sexta-feira, 28 de maio de 2010

Don't Take Your Love Away


Mais uma da Roberta e até agora, a minha favorita dela. Só tenho a dizer que cada fic tá ficando melhor que a anterior ;D
Boa leitura.


Titulo: Dont Take Your Love Away
Autora: Roberta Clemente 
Classificação: R
Categoria: 9º Temporada
Casal: Chloe/Oliver
Spoilers: Não
Capítulos: 1/1
Completa: Sim
Nota: Escrevi essa FIC depois de “Conspiracy” e antes de “Escape”.

A expressão "Booty Call" foi usada por Oliver no episódio, na cena em que ele se aproxima de Chloe no apartamento dela. Significa uma chamada telefônica para sexo.  Na legenda ficou "eu não vim para isso". Pelo menos na minha legenda.

Ah!E não tenho uma Beta, por isso erros são culpa minha. OK? (na verdade, ela tem e não sabe: eu ;D mas o bom é que eu praticamente não tenho trabalho nenhum ;D)

Resumo: Oliver e Chloe se encontram pela primeira vez desde que ele descobre que Chloe usou dinheiro da empresa dele para montar um arsenal. 
















Dont Take Your Love Away


Oliver entrou no Talon olhando para os lados, a procura de Chloe. O lugar estava movimentado e cheio, mas nenhum sinal dela. Quem se destacou foi Lois, atrás do balcão fazendo o próprio café. Ele se aproximou e parou atrás dela.


- Não acho que o café esteja incluso no aluguel.


Lois se vira para ele, fechando o copo de capuccino.


- Com o valor que eles me cobram? Acho melhor pegar um muffin. – Completa ela pegando mesmo o bolinho e enfiando na boca enquanto sai de trás do balcão.


Oliver ri, mas logo muda seu foco. 


- Chloe está em casa? – pergunta ele esfregando a nuca e olhando para a porta do andar de cima. Lois engole o pedaço de bolinho e olha para a porta também.


- Eu não iria lá se fosse você.


- Por quê? – Pergunta Oliver preocupado.


- Na verdade eu não sei, mas se tem amor a sua vida ou conta bancária fique longe da Chloe – brinca Lois sem perceber que Oliver sente aquelas palavras a fundo. O motivo de estar a dias sem ver Chloe era exatamente esse, sua conta bancária.


Ainda não tinha digerido os acontecimentos da semana passada. Entendia os motivos dela para fazer o que fez, mas não para não lhe contar e incluir no plano.


- Acho que vou arriscar. – diz Oliver tocando o braço de Lois e se dirigindo à escada.


- Você é quem sabe. Talvez você consiga amansar a fera, antes que ela morra de tanto comer ou ganhe 100 quilos antes da meia noite.


Levemente assustado Oliver balança a cabeça, concordando com Lois. Temeroso ele começa a subir a escada.  Lois o observa com um sorriso no rosto, como se estivesse gostando de ver Oliver ir em direção à forca. Ele foca o olhar na porta e abre.


Pela fresta ele pode ver Chloe atacando um prato de panquecas. Sem dó nem piedade. Além disso, ela estava cercada de pães, doces e uma jarra de suco. Como se estivesse esperando alguém ou o fim do mundo.

Ele entra devagar e se faz notar. Chloe quase deixa o garfo cair quando o vê parado a sua frente. Eles se olham em silêncio por um segundo. Chloe não consegue disfarçar o incômodo. Depois de uma semana de silêncio, depois de ser deixada no escuro por Oliver, não era a maneira que gostaria de reencontrá-lo. De pijama, cabelo mal arrumado e frágil.

Oliver por seu lado também não esperava ver Chloe do jeito que se encontrava. Ao contrário da ultima imagem que tinha dela, dura, amarga e quase fria, agora ela parecia surpreendentemente vulnerável.


- Oi, Chloe!


Chloe deixa o garfo e como de costume, desde o colégio, esconde o que sente. 


- Oi...Oliver! – diz Chloe vestindo um sorriso que não era compatível com que levava por dentro.


Ele entra balançando os braços e olhando para mesa farta.


- Mesa para um? – tenta descontrair.


Chloe de repente fica agitada e levanta.


- Acordei com... 


- Fome? – brinca Oliver.


- Não, vontade de comer, é diferente. 


- Estou vendo – diz Oliver a encarando. 


Desconfortável com o olhar, Chloe lhe dá as costas. Indo para o fogão, onde mais panquecas ficavam prontas.


- Nunca faço isso. Mas hoje me dei folga e vou me permitir fazer coisas que não faço desde... Nossa! Nem me lembro quando foi a última vez que comi por vontade e não por necessidade ou obrigação...


- Chloe!


- Isso é ridículo! Tenho 25 anos. Deveria estar pulando de Bungee Jumping, fazendo sexo em lugares públicos, uma tatuagem, amigos ou o que mais amava, jornalismo, em vez de querer salvar o mundo – dispara Chloe.


- Ainda há tempo – fala Oliver esperando e torcendo pra que ela não tenha escutado.


- Não, aquela menina que brincava de repórter do Planeta Diário... não existe mais – argumenta Chloe se sentando de novo, sacudindo a cabeça e rindo.


- Ela deu lugar a uma mulher. Muito decidida. – afirma Oliver, colocando as mãos sobre o balcão e olhando Chloe bem de perto.


- Decidida a comer calda. – desconversa Chloe indo em direção à geladeira. Enquanto joga a calda sobre as panquecas, Chloe pergunta:


- E então o que conta de novo?


Oliver tomba a cabeça, se preparando.


- Espero que tenha olhado o faturamento das Indústrias Queen essa semana! – interrompe Chloe, falando alto.


- Como assim? – pergunta ele confuso.


Chloe morde de leve o lábio inferior, segurando o riso.


- Não recebeu a visita da Erva Venenosa essa semana? Achei que ela apareceria com cifrões saindo dos olhos?! – provoca.


- Não! Nenhuma visita. Ela anda bem calma.


- Claro! Com os milhões que entraram na conta dela, eu estaria tomando café bem longe, com pães de Paris e não do andar de baixo – diz Chloe, irritada.


Oliver ainda confuso franze a testa.


- Milhões? – murmura.


- Eu disse que era um empréstimo e que devolveria o dinheiro. – afirma ela, fria. 


Oliver reconheceu aquele olhar imediatamente.


- Sim, mas... Como você... Eu ando te pagando tão bem assim?


- Não importa. Eu devolvi, dólar por dólar do que usei para fabricar aquelas armas.


Oliver aceita a resposta, mas uma ruga de preocupação surge em sua testa.


- Você não deveria ter feito isso. Tess espera um passo em falso pra te pegar... Você acaba de colocar um alvo nas costas, Chloe – esbraveja Oliver.


- Eu cuidei disso! – afirma Chloe, tentando tranquilizar Oliver – O dinheiro vem da própria empresa.


- Como assim? – questiona ele, curioso.


- Simples, investi nas Indústrias Queen uma quantia e com o retorno tampei o rombo. – explica Chloe com um sorriso orgulhoso no rosto.


Oliver balança a cabeça, como um cumprimento à estratégia dela.


- OK! Você poderia ensinar isso a alguns diretores. – brinca ele, mas vendo que somente ele tinha achado graça continua – Agora me sinto na obrigação de devolver seu pequeno arsenal.


Chloe termina o gole no suco e dá de ombros. Sorrindo, o mesmo sorriso de quando Oliver entrou. 


- Quer saber? Fique pra você, pro Clark, tanto faz, vocês vão precisar... 


- Vocês? – diz Oliver enfatizando que ela não se incluía.


- Encare como minha contribuição ao mundo – responde Chloe ironicamente.


- Não, não! Você disse vocês e se excluiu. – diz Oliver um tom acima.


- Você não recebeu minha carta de demissão? – pergunta Chloe se divertindo com a expressão no rosto de Oliver. – Claro que não! Se você não se importa com uma pequena fortuna que entra na sua conta, imagina a demissão de uma funcionária.


- Você não é uma simples funcionária, Chloe! – se altera Oliver.


Chloe também se altera, mas diferente de Oliver ela controla o tom de voz. 


- Só não tenho uniforme, mas é exatamente assim que venho me sentindo... Uma simples funcionária ou uma faz-tudo. Pode escolher chefe. – diz Chloe largando o garfo mais uma vez sobre o prato e caminhando para a sala. Ela pisa firme e deixa Oliver incrédulo com aquelas palavras.


- Chloe, não precisa radicalizar.


- Radicalizar? – pergunta ela balançando a cabeça, negando – É exatamente o oposto... Eu desisto!


- O que? – pergunta Oliver – Você não pode desistir!


- Sim, eu posso. Iguais a mim devem existir milhares, é só procurar nos classificados – argumenta Chloe, amarga.


- Ninguém faz o que você faz, não tem como te substituir.


- Isso é verdade! Ninguém faz o que eu... fazia, como desistir de mim mesma, dar tudo o que tinha em troca de... nada.


Oliver respira fundo para não explodir e se aproxima dela. 


- Eu não entendo.


Chloe também busca fôlego. Antes de começar a falar ela balança a cabeça.


- Eu perdi tudo o que tinha Oliver. Meus sonhos, Jimmy. Droga, eu fui casada por meia hora, isso é ou não patético? – pergunta rindo, nervosa.


- É triste! – diz Oliver, tocado pela dor ainda muito grande nela.


- Sim! E tudo isso pra que? Pra perder meu amigo? – desabafa Chloe dando de ombros e derrubando a primeira lágrima. Oliver então entende onde Chloe queria chegar.


- Você não perdeu o Clark!


- Sim, perdi... E eu perdi você também!


- O que?se assusta Oliver com aquela afirmação.


- Eu não suporto mais! Jimmy, Clark e agora você?! – explica Chloe desviando o olhar.


- Eu? – pergunta Oliver ainda espantado. Não sabia da importância que tinha para ela.


Chloe cobre o rosto com uma das mãos, não conseguindo mais conter o choro. Oliver segura o pulso livre e a puxa para perto dele. Envolvendo ela em um abraço carinhoso. Depois de resistir um pouco ela aceita o gesto, enterrando o rosto no peito dele.


- Você não me perdeu, eu estou aqui Parceira! – afirma Oliver com o queixo no topo da cabeça dela. Apertando mais o abraço.


- O jeito que me olhou e a semana de gelo dizem o contrário.


Oliver se repreende por dentro por ter feito o que fez. Era culpado. 


- “Booty Call”, lembra-se? – lembra Chloe.


Oliver esperava que ela esquecesse essas palavras. Depois de saber a verdade ele se martirizou muito por ter usado o termo com ela. Antes que ele pudesse se desculpar Chloe se soltou dele e se afastou secando o rosto.


- O que aconteceu entre nós não foi só isso, sexo... Pelo menos pra mim, você é meu amigo.


Oliver vai atrás dela e segura seus ombros. Chloe não se solta, mas também não vira para encará-lo.


- Você não merecia escutar aquilo Chloe. Eu sou um idiota e agora sei que foi por isso que não confiou em mim para contar seu plano... Não sou um exemplo de confiança. – diz Oliver se diminuindo perante ela, mas com um tom descontraído.


Chloe não responde e isso frustra Oliver. Ele aperta os braços dela, tentando trazer ela até ele.
Sem reação a vira.


- Chloe, por favor!


- Tudo bem, Oliver. – diz Chloe com um sorriso sem vida – É minha culpa, eu não sei mais confiar em alguém. Nem em Clark eu consigo mais... Não te culpo por me colocar na estante das mulheres que te usam por dinheiro. Não mesmo. – argumenta ela, isentando-o de qualquer culpa.


E mais uma vez se afasta. Indo até a porta, abrindo e deixando claro que era um convite para ele ir embora. Ela dá alguns passos para trás até suas costas encostarem no balcão e espera a partida dele.


- Chloe, não...


- Está tudo bem! Sério! Vamos esquecer que isso aconteceu. Que aconteceu algo entre nós e não se preocupe, Emil vai cuidar das coisas no meu lugar.


Oliver não sabe o que fazer nem o que dizer. Ela parecia convencida a se afastar dele e ele de que estava completamente apaixonado por aquela mulher magoada a sua frente. A idéia de ficar longe de Chloe lhe era tão absurda e estranha que se deu conta de que ficaria pela metade sem ela... Mas por mais difícil ou absurda a idéia, talvez fosse a melhor maneira de salvá-la. Deixando-a ir.


- Você tem certeza? – pergunta ele, com medo da resposta que sabia que receberia.


Chloe aperta a boca antes, mas dá sua sentença - Sim! Eu tenho!


Oliver balança a cabeça, concordando. E com o coração apertado concorda em ir. Parando na frente dela e lhe dando um beijo na testa.


- Se cuida! E se precisar de algo...


- Obrigada! Eu sei onde os super-heróis da cidade se reúnem. - brinca Chloe, mas sem conseguir tirar um sorriso dele.


Ela observa Oliver descer a escada e sumir no andar de baixo. Nesse momento ela percebe que no fundo gostaria de ser convencida do contrário. Que Oliver insistisse. Que lutasse por ela. 


Se sentindo mais sozinha do que nunca Chloe não teve forças nem para fechar a porta. Caminhou quase se arrastando até a cama e deixou o corpo desabar sobre ela. Olhando a porta aberta por alguns segundos se arrependeu do que fez, mesmo sabendo que era o certo.


Sentiria falta dele, mais que tudo. Tinha se acostumado com a ausência de Clark, mas a de Oliver seria diferente, mais difícil, estava apaixonada por ele e não conseguia negar pra si. 


Esse tinha sido o grande motivo de sua mágoa. Mal tinha se apaixonado de novo, e já havia sido deixada. E isso não era suportável pra ela. Ainda não... Chloe baixou a cabeça e pode ver as lágrimas descerem por seu nariz e explodirem sobre o chão de madeira.


- Chloe?


Ela levanta a cabeça e vê Oliver parado distante, de frente para a porta. Meio sem graça por ter voltado. Seu coração dispara por vê-lo de novo.

- Você voltou!sussurra Chloe tentando conter o sorriso, mas não conseguindo impedir alguns músculos de seu rosto de contraírem. 


Oliver lhe entrega o sorriso mais delicioso que ela já havia visto no rosto dele.


- Eu não posso... Deixar você ir! – exclama ele dando de ombros, deixando claro que ela não tem escolha. Ele não sairia da vida dela.


Chloe levanta e caminha até ele, mas desvia para a porta.


- Não adianta me expulsar...


Ela bate a porta e tranca. E se vira para ele, sorrindo também. Quando Chloe fica na ponta dos pés e puxa o rosto dele para ela, Oliver agarra a cintura dela, até quase tirar seus pés do chão.


Com os rostos colados Chloe beija Oliver e rapidamente as línguas dos dois se unem. Com muita urgência eles se beijam ao mesmo tempo em que se abraçam cada vez mais apertado.


Oliver desce uma das mãos até uma das coxas dela. Com a outra ele a levanta mais, fazendo com que Chloe colocasse as pernas em volta dele. Assim ele caminha com ela até o quarto.


Chloe se agarra ao pescoço de Oliver até ser colocada por ele na cama. Oliver para sobre ela e gentilmente seca o caminho que as lágrimas tinham feito no rosto dela. Chloe responde colocando a mão sobre a dele. Imitando o gesto dele de semanas atrás, guiando e fazendo o contorno de sua boca.


Oliver observa a boca de Chloe como se ela fosse uma fruta que tivesse que ser degustada com toda a calma do mundo. Que de tão doce queria que durasse para sempre.


Chloe espera ele se aproximar, colocando a boca dele na dela. Com a ponta da língua ele percorre o mesmo desenho que seus dedos fizeram, antes de invadir a boca dela.
Colados mais uma vez, língua, boca e corpos.


Depois cobertos apenas por um fino lençol que cobria o quadril unido dos dois, eles descansam.
Chloe repousava a cabeça no peito ainda suado de Oliver. E ele percorria as costas dela com a ponta dos dedos. Em silêncio eles recuperam as forças.


Chloe é a primeira a dar sinal. Ela levanta o rosto e da um beijo de leve no peito de Oliver. Antes de olhar para ele, que de olhos fechados quase dormia.


- Tudo isso para não ter que pagar seguro desemprego?


Oliver abre os olhos e encontra Chloe lhe encarando com um sorriso sarcástico no rosto. Ele sorri e balança a cabeça.


- Depois de Clark ter colocado aquela torre no chão? Tenho que economizar – responde fechando os olhos de novo.


Chloe aperta o queixo contra o peito dele, fazendo Oliver se encolher. Os dois dão risada.


- Isso quer dizer que você vai voltar? Não é? – pergunta Oliver num tom ansioso.


- Tenho escolha? – responde Chloe desviando o olhar.


- Você sempre vai ter.


- Acho que não! Depois de tudo o que vi e vivi? Não sei se consigo viver uma vida normal.


- Quer dizer que não vai rolar sexo em lugar publico? – pergunta Oliver com a testa franzida. 
Chloe esconde o rosto quando é lembrada das próprias palavras, e depois o encara.


- Quem sabe? Se meu chefe me liberar de vez em quando. – provoca Chloe. 


A reação imediata de Oliver é puxar ela para mais perto de seu rosto.


- Não acho que ele vá ficar contra algumas horas de folga por semana. Ouvi dizer que ele é um cara muito, muito gente boa.


- É? Hum! – responde Chloe divagando.


Oliver responde com um sorriso, em seguida puxando o lençol, jogando longe e rolando Chloe na cama. Ficando sobre ela Oliver se aproxima de mansinho.


- Nenhuma mulher fez comigo o que você fez, Chloe Sullivan! - sussurra Oliver.


- O que? – pergunta ela, enquanto Oliver roça o rosto no dela.


- Mexer na minha conta e ainda me fazer implorar – responde ele olhando fixo nos olhos dela.


-É porque você me conhece e...


- Porque estou apaixonado! – a interrompe antes que perdesse a coragem.


Os olhos de Chloe brilham com a declaração.


- Então serão vários por favor. Por que acho que também estou apaixonada – diz ela, um pouco sem graça.

- Acha? – pergunta Oliver, quando se preparava para beijá-la.

- É, estou em dúvida se estou apaixonada ou...completamente apaixonada – brinca ela fazendo bico.


Envaidecido e aliviado por ser correspondido Oliver cola o queixo no dela e devagar beija Chloe mais uma vez.


Se perguntassem anos atrás, quando se conheceram no celeiro dos Kent se passaria pela cabeça deles que anos depois estariam naquele lugar, juntos sentindo um pelo outro o que sentiam, diriam que não.


Mas a verdade é que a vida havia juntado os dois e contrariando tudo, eles decidiram que fariam de tudo para assim ficar.



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tradução: Easy

Essa é uma fic pequena da BlueSuedeShoes muito bonitinha. Não se passa em um momento determinado da série nem dá a entender onde eles estão, mas estão juntos. Muito fofa mesmo. ^^

[[Os personagens e a história não nos pertencem.]]

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Easy - BlueSuedeShoes

“Estou com fome.”

Chloe fungou.

“O quê?”

“Você está sempre com fome.”

“Você deve estar me confundindo com o Bart.”

“Não. O Bart está sempre ridiculamente com fome. Você está sempre com fome no exato momento em que estamos prontos para fazer alguma coisa - neste caso assistir a um filme que estou morrendo de vontade de ver - que você então tem que interromper para pegar algo para comer.” Ela o olhou de sua confortável posição no sofá, no colo dele.

“Isso não é verdade.”

Ela ergueu uma sobrancelha.

“Na maior parte.”

Ela riu. “Bem, odeio ser portadora de más notícias, mas na última vez que chequei, você dispensou os funcionários da cozinha pelo resto da noite, e nenhum de nós tem nenhuma utilidade na cozinha.”

Ele a empurrou do seu colo e ela rolou no sofá com um suspiro de derrota. “Então vamos achar algo fácil,” ele disse confiante. “O filme vai estar aqui quando voltarmos.”

“Consigo convencê-lo a simplesmente comer algumas batatas fritas?” Ela gritou quando ele foi para a cozinha.

“Não,” ele gritou de volta do fim corredor. Ela riu quase sem controle antes de levantar-se e ir atrás dele.

Ela o achou na cozinha, remexendo a dispensa alegremente. Ele a olhou quando a ouviu entrar. “O que você acha de macarrão com queijo?” ele perguntou.

“Que é mais trabalho do que vale à pena?” ela sugeriu. Oliver ignorou.

“Eu acho que é bom,” ele disse, jogando para ela uma caixa com vários tipos de massas e metendo a cabeça no refrigerador para procurar por cheddar. “De qualquer forma, é possivelmente a coisa mais fácil do mundo de se fazer. Você não pode ferrar com o macarrão & queijo nem mesmo se tentar.”

“Você não tem do tipo instantâneo de um bom e conveniente pacote?” ela perguntou desanimada.

“Aquele negócio pulverizado? Nah, o caseiro é melhor.”

“Você ao menos sabe como ferver água?” ela brincou, pegando uma panela.

Ele lançou a ela um olhar indignado e ela riu, enchendo a panela com água e colocando em cima do fogão.

“Você poderia achar para mim um azeite de oliva?” ela perguntou quando ele colocou uma peça de cheddar em cima da mesa.

“Para quê?” ele perguntou.

“Truque de Martha Kent. Evita que a massa se grude.”

Ele sorriu para ela. “E você diz que não tem utilidade na cozinha.”

“Não tenho. Martha Kent é quem sabe o que está fazendo.” Ela procurou pelo sal enquanto esperava a água ferver.

Eventualmente a massa estava fervendo e as mãos do Oliver estavam se movendo para o sul. “Dá pra parar?” ela perguntou, lutando contra um tremor quando ele cheirou o pescoço dela.

“Hã? Você é muito sexy quando está assim tão concentrada,” ele brincou.

Chloe revirou os olhos. “Pensei que estivesse com fome.”

“Isso se chama multi-tarefa.”

“Toma,” ela disse tentando distraí-lo. “Diga se já está macia.” Ela ofereceu a ele um pedaço da massa na colher de pau. “Cuidado, está--“

Ele engasgou com a massa antes que ela pudesse terminar, engolindo rapidamente depois de queimar a língua. Ele a encarou.

“-- quente,” ela terminou, rindo da expressão dele.

“Está pronta,” ele disse amargamente.

Sorrindo ela foi escorrer a água da panela e colocou a massa em um refratário de vidro. Oliver assistiu enquanto ela trouxe o cheddar que ele ralou e cuidadosamente o peneirou sobre a massa, tendo o cuidado de não haver mais do que o suficiente cobrindo o macarrão.

“Aqui,” ela disse, dando para ele. “Coloca no forno.”

Ele obedeceu com prazer, feliz de que estava conseguindo o que queria. “Preciso programar um tempo?” ele perguntou fechando o forno.

“Não, só precisamos ficar olhando até o queijo derreter,” ela informou.

“Ótimo,” ele disse, e Chloe não percebeu o olhar travesso no rosto dele enquanto ela lavava as mãos. Algo a acertou na nuca e ela sentiu várias coisas frias e meladas descendo pela camisa dela. Gritando de susto ela se esticou e mexeu na camisa para tirar as coisas. “O que foi isso?” ela exigiu, rodeando o Oliver, que tinha mais pedaços de queijo nas mãos e sorria.

“Isso foi pelo macarrão quente,” ele disse.

“Seu porco,” ela disse, o que fez com que ele jogasse mais queijo nela. “Oliver!” ela exclamou antes de se virar para a torneira e puxar a mangueira para espirrar água no rosto dele.

Oliver cuspiu a água, espirrando de volta nela e Chloe percebeu que cometeu um erro grave. “Ah não,” ela disse ao ver o olhar no rosto dele, “não se--ATREEEVAAA!” ela gritou a última palavra quando ele começou a correr atrás dela em volta do balcão da cozinha, quase a alcançando em um momento. Rindo alegremente, ela pegou uma mão cheia de queijo para jogar nele. Ele se esgueirou a tempo e pulou por em cima do balcão, parando bem atrás dela. Ele rolou do balcão bem a tempo de segurá-la, envolvendo os braços ao redor dela fortemente e prendendo os braços dela ao lado. Chloe gritou, rindo ao mesmo tempo, quando ele a carregou em seu colo. Ela se debateu contra ele enquanto ele beijava o pescoço dela. “Me solta seu primitivo,” ela insistiu, mas ele a cutucou nos lados em resposta, causando o riso dela.

“Ah, se conforma. Você pediu por isso,” ele disse a ela, virando-a em seus braços para beijá-la propriamente.

“Mmm... talvez,” ela admitiu enquanto suas mãos seguravam a camisa dele, se arqueando contra ele quando o beijo a forçou para trás.

Antes que ela percebesse, ela já estava no chão, com o Oliver se pressionando contra ela enquanto a língua dele passou pelos lábios dela. Os dedos dela deslizaram pelo cabelo dele e ela pressionou seu quadril contra o dele, provocativamente.

Ele rosnou. “Mulher, sugiro que você pare com isso ou nunca vai assistir aquele filme que queria tanto.”

“Não me chame de Mulher,” ela rebateu, “e talvez eu tenha mudado de idéia sobre o filme.”

“Por mim tudo bem,” ele sorriu, baixando a cabeça para beijá-la novamente.

Logo quando as coisas estavam esquentando eles foram despejados da euforia por um bipe irritante.

“Pensei que você não tivesse programado um tempo,” Chloe murmurou, pensando que tinham se passado apenas cinco ou dez minutos--o que tecnicamente era mais do que suficiente para a massa.

“Não programei.”

“Então o qu--“ Os olhos da Chloe se abriram e ela viu a fumaça se acumulando no teto. “AH MEU DEUS!” ela gritou, jogando-o de cima dela. Correndo até o forno, ela pegou o extintor, abriu o forno e mirou o extintor, apagando as chamas. Ela encarou a massa negra em choque, então foi desligar o gás do forno, se dando conta que deveria ter feito isso em primeiro lugar. Então sua mão parou no ar. Ela pegou uma luva e jogou no Oliver, que estava ocupado desligando o alarme de incêndio.

“Por que isso?” ele perguntou surpreso.

“VOCÊ BOTOU EM GRELHAR? O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊ?” ela gritou com ele incrédula.

“O quê?” ele encolheu os ombros, confuso.

“Você deveria ter posto em assar, não grelhar. Não é surpresa que tenha pegado fogo.” Ela sacudiu a cabeça, exasperada.

“Desculpa?” ele disse tolamente, descendo da cadeira em que tinha subido.

Ela finalmente desligou o forno, impressionada com a densidade dele. “Você é incorrigível.”

“Não sou incorrigível. Sou incrível.”

“E por que isso?” ela perguntou, tentando segurar o riso enquanto ele caminhava em direção a ela para beijá-la.

“Sou incrível porque sou tão persistente,” ele disse contra os lábios dela.

“Ah?”

“É. Vou tentar tudo de novo. Acho que dessa vez devemos adicionar chantili à guerra de comida, porém,” ele sugeriu, mexendo as sobrancelhas para cima e para baixo.

Chloe gemeu. “Você tem sorte por eu amar você.”

Ele sacudiu os ombros. “Eu sei. E você tem sorte por eu ser tão incrível.”

“Tem certeza de que não podemos simplesmente pedir pizza?” ela perguntou esperançosa.

Ele sorriu para ela. “Isso seria muito fácil.”

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Extraordinarily Ordinary, Capítulo 8

Extraordinarily Ordinary é uma fic da BlueSuedeShoes ;D

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--8—

Na manha seguinte Oliver imitou Chloe e fingiu que nada tinha acontecido na noite anterior a não ser a volta da memória dela. Ele entrou na cozinha e a encontrou já acordada. Ela estava debruçada sobre os jornais que Bart tinha deixado, alternando entre eles várias vezes, e – ele notou com interesse – constantemente voltando ao retrato-falado do Arqueiro Verde.

“Lembrou de mais alguma coisa?” ele perguntou casualmente, tentando não denunciar seu desespero.

Ela balançou a cabeça negativamente, sem tirar os olhos do jornal. “O Clark é o Borrão?”

“Sim.”

Aí sim ela tirou os olhos do jornal. “Sério?”

Oliver confirmou, pegando uma caixa de cereal. “Quer alguma coisa?”

“Não, obrigada. Quando ele se tornou o Borrão?”

“Uns dois anos atrás.”

“Uau.” Ela voltou para o jornal. Depois, passado um momento, ela pareceu se preparar pra algo. “O que você sabe sobre o Arqueiro verde?” Chloe suspeitou que talvez o fato dela saber da identidade de Clark era a razão do Arqueiro Verde dizer que a conhecia. Ela devia o ter conhecido através do Clark. E se Oliver sabia sobre Clark, então havia uma grande chance dele conhecer esse segundo herói também. Ela planejou perguntar a mesma coisa pra Clark quando ele ligasse mais tarde.

“Porque você pergunta? Lembrou de alguma coisa sobre ele?” ele perguntou se sentindo um pouco idiota. Era bizarro fingir pra Chloe que ele não era o Arqueiro Verde.

“Não, eu só... só estou curiosa. Tenho uma sensação estranha que me diz que eu devo conhecê-lo.” Ela cuidadosamente pulou a parte em que ela encontrou esse homem misterioso na noite anterior.

Oliver a olhou agudamente, irritado com a falta de sinceridade dela. “Ah?”

Ela deu de ombros. “Sim. Mas sei lá. Deve ser porque eu aparentemente escrevi um ou dois artigos sobre ele. Tanto faz.”

Oliver sorriu amargo pra si mesmo. Ela era boa. Qualquer outro que não ele teria acreditado nisso facilmente.

Chloe olhou pra Oliver, dessa vez pensativa. “Pergunta.”

“Qual?”

“Porque e como você sabe sobre o Clark?”

Oliver não estava preparado pra essa, embora devesse estar. Ele conseguiu um pouco mais de tempo colocando um pouco de cereal na boca. Depois de engolir, respondeu cuidadosamente. “Bom, o cara não exatamente usa uma máscara. Enfim, eu e ele ajudamos um ao outro numas enrascadas aqui e ali.”

Chloe mordeu a língua, seus olhos parecendo procurar os de Oliver. Ele via que ela estava tentando obter mais informações dele, determinar se havia mais informações.

“Então Clark e Lois voltam em dois dias, e você tem uma consulta com o médico amanhã. Está basicamente livre hoje. O que quer fazer?” ele perguntou, mudando de assunto pra evitar as águas perigosas e turbulentas do anterior.

“O que você vai fazer?”

Ele deu de ombros. “Não tenho nenhuma reunião hoje, só um evento à noite.”

“Ah.” Ela se sentiu culpada por secretamente ter esperanças de que ele ficasse ausente como no dia anterior. Ela estava quase que com medo de ficar sozinha com ele.

“Então...” ele a encorajou.

“Umm... Não sei. O que eu faço pra me divertir?”

Ele olhou pra cima, surpreso com a pergunta. “Ehhh...”

Chloe se lembrou do que Dinah disse no outro dia sobre ser anti-social. “Eu sou tão reclusa assim?” ela disse cansadamente.

Oliver a olhou compreensivo, mas não respondeu.

“O que aconteceu? Todo mundo me diz que eu passei por muita coisa. O que foi tão desolador assim? E não me diga que não pode me contar!” ela o cortou, vendo as palavras já se formando nos lábios dele.

Oliver fechou a boca e olhou pra baixo. Fazendo um barulho frustrado, Chloe levantou e saiu da mesa.

“Onde você vai?” ele perguntou.

“Vou tirar esse pijama e colocar outra roupa, Oliver. E depois vou ligar pra Lois e perguntar quais filmes eu vi nos últimos anos que eu tenha gostado. E depois eu vou assisti-los na sua TV.”

Oliver riu, balançando a cabeça. “Ah, Chloe,” ele murmurou. Mas aí ele ficou sério. Como Chloe reagiria se lembrasse de Brainiac e Davis e Jimmy e todas as coisas que aconteceram nos últimos anos? Ele não achava que podia suportar ver a dor nos olhos dela de novo. Era isso que o tinha feito fugir, afundando-se no álcool e se escondendo dela mais do que de qualquer outra pessoa. Ela seria capaz de perdoá-lo mais uma vez pelo papel dele na tragédia dela? Isso o surpreendera já na primeira vez.

Talvez Clark tenha um pouco de razão, ele pensou amargamente. Talvez Chloe esteja melhor não se lembrando de tudo isso... não se lembrando de mim.

Ele levantou da cadeira, pegando a tigela do cereal e o prato de Chloe. Deu uma olhada no último e percebeu que ela encontrou as panquecas de mirtilo do dia anterior no freezer e as esquentou. Um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.

Chloe ficou em casa e assistiu filmes a manhã inteira. Oliver, enquanto isso, estava pesquisando sobre a Chequemate e algumas das novas informações da LJ sobre essa organização. Sua cabeça estava começando a doer ao revisar arquivo após arquivo, tentando descobrir do que essas pessoas realmente estavam atrás. O que eles queriam com heróis? Porque eles seqüestraram Chloe?

Chloe. Isso era trabalho dela, não dele. Era ela que sempre juntava as peças do quebra-cabeça. Victor podia quebrar um galho na próxima missão como Torre de Vigilância, mas a verdade era que eles precisavam dela de volta.

Ele olhou pro canto do sofá em que ela estava sentada. Pensou como seria se ela nunca recuperasse totalmente a memória. Sem dúvidas ela descobriria sobre o Arqueiro Verde novamente. Já tinha feito isso uma vez, não tinha? Ele viu o olhar no rosto dela durante o café. Ela estava determinada a resolver esse mistério. Ele suspeitava que ela talvez já pensasse que Oliver estava de alguma forma envolvido. Não lamentaria quando ela descobrisse. Seria bom restaurar pelo menos essa parte do relacionamento deles. E talvez ele pudesse convencê-la a voltar pro seu trabalho. Ela recuperaria as habilidades com o computador mesmo sem a memória? Era discutível, mas duvidoso. Porém, ela podia reaprender. Victor poderia ajudá-la. Talvez eles pudessem ter a Torre de Vigilância de volta sem ela ter que sofrer a dor do Apocalipse toda de novo.

Ele balançou a cabeça. Isso não era justo. Não era ele que dizia pra ela que queria que recuperasse todas as lembranças, não importa quão sombrias fossem? Ela tinha ficado grata a ele por isso, chateada com o fato de Clark querer o contrário.

A percepção de que ele estava começando a pensar como Clark o incomodou, e ele se afastou da mesa, admitindo que não faria nenhum progresso com Chequemate. Ao menos não naquele momento.

Olhou pra Chloe novamente. “Vou sair por um minutinho,” ele disse a ela. “Você está bem? Precisa de alguma coisa?”

Chloe tirou os olhos da TV. “Não, estou bem.”

Oliver pegou sua jaqueta de couro preta e saiu do apartamento, os olhos de Chloe o seguindo enquanto o fazia, se perguntando onde ele estava indo.

Chloe suspirou quando a porta do elevador se fechou, e ela afundou no sofá. Isso era... estranho. Tudo ao redor dela era estranho. Estava tão feliz por lembrar de Clark e sua vida dupla. Tantas peças se encaixaram quando ela se lembrou do ensino médio, e ainda assim tantos outros mistérios permaneciam, a maioria deles envolvendo Oliver.

Ela levantou pra ver o que ele estava fazendo no computador, o coração batendo acelerado como sempre fazia quando ela metia o nariz onde não era chamada.

Mas a maioria dos arquivos estava encriptada, e ela não achava que tinha tempo pra quebrar os códigos antes de Oliver voltar. Nem tinha certeza se era capaz. Ela era uma hacker decente, mas isso parecia avançado demais pra ela. Tudo que conseguiu descobrir foi que a maioria dos arquivos tinha alguma coisa a ver com algo chamado Chequemate.

De repente Chloe teve uma visão de um homem mais velho, morrendo na frente dela, sua última palavra “Cheque.”

Mas tão logo que veio, logo sumiu, como água escorrendo entre seus dedos, e ela não conseguia se lembrar mais.

Ela balançou a cabeça. O que era Chequemate e porque Oliver pesquisava tanto sobre isso? Achou que talvez fosse relacionado à empresa, mas quando ela pegou seu próprio computador pra pesquisar isso no Google, o resultado era virtualmente infrutífero.

“Chequemate... a palavra dançou em seus lábios com uma familiaridade desconcertante. Finalmente, porém, depois de não lembrar nada, ela desistiu. Fechando o computador, ela notou o barulho do elevador se movendo, o que queria dizer que Oliver estava voltando. Ela correu pela sala e deitou de volta no sofá, como se nunca tivesse se movido. Ela queria voltar um pouco o filme, mas não queria correr o risco dele notar alguma coisa.

Bem feito, ela pensou irritada consigo mesma. Não descobriu nada.

Oliver entrou na sala com dois cafés na mão e a primeira coisa que notou foi que seu laptop estava novamente aberto. Ele arqueou uma sobrancelha com deleite enquanto olhava pra Chloe. Por um momento ele pensou se devia ou não falar com ela sobre ela ter espiado, como ela reagiria se ele fizesse isso, mas ele decidiu não fazer. Apenas o fato dela estar espiando – o investigando, basicamente – era um sinal promissor de que ela estava voltando a ser uma Chloe com a qual ele estava mais familiarizado. Ele se perguntou se ela descobriu alguma coisa útil.

Se permitindo dar uma risada baixinha, ele andou até ela e entregou o café que trouxe pra ela.

Ela parecia surpresa. “Obrigada”

“De nada,” ele disse, sentando ao lado dela. Ele não tinha tirado a jaqueta e Chloe involuntariamente inspirou o cheiro de couro novamente.

“Você cheira bem,” ela disse aleatoriamente.

Ele riu. “Obrigado?”

Ela riu também. “Desculpa. Eu não sei. Por alguma razão eu gosto do cheiro de couro.”

As sobrancelhas de Oliver se ergueram, arqueadas, mas ela não notou, os olhos grudados na tela da TV naquele momento. Finalmente, aceitando que isso era tudo que ela iria dizer sobre o assunto, ele se virou pra TV também. “O que você está vendo?”

“O filme do Anjo Guerreiro que Lois diz que teve uma parte filmada na fazenda Kent. Na verdade não é inteiramente ruim. Bem do tipo Blockbuster, mas bom.” Ela deu um gole no café. “Lois disse que gosto muito de filmes de super-heróis,” ela acrescentou, uma das sobrancelhas se erguendo levemente. “Sem dúvida uma consequência de ser amiga de Clark Kent,” disse.

Oliver concordou com um aceno de cabeça. “Provavelmente.” Ele não sabia isso sobre ela. Não tinha idéia de que tipos de filme ela gostava ou não.

Depois de um tempo Chloe falou de novo, os olhos nunca deixando o filme. “Para com isso.”

“O que?” ele perguntou sorrindo.

“Me assistir assistindo o filme. É desconcertante e muito irritante.”

“Aw,” ele provocou. “Porque? É tão divertido.”

“É estranho. Pare.”

Sorrindo, ele relutantemente tirou os olhos dela e olhou pra TV. “Tá bem, tá bem.”

Quando o filme acabou Chloe se virou pra ele. “Que horas é a consulta com o médico amanhã?”

“Não antes da tarde. 12:30, eu acho.”

“Obrigada.” Ela levantou do sofá e foi jogar fora o copo agora vazio de café. “Obrigada pelo café, por falar nisso.”

“De nada.” Oliver a observou e então se preparou. “O que você acha de sair essa noite?”

Ela olhou pra cima, surpresa. “O que?”

“Eu tenho aquele... evento que te falei. Você quer ir? Você não tem que ir,” ele acrescentou rapidamente. “Com certeza posso encontrar outra pessoa,” ele xingou mentalmente ao perceber o quão estúpido isso soava em voz alta, “mas achei que talvez você gostaria de sair à noite.”

Chloe o olhou com cautela. “Que tipo de evento?”

“Não é grande coisa.”

Ela arqueou uma sobrancelha pra ele com suspeita.

“Baile de Caridade,” ele admitiu.

Chloe fechou os olhos, pensando. Por um lado, era uma oferta muito tentadora. Por outro, era uma idéia muito ruim ir a algo que parecia um encontro com Oliver. Ela mordeu o lábio.

Mas novamente, ela se perguntou, porque é uma idéia tão ruim? Quero dizer, doeria tanto assim fazer isso? Talvez eu estava errada sobre a noite passada. Não sei. Ainda parece estranho que ele pense em mim dessa forma… mas ele está convidando, não está? Não posso ter certeza de que irei sequer recuperar minha memória completamente – apesar de que a noite passada certamente me deu motivos pra ter esperança – mas mesmo assim, talvez eu devesse tentar conhecê-lo de verdade. Todo mundo insiste que somos tão bons amigos...

“Porque não?” ela disse em voz alta. “Mas devo dizer que não acho que vi uma roupa formal entre as que Clark trouxe pra mim,” ela acrescentou.

“Sem problemas. Comprarei alguma coisa pra você.”

Chloe pareceu surpresa. “Nem pensar.”

“Mas você disse—”

“Não vou deixar que você compre um vestido pra mim.”

Oliver revirou os olhos. “Porque não?”

“Porque—” ela se atrapalhou com as palavras, “porque é inapropriado e... e—”

“Você não tem nenhuma razão válida, não é?”

“Não. Mas ainda assim eu não quero que você faça isso. E se eu fosse com Dinah no Talon pra escolher alguma coisa minha?” Chloe estava surpresa com a própria genialidade. Seria uma oportunidade perfeita pra procurar no Talon algum vestígio de seu passado mais recente

Oliver parecia cauteloso. “Você levará Dinah com você?”

“Claro.”

Ele coçou a parte de trás da cabeça. O que podia fazer? Não era como se ela fosse sua prisioneira ou algo assim. Ela era livre pra ir se quisesse. Ela estará segura com a Canário, ele acrescentou pra si mesmo. “Sim, claro. Porque não?”

E foi assim que Chloe acabou no Talon, ajudando Dinah a fazer uma busca em seu closet.

... ou, mais precisamente, Dinah estava fazendo uma busca no closet de Chloe enquanto ela imperceptivelmente explorava as mudanças no lugar, comparando ao que lembrava. A falta de fotos a surpreendeu. Ela sempre gostou de ter vários porta-retratos espalhados no ensino médio. Não havia nenhuma a ser encontrada agora. Ela tinha a estranha impressão de que elas foram guardadas por alguma razão desconhecida – como se ela não quisesse olhar pra elas.

Ótimo, ela pensou, agora estou guardando segredos até de mim mesma.

“E esse?” Dinah interrompeu seus pensamentos, segurando um vestido rosa brilhante.

“Definitivamente não,” Chloe fez uma careta. Era o vestido que ela usou no baile de recepção com Clark.

Dinah pendurou o vestido novamente. “É, rosa realmente não combina muito a ver com você, não é? Muito Barbie.”

Chloe riu. “Que cor você acha que devo usar?”

Dinah arqueou uma sobrancelha pra ela, os olhos dançando. “Definitivamente verde. Vamos ver se –”

As palavras de Dinah foram interrompidas por alguém arrombando a porta.

“O que –” Alguém agarrou Chloe por trás, e o instinto a dominou enquanto ela se debatia contra o assaltante, quase conseguindo se soltar antes de uma segunda pessoa se juntar à briga.

“Chloe, tape os ouvidos!” Dinah gritou e Chloe deu uma olhada a tempo de vê-la começar a gritar, um grito sobrenatural preenchendo o lugar. As mãos de Chloe foram pros ouvidos instantaneamente, tentando bloquear o som. O que diabos estava acontecendo? De repente o barulho que fez os dois agressores caírem de joelhos foi abruptamente interrompido quando um terceiro homem se lançou na direção de Dinah, jogando uma espécie estranha de líquido que parecia uma cola na boca dela. Dinah tentou tirar aquele treco do rosto dela, mas não teve chance quando o agressor deu um golpe que a derrubou.

A última coisa que Chloe viu foi Dinah lutando com o agressor antes de Chloe sentir uma picada no pescoço. Numa questão de instantes tudo ficou preto.


Vinte minutos depois, Oliver pegou o celular e viu o nome Dinah Lance na tela. Ele atendeu, mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa, Dinah falou freneticamente.

“Oliver, eu perdi Chloe.”

“Você o QUE?”

próximo

terça-feira, 25 de maio de 2010

Extraordinarily Ordinary, Capítulo 7

 

Mais dois capítulos hoje. Me desculpem por possíveis erros, eu revisei os dois sonolenta demais pra conseguir fazer direito. Há uma nota de tradução no final, explicando o termo ‘zipline’. Os personagens não são meus e o blablabla de sempre.
Boa leitura.

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--7—

Oliver teve que pensar rápido pra ter certeza que chegaria antes de Chloe no apartamento. Usando a zipline¹, ele entrou pela janela do quarto de hóspedes depois de passar por vários telhados da vizinhança. Tão rapidamente quanto possível ele correu pro seu quarto, tirou seu traje e o escondeu debaixo da cama antes de colocar sua calça do pijama e correr do quarto pra cozinha, justamente no momento que Chloe saia do elevador.

Quando ela o viu ali pulou aflita, claramente tendo pensado que ele ainda estaria dormindo.

Vamos, Parceira. Lembre-se de mim. Perceba que era eu, ele implorou silenciosamente pra ela, seu peito subindo e descendo com a adrenalina.

Chloe abriu a boca várias vezes tentando falar, mas nenhuma de suas tentativas foi bem sucedida. Por fim, Oliver entendeu que teria que continuar com o mistério um pouco mais. Ela não se lembrava dele. Ele confortou-se com o fato de que por um momento lá em baixo, ela parecia como se tivesse se lembrado do Arqueiro, ao menos de alguma forma.

“O que aconteceu com você?” ele perguntou e Chloe viu a aflição em seus olhos. “Eu estava prestes a ligar pra polícia.”

“Me desculpe. Eu não achei que você notaria se eu saísse.”

Oliver atravessou a sala até ela, envolvendo-a em seus braços e apoiando o queixo no topo da cabeça dela. “Eu soube no momento em que você se foi, Chloe. Você quase me matou de susto.”

Ele parecia como quando ela estava no hospital, Chloe notou. A culpa a preencheu ao perceber quanto medo ela o causou. “Me desculpe,” ela repetiu sinceramente. “Eu apenas tinha que sair daqui.”

“O que houve?” ele perguntou em voz baixa, as mãos passando por seu cabelo enquanto a segurava contra seu peito.

“Não conseguia dormir. Senti como se estivesse enlouquecendo e depois percebi que já tinha enlouquecido e apenas tive que sair. Não quis assustar ninguém, e eu ia voltar.”

“Chloe, você tem idéia –” Oliver parou. Ele não iria culpá-la ainda mais. Ele não podia dizer que pensou que a perdera, que pensou que ela foi levada bem debaixo de seu nariz quando ele deveria protegê-la. “Por favor, não faça isso de novo.”

“Não farei,” ela sussurrou.

Oliver fez com que ela o olhasse nos olhos. “Não posso te perder, Chloe. Simplesmente não posso. Você tem que voltar pra mim, se lembrar de mim.”

Antes que Oliver soubesse o que estava fazendo, se inclinou e a beijou. Ele sentiu a respiração funda dela e o jeito que seu corpo ficou rígido com o choque, mas no momento seguinte ela retribuiu o beijo, as mãos indo até o peito dele e lentamente envolvendo seu pescoço. Oliver moveu os lábios quase desesperadamente contra os dela, libertando-se de todo medo que ela o fez sentir. Ela disse momentos antes que iria voltar. Ao menos isso queria dizer que não estava fugindo dele. Ela apenas precisava clarear a cabeça.

De repente Chloe se afastou. Ela parecia assustada.

“Chloe—”

Os olhos dele suplicaram para os dela, mas Chloe não sabia o que dizer. Estaria Dinah certa? Ela esteve ou estava apaixonada por Oliver? Começava a parecer isso, mas isso apenas a apavorava mais. Como poderia estar apaixonada por alguém de quem não se lembrava?

Ela balançou a cabeça, indo pra longe dele. Os olhos dela desviaram-se. “Me desculpa por ter te assustado,” ela disse antes de sair quase que voando da sala, deixando Oliver pensando no que tinha acabado de acontecer.

Chloe andou entorpecida até o quarto, fechando a porta atrás de si e recostando-se nela, os olhos fechados enquanto respirava o ar fresco no quarto – Oliver aparentemente havia aberto a janela, embora ela não pudesse imaginar o motivo.

O que acabou de acontecer? Ela se perguntou silenciosamente. Sabia o que Dinah havia dito, mas... Era apenas difícil demais compreender isso, ao menos não com sua condição atual. Apesar de que Chloe não conseguia imaginar que mesmo com sua memória normal acreditaria nisso. Ele estava apenas emocionalmente alterado, ela disse a si mesma. Eu quase o matei de susto e ele apenas se deixou levar. Nós nos deixamos levar.

Ela balançou a cabeça, cansada, com medo do tanto que queria correr de volta pra lá atrás dele, nem mesmo notando que essa nova ‘evolução’ afastou com sucesso todos os pensamentos sobre o Arqueiro Verde pro fundo de sua mente. Ao invés de ceder ao impulso ela se obrigou a ir pra cama, sabendo que estava agora totalmente exausta, mais o que o bastante pra dormir por muito tempo. Ela tremeu, enrolando-se mais nos cobertores. Devia ter fechado a janela, mas agora estava cansada demais e confortável demais pra sair da cama e fechar.

Quando Chloe dormiu, sonhou um grande terreno enfadonho coberto de neve e um castelo feito de gelo, que lentamente se transformou numa fortaleza, que consistia em lanças de gelo gigantes. Ela de repente se viu caminhando até essa fortaleza, lutando pra ficar aquecida.

E aí Clark estava lá, pegando-a do chão onde ela estava lutando pra não congelar até a morte. E Clark correu com ela pra um hospital... A levou até lá a pé.

Chloe sentou na cama, ofegando em busca de ar. “Clark!” ela sussurrou. Pegou o telefone e ligou pra ele confirmando o que acabara de lembrar.

Enquanto isso, Oliver estava tendo um sonho também, bem mais quente e incansável que o de Chloe. Ele quase a acertou quando ela sem cerimônia nenhuma o acordou, sacudindo-o.

“Mas que – o que tá acontecendo?” Ele engoliu seco, percebendo o que estava sonhando. Mesmo com sua memória, Chloe o mataria se soubesse. Ele reprimiu um pequeno sorriso – ou era mais uma risada nervosa? – e focou em se acalmar.

Chloe estava positivamente alegre. “Eu me lembro do ensino médio!”

“O que?” ele a encarou.

“Tudo até mais ou menos a colação de grau. E vagamente lembro o meu primeiro dia de aulas na MetU.”

Chloe praticamente flutuava, estava tão feliz e aliviada! Tinha se esquecido completamente do que aconteceu antes de dormir até notar o olhar nos olhos de Oliver.

Ele sentou na cama e a abraçou feliz.

“Isso é fantástico, Parceira. Você se lembra de tudo?”

Chloe concordou, se afastando um pouco dele. “Quatro anos de volta em poucas horas.”

“O que você se lembra do Clark?”

A reação automática de Chloe era mentir, mas no telefone há alguns momentos, Clark disse que Oliver sabia, e que era seguro falar disso com ele.

“Eu me lembro de tudo. Incluindo Krypton.”

O alívio imenso no rosto de Oliver aqueceu seu corpo inteiro. Ele estava genuinamente feliz por ela. A conversa com Clark tinha sido tensa. Ele confirmou tudo, mas ela podia sentir que havia uma parte dele que ele não queria que ela lembrasse. Ela só não entendia o porquê. Ele não gostava que ela soubesse de seu segredo? Ou era mais sobre o que Oliver havia dito antes – que Clark se culpava por envolvê-la nesse mundo. Lembrou-se de toda situação de risco de vida pela qual passou no ensino médio, e tinha que admitir, não parecia provável que o padrão tinha se rompido depois. Clark tinha um hábito de se culpar. Era por isso que ele parecia lamentar o fato dela lembrar? Porque não queria que ela lembrasse todas as coisas horríveis pelas quais se sentia culpado? Ela fechou os olhos banindo esse pensamento por um momento. Apenas queria ficar feliz porque tinha se lembrado.

“O que você está pensando?” Oliver perguntou.

Chloe abriu os olhos e o encontrou a observando. “Que você devia colocar uma camisa,” ela brincou.

Ele arqueou uma sobrancelha, e, mesmo sabendo que ela estava brincando, levantou pra pegar uma camiseta. Passando-a pela cabeça, ele disse, “O que você realmente tá pensando?”

Chloe deu um suspiro meio aliviado quando todos aqueles músculos sumiram de suas vistas. Era mais fácil olhar pra ele e se concentrar quando ele estava adequadamente vestido. “Estava pensando porque o Clark lamenta tanto eu lembrar o segredo dele.”

“Porque ele quer que você viva aquilo que é popularmente conhecido como ‘vida normal’, mesmo isso não sendo o que você quer.”

“Como você sabe o que eu quero?” Chloe perguntou automaticamente.

“Vamos ter que passar por isso de novo?” ele perguntou, um sorriso no canto dos lábios enquanto se endireitava na cama. “Vamos colocar dessa forma: Você lamenta ter lembrado?”

“Não.”

“Claro que não. Porque você precisa saber o que realmente está acontecendo ao seu redor. Você não gosta de andar por aí com uma venda, fingindo que não há nada mais sério no mundo do que o aquecimento global.”

Chloe concordou com a cabeça, surpresa com a precisão com a qual ele a descreveu.

Oliver não podia se conter. “Você –”

“Não, Oliver. Sinto muito. Ainda não me lembro de você. Quase nada depois do ensino médio. Mas essas memórias vão voltar, certo? Esse tanto já voltou.”

Oliver acenou positivamente. Ele tinha que acreditar nisso. Ela tinha que lembrar dele e logo. Ele a olhou agora, o jeito que os olhos dela continuavam a olhar nervosamente pra porta, como se estivesse arrependida por vir no quarto dele – por razões óbvias. Ele odiava isso. Precisava dela de volta 100%. Depois que ela foi pro quarto anteriormente, ele percebeu a verdade. Era como se um raio tivesse o atingido... Ou talvez como se fosse atingido por uma de suas flechas. Ele estava desesperado pra tê-la de volta, sua Chloe. Ela era dele. Ele sabia agora. Vinha pensando nela como dele havia muito tempo sem nem ao menos conscientemente perceber isso. Porque outro motivo era tão difícil pra ele que ela não se lembrasse dele? Todos os outros sentiam falta dela, mas ninguém estava tão chateado ou frustrado como ele.

“Chloe, sobre... hoje mais cedo.”

Chloe levantou, se aproximando da porta. “Está tudo bem. Você se deixou levar. Nós dois nos deixamos levar.”

Ele começou a se levantar também. “Isso não é –”

“Você não tem que inventar justificativas pra mim, Oliver. Está tudo bem.”

“Chloe, você por favor –”

“Boa noite, Oliver,” ela disse ao sair do quarto, fechando a porta firmemente atrás dela.

Oliver estava perdido. Era tudo que podia dizer. Ele apenas podia explicar o fato dela ter corrido dele tão rápido quanto possível assumindo que ela se arrependia do que aconteceu.

A verdadeira pergunta era se ela ainda se arrependeria caso lembrasse dele. Ela estava o afastando puramente porque sentia que não o conhecia? Ou era uma convicção mais enraizada nela de que não o queria dessa forma?

“Deus, Chloe,” ele murmurou, balançando a cabeça, desanimado. “É melhor você recuperar sua memória logo, para que a gente possa realmente conversar sobre isso.” Ele caiu na cama de novo e se preparou pra não conseguir dormir pelo resto da noite.

Notas de Tradução:

Zipline¹ - é a ‘corda’ usada na prática da tirolesa

próximo