segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Facing Fears, tradução




Boa noite! Mais uma fic: essa saiu rápido, mas era pequena; agora de uma escritora que já escreveu MUITO sobre Chlollie, a Calie. (adoooro de paixão as fics dela.) O nome dessa é Facing Fears (Enfrentando os Medos) e é ótima pra quem está mais que ansioso especulando o que acontecerá em Disciple. A Calie teve uma idéia e escreveu. Se acontecesse dessa forma eu ficaria TÃO feliz! ^^ ahh sim, antes que esqueça; sugestões de fics pra traduzir são sempre bem vindas. Notas: Spoilers de Discíple

Enfrentando os Medos
O som da porta o fez olhar em volta, mas vendo quem entrava na sacada ele se virou para a vista da cidade. “Você não aparecia aqui há um tempo.”

“É verdade, tem um tempo já.”

Ele não perguntou como ela tinha entrado, ele era mais esperto que isso.

“Como Mia está?”
“Um pouco abalada, meio brava.” O que ele esperava. Afinal, ela não fazia idéia de sua identidade secreta antes daquilo. Claro que ele achou meio estranho que ela estivesse mais brava por ele ter a ‘mantido no escuro’ e não porque o Arqueiro Negro a sequestrara. “Mas ela vai ficar bem.”

“Isso é bom.” Com ele de costas pra ela, ela era livre para olhar pra ele. Ela não conseguia ver seu rosto, mas não precisava. Chloe sabia que ele estava preocupado. “E como você está?” Ele virou a cabeça de novo, seus olhos estreitaram-se na escuridão, depois ele voltou ao seu estado original.

“Falou com o Clark?”

Chloe inquietou-se e olhou pra uma das cadeiras, mas não queria se sentar quando ele estava em pé. “Um pouco.”

“Mas o suficiente.”

Chloe suspirou. Ela e Oliver nunca ‘conversaram’ realmente. Eles sabiam tudo um do outro, provavelmente mais do que qualquer outra pessoa. Mesmo Clark, seu melhor amigo e Lois, sua prima, não sabiam de algumas coisas que ela havia feito. Mas Oliver sabia de tudo. Mas mesmo com tudo que sabiam um do outro Chloe nunca se sentiu absolutamente confortável falando com ele. Mas quando Clark contou sobre o confronto direto do Oliver com o Arqueiro Negro, Chloe sabia que não tinha escolha. Ela conhecia Oliver, sabia da sua habilidade de autodestruição quando as coisas davam errado. Clark tinha tentado, mas Clark não entendia. Lois era importante pra Oliver, isso Chloe sabia, mas considerando que Lois sabia apenas metade dos motivos de sua espiral descendente de antes, ela não podia entender muito. E se Chloe fosse honesta consigo mesma ela não tinha certeza de como Lois teria reagido ao passado menos que perfeito dele. “Você não respondeu minha pergunta.”

“Estou bem.” Oliver olhou para seu copo e balançou-o. Não havia barulho vindo de trás dele e por mais que ele quisesse ver o olhar no rosto dela, ele não queria se virar. Ao invés disso ele resolveu olhar para a vista noturna de Metropolis. Chloe não o culparia pelo que ele quase fez, mas não iria tolerar ele ficando pra baixo de novo. De certa forma era meio irritante. Tudo que ele queria naquele momento era lastimar-se da sua própria miséria, mas ele podia ver que ela não iria permitir.

“Você não acredita em mim.”

“Eu não sei. Seu passado fala por si mesmo.”

“Você tem tanta fé.”

“Estou apenas falando a verdade Oliver, mas eu nunca disse que não tinha fé em você.”

Essa era uma coisa pra qual ele podia contar com Chloe, a verdade. Isso não significava que ela não iria mentir. Se ela tivesse um objetivo ela provavelmente mentiria pra chegar lá. Mas ela não mentiria pra ele pra poupar seus sentimentos. Oliver tomou um gole da sua bebida e virou, apoiando seus ombros na parede e finalmente olhando pra ela. A primeira coisa que chamou sua atenção foi que ela parecia um pouco fora de seu elemento. Sem Torre de Vigilância, sem computadores, sem Clark. Apenas ela parada na sua sacada. Parando pra pensar nisso, ela provavelmente nunca colocara os pés na sacada nas poucas ocasiões em que esteve na Torre do Relógio. “Okay, eu estou bem. Estou tomando uma bebida.” Ele ergueu o copo. “Ou duas, mas não vou me embebedar até o esquecimento. Não vou fugir dando socos por aí, jogando ou que quer que pense que eu vou fazer.”

“Acredito em você.” E ela o fazia, mas ela podia ver que ele estava incomodado. Isso era evidente pela cara cansada e levemente torcida. “Mas não acredito que esteja bem.” Ele suspirou e olhou pra longe, obviamente frustrado com sua insistência. “Do que ele estava atrás?”

Oliver deu de ombros. “Do que ele não estava atrás? Pensou que eu o traí, usando minhas habilidades e exibindo-as pela cidade. Não gostou da idéia de que talvez eu seja melhor que ele.”

“E isso envolve a Mia como?”

Oliver notou como ela pareceu ignorar o fato de que ela e Lois eram os alvos originais. “Alguma coisa tinha que chamar minha atenção. De outra forma eu apenas teria dito pra ele ir pro inferno.”

Ela ergueu uma sobrancelha, divertida. “Se ele tivesse te atacado você seria forçado a lutar. Então porque fazer tudo aquilo?" Ela já tinha suas suspeitas. Ela sabia dos medos de Oliver, da forma como ele afastava as pessoas dele, e do por que fazia isso.

“Uma pessoa com raiva comete mais erros,” Oliver disse calmamente. “E elas fazem coisas que normalmente não fariam.”

Ele se virou, olhando o horizonte novamente. Ela sabia exatamente que coisas eram aquelas. Oliver quase o matou, Clark podia confirmar isso. Lentamente, ela foi pra perto dele, não parando até que estivesse ao seu lado. “Oliver, você estava furioso. E o que aconteceu... podia acontecer com qualquer um, especialmente sob aquelas circunstâncias. Mas você não o fez, e esse é o ponto. Seis meses atrás, um ano atrás, talvez ele não tivesse sido tão sortudo."

Chloe pensava que ele estava mudado. Oliver desejou poder acreditar nela, mas não era o fato de que ele quase tirou outra vida de alguém que o incomodava. “Você sabe que é mais que isso. Não vamos esquecer que não era apenas a vida da Mia que estava em perigo.” Oliver deu uma olhada nela pelo canto do olho esperando uma reação, mas não obteve nenhuma.

“Isso acontece.” Chloe deu de ombros. “Acredite, me acostumei a isso há muito tempo atrás e eu acho que até a Lois parou de ficar surpresa.”

O que o incomodava era como ela era capaz de ignorar isso tão facilmente. “Você pode não estar com raiva, mas não muda o fato de que numa questão de dias três pessoas que conheço foram atacadas por minha causa.”

“Todos têm inimigos. Fazer o que fazemos cria inimigos. Você não pode evitar isso, Oliver. Não há nada que você possa fazer sobre isso; Não consigo imaginar você jogando sua vestimenta de arqueiro fora de novo apenas pra evitar isso.”

“Não,” Oliver admitiu, “Eu não faria isso. Mas só porque eu tenho inimigos não significa que eu tenha que ter amigos.”

Pela primeira vez desde que ela colocara os pés na sacada ele a surpreendera, e nada mais a surpreendia. Devagar, ela se virou para ficar de frente pra ele, cruzando os braços e o olhando com os olhos estreitos, “Lois já está em perigo o suficiente com Clark e ela nem sabe disso ainda. E se você se lembrar bem, afastar Lois te levou a lugar nenhum a não ser ficar sozinho. Mia, você fez mais por ela nos últimos meses do que qualquer um fez em muito tempo. Ela sabe disso, e não está nem brava com você pelo que aconteceu. E, Oliver, eu?” Chloe riu. “Tá falando sério? Se você não estivesse por perto minha vida estaria em risco de qualquer forma. Se me lembro corretamente eu fui a que te trouxe de volta. Você realmente acha que vou deixar que me afaste depois de todo o trabalho que tive?” Era pra ser uma brincadeira, mas ele apenas franziu as sobrancelhas em resposta. “O que você quer então, Oliver?”

“Não sei.” Ele não podia afastar Lois mais do que já tinha afastado. Mia, ele não podia abandoná-la. Se ele fizesse isso, ela voltaria pra onde ele a encontrou. E Chloe... Bem, ele não tinha certeza se ele conseguiria ser o Arqueiro Verde sem ela. Na verdade ele conseguiria, mas ele era melhor com ela. Oliver arriscou a olhar pra ela como se considerasse sua vida sem ela. Ele provavelmente estaria morto, ou pior do que estava antes dela mudar sua vida. O problema era que Oliver não conseguia pensar numa única coisa que ele realmente tinha a oferecer à Chloe. Pelo menos com Mia ele podia dizer que salvou a vida dela, mas Chloe, além de ser o Arqueiro Verde, ele não podia dar uma razão da qual ela realmente se beneficiasse por conhecê-lo. Ele poderia afastá-la, ela ainda poderia ser Torre de Vigilância, ainda ajudar os outros heróis, mas ao menos ela não teria um alvo desenhado nas suas costas por causa dele
.
“Olha,” Chloe segurou o braço dele e o puxou para que a encarasse, “ninguém vai a lugar algum. Eu sei do risco, mas se você está sequer considerando o que está passando por sua cabeça eu irei atrás de você e te trarei de volta reclamando e gritando.” Mas havia algo no rosto dele que ela não estava gostando. “Porque eu não posso fazer isso sozinha.”

"Você não precisa de mim.” Oliver acreditava verdadeiramente nisso. Ela estava bem antes dele voltar e se ele fosse embora ela ainda ia ficar bem. “Você ficaria bem sem mim.”

“Essa é uma escolha pra eu fazer!” Chloe deu um empurrão forte em seu peito. “Não sua!”

“Chloe...” Ela podia ver que ele pensava diferente. “Não, me escute. Ao contrário da crença popular eu não gosto de viver minha vida presa dentro de casa, sozinha, o dia todo. Eu gosto do meu trabalho, gosto do que faço. Mas você NÃO vai me afastar porque está assustado. Porque não posso conversar com Clark e não posso conversar com a Lois. E eu sei que quando algo precisa ser feito eu posso confiar em você pra fazê-lo. E acima de tudo eu NÃO posso fazer isso sozinha.” Chloe deu um passo à frente, ignorando a estranha diferença de altura, e bateu no peito dele. “Você não vai me deixar sozinha.” Ela pontuou cada palavra com um soco em seu peito.

Oliver de repente pegou sua mão, sem nem ter certeza do que iria fazer. A pressão do dedo dela no peito dele diminuiu quando seus dedos relaxaram. Ele podia ver a sombra de sua mágoa passar por seu rosto enquanto suas sobrancelhas se juntavam e ela mordia o lábio inferior; “Okay. Me desculpa.”
“E…” Chloe começou suavemente e um pouco incerta. Não era o que ela estava prestes a dizer que estava abalando sua confiança, mas a repentina mudança entre eles. Porque agora eles estavam conversando, sendo honestos um com o outro, e isso era um pouco assustador, pelo menos pra ela. “Sobre o que aconteceu, e Clark. Você sabe que eu e ele vemos as coisas de uma forma diferente, e eu sei que não existe preto e branco. Eu entendo o que aconteceu e você no final das contas tomou a decisão certa. Então não pense sobre isso, não insista nisso. Apenas siga em frente. Todo mundo está bem, Oliver. Não houve nenhum dano.”

“Não é o que vejo.” Oliver admitiu suavemente. Ele abaixou sua mão, soltando a dela devagar.

“O que você vê?” Chloe perguntou gentilmente quando notou a preocupação em seu rosto.

“Há apenas algumas poucas pessoas selecionadas com quem eu realmente me importo. Ele as encontrou. Foi fácil demais. E por mais que nada tenha acontecido eu não consigo não ver o que poderia ter acontecido.” Ela suspirou em resposta, olhos verdes olhando pra ele com piedade.

“Eu sei, mas nada pode continuar nessa de ‘E se…’. Não vai te levar a lugar nenhum.”

“Sei disso.”

“Então não faça isso consigo mesmo!” Chloe exclamou, um pouco mais vigorosamente do que pretendia, pois Oliver sentia as coisas tão intensamente e se torturaria de bom grado porque achava que merecia. “Você não fez nada de errado, você não-.”

“Eu me importei e isso é o bastante” Oliver retorquiu com raiva. “Eu me importei com você e isso quase fez com que fosse morta.”

“E eu sei disso. Não é apenas você, Oliver.” Chloe disse gentilmente. “Houve pessoas com quem eu me importei que eu fui responsável por terem sido machucadas. Isso me assusta também.”

“Chloe…” Ele suspirou e olhou pro outro lado.

Ele parecia querer dizer alguma coisa, ou talvez estivesse tentando não dizer. “O que é?”

Quando ele olhou de volta, ela estava olhando pra ele com uma preocupação implorante evidente em seus olhos. “Isso é mais difícil do que você pode entender.”

“Por quê? Ele olhou pra longe de novo e ela estendeu sua mão, segurando o braço dele. “Oliver” sua cabeça se virou bruscamente pra ela, olhos descendo dos dela para a sua mão. Chloe a retirou lentamente, um pouco perplexa pelo olhar intenso em seus olhos, mas determinada a descobrir o que havia de errado.

“Esse medo de alguém se machucar porque eu me importo.” Um peso levemente maior aplacou seu peito, como se ele estivesse sufocando sob o peso das coisas que escondia de si mesmo. “Não acho que realmente entende” Ele olhou pra longe de novo, observando as luzes da cidade. “Você sabe que quando as coisas começaram a desandar com Lois da primeira vez foi por causa disso. Eu estava com muito medo do que eu ser o Arqueiro Verde significaria pra ela.”

“E Lois ainda assim foi um alvo do Arqueiro Negro, apesar de você tentar afastá-la.” Chloe disse meio tristemente, por ele, e por alguma razão por ela. “É isso que está te incomodando?”

“Não.” Oliver sacudiu a cabeça e se percebeu trincando seus dentes, lutando contra os desejos de ora contar tudo, ora manter segredo. Ele olhou pra Chloe novamente e se forçou a olhar dentro de seus olhos verdes. Usualmente ela era só negócios, não mostrando o lado suave que ele costumava ver. Ela havia endurecido com o tempo. Mas com ela ali na frente dele, ele podia ver. A atenção, a preocupação com ele. O receio de que ele não estivesse bem. Podia ser tudo para um bem maior, mas ele verdadeiramente acreditava que era mais que isso, ele apenas não tinha certeza do quanto mais. “Mesma situação, só que não com Lois.”

Ela abriu a boca para perguntar pra ele. Ela só podia assumir que ele estava se referendo a estar gostando de alguém, apesar de estar sendo meio vago. Mas ela já vinha pensando por algum tempo se Oliver, de alguma forma, se encontrava importando-se mais com Mia do que ele deixava transparecer. A incomodava um pouco, mas ela deixou esses pensamentos de lado, chegando à conclusão de que ele teria que encontrar alguém que ele gostasse em algum momento. Antes que ela pudesse sequer articular as palavras que ela pensou pra questioná-lo ela viu a mão dele ir em direção ao canto do seu olho e depois a sentiu roçando sua bochecha. Ela olhou pra mão dele e ao sentir sua palma pressionar sua bochecha levemente, seu polegar apoiando-se no maxilar dela, ela olhou pros seus olhos e sua respiração saiu estremecida pela intensidade ali contida.

Ela não se afastou dele. Inicialmente havia surpresa nos olhos dela e depois, lentamente, eles pareceram suavizar. Ela levantou o rosto, que ficou perto do dele e ele logo se viu deslizando as mãos pelo cabelo dela, segurando com cuidado a parte de trás de sua cabeça, trazendo-a mais pra perto, e o tempo todo a distância entre eles diminuía até que só uns centímetros os separavam. E aí ele parou, não porque não queria acabar com a distância, mas ele podia ver a flecha indo na direção dela e sabia o que isso significava. Ela se machucaria e com isso ele não podia lidar. Com pesar, ele fechou os olhos. “Me desculpe.”

Ela não tinha certeza do que tinha mudado ou do que ele falava até que ele se afastou dela. Não havia dúvidas em sua mente de que eles estiveram a segundos de se beijarem. Então, sem pensar duas vezes ela envolveu seu pescoço com os braços e inclinou sua cabeça pra baixo até que seus lábios se encontrassem. Ela continuou o beijo por alguns momentos sem se mover. Depois, lentamente, Chloe mordeu seu lábio inferior e depois o superior, daí se afastou um pouco. Ela não sabia que os olhos dele estavam fechados até ela abrir os dela e ver os castanhos dele abrindo-se lentamente para encontrar com os seus. “Eu já te disse, não é uma escolha sua.”

Sua respiração quente roçou de leve seus lábios, o lembrando novamente da posição que estavam e de que ela estava perto demais. “Se ele soubesse, não teria sido a Mia.”

Por um momento ela se permitiu absorver o que ele estava dizendo. Parecia ridículo o que ele estava implicando, se não fosse a posição atual deles. Chloe apenas não conseguia conceber a idéia de que não somente ele tinha sentimentos mais fortes por ela do que ela tinha originalmente pensado, mas que ele temia que ela se tornasse um alvo por causa da relação deles. “Eu sou sempre um alvo.”

“Eu não serei responsável por te colocar em ainda mais perigo.” Oliver sussurrou, mas ele podia sentir sua determinação enfraquecendo.

“Então esteja aqui comigo para me manter fora de perigo.”

Ele procurou seus olhos, mas apenas viu determinação, algo de que ele estava com medo esse tempo todo. A pior coisa que podia acontecer era ela corresponder seus sentimentos. Ele diminuiu a distância novamente, não depositando um beijo gentil em seus lábios como ela tinha feito, mas beijando-a duramente, movendo seus lábios contra os dela, mordendo seus volumosos lábios e inclinando sua própria cabeça pro lado enquanto sua língua passeava por seus lábios pedindo entrada e nem mesmo pausando quando ela os abriu pra ele.

Simultaneamente ele aprofundou o beijo e envolveu sua cintura. Chloe sentiu-se derreter contra ele, toda a estranheza e medo bem distantes enquanto ele a puxava mais pra perto de seu corpo firme e ela envolvia seu pescoço com os braços. Eles sempre estariam em perigo, mas Chloe achava isso muito mais suportável sabendo que ele não apenas estaria com ela para encará-lo, mas que o que ele sentia por ela era tão intenso quanto o que ela sentia por ele.

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