava a reconhecer sua presença verbalmente. “A garota com opinião pra tudo não tem nada a dizer?”

“Primeiro, eu sou uma mulher e não uma garota.”

“Então comece a agir como uma mulher ao invés de como uma criança!” Ele sibilou. Ele não conseguia parar com aquilo, sentindo sua raiva crescer dentro de si.

“Talvez eu estivesse muito ocupada pra te atender,” ela retrucou berrando, “Ou isso sequer passou pela sua cabeça?”

“Eu pensei até você começar a desligar na minha cara,” Ele gritou de volta. Ele prometeu a si mesmo que ficaria calmo e de cabeça fria quando ele finalmente conseguisse falar com ela. Agora parecia que eles estavam numa disputa de quem conseguia gritar mais alto. Ele orou silenciosamente ao senhor todo-poderoso que os vizinhos dela não os ouvissem e chamassem a polícia. A última coisa que ele precisava era ter seu nome associado à perturbação doméstica.

“Bem, talvez eu não quisesse falar com você!” Ela gritou com ele, sua voz aumentando. Ela estava com raiva e Oliver parecia um cachorro sem osso. “Porque ele não pode simplesmente me deixar sozinha?” Ela pensou.

“Qual é o seu problema?” ele aumentou o tom de voz com ela, esquecendo-se do fato de que ele ansiava por resolver a situação.

“VOCÊ!” ela gritou, “Você é o meu problema, seu bastardo ingrato! Eu estou tão cansada de ser tratada como a merda debaixo do seu sapato!” Ela só conseguia ver vermelho. Ela deu um forte tapa na cara dele antes que seu cérebro sequer processasse a idéia.

Silêncio. A sala ficou em completo e profundo silêncio. Um momento antes, tudo que podia ser ouvido eram suas vozes. Agora um alfinete caindo podia ser ouvido a metros de distância. Os olhos da Chloe arregalaram-se e suas mãos imediatamente foram à sua boca, como se ela estivesse tentando evitar que outras palavras escapassem sem o seu consentimento. “Eu acabei de dizer isso em voz alta?” ela ponderou consigo mesma, “Eu realmente acabei de dar um tapa na cara de Oliver Queen... bem forte?”
Oliver encarou de volta a mulher igualmente surpresa. Sua bochecha doía do tapa e ele levou a mão ao seu rosto ferido. Se tivesse sido qualquer outra pessoa ou em qualquer outro momento, ele teria dado a ela o devido crédito por um bom tapa. Mas não era o caso. Ele abriu a boca pra falar, mas não conseguia encontrar as palavras. Depois da terceira tentativa falha, ele optou por apenas olhar para Chloe enquanto sua mão caia do seu rosto. Oliver não sabia o que dizer ou fazer. Se ele negasse, isso iria acabar com a disputa de gritos? Havia alguma verdade em suas palavras? Ele já não conseguia pensar direito.
Chloe desejou mais que qualquer coisa que seu poder fosse o teletransporte. Porque ela adoraria se teletransportar pra longe daquela situação. Ela estava brava, mas não tão brava pra justificar o tapa que dera em Oliver.
Ela podia ver sua bochecha um pouco vermelha do seu ataque. Ela estava furiosa com esse homem havia uma semana, desde que Lois contou pra ela, numa linha tênue entre contar e gabar-se, sobre o que o Oliver havia lhe dito. Ela podia sentir as lágrimas enchendo seus olhos e virou-se para deixá-las caírem. Ela estava cansada, cansada daquilo tudo. Ela estava cansada de ser deixada de lado pelas pessoas em sua vida, de ser usada e descartada de acordo com seus caprichos. Ela estava cansada de ser considerada uma cidadã de segunda classe pelas pessoas em sua vida.
Oliver não sabia ao certo como reagir ao que estava acontecendo. Ele a julgou de uma forma que seria digna de outro tapa na cara quando ele viu suas costas subirem e descerem dos seus soluços; Ele deu dois passos e a envolveu em seus braços; segurando-a firmemente em seu abraço, protegendo-a do mundo cruel, mesmo que isso acontecesse de ser ele mesmo naquele momento.

“Chloe,” ele sussurrou.

Ela não conseguia responder de medo do que ou como ela iria responder, ela apenas chorou mais. Oliver Queen estava consolando-a depois do que ela fez com ele. Ela sentiu seus braços a apertarem e seu queixo apoiar-se na cabeça dela.

“O que há de errado, parceira?” ele perguntou gentilmente.

Seu corpo ficou tenso quando ele a chamou de ‘parceira’. Era apenas um apelido que ele deu a ela pelo que ela era para o Clark e agora pra ele. Sua raiva ressurgiu e ela levou as mãos ao peito dele, tentando empurrá-lo. “Não me chame disso!” ela sibilou, notando a surpresa na voz dele em seguida.

“Qual é o seu problema?!” ele a perguntou, “Já sei: eu,” ele respondeu cortando-a, “mas o que em mim está fazendo sua irmã gêmea malvada aparecer e brincar?” Ela o encarou. “Desculpa, isso foi uma coisa estúpida de se dizer,” Oliver desculpou-se, “mas você precisa falar comigo.”

“Lois me contou.”

“Lois te contou o quê?” Ele perguntou, tentando obter mais informações dela.

“Ah, você sabe!”

“Deus do céu!” Oliver disse levando as mãos ao alto enquanto sua paciência diminuía a cada segundo, “Se eu soubesse não estaria perguntando!”

“Ela me contou o que você disse pra ela” Chloe gritou pra ele.

“Eu digo um monte de coisas pra ela, parceira,” Oliver disse num tom de voz igual, esperando manter a disputa de gritos, “você terá que ser mais específica.”

“Semana passada eu tive que ouvir Lois me contar tudo sobre o beijo dela com Clark.” Ela desviou o olhar.

“E você está com raiva de mim por isso por que...”

“Depois ela me contou sobre como você professou seu amor por ela,” Chloe continuou, “Como quando você estava nas profundezas do seu modo de autodestruição, foi ela quem te salvou. Foi ela que te trouxe de volta daquela viagem em terceira classe de pena de si mesmo!

“Sim...”

“Você me disse que eu te conhecia melhor que ninguém! Que tinha sido eu a ir aos lugares mais profundos e sombrios e te trazer de volta. Eu! Você disse que fui eu!” Chloe respirou fundo e sua expressão de mágoa apenas se intensificou. “Você disse que eu o salvei, tanto o homem quanto o mito. Você disse que fui eu.”

“E foi...”

“Então porque Lois leva o crédito?!” ela berrou com ele. “Eu estou tão cansada de ser tratada como um nada. De ser usada quando você precisa de mim e esquecida quando não precisa!” Ela o viu abrir a boca e o cortou. “Com Clark, eu tinha que viver sob a sombra da Lana. Ele me mantinha por perto como sua ferramenta de busca pessoal.”

“Chloe isso está tão longe de ser verdade..."

“Mas não podia confiar nada a mim. Eu descobri o segredo dele.”

“Como você fez comigo...”

“E eu o guardei, não importando os riscos pra mim!” ela continuou a falar. “Era pra eu ser repórter no Planeta Diário. Trabalhei duro pelo meu sonho e fui despedida protegendo Clark enquanto Lois apenas pisca e agora ela é uma jornalista séria” ela disse ‘jornalista séria’ num tom de deboche, “ensinando Clark a ser um jornalista. Tá brincando com minha cara?!”

“Eu…”

“Eu já ensinei isso a ele! Eu! Ainda no ensino médio, quando ela provavelmente ainda nem sabia o que era uma notícia e muito menos um jornal!” ela respirou fundo e o encarou, “E você sabe a parte mais irônica disso tudo?”

“Qual…” Ele se sentia como se devesse estar pressionando rediscar, já que ele estava falando pessoalmente o mesmo tanto que falava no telefone.

“Ela nem sabia que você estava passando pelo seu próprio inferno pessoal!” ela gritou com ele, “Enquanto eu fazia planos pra tentar te tirar daquilo tudo. Deus sabe o que ela estava fazendo! Ela invade seu computador porque ela sabe a senha, seu idiota. Anotada num papelzinho, sério? Você realmente não mudou a senha e deixaria uma jornalista ver seus arquivos?”

“Eu vou…”

“Ela dá de cara com o vídeo e decide te ‘confrontar’, ela disse gesticulando as aspas com as mãos, “para o caso de você ter esquecido foi no mesmo momento que eu tinha você trilhando o caminho pra encontrar o herói dentro de você. Eu coordenei e arranjei tudo pra ter certeza que você estaria seguro.”

“Chloe,” ele disse suavemente.

“Não vem com ‘Chloe’ pra cima de mim,” ela disse enquanto a raiva transparecia e as lágrimas se formavam de novo, “Você não pode ser o herói aqui.” Ela apontou um dedo acusador pra ele. “E eu não estou sendo uma garotinha estúpida chorando porque não teve o devido reconhecimento. Eu estou cansada de ser usada e abusada por todos os heróis da minha vida.”

Oliver olhou pra ela, olhou de verdade pra ela e finalmente viu o que ele estava muito ocupado pra notar antes: alguém que acreditava no que fazia e não pedia crédito. Ela daria tudo pelas pessoas em sua vida e suprimiria seus sentimentos, de ser negligenciada e indesejada, mascarando-os com um sorriso. Ele estava vendo agora a Chloe por trás da máscara de Torre de Vigilância.

“Não me arrependo das decisões que tomei na minha vida,” Chloe disse, “Eu sabia que o herói ainda estava em você e trabalhei duro pra que você pudesse ver que ainda é o Arqueiro Verde.”

“Você fez isso mesmo.”

“Você não quer dizer Lois?” ela retrucou amargamente enquanto a primeira lágrima caía, ela a secou e virou-se um pouco para não ser vista, “ E quando você descobriu que havia sido eu. Você me deu aquela Rainha estúpida...”

Ele acompanhou seu olhar e viu a peça de xadrez que ele deu a ela uma semana atrás, junto com uma foto dela e da liga num piquenique improvisado por ela pra fazer com que eles soubessem o quanto eles eram apreciados por serem eles mesmos. Oliver não conseguia lembrar-se da última vez que ele se sentiu tão mimado em boa companhia, na companhia deles, sem planejar a próxima estratégia. Chloe deu isso a eles, para que soubessem que podiam ser mais do que companheiros de um mesmo time, podiam ser amigos também. A dor em sua voz o trouxe de volta para a loira em sua frente.

“…E você me disse que eu salvei você. Eu, Chloe Sullivan, salvei um dos meus heróis.” Pelo canto do olho ela podia ver a mágoa e a preocupação no rosto de Oliver. “Isso fez cada um dos sacrifícios que eu fiz por você, pelo Clark, por Bart, AC e Victor muito mais significativo porque eu era parte de algo. Eu não era mais a observadora externa, eu estava entre os meus colegas.” Ela pausou por um momento antes de olhar pra ele com os olhos mais magoados que Oliver já vira na vida. “Você tem idéia do tanto de coisa que eu abri mão? Minha carreira, minhas esperanças, meus sonhos, literalmente minha vida e Jimmy. Eu abri mão de tudo por algo que era maior que eu mesma.” Seus olhos se estreitaram com a próxima frase, “Pra depois ter isso tomado de mim por Lois, de todas as pessoas; isso machuca além do que eu consigo te dizer. De repente Clark Kent e Oliver Queen eram a mesma pessoa.”

Oliver olhou pra ela com uma expressão confusa. Ele não sabia o que isso queria dizer por que ele tinha certeza que não era pra ser um elogio. O que ele sabia sobre Chloe e Clark é que eles eram melhores amigos... O laço entre eles parecia ser indestrutível.

“Facilmente colocada de lado pela pessoa que eles clamam amar ou com qualquer outra que queiram transar dessa vez,” Chloe sussurrou enquanto se virava completamente de costas pra ele, “Eu não devia ser facilmente substituída, ninguém devia.” Ela não percebeu que ele estava na frente dela até que sentiu a mão dele segurando seu queixo, forçando-a a olhar pra ele. Ela arrependeu-se de olhar porque tudo que ela viu foi pena olhando de volta pra ela. “Não me olhe assim,” ela disse se afastando,

“Assim como?”

“Como se eu fosse uma dona de casa patética que está se sentindo não amada e não apreciada pelo seu marido e precisa de confirmação de que está fazendo um bom trabalho.” Ela o explicou enquanto por dentro ela sentia repulsa pelo estereótipo usado, “porque nós dois sabemos que eu faço um pouco mais do que cozinhar e limpar aqui. E também sabemos que eu salvei seu traseiro rico em mais de uma ocasião!”
Oliver não sabia o que dizer a ela ou à imagem na sua cabeça dele chegando em casa encontrando Chloe todo dia depois de um dia difícil no escritório ou na patrulha. Ele sacudiu a cabeça pra se livrar da imagem e olhou pra Chloe. Ela estava de costas pra ele, mas ele notou que ela estava tentando esconder dele que estava chorando de novo. Ele gentilmente colocou as mãos em seus ombros. Quando ela não o rejeitou, ele lentamente a girou. Ele olhou pra baixo e secou as lágrimas dos olhos dela com o polegar. Oliver foi ainda mais longe, trazendo-a para seus braços e a abraçando forte. Ele não sabia por quanto tempo ele ficou lá a abraçando, mas notou que a respiração dela ficou mais calma e que ela fungava de vez em quando. Oliver não queria nada mais do que a proteger da crueldade do mundo. Ele não conseguia acreditar que essa era a mesma mulher que fez com ele procurasse palavras no dicionário porque ele não tinha palavras pra descrever o que ela estava fazendo ele sentir.

Chloe se sentia ridícula, como se ela tivesse acabado de ter o maior acesso de raiva conhecido pelo homem e a pessoa na qual ela descontou isso agora estava a consolando. Ela tentou sair de perto do Oliver, mas ele não a deixou. Ele a puxou ainda mais pra perto de seu corpo e a segurou ainda mais forte.

Oliver ainda não estava pronto para soltar, ele não seria outro Clark Kent pra ela. Ele não sabia o que ele era ou o que seria pra ela. Mas ele sabia de uma coisa; ele nunca mais queria ser a causa de outro ataque emocional assim. Ele prometeu a si mesmo que ele não a soltaria até que o corpo dela relaxasse, até que ela retribuísse o gesto e o envolvesse com seus braços. Ele a sentiu se afastar de novo e a apertou mais.

“Estou cansada,” ela sussurrou.

Oliver olhou pro relógio atrás dele; ele não podia acreditar que 45 minutos haviam se passado. Ele soltou uma das mãos e num único e rápido movimento ele a levantou e a carregou em seu colo.

“Eu posso andar, sabe,” ela o informou.

“Eu sei que você pode, parceira,” ele sussurrou de volta, “mas eu ainda não estou pronto pra te soltar.” Ele a carregou até o sofá onde ele a aninhou em seu colo, abraçando forte enquanto ela mantinha a cabeça repousando em seu ombro. Levaram uns segundos pra acharem uma posição confortável pra ambos enquanto eles continuavam sentados em silêncio.

“Essa manhã,” ele disse, “Eu não conseguia nem colocar em palavras as emoções que você estava me fazendo sentir. Consultei um dicionário porque eu precisava encontrar a palavra.”

“E?” ela o incitou a continuar.

“Turbulência, é um substantivo que retrata o estado ou a qualidade daquilo que é turbulento. Turbulento é o que causa inquietação ou distúrbio; desassossego,” ele disse olhando pra ela, vendo-a fazer que sim com a cabeça pra mostrar que aprovara sua escolha, “e eu juro que sua foto estava bem ao lado da definição só rindo da minha cara. Eu não sabia... Eu devia...” Ele não terminou seu pensamento porque não tinha certeza do que dizer. Tudo que ele sabia era que ela estava sentada com as mãos em cima do colo dela e seu corpo ainda estava tenso. Ele precisava que ela o perdoasse porque ele precisava dela mais do que ela sabia. “Eu fui descuidado nas minhas ações com você. Eu não devia nunca ter dito pra Lois que ela me salvou. Eu não sei o que eu estava pensando.”

“Você queria outra chance,” Ela disse numa voz monótona, “e que mulher não gosta de ouvir que salvou alguém que estava tão fora de rumo como você estava?”

“Mas ela não salvou,” Oliver disse, “ela não se importava. As ações dela me diziam isso e minha cabeça sabia disso.”

“Bem, ela é bem gostosa então eu não posso culpar o pequeno Oliv...” ela não pôde terminar, pois as mãos dele taparam sua boca.

“Primeiro que não é pequeno e segundo que eu não deixo isso influenciar o que eu faço.” Ele disse retirando a mão da boca dela.

“Se você diz, senhor Queen” Chloe disse suspirando.

Oliver sentiu como se ela tivesse dado um tapa em sua cara de novo quando ela se dirigiu a ele tão formalmente. Ele não tinha percebido até então, mas era a primeira vez que ela dizia seu nome desde que ele chegara, com a exceção de se referir a ele como Oliver Queen na comparação com Clark Kent. Parecia estranho, parecia errado e a pontada de dor em seu coração ainda estava lá, “O que aconteceu com
‘Oliver’?”

“Eu imaginei que como eu sou apenas a ajudante, eu não tenho direito de te chamar pelo seu primeiro nome.” ela disse, “e se você tentar me processar por assédio sexual,” ela gesticulou pra mostrar onde estava, “eu devo te lembrar que foi você que me sentou no seu colo e que é você que não está me deixando sair.”

“Bem, então você pode me processar pelos meus bilhões de dólares que eu não me importo,” Oliver disse, “e você não é a ‘ajudante contratada’.”

“Mesmo,” ela questionou levantando a cabeça pra olhá-lo nos olhos, “então porque isso só veio depois, como um complemento do que você havia dito?”

“Você está vendo aquela foto atrás de você, Chloe,” Oliver apontou onde estava, “Você se lembra desse dia?”

“Claro que lembro,” ela disse sem olhar, sabia de qual foto ele estava falando.

“Com exceção de toda memória que tenho dos meus pais,” Oliver disse a ela, “esse foi o melhor dia da minha vida. Você é a responsável pelo melhor dia da minha vida.”

“Você tem certeza que não é…”

“Nem começa com isso,” Oliver disse severamente. Ele olhou pra ela e sussurrou como se estivesse lhe contando um segredo, “Você sabe por que esse dia foi tão especial pra mim?” Ele a viu balançar a cabeça negativamente, “Porque eu era apenas o Ollie. Eu não era Oliver Queen, diretor-geral das Indústrias Queen, ou o Arqueiro Verde. Eu era apenas um cara normal se divertindo com as pessoas que são mais importantes pra mim. Corrija-me se eu estiver errado Chloe, mas acredito que você seja aquela loira que eu tenho o braço em volta.”

Ela viu a intensidade e a sinceridade em seus olhos. O que ele dizia era verdade e ela sentia vontade de chorar de novo. Ela se virou, esperando evitar chorar na frente dele pela terceira vez naquele dia. Ele colocou dois dedos debaixo de seu queixo e ela o permitiu virar seu rosto pra encontrar seu olhar.
“Sinto muito que esteja magoada,” Oliver disse “me desculpe por causá-la essa dor. Sinto muito que você se sinta como se eu não te apreciasse ou precisasse de você. Chloe, eu o faço.”

“Você apenas está dizendo isso porque está com medo de que eu me demita,” ela disse tentando olhar pra longe, mas ele segurava seu rosto, “Ouvi dizer que é difícil de se encontrar atualmente uma boa ajuda pra agências secretas.”

“Nesse momento seu trabalho é a menor das minhas preocupações,” Oliver afirmou vigorosamente, “seu bem estar é minha primeira e única prioridade.”

“Eu não acredito em você.”

“Eu não tenho segredos com você, Chloe. Você conhece o homem e o mito. Você aceita os dois como um só e como dois indivíduos. Você me salvou, Oliver Queen, diretor-geral das Indústrias Queen. Você me salva, Arqueiro Verde. Você me salvou, apenas Ollie. Eu preciso de você, Chloe. Você é minha amiga, minha Torre de Vigilância, minha parceira… e”, ele respirou e disse a frase seguinte lentamente, enunciando cada palavra, “Você. É. Minha. Heroína.”

“Quê? Ela disse surpresa.

“Você é minha heroína,” Oliver repetiu sinceramente, “Você me salvou do abismo da autodestruição e você me mantém seguro em todas as missões como Torre de Vigilância. Eu não consigo... Não, eu não quero me lembrar do que era minha vida antes de você entrar nela. Eu não sei se posso ser eu mesmo sem você. Algumas vezes tento imaginar onde você começa e eu termino, estamos fazendo isso há tanto tempo e nos tornamos tão sintonizados um com outro... Me desculpe por tomar você por certa, garantida. Me desculpe por fazer você questionar meus sentimentos e minha lealdade por você.”

“E quais são eles?”

“Vamos colocar dessa forma, parceira,” ele disse com um sorriso, “ninguém pode machucar minha trabalhadora esposa e sair ileso.” Seu coração pareceu aumentar de tamanho quando ele a viu sorrir e explodiu com uma emoção que muito provavelmente ele precisaria de um dicionário pra descrever quando ela o envolveu com seus braços e o abraçou forte. O sorriso dele ia aumentando na medida em que ele a puxava pra mais perto de seu corpo.

Ela não podia descrever a sensação que correu por seu corpo quando ele se referiu a ela como sua ‘trabalhadora esposa’ e prometendo ferir qualquer um que ousasse machucá-la. Ela sabia que era verdade. Se algum dia ela estivesse encrencada, Oliver e os garotos iriam ao seu resgate. O herói dela salvaria a heroína dele, se é que isso fazia sentido. Ela tentou se afastar, mas ele a segurou, “Você pode me soltar, Ollie,” ela sussurrou, “Eu já estou bem melhor agora.”

“Num instante,” ele sussurrou de volta e enterrou seu rosto no vale de seu pescoço, “Porque eu ainda não estou tão melhor.” Ele ainda não estava pronto pra soltar-se do abraço e da segurança que ele o trazia. Ele não sabia que caminho o trouxe aqui ou pra onde ele o levaria; a única coisa que ele sabia era que ele sairia da torre de vigilância como um homem diferente do que entrou por aquela porta pra enfrentar uma loira enfurecida. Um homem que via sua parceira sob uma nova perspectiva. Ele a apertou de leve antes de soltá-la. Gentilmente, ele secou as lágrimas restantes em seus olhos. Ele estudou seu rosto, como se ele estivesse vendo-a de verdade pela primeira vez. Quando ela saiu do seu colo, ele imediatamente sentiu frio e quis trazê-la de volta.

“Ollie,” ela disse, “me desculpa.”

“Pelo quê?” ele indagou.

“Por te dar um tapa.”

“Eu precisava disso,” ele disse com um sorriso brincalhão, “E você não tem nada pelo que se desculpar.” Ela lhe deu um sorriso fraco e ele rolou os olhos por saber que ele estava cedendo ao que ela pedira, “Eu te perdôo por algo que não precisa de desculpas.”

“Obrigada,” ela disse a ele, se inclinando para dar um beijo suave na bochecha que ela estapeara mais cedo. Ela podia ter jurado que ouviu Oliver prender a respiração. “Tenho certeza que você tem coisas mais importantes pra fazer.”

“Que nada,” ele disse, “Já ignorei meu trabalho por uma semana. Uma noite a mais não fará diferença.”

“Oliver!” ela o reprimiu. “Por favor, me diga que está brincando.”

“Desde que eu tenha permissão pra começar a mentir pra você,” ele disse à mulher que o olhava, “Eu não consigo pensar quando você está com raiva de mim, Chloe. Eu só consigo pensar em consertar isso.”

“Então é minha…”

“Nem começa, esposa,” ele disse imediatamente apontando pra ela, “Vamos fazer um pacto.”

“Nós estamos no que, na sexta série?”

“Nesse momento, com certeza,” Oliver respondeu, “Isso nunca mais pode acontecer porque eu não posso passar outra semana assim e não quero isso pra você também.”

“E isso quer dizer que?”

“Que falaremos do que está nos incomodando ao invés de se fechar pro outro,” Oliver argumentou “E se um dos dois precisar de tempo pra esfriar a cabeça ou pra pensar só precisa pedir por isso, com a intenção de falarmos do problema antes que fique fora de controle”. Ele respirou fundo e segurou as mãos dela. “Eu estou falando sério, Chloe. Não consigo ser eu mesmo sem você. Eu não consigo ser o Arqueiro Verde sem minha Torre de Vigilância, não mais. Você me mimou muito. E eu realmente não quero ser um Clark Kent no seu livro.”

“Não é tão ruim assim ser o Clark…”

“Nós dois sabemos que não era essa a comparação que você estava fazendo,” ele disse cortando sua defesa, “temos um acordo?”

“Sim,” ela disse e ele a surpreendeu dando-lhe um beijo rápido e casto em seus lábios. Ela olhou pra ele com os olhos arregalados.

“É costume selar um acordo com um beijo,” ele explicou com sua cara de inocente.

“Eu vou deixar essa passar agora só porque estou cansada de brigar com você,” ela disse a ele, “Agora, vai trabalhar um pouco. Você tem que ser o diretor-geral mais preguiçoso do mundo

“Sim, querida,” ele disse com um sorriso. Ele se inclinou e beijou seu rosto sem pensar antes de caminhar em direção à porta. Subconscientemente, ele levou uma de suas mãos aos lábios enquanto relembrava o beijo.

Chloe tocou sua bochecha e seus lábios antes de sair de seu transe deslumbrado. Ela o seguiu até a porta com os olhos. Ela o viu abrir a porta e se virar para encontrar seu olhar uma última vez antes de fechar a porta. Chloe desceu as escadas pra trabalhar um pouco no que ela mesma havia deixado de lado por uma semana quando a porta abriu; Ela olhou esperando ver Lois querendo terminar sua história, mas ficou surpresa ao ver Oliver. “Você esqueceu alguma coisa?”

“Sim,” ele disse, “Esqueci de te perguntar se você gostaria de jantar comigo hoje.”

“Um jantar de negócios,” ela disse, “Parece divertido. Podemos ir ao...”

“Jantar, jantar,” ele disse, “sem conversa nenhuma sobre trabalho e os guardanapos não serão feitos de papel. O que você me diz, esposa, janta comigo?” Ele deu um de seus sorrisos charmosos e piscou pra ela.

“Deixe-me pegar minha bolsa, marido,” Ela disse entrando na brincadeira e se virou pra subir as escadas.

“Não é necessário,” ele disse pegando sua mão e a levando pra porta, “Você não recebeu meu memorando dizendo que somos muito ricos?”

“Deve ter se perdido na correspondência”, ela disse brincando;

“Isso é uma tragédia,” ele disse a ela, “ter vivido todo esse tempo sem saber que valemos bilhões.”

“Acredito que minha próxima pergunta é se meu nome está no seu seguro de vida,” ela olhou pra ele com uma expressão tortuosa.

Ele ficou branco por um segundo antes de perceber que ela estava brincando, “Engraçadinha,” ele disse entrelaçando sua mão com a dela e apertando o botão do elevador com a mão livre. Ele sorriu ao sentir que ela repousava a cabeça no seu braço e que sua mão livre também descansava no braço que segurava sua mão. Em algum lugar do seu coração, isso parecia certo pra ele. Ele especulou se Chloe era aquela que ele estava procurando quando entrou no elevador. Era ela? Aquela que conhece você de dentro pra fora e ama você apesar de todo mal que viu? Ela era aquela que o traria paz, amor, alegria, fogo, paixão e outras palavras que ele precisaria de um dicionário pra definir? Ele olhou pra ela e não teve certeza. Mas ele sabia de uma coisa: que queria descobrir porque em toda lenda, o herói sempre fica com a garota.

8 comentários:

  1. Adorei essa fic! Parabéns pela tradução^^

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  2. Adorei a fic. Lindíssima. :D
    O final é pefeito. E a brincadeira de estarem casados é ótima, até porque eles sempre pareceram já ser casados mesmo. lol
    Adorei.

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  3. ae, alguém aceitou minha sugestão \o/

    Essa fic é muito boa, não?Sempre leio.
    E nem tinha comentado >< vergonha ><
    No lugar da Chloe teria surtado igual, ou talvez um pouquinho pior =D

    Eles fingindo é muito bom.
    E o final é mesmo, perfeito.

    Valeu Danisige, por ter aceito ;)

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  4. Acho que esta foi umas das primeiras que li no bolg... e também nunca comentei. =|

    Adorooo Ollie louquinho... hahaha Chloe malvada!!!hahaha Mas ela pode!!

    Queria celar algum acordo com o Sr Queen também... ai ai ai!! HAHAHA

    GIL

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  5. kkkkkkkkkkk

    Celar, NÃO!! SELAR, SIM...

    GIL

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  6. Selar, celar, sendo com Ollie não faz diferença hahahahaha

    Essa tb foi uma das minhas primeiras, se não me engano, a primeira ou segunda.

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  7. Adorei essa fic!!

    Merecia uma continuação!!


    Carol

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  8. Eu amo essa fic Carol!!Seu comentário foi uma bela desculpa pra ler de novo =)

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