Autora: Roberta Clemente
Classificação: NC-17
Nota: Essa fic fez parte de uma enquete, ficando em segundo lugar. E como ainda recebo pedidos para dar continuidade... Ai está, para vocês, leitoras mais que queridas. Obrigada.
Resumo: Pense na história de Chloe e Oliver até Lazarus, depois é por minha conta
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“Eu te perdoo”
As palavras se repetiram na cabeça
de Oliver enquanto ele tentava ficar de pé. Queria correr, mas suas pernas
estavam contra a ideia. Quanto mais demorasse mais tempo Chloe passaria com
Charlie e não podia permitir. Então respirou fundo seguidas vezes e se forçou a
ficar de pé, só depois de ter certeza de que seus joelhos não cederiam correu
para a porta e puxou sem se importar com quem estaria atrás dela.
Para a sua sorte era Jonathan.
Começar a descarregar sua raiva ajudaria a manter seu corpo acordado e pronto
para o combate. Quase riu quando os olhos de Jonathan ficaram grandes de susto
antes que o acertasse com um chute no joelho e levasse sua testa de encontro à
parede do outro lado.
-Era isso que eu estava precisando
– ele disse dando um ultimo chute, só para garantir.
Estava se sentindo bem melhor.
Agora tinha que descobrir para onde tinham levado Chloe. Oliver revistou os
bolsos de Jonathan e não encontrou nada, então correu pelo corredor com cuidado
para não ser surpreendido. O lugar estava quieto e silencioso, mas poderia
surgir qualquer pessoa a qualquer momento de qualquer uma das portas. A ultima
por sorte estava destrancada e era a das escadas.
-Claro que tem que ser a ultima
porta – ele olhou para cima e desceu correndo quando teve certeza de que
estavam no ultimo andar.
Bem diferente do terceiro andar,
que se parecia com um conjunto de salas de escritório abandonado, o segundo
andar poderia muito bem servir de apartamento. Oliver entrou em uma sala
aconchegante e olhou em volta a procura de alguma coisa que pudesse usar como
arma e não encontrou nada, aquele lugar realmente era para passar algum tempo.
Sem ter o que fazer se aproximou cautelosamente das portas depois do sofá.
Andrew não deveria estar muito longe de Charlie e se sua suspeita estivesse
correta, Charlie estaria dentro de algum daqueles quartos, com Chloe.
-Sua
vadia
Oliver não hesitou e chutou a porta
a direita assim que escutou Charlie xingar. O batente estourou com facilidade e
ele voou para dentro do quarto, estava preparado para pular em Charlie, só não
estava preparado para o que viu. Charlie acuado em um canto, com o rosto
vermelho de sangue, apontando uma arma para Chloe.
-Chloe. Você está bem? – ele parou
e levantou as mãos.
– Eu acho que temos a tentativa.
Charlie, meu querido amigo aqui – ela manteve os olhos em Charlie, mas suspirou
aliada por saber que Oliver estava bem. – aparentemente não aceita um não como
resposta.
-Vejo que você conseguiu passar
pelo meu segurança. Mas sinto informar que vocês não vão conseguir sair do
prédio – Charlie avisou, com uma risada cheia de dor.
-Você tocou nela? – Oliver ignorou
a ameaça e perguntou com os dentes cerrados de raiva. – Por que se você tocou
pode ser que eu não queria mais sair daqui até ter uma conversinha com você.
-Ele não teve a chance – Chloe
respondeu, sem esconder o nojo da voz. Ela deu passo na direção dele.
-Eu tentei ser gentil com você, mas
eu entendi. Uma vez coração gelo, sempre coração de gelo – Charlie deu de
ombros e olhou para Chloe com ódio.
-Ollie? – Chloe continuou com os
olhos fixos nos de Charlie e viu neles toda a verdade. – Ele vai atirar em mim
– e disse calmamente.
-Eu sei – Oliver engoliu seco.
Também tinha visto a determinação no olhar raivoso de Charlie.
-Eu não queria deixar vestígios de
dna aqui, mas vocês não me deixaram escolha – Charlie sorriu e apertou os dedos
com mais força em volta da arma.
Foi o que Oliver precisou para
avançar sobre ele, o forçando a reagir e tirar a mira de Chloe, que aproveitou
o movimento para avançar também, deixando Charlie confuso. Assim que a mira
voltou para Chloe, Oliver deu seu ultimo passo e agarrou o pulso de Charlie
antes que tivesse a chance de apontar a arma mais uma vez para ele. Em uma
reação rápida deu um soco nele, tão forte que Charlie caiu no mesmo lugar,
completamente desacordado. Mas não sem antes disparar contra a parede atrás
deles.
-Você está bem? – Oliver perguntou
por cima do ombro, preocupado que o tiro pudesse ter chegado perto dela.
-Sim, estou – Chloe respondeu,
olhando para o buraco a alguns metros da sua cabeça. Depois se forçou a sair do
lugar – Passou bem longe. Não faça beicinho. Em vez disso, leve ele para aquele
canto.
-Sim senhora – Oliver se abaixou e
puxou Charlie pelo colarinho do smoking até que ele estivesse abraçado a uma
escultura alta o suficiente para não escapar. Ele observou o rosto do homem a
sua frente, todos os cortes e hematomas que começavam a aparecer.
-Eu disse que o rosto dele era meu
– Chloe mordeu o sorriso enquanto fechava as algemas nos pulsos de Charlie e
tirava uma faca do bolso dele – Daqui ele vai para a cadeia.
-Finalmente – ele suspirou
aliviado, mesmo que um pouco frustrado por não conseguir desabafar na cara de
Charlie. Seus olhos caíram sobre a faca e achou melhor não perguntar como ela
sabia que estava li. Dependendo da resposta corria o risco de não conseguir
deixar Charlie vivo para a policia achar - Nós temos que sair daqui. A essa
altura já devem ter encontrado Jonathan desmaiado no andar de cima e virão
atrás de nós – Oliver pegou Chloe pela mão, mas parou quando encontrou Andrew
bloqueando a porta.
-A encomenda está pronta para a
entrega – Chloe gritou e apertou a mão de Oliver na sua.
-O que? – Andrew franziu a testa e
deu um passo na direção deles.
-Ela quis dizer que é hora de você
apagar sua luz, literalmente e se entregar – Oliver esperou que ele não
descobrisse que aquelas eram as palavras de segurança. Que se tivesse alguém
escutando, logo estaria lá para resgatá-los.
-Claro. E ir preso – Andrew riu e
ergueu uma mão, pronto para criar outra esfera de energia.
-Não diga que não te demos opção –
Chloe olhou para Oliver e trocou com ele um breve olhar.
No segundo seguinte eles estavam
chutando Andrew ao mesmo tempo, cada um em um joelho. Andrew caiu de costas
gritando e gritou ainda mais alto quando Oliver girou um de seus pulsos, o
tirando do lugar e Chloe cravou a faca na palma da outra mão, tão forte e
rápido que ela ficou presa no chão de madeira abaixo dele.
-Uau! Nós somos bons nisso de
equipe – Oliver admitiu com satisfação.
-Me solte. Eu vou matar vocês dois
– Andrew gritou do chão, de dor e de raiva.
-Acho melhor não cantar vitória
antes da hora, Arqueiro – ela apontou para Andrew- Ele está começando a
brilhar.
-O que? – Oliver olhou para Andrew
e viu que uma onda de energia estava correndo por todo o seu corpo. Ele então
puxou a manga do seu smoking e ajoelhou. – Esse é meu. – e deu dois socos em
Andrew, fortes o suficiente para deixa-lo desacordado por um bom tempo. Pelo
menos até que eles saíssem de lá e a policia chegasse. – Pronto.
O som abafado de uma explosão fez o
chão tremer. Chloe e Oliver trocaram mais um olhar, a cavalaria havia chegado,
o que significava que estavam ouvindo. Oliver pegou a mão dela mais uma vez e
correram para fora do quarto em direção as escadas. Do nada Oliver foi invadido
por uma necessidade urgente de tirá-la de lá e um medo assustador de que ela se
ferisse. As imagens de Rick Flag fazendo com ela o mesmo que fez com ele, tudo
o que passou meses imaginando voltou com tanta força que não conseguiu
respirar. Só o som do grito dela, um real, lhe pedindo para parar foi capaz de
tirá-lo de seus pensamentos.
-O que foi? – ele parou olhou para
ela.
-Meu pé. Eu pisei em alguma coisa –
ela respondeu passando a mão na sola machucada.
-Merda – ele viu o sangue em sua
mão e se xingou por não ter pensando melhor. Ela estava descalça e ele a estava
praticamente arrastando por um prédio abandonado e cheio de lixo. – Deixe eu
ver.
Chloe se sentou com cuidado em um
degrau e deixou que ele olhasse seu pé, que estava latejando. Ela observou o
rosto dele e viu a micro expressão de preocupação nele.
-Eu não acredito que me machuquei
saindo da missão – ela gemeu quando ele baixou delicadamente seu pé para o
colo. – Eu quero saber?
-Eu posso tirar sem você saber o
que é – ele deu a ela a opção e esperou uma resposta.
-Eu não vou conseguir andar com,
seja lá o que for que esteja preso ai, vou? – ela perguntou só para saber.
Estava começando a doer de verdade.
-Não. – ele foi sincero e segurou
firme o pé dela com uma mão. – Mas eu sempre posso te carregar – e puxou o
prego de uma vez só.
Chloe engoliu o grito e soltou um
segundo depois. Não sabia se queria chorar ou bater nele, então puxou o pé
gemeu baixinho. A dor começou a ceder após respirar fundo algumas vezes e ela
olhou para o objeto na mão dele. Oliver entregou o prego enferrujado a ela.
-É melhor tirar isso da minha cara
– ela olhou para ele furiosa. –Obrigada – e agradeceu em seguida, dando a ele
um pequeno sorriso.
-De nada, sidekick. Vem, te dou um
braço – ele ficou de pé e a ajudou a fazer o mesmo. –Nossa liberdade está do
outro lado dessa porta.
-Então vamos logo – ela se segurou nele e
mancou até a porta ao final da escada. As paredes tremeram mais uma vez antes
que pudessem atravessá-la.
Assim que passaram viram a equipe
trabalhando em um andar ocupado por caixas e mais caixas de armas, todas
ilegais. As asas de Carter podiam ser vistas de longe, a roupa azul e vermelha
de Clark passando de um lado para outro, deixando um capanga desacordado por
vez em uma pilha de gente e seus alunos mais experientes derrubando os últimos
que resistiam.
Chloe e Oliver pararam para assistir.
As luzes da policia piscaram atrás dos vidros que cercavam o primeiro andar e
eles puderam relaxar. Tudo estava acontecendo como o planejado. Era como se um
peso estivesse sendo tirado de seus ombros. Chloe descansou a cabeça no peito
dele e suspirou. Em alguns segundos teria que interpretar a vitima indefesa
para os policiais, então aproveitou para ser a líder orgulhosa de sua equipe
enquanto podia. No fim estava dando tudo certo.
-Vocês estão bem? Estão feridos? –
um policial parou diante dela.
-Sim, ela está – Oliver respondeu
por ela. – E eles estão lá em cima.
-Certo. Uma ambulância está a
caminho. Venham comigo para fora do prédio e deixem os profissionais cuidar do
resto, senhor Queen – o policial os conduziu com gentileza até o lado de fora.
-O que ele quis dizer com
profissionais? – Oliver perguntou baixinho entre os dentes para não chamar
atenção.
-Se você não tivesse se intrometido
poderia estar na mesa dos adultos agora. Você e o Arqueiro Verde... Em vez de
guiando a donzela para um lugar seguro – Chloe revirou os olhos, já que o
oficial a sua frente não podia ver.
-Você adorou minha intromissão –
Oliver a apertou contra o seu lado.
-Eu poderia ter tirado o prego
sozinha. Muito obrigada – Chloe desdenhou fingiu uma risada, tentando se soltar
um pouco do abraço de urso.
-Oh! Podia? – ele ergueu uma
sobrancelha para ela. E em vez de argumentar olhou para a porta onde os flashes
da impressa estavam estourando e tirou Chloe do chão. Levando para o seu colo
salvador.
-O que você está fazendo? – Chloe
se agarrou a ele para não cair. – Oliver? – ela olhou para o policial, que
olhou para eles com um sorriso no rosto e para a porta. As primeiras fotos já
estavam sendo tiradas. Não havia como voltar atrás.
-Eu estou levando uma vitima de
sequestro ferida até um lugar seguro – ele respondeu com um sorriso pequeno no
rosto, afinal para a impressa também era uma vitima, mas com um enorme no
peito. Estavam saindo juntos.
-Ok. Só não deixe meu traseiro sair
em nenhuma foto. Por favor – ela cedeu quando ele riu e relaxou o tanto quanto
pôde enquanto passavam perto do cordão de isolamento da policia. Os flashes
quase a cegaram.
-Senhorita Sullivan. Quem são os
responsáveis pelo sequestro?
-Onde está o senhor Wright?
-É verdade que ele foi o mandante?
-Sr. Queen. O senhor veio atrás
dela, por quê?
Chloe ergueu o olhar e encarou
Oliver nos últimos passos até a ambulância. Seu coração saltou no peito e teve
que se lembrar de respirar. Era para ter terminado assim cinco anos atrás. Nos
braços um do outro após se livrar de Rick Flag. Deveriam ter ido para casa
juntos comemorar e não passado meses separados e depois anos.
-Chloe? Você está bem? – Oliver a
sentou na maca junto com os paramédicos.
-Sim. Estou – ela respondeu com
dificuldade. – Eu só quero ir para casa, Ollie. Eu quero ver Ellie.
-Claro – ele levou uma mão ao rosto
dela. Sabia que Chloe precisava interpretar para a imprensa e qualquer um que
pudesse estar assistindo, mas sabia que aquele olhar vulnerável não era nenhuma
atuação e desconfiou a razão dele.
Duas horas depois Chloe estava
cheirando os cabelos loiros de Ellie. Refletiu se a acordava ou não, estava com
saudade, mas decidiu que conversaria com a filha pela manhã, quando ela era
falante e feliz. Chloe riu sozinha, sua filha era finalmente uma criança uma
garota feliz, plenamente feliz. Nunca mais tinha visto aquele olhar melancólico
em seu belo rosto. Nunca mais viu aquela duvida de ser ou não amada pela pessoa
que mais deveria ama-la no mundo. Duvida que sabia muito bem como era sentir.
Mas ao contrário da sua longa infância, Ellie não passaria nem mais um segundo
da dela com esse sentimento no peito.
-Chloe? – Oliver chamou da porta.
-Oi – ela olhou para ele sobre o
ombro e sorriu.
-Eu tenho novidades – ele sussurrou
e inclinou a cabeça na direção do corredor.
-OK – Chloe assentiu e deixou um
beijo na testa de Ellie antes de ficar de pé. O banho quente e roupas novas
haviam ajudado, mas seu corpo estava pesando o dobro e seu pé latejando.
-Quer que eu pegue mais um
comprimido? – ele olhou para a bandagem no pé dela.
-Não. Eu estou bem – ela negou
balançando a cabeça, antes de olhar para ele e tocar a camiseta preta e moletom
que estava usando. – E você? Você está bem? – ele cheirava o mesmo sabonete que
ela.
-Tirando o cansaço que ficou no
lugar da tensão e adrenalina? – ele deu de ombros. – Eu estou bem.
-Bom – ela sorriu satisfeita.
Estavam sozinhos no apartamento dela com Ellie após serem liberados pela
policia. Ninguém da equipe os acompanhou para não chamar atenção e Oliver tinha
passado os últimos trinta minutos se atualizando com Bruce enquanto ela tomava
o seu banho e ficava um pouco com Ellie. – Então. Qual o resultado? O que nós
temos?
-Bem... Nós temos absolutamente
tudo. – ele respondeu com um suspiro e um sorriso. – Seu plano foi um sucesso.
Apesar de a eletricidade ter fritado a comunicação os comunicadores continuaram
gravando. Exatamente como você disse.
-Eu fiz aqueles comunicadores. Sabia
que não falhariam comigo – Chloe ergueu um ombro.
-Claro! Você é uma gênia da
tecnologia. Não sei por que duvidei – Oliver fez uma reverencia.
-Eu te perdoo homem de pouca fé –
Chloe aceitou a reverência.
-Não me lembro de ter pedido
perdão, mas tudo bem. Fato é que Bruce está entregando a policia uma cópia,
editada é lógico, do áudio em que Charlie confessou que mandou te matar, que
nos sequestrou e que iriam nos executar e desovar nossos lindos corpos no rio
de Metropoles. Fora as armas encontradas no prédio.
-UAU! Três tentativas de homicídio,
um sequestro, agressão, conspiração, trafico e venda de armas... A noite foi
realmente produtiva.
-Eu diria que sim. Clark e Carter
cuidaram do transporte de Charlie, Jonathan e Andrew. O resto foi acompanhado
pela policia e seus alunos.
-Eu estou muito orgulhosa deles –
Chloe suspirou com carinho. Era a primeira vez que os colocava em uma missão
daquelas e não poder ficar e dizer o quão bem eles tinham se saído à fez se
sentir culpada.
-Eles sabem – ele pegou uma mão
dela.
-Eu sei. É só que... – Chloe deu de
ombros, se sentindo emocionada de repente. – Acabou tudo bem, não foi? – e
perguntou olhando nos olhos dele.
-Claro! Está tudo bem – Oliver deu
um passo para mais perto dela e segurou cuidadosamente seu rosto entre as mãos.
– Você quis dizer aquilo? Você me perdoou?
-Sim – ela respondeu sem hesitar,
segurando os pulsos dele. – Eu te perdoei por tudo Oliver, de todo o meu
coração.
Oliver não disse nada, só deixou um
suspiro aliviado escapar por seus lábios trêmulos. Até algumas semanas atrás
pensou que não fosse merecedor de escutar aquelas palavras vindas dela, mas nos
últimas foi seu único desejo. Ser perdoado, tirar aquele peso des seus ombros
para que pudesse seguir com sua vida, seja ela qual for.
-Obrigado – ele sussurrou olhando
em seus olhos.
-Você pode tirar tudo isso daqui –
Chloe deixou suas mãos escorregarem até o coração dele, pôde senti-lo batendo
forte sob a palma das mão. –Agora você pode seguir em frente.
-Por que eu estou sentindo que será
sozinho? – ele perguntou com o medo estampado na voz.
-Você não está sozinho, Ollie – ela
sorriu para ele, mesmo que seu coração estivesse diminuindo no peito. – Você tem
o mundo bem ali, dormindo feliz por que é amada.
-Chloe – Oliver olhou para dentro
do quarto onde Ellie dormia tranquilamente, sem saber pelo que seus pais tinham
passado naquela noite. –Eu a amo tanto. E amo você... tanto – ele olhou de novo
para ela.
-E eu amo você – ela disse com
naturalidade. – Eu te amo, eu sempre te amei e desconfio de que sempre amarei.
-Mas... – Oliver deixou a voz
sumir. Estava com medo.
-Ollie – Chloe fechou os olhos por
um segundo e tentou organizar os próprios pensamentos. – Quatro anos atrás eu
levei o maior baque da minha vida e tudo aconteceu tão rápido, que eu não pude
desabar, eu não pude esquecer tudo e me afundar na minha própria miséria. Tinha
uma pessoa que dependia de mim, uma pessoinha frágil e inocente que estava
sofrendo por minha causa. Então eu engoli minha tristeza para fazê-la feliz.
-Eu sinto tanto por isso. – Oliver soltou
o rosto dela e quis bater em si mesmo até desmaiar.
-Eu sei que você também sofreu e eu
te perdoei, de verdade...
-Mas é tarde demais – ele admitiu.
-Eu não sei, eu só sei que me
obrigar a te odiar nestes últimos quatro anos, ser forte por Ellie e voltar a
te odiar tirou o melhor de mim, me deixou exausta – Chloe deixou os ombros
cair. – E se eu me permitisse embarcar de novo nisso. – ela se aproximou dele e
fechou os dedos na camiseta preta, fazendo-o olhar para ela. – Eu não estarei
inteira e depois de tudo o que nós passamos, não seria justo, nós merecemos
mais que isso... Eu te amo tanto, eu sofri tanto nos anos que passamos
separados que eu não quero se não for pra valer. Eu e você.
-Oh, Chloe! Está tudo bem – ele passou
os braços em volta dela e a levou ao peito. Doía, por um momento pensou que
aquele seria o momento em que suas vidas voltariam a correr juntas, mas ao
mesmo tempo entendia perfeitamente o que ela estava sentindo e queria. Teve
quatro anos para viver sua dor, processá-la e superar, Chloe não. – O que você
precisa? É só me dizer.
-Eu só preciso de um tempo... pra
voltar a ser, eu mesma – Chloe o abraçou forte e fechou os olhos. Com medo de
que aquilo fosse uma despedida. Que ele não estivesse disposto a esperar. Ela
esperou e se sentiu tremer quando ele desfez o abraço e se afastou o suficiente
para que estivessem se olhando de novo.
-Leve o tempo que for Chloe
Sullivan. Eu estarei aqui esperando. – ele piscou, tentando aliviar a tensão
que estava sentindo no ar, nos ombros dela.
Chloe riu aliviada e agradeceu em
silêncio, deixando seus medos desaparecer. Tinha motivos para duvidar, mas
tinha motivos ainda maiores para acreditar neles. Que tudo ficaria bem, que as
coisas finalmente se encaixariam e que eles finalmente poderiam seguir em
frente.
-Não se preocupe com nada. Eu e a
equipe cuidamos de Charlie e como você mesma disse, eu e Ellie estamos à
vontade um com o outro. Eu posso cuidar dela enquanto você tira algumas
semanas. – não era o que ele esperava, mas seria forte por ela e por Ellie.
Provaria para si mesmo e para sua família que podia cuidar delas.
Chloe sentiu os olhos arder e não
conseguiu se conter, as lagrimas desceram sem controle por seu rosto. Por que
não podia ser fácil só para variar? Por que tinha que estar se sentindo como
estava no momento, incapaz de se entregar? No fim era uma mulher de sorte que
estava recebendo uma segunda chance de ser feliz, só esperava poder
corresponder.
-Vem cá – Oliver a abraçou de novo.
Odiava vê-la chorar ou sofrer, mas sabia que aquele era um momento importante
pelo qual deveriam e iriam passar. Estava confiante de que sairiam ainda mais
fortes de mais aquela provação. – Eu estava falando sério. Eu te amo. Eu te amo
tanto. E eu amo a nossa filha com o todo o meu coração, com toda a minha alma,
com cada fibra do meu corpo. Vocês duas são as pessoas mais importantes da
minha vida. Por vocês eu sou um homem melhor e por você eu espero o tempo que
for.
Ficaram lá por muito tempo, em silêncio,
buscando forças para se separar, com medo de que fosse definitivo. Foram
necessários longos abraços para que conseguissem sair dos braços um do outro,
para que pudessem passar por mais aquela prova de fogo. Chloe se despediu de
Ellie pela primeira vez e saiu de Metropolis na manhã seguinte com o endereço
de Logan nas mãos. Se estava em busca de si mesma deveria começar consertando
as pontas soltas da sua vida. Cuidaria de si mesma pela primeira vez e se tudo
desse certo voltaria completa para casa.
FIM
EPILOGO
EPILOGO
Oi, pessoal. Deixem a autora feliz e comentem o final dessa história. Muito obrigada pela companhia de sempre
esperava bem mais no finall , mais ficou legalzinho
ResponderExcluiremilia
Oi, Emilia
ExcluirTudo bem?? Seja bem-vinda!!
Que bom que gostou um pouquinho. Fique por ai que tem mais.
Obrigada por acompanhar =D
Aiiiiiiii que emoção, que tensão!!! E fiquei até arrepiada com o final
ExcluirAmei eles lutando juntos novamente e amei o qto Ollie foi compreensivo
Obrigada por compartilhar
:)
Oi Roberta!!
ResponderExcluirEntendo a posição de Chloe, ela precisa estar inteira na relação, para vive-la plenamente.
Obrigada por compartilhar suas lindas historias conosco!!!!!!!!!!!!!
Fiquei com um gostinho de quero mais kkkkk
Tem continuação???
Bjs
Suzy
Oi, Suzyy =D
ExcluirQue bom que entendeu! Fico muito feliz, muito mesmo!
Chloe precisava disso e merecia.
Bem, continuação não, mas teremos um epilogo \o/
Muito obrigada, por acompanhar e fique por aqui que logo sai mais ;)
Linda fic ,amei ficou um gostinho agridoce no final mas foi perfeito . obrigada por compartilhar espero que você escreva mais adoro sua escrita. : ) Alice
ResponderExcluirAlice ^^
ExcluirEssa foi a intenção. Não dar aquele final de conto de fadas que eu e as autoras sempre damos as fics. Mas... terei um prologo para compartilhar e acho que lá terá algumas respostas para vocês. Um encerramento mais definitivo.
OK?
Muito obrigada por acompanhar e pelo carinho de sempre
Bjo *=*
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
ResponderExcluirOlha, é de aplaudir em pé. A cada história você se supera, Roberta, e Don't Give Up On Me Now não foi exceção! Esse final foi perfeito: os dois amadurecidos, confiantes um no outro, sabendo que se amavam e que o momento certo de retomar a relação estava logo ali adiante... Ambos precisam desse tempo para se reencontrarem, eu acho; não só a Chloe precisa deixar tudo que passou nesses quatro anos pra trás... Enfim, amei muito e já quero saber quando tem história nova!!!!!
Ciça, linda!!
ExcluirQue bom que entendeu, fico muito feliz.
Achei justo dar esse tempo para Chloe, achei que os dois mereciam começar direito depois de tantas separações, tanta amargura.
A confiança no amor deles é o mais importante, né?
Muito obrigada por acompanhar.
Teremos fic nova logo e um epilogo também ;)
Beijoooooooooooooo
Fic nova!!!! Epílogo!!!! \o/
ExcluirSó notícia boa, adorei!!!!
Su
Tá lá Su
ExcluirEpílogo o/
Ufa! Ainda bem que tem mais, por um segundo achei q iria acabar assim.
ResponderExcluir"Ok. Só não deixe meu traseiro sair em nenhuma foto. " kkkkkkkkkkkk
vamos ler o epílogo então.
NOELLE
Demorou um pouquinho, mas saiu o epilogo Noelle
ExcluirEspero que goste =D
Finalmente consegui atualizar a leitura. Roberta, mais uma história sensacional, amo esse drama todo e adorei o final. Felicíssima por saber que vem um epílogo por aí. Obrigada por mais essa história sensacional e continue escrevendo, por favor! :D
ResponderExcluirSof, linda!Estou em falta com você.
ExcluirPreciso me atualizar também.
Epílogo pronto =)
Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito obrigada
Roberta, que saudades!!!
ResponderExcluirPrimeiro, fico muito feliz que esse ainda não seja o fim de Don't Give Up On Me Now, então não é hora para despedidas...
Você sabe como amo quando você nos promete fics novas, né, se não, agora você sabe... que venham mais! rsrs
Charlie teve o que merecia... e Chloe e Oliver estão no caminho também, de enfim alcançar a felicidade que merecem.... é compreensivo que toda a dor e magoa precisem ser superados para que eles possam seguir em frente, sem temer que fantasmas do passado possam os assombrar...
Eu já estou ansiosa pelo epílogo, e logo, por acompanhar mais uma de suas maravilhas!
Beijos!!
GIL
GIL, como agradeço sua companhia e fidelidade e torcida e carinho
ExcluirMuito obrigada!!!