quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mais drabbles. =D Essas duas também são da Tarafina. A segunda é uma das minhas favoritas. Eu sei, são pequeninas, mas as próximas serão maiores. ;D
Espero que gostem.

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Always

Houve momentos na vida em que ele pensava honestamente o que diabos ela via nele, porque ela ainda estava por perto. Aqui estava ele em um jatinho do outro lado do mundo, se desculpando mais uma vez. “Eu não vou estar de volta até amanhã.”

Ela suspira. “É Natal.”

Os olhos dele se fecham e ele sacode a cabeça. “Eu sei... Sinto muito, Chloe, eu-“

“Tá bem,” ela interrompe e aquela mesma nota de compreensão pela qual ela era conhecida aparece.

“Não tá,” ela argumenta, cerrando a mandíbula.

“Continue repetindo isso,” ela responde. “Eu espero te ver cedinho amanhã, com um laço e nada mais.”

Ele ri, olhos meio molhados, e balança a cabeça. “O que eu fiz pra merecer você?”

A gargalhada suave dela é calorosa. “Confia em mim, o amanhã vai nos lembrar da sua utilidade.”

Os lábios dele se curvam. “Eu to falando sério.”

Há uma pausa e então, “Eu sempre vou esperar por você, Ollie”

E pela primeira vez no relacionamento deles de desculpas e invenções, ele reconhece a verdade. Ela esperaria. Não importam as circunstâncias. E ele não poderia amá-la mais por isso.

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His Home

Em toda a vida dele, houve tão poucos lugares onde ele se sentiu seguro, onde ele sentiu o tipo de conforto que só um lar pode prover. Nem mesmo a cobertura dele tinha esse encanto. E foi preciso tempo, trabalho, mas ele reconhecia a sensação quando ela o cobria, quando voltar da ronda significava ir até ela. Para a Watchtower, tanto a pessoa quanto o lugar.

A quietude é preenchida somente com o bipe dos computadores, com inteligência e a segurança e o conhecimento de que o mundo está nos dedos dela, sob uma cuidadosa vigilância. Ele tem um lugar onde colocar seu equipamento, tem lugar no closet dela onde as roupas normais dele ficam, tem um lado da cama dela reservado pra ele e um calor entre os braços dela onde ele se encaixa.

Por um momento, ele fica no meio disso tudo, com todo o brilho do vidro manchado caindo sobre ele, e ele sorri porque conhece isso. Ele fica parado, quieto, deixa tudo isso invadir cada sentido dele. O clicar dos dedos dela, as cores pelo corpo dele, a segurança e o calor do lar. E então os braços dela estão ao redor da cintura dele, o rosto dela enterrado no peito dele, e ele sabe que enquanto ela e esse lugar são o lar dele, ele é o dela.

E graças a Deus por isso.

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