The Story of You and Me 7/22

Resumo: Um inesperado visitante do passado leva Chloe e Oliver para um futuro não tão distante onde eles experimentam uma vida que nunca imaginaram. Mas o verdadeiro desafio é manter o foco sem perder de vista sua própria realidade.

Autoras: ihearttvsnark e sxymami0909

Classificação: NC-17

Aviso: Segue os acontecimentos até Hex e depois seguimos do nosso jeito.

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Original

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7/22

Oliver gemeu quando sentiu o corpo se mexendo. Não queria saber que horas eram, mas realmente não queria levantar. Ele se mexeu, relaxando no colchão e apertou o braço ao redor do corpo suave pressionado contra o seu. Ele ouviu Chloe suspirar baixinho e de repente estava acordado. Oliver abriu os olhos e olhou para Chloe, que em algum momento da noite acabou espalhada contra seu peito.

Seu braço estava ao redor da cintura dela, sua mão sobre a seda cobrindo suas costas e sua outra mão emaranhada no suave cabelo dela. Ele debateu se deveria tentar movê-la para o lado dela da cama sem acordá-la, mas até as pernas dela estavam enroscadas nas suas e ele sabia que não tinha jeito de fazer isso sem acordá-la. Então ele ficou onde estava e continuou a acariciar levemente o cabelo dela. Ela era suave e quente e fazia muito tempo desde que tinha ficado tão perto assim de alguém.

Sua mente começou a voltar para a situação atual. Tinham sobrevivido ao primeiro dia no futuro, mas tinham cometido muitos erros. Oliver não gostava de cometer erros e sabia que Chloe também não; especialmente quando as vidas de outras pessoas estavam envolvidas. Ele brevemente se perguntou o que tinha acontecido com seus futuros ‘eus’ e se estavam bem. De algum jeito saber que estavam juntos seja lá onde fosse o fazia se sentir melhor. Por mais estranho que isso fosse, Oliver estava realmente feliz que Chloe estivesse ali com ele e sabia que não estavam nem perto de serem próximos como sua versão do futuro. Mas ele sentia como se estivessem fazendo progresso e não só porque ela estava dormindo em seu peito.

Eles iam ter que descobrir os detalhes da festa que seria na noite seguinte e tinham que fazer um show melhor na frente de seus amigos. Oliver sabia que Lois, Clark e provavelmente Hal também estaria observando-os atentamente, então tinham que compensar seus erros anteriores. Mas não havia nada que pudesse fazer no momento, então deixou os olhos fecharem novamente.

Chloe fez um pequeno barulho no fundo da garganta enquanto se mexia, o movimento acordando-a de seu sono, mas ela lutou valentemente, enterrando a cabeça no calor do travesseiro, sua mão indo descansar sob o queixo enquanto a mão em suas costas traçava círculos calmantes. Ela estava adormecendo novamente quando seu último pensamento foi registrado, fazendo seus olhos se abrirem. Havia uma mão em suas costas e o travesseiro quente sob sua cabeça, não parecia muito um travesseiro. Ela se mexeu e olhou pra baixo, seu coração acelerando. Não, aquilo definitivamente não era um travesseiro.

Seu corpo ficou um pouco tenso, mas não tanto quanto ficaria se não estivesse tão confortável. Oliver era quente e suave e seus braços eram fortes ao redor do corpo dela e tudo que ela queria era ficar mais perto, o que só pareceu deixar seu surto interior ainda pior. O que ela ia fazer? O coração de Chloe estava acelerado e ela ficaria surpresa se ele não pudesse sentir. Ele estava acordado, sua mão estava se movendo, oh Deus, como isso aconteceu? Ela tinha ficado especificamente do seu lado da cama, longe dele para que isso não acontecesse.

Chloe se mexeu, imaginando que estaria provavelmente sufocando-o e começou a tentar se desvencilhar do corpo dele, seu rosto ficando levemente vermelho. “Desculpe”, ela murmurou, seu coração ainda batendo forte contra o peito.

“Pelo quê?” Oliver perguntou sonolento. Ele já tinha começado a adormecer de novo quando a sentiu se movendo. Ele abriu os olhos e não ficou surpreso ao ver que o rosto dela estava vermelho enquanto tentava se desvencilhar dele. Ele tentou se sentar num esforço de ajudá-la, mas ela se mexeu ao mesmo tempo e acabou pressionada com mais força contra ele. Ele desceu a mão que estava no cabelo dela até o quadril e virou de modo que ela acabou deitada no colchão. Ele manteve o peso sobre os braços antes de se afastar até a lateral da cama. “Você dormiu bem?” ele perguntou, tentando aliviar o embaraço que se instalou entre eles.

Chloe suspirou e ignorou a primeira pergunta enquanto puxava o cobertor sobre seu corpo. “Na verdade eu dormi bem”, ela disse baixinho, não conseguindo se lembrar da última vez que tinha dormido a noite toda sem nada atrapalhando seu sono. Ela virou o pescoço na direção dele, seu rosto se suavizando enquanto um sorriso puxava o canto de seus lábios. “Seu cabelo está uma bagunça”, ela disse antes de clarear a garganta e se deitar de lado, pernas dobradas, mãos sob o queixo. “Como você dormiu?” ela perguntou.

Ele percebeu que ela não respondeu sua pergunta inicial, mas decidiu deixar pra lá. Oliver podia dizer que Chloe estava envergonhada por estar dormindo em cima dele, então ele fingiu que nada tinha acontecido. “Muito bem na verdade”, disse em resposta. Ele correu as mãos pelo cabelo enquanto relaxava contra os travesseiros de novo. Normalmente, mesmo quando estava exausto, o menor barulho o acordava e ele começava a ter pesadelos, mas na última noite, tinha dormido muito bem.

“Pronta pra encarar outro dia de um casal feliz?” Oliver brincou. “A boa notícia é que pelo menos já encontramos nossos amigos mais próximos, então o resto será mais fácil de lidar.” Ele se apoiou em um cotovelo, mexendo-se para ficar de frente pra ela. “Eu ainda não consigo acreditar que Hal está aqui. Espero que ele esqueça que queria ir tomar uma bebida. Me sinto mal por não fazer ideia de como nos aproximamos novamente”, ele admitiu.

Chloe estendeu a mão até o braço dele. “Talvez eu possa pesquisar ele e todos os outros sobre esse assunto. Obviamente não vamos encontrar muitas respostas por aqui, eu posso vasculhar nossos e-mails e cruzar os detalhes da festa enquanto estou na Watchtower e então basicamente bisbilhotar os detalhes dos nossos amigos sobre suas vidas nesses últimos dois anos. Podemos pesquisar sobre a gente no Google também”, ela disse, uma expressão pensativa no rosto enquanto novamente relaxava contra os lençóis. “Pelo menos desse jeito podemos organizar os fatos e será uma a coisa a menos pra se preocupar”, ela disse, sua testa franzida. “Então sobram as outras coisas.” Ela franziu o nariz, sem perceber como seu corpo se moveu perto dele. “Nós realmente precisamos melhorar nessa coisa de casamento, mas dá muito trabalho”, ela resmungou antes de suspirar.

Oliver bufou. “É bom saber que fingir que me ama é difícil, Sidekick. Você realmente sabe como fazer um cara se sentir bem.” Ele fez bico enquanto deitava de costas novamente, cruzando os braços sobre o peito petulantemente. “Mas eu gosto da ideia de bisbilhotar nossos amigos. É óbvio que Lois e Clark ainda estão juntos. Já que você mora aqui, eu imagino se Lois ainda mora no Talon ou se mudou junto com Clark”, ele pensou, tentando imaginar como seriam as vidas de seus amigos. “Hal provavelmente tem um lugar próprio na cidade e deve ter algum campo aéreo por perto. Ele é piloto”, ele explicou, virando a cabeça para Chloe mais uma vez.

Já que Chloe tinha conversado com outros membros da equipe e eles pareciam ocupados com as missões e outros trabalhos, Oliver desejava que não viessem para a festa. Já ia ser difícil o suficiente manter as aparências para Lois, Clark e Hal. “A única coisa boa de a festa ser aqui é que vamos ter desculpas pra deixar a sala e checar as coisas se precisarmos de um tempo”, ele pontuou.

Chloe o observou fazer bico e um pouco de diversão cruzou seu rosto. “Você sabe que homens crescidos não deveriam fazer bico, certo?” ela perguntou antes de assentir. “E eu concordo, é bom que seja aqui, eu acho.” Ela suspirou enquanto se afastava ficando na mesma posição de Oliver. “Pra constar, não é fingir amar você que é difícil, é só essa coisa toda. Esta versão da gente... eles são tão diferentes e ainda assim sinto como se fossem os mesmo também. Sabe?” ela perguntou.

“Eu só tenho medo de estragarmos tudo e eu sei que muito disso é culpa minha, então, desculpe”, ela disse enquanto continuava olhando para o teto. “Eu não sei, acho que estamos tendo problemas com as coisas.” Ela parou e virou a cabeça pra ele. “Você também acha?”

“Você faria bico se sua esposa teórica reclamasse de ter que amar você”, Oliver brincou. Ele estendeu a mão e colocou o cabelo dela atrás da orelha. Ele percebeu que ela não se encolheu quando a tocou e achou que fosse um progresso. “Não é culpa sua, Chloe.” Seu tom ficou mais sério enquanto encontrava os olhos dela. “Esta é uma situação estranha pra dizer o mínimo.” Ele sabia que deveria ser difícil pra ela fingir que era uma esposa feliz considerando que tinha acabado de se divorciar e ele tinha como bagagem brincar de gato e rato com Tess o que certamente não se classificava como nenhum tipo de relacionamento. Ele vinha a provocando porque estava tentando ajudá-la a relaxar perto dele, mas não a culpava por estar hesitante.

“Definitivamente eu sei o que você quer dizer sobre eles serem a gente e não serem”, Oliver disse. “Eu sinto como se eles fossem as partes de nós que realmente não acessamos há um tempo; as pessoas felizes que olham para a vida de um jeito que é o oposto pra gente, que só espera que as coisas deem errado.” Ele fez uma cara. Não era de se surpreender que andassem tão miseráveis ultimamente. “Nós só precisamos entrar nesse jeito de pensar e tentar deixar pra lá algumas das coisas que carregamos conosco.” Ele sabia que era mais fácil falar do que fazer, mas tinham que tentar. Era o único jeito de fazer isso funcionar.

Chloe assentiu. “Faz sentido”, ela disse e fazia, ela só não tinha certeza de como fazer isso. A verdade era que Chloe não entendia porque alguém como Oliver iria querer casar com ela pra começar. De tudo que tinham aprendido deste futuro ou realidade alternativa, era que eles eram felizes e ela era uma boa esposa, mas tinha dificuldade em acreditar nisso. Jimmy certamente não teve nenhum problema pra dizer a ela o quanto ela tinha sido uma esposa horrível, então o que fez as coisas serem diferentes com Oliver?

Ela espantou os pensamentos e mordeu o lábio inferior enquanto observava Oliver por um minuto. Chloe se moveu hesitantemente até ele, mas parou. “Eu posso...?” Sua voz falhou, não exatamente certa do que perguntar, mas ela sabia que tinha acordado confortável esta manhã antes de ter um surto emocional e precisava superar a incapacidade de tocá-lo ou ia arruinar tudo e não era pra isso que estavam ali.

“Sim”, Oliver disse sem hesitar. Ele podia ver que ela estava incerta, mas sabia que ela precisava trabalhar seu desconforto em tocá-lo ou ficar perto dele. Ele estendeu a mão, acariciando o rosto dela enquanto mantinha o olhar. “Você não precisa perguntar”, ele garantiu. Em um distante recanto de seu cérebro, havia uma parte dele que questionava porque ele estava tão disposto a ser abertamente carinhoso com Chloe.

Ele tinha uma reputação por ser um playboy e estaria mentindo se dissesse que não tinha estado com muitas mulheres, mas ele nunca foi o tipo carinhoso com ninguém, mesmo com mulheres como Lois ou Tess com quem tinha realmente namorado por mais do que alguns dias. Ele não abraçava seus amigos ou saía do seu caminho pra passar o braço ao redor de alguém. Mas por alguma razão ele não tinha dificuldade em ter Chloe perto dele e isso não tinha nada a ver com seu casamento de mentira. Oliver decidiu que não ia ficar super analisando isso enquanto observava Chloe, esperando ela se mover na direção dele.

Chloe deslizou a mão no peito dele antes de pressionar o corpo contra sua lateral e lentamente descansar a cabeça contra seu peito. Seu corpo ficou tenso por um segundo, mas ela suspirou e então relaxou contra ele, mexendo-se mais perto. Ela ficou em silêncio por um minuto, seu braço descansando no peito dele enquanto falava. “Você é quente”, ela observou enquanto se concentrava em respirar para que seu coração desacelerasse.

Ela tinha essa estranha necessidade de dizer alguma coisa, se abrir com ele e compartilhar algo pessoal, o que era incomum pra ela. Chloe ignorou a questão em sua mente que perguntava por que ela não se incomodava em se abrir com Oliver. “Faz muito tempo que ninguém me abraça”, ela disse, tentando não se envergonhar com o fato. “Acho que esqueci como era.” As palavras foram suaves, mal um sussurro contra o peito dele.

Ele passou os braços com mais força ao redor da cintura dela, deixando uma mão descansar na curva de seu quadril enquanto esfregava as costas dela gentilmente com a outra. “Você também é quente”, Oliver disse. Ele deu um beijo no alto de sua cabeça enquanto contemplava as palavras. Ele sabia que ela estava envergonhada pelo fato, mas na opinião dele, ela não precisava estar. Oliver sabia que Jimmy foi quem a deixou e embora ele nunca fosse dizer pra Chloe, isso provava pra ele que Jimmy já era um idiota antes mesmo de ficar viciado nos remédios.

“Eu também não tive muito contato humano recentemente”, Oliver disse. Ele continuou a esfregar as costas dela, percebendo que ela estava ficando mais e mais relaxada contra ele. “Não é uma coisa que eu já tenha feito”, ele disse a ela. “Eu tenho um hábito de manter as pessoas distantes, assim elas não descobrem quem eu sou. Eu gosto de não ter que fazer isso com você.” Enquanto as palavras escapavam da boca dele, Oliver arregalou os olhos. Ele não pretendia dizer a ela a última parte em voz alta embora fosse verdade. Chloe o conhecia melhor que qualquer outra pessoa, bem antes deles serem transportados pra cá.

Chloe apertou o abraço ao redor dele, perdendo completamente o fato de Oliver ter ficado surpreso com o comentário que fez. “Eu gosto disso também. É bom não ter que me censurar toda vez que falo. Eu não tenho que me preocupar em esconder coisas como acontece com Clark, Lois e qualquer outra pessoa. Eu posso dizer o que está na minha mente e isso deixa as coisas bem mais fáceis pra mim”, ela explicou enquanto seu polegar esfregava a barriga ele através da camiseta sem perceber.

“É difícil chegar perto de alguém quando você tem tantos segredos e então quando algumas pessoas que você tem em sua vida não estão mais por perto...” Ela parou, seu peito apertando. “Só fica mais solitário, eu acho, mas a questão é que eventualmente nos acostumamos a ficar sozinhos”, ela disse a ele enquanto se movia até o alto de sua cabeça descansar no pescoço dele. “Desculpe”, ela disse, incerta do que tinha lhe dado. Essas não eram coisas que ela compartilhava com as pessoas, especialmente não com Oliver.

“Não se desculpe”, Oliver disse. “Você está certa. Manter segredos constantemente leva a uma vida solitária. Você diz a si mesma que é pelo bem maior, mas isso não deixa a mesa de jantar menos vazia”, ele disse. “Você sabe o quanto odeio a persona do bilionário diretor administrativo que tenho que projetar...” ele parou, incerto se queria continuar por esse caminho. Então ele sentiu a mão de Chloe em sua barriga e isso a relembrou que ela tinha se aberto e ele podia fazer o mesmo. “Ultimamente, eu venho aceitando convites pra jantar só pra não ter que sentar no meu apartamento ou escritório e ficar sozinho com meus pensamentos. Algumas vezes qualquer companhia é melhor do que nenhuma”, ele admitiu.

Chloe franziu a testa e deixou a mão correr o peito dele. “Você deveria ter me procurado, Ollie”, ela disse enquanto inclinava a cabeça para olhar pra ele. “Eu posso ter ficado presa no meio das coisas, mas você sabe que teria aberto tempo pra você.” Seu tom era sério, querendo que ele acreditasse nela. “Eu sei que não estamos nos melhores termos, mas eu nunca teria dado as costas pra você. Não é o tipo de pessoa que eu sou”, ela disse suavemente.

“Eu sei disso, Chloe”, Oliver disse. Seu peito apertou, mas ele se forçou a dizer a verdade a ela. “Mas depois daquela noite na Isis eu não senti como se tivesse o direito de te procurar pra nada. Isso foi parte da razão pra eu desaparecer todas aquelas semanas entre aquela noite e o seu aniversário. Eu estava envergonhado pelo jeito como me comportei e não esperava que você fosse querer alguma coisa comigo. Então você veio falar sobre trabalhar pra mim e eu fiquei realmente feliz que você estivesse disposta, mas eu ainda não quis arriscar minha sorte.” Ele levou a mão até o rosto dela, levemente roçando o polegar sobre sua pele. Oliver odiava que tivesse desapontado Chloe e que propositadamente a tivesse afastado quando ela precisava de um amigo tanto quanto ele. Mas ele queria compensar isso.

“Parte da razão pra eu montar a Watchtower foi ter a chance de consertar o que eu quebrei entre nós”, Oliver disse. “Eu sei que nunca fomos muito próximos, mas a oportunidade estava ali e eu queria outra chance de provar a você que não sou um cara tão ruim. E era por isso que eu queria jantar com você na noite em que Brainiac nos pegou. Eu estava tentando facilitar o caminho pra ficarmos novamente confortáveis um com o outro.”

Chloe se inclinou ao toque e tentou manter a emoção fora de sua voz. “Não acho que você seja um cara mal, nunca achei. Eu só imaginei...” Seu coração apertou. “Você estava ocupado... Ultimamente não é incomum para as pessoas de repente desaparecerem ou ficarem ocupadas”, ela disse, um pouco de umidade em seus olhos. Ela desviou o olhar dele. “Deus, eu sinto muito, isso é estúpido, deixa pra lá. É uma péssima ideia”, ela disse enquanto tentava se afastar dele, sem saber porque tinha tentado se abrir e envergonhada pelo fato de suas emoções terem tomado conta.

Oliver apertou o abraço ao redor dela, recusando-se a deixá-la se afastar. “Ei, olha pra mim.” Quando ela simplesmente balançou a cabeça, Oliver segurou seu queixo e a forçou a encontrar seus olhos enquanto ele usava a outra para tirar as lágrimas de seu rosto. “Você está certa”, ele disse. “Seja lá porque as pessoas estejam ocupadas ou porque as estejamos afastando, o resultado é o mesmo. Mas não tem que ser desse jeito. Temos que perceber isso em algum momento ou acho que não estaríamos aqui agora.” Ele não podia deixar de se perguntar onde tinha acontecido a mudança; o que tinha levado a versão deles do futuro ao ponto em que estavam?

Ele empurrou o pensamento de lado sabendo que não era uma questão para o momento. “Eu vou fazer um acordo com você”, ele disse, seus olhos ainda nos dela. “Quando terminarmos isso e Brainiac nos levar de volta, eu não vou embora de novo se você não for”, Oliver disse. Ele não fazia ideia se ele e Chloe estavam destinados ao mesmo caminho de suas contrapartes, mas sabia que ele queria Chloe em sua vida de um jeito ou de outro. Ele precisava dela e Oliver sentia que ela pudesse precisar dele também. Era a primeira vez em muito tempo que ele pensava que alguém podia possivelmente precisar dele.

Chloe estudou seu rosto por um minuto antes de assentir, seu coração aquecendo levemente às palavras. “Ok”, ela disse baixinho. “Nada de sumir novamente.” Ela hesitou antes de voltar até ele de novo, descansando o corpo contra o dele. “Você acha que é melhor levantarmos?” ela perguntou a ele baixinho, tentando mudar a conversa. “Você acha que os outros nós dormem até tarde?” Ela levantou a cabeça e encontrou seu olhar, incapaz de não se perguntar como as outras versões deles eram.

Oliver ergueu as sobrancelhas. “Eles provavelmente fazem outras coisas de manhã.” Ele deu risada quando ela ficou vermelha. “Desculpe, Sidekick, você é muito fácil”, ele brincou enquanto pressionava um beijo em sua testa. “Mas você está certa. Eu tenho mais reuniões hoje.” Ele suspirou dramaticamente e se recostou contra os travesseiros, levando o corpo dela com o ele e abraçando-a com força. “Por que você não passa no escritório hoje e então eu te levo pra almoçar?” ele sugeriu. Oliver sabia que Chloe tinha a tendência de se esconder do mundo, mas ele tinha a sensação de que suas contrapartes casadas não faziam isso.

“Você é horrível”, ela disse, mas havia um pequeno sorriso em seus lábios. Chloe ficou em silêncio por um minuto, seus dedos o cutucando levemente. “Almoço, huh? Você acha que estamos prontos pra isso? Sair em público e tudo mais?” Ela franziu o nariz e suspirou enquanto se aproximava dele.

“Eu não sou horrível”, Oliver protestou. Mas ele retornou o sorriso enquanto sua mão ia até as costas dela de novo. “E eu acho que ficaremos bem em público. Não vai haver tanta pressão em nós como quando estamos com nossos amigos então podemos praticar nossa vibe de casal na frente de estranhos. Ou podemos apenas ficar na cama e praticar outras coisas.” Ele ergueu uma sobrancelha sugestivamente.

Ela abriu a boca por um segundo antes de estreitar os olhos. Ele vinha brincando sobre os outros eles e suas atividades desde que tinham chegado ao futuro, talvez fosse hora de usar todo aquele sarcasmo que ela tanto amava se ele ia continuar. Chloe ergueu uma sobrancelha, um sorriso puxando seus lábios. “Hmm, bem, você sabe o que dizem”, ela disse, inclinando a cabeça para o lado. “A prática leva a perfeição.”

Ele abriu a boca por um segundo e hesitou se perguntando se ela estava falando sério. Mas Oliver sabia que ela era tão teimosa quanto ele e deduziu que era um bom sinal que ela estivesse respondendo seu desafio com um próprio. “Tem certeza que quer jogar este jogo, Sidekick?” Oliver perguntou. Ele deixou a mão descer pelas costas dela, descansando pouco acima da curva de sua bunda enquanto a observava atentamente. Seu coração de repente batendo bem mais rápido e a pequena voz em sua cabeça lhe perguntou se ele sabia o que estava fazendo. Oliver ignorou.

Chloe tinha certeza que seu coração ia explodir dentro do peito. Por que ela achou que bancar a espertinha era uma boa ideia? Ela podia sentir o calor da mão dele na seda de sua camisola e engoliu em seco, uma sensação estranha atravessando todo seu corpo. Ela estudou sua expressão e uma parte dela queria correr e se esconder, mas a outra, mais teimosa se recusava a ser a primeira pessoa a desistir. Chloe bufou e revirou os olhos enquanto fazia o melhor pra manter a respiração sob controle. “Você não se atreveria”, ela disse com muito mais confiança do que realmente sentia no momento.

Oliver deu um risinho. Ela era realmente teimosa. Ele estava mais do que um pouco tentado a continuar o jogo, mas sabia que ela não ia desistir ou eventualmente iria e isso custaria a eles o progresso que tinham feito. Ele manteve os olhos nos dela, sua mão ainda no mesmo lugar e então ele se mexeu rapidamente, virando e a colocando na mesma posição de antes, ele descansou o peso do corpo sobre os braços enquanto pairava em cima dela, mas desta vez, ele não se afastou. “Talvez eu me atreva”, ele disse simplesmente. Oliver roçou os lábios contra os dela. O beijo foi tão suave que era praticamente um sussurro e então ele se afastou, descendo da cama. “Eu tenho que me arrumar para o trabalho. Almoço?” ele perguntou de novo, percebendo que ela não tinha lhe dado uma resposta.

Chloe piscou e se sentou rapidamente, seu coração disparado. Ele se movia rápido, incrivelmente rápido para um humano, ela pensou. Ela se recostou contra a cabeceira da cama numa tentativa de controlar a respiração, não querendo pensar nas sensações correndo por seu corpo no momento e assentiu. “Almoço”, disse enquanto o observava, descansando as mãos no cobertor que tinha caído até sua cintura. “Que horas?” ela perguntou e em seguida respirou fundo. “E por que eu não vou tomar banho primeiro hoje?” ela inquiriu, erguendo uma sobrancelha na direção dele.

“Porque eu percebi que estou atrasado para uma reunião”, Oliver respondeu enquanto pegava algumas coisas em uma gaveta. “Eu prometo que não vou usar toda a água quente.” Ele não acrescentou que estava planejando tomar um banho frio pra se acalmar. Oliver não sabia se Chloe ficaria bem com os pensamentos que estavam correndo por seu cérebro e ele não tinha intenção de compartilhá-los com ela. “Uma?” ele sugeriu enquanto se virava de frente pra ela, tentando e falhando em parar de pensar sobre como ela ficava bonita em sua cama. Aquele pequeno jogo tinha sido realmente uma péssima ideia, ele pensou enquanto engolia em seco.

“Uma então, eu vou deitar um pouco”, ela disse, não querendo levantar ainda. “Se você sair do banho e eu estiver dormindo, por favor me acorde. Eu quero dar uma bisbilhotada por aí antes do almoço e conseguir algumas boas fofocas pra ler durante nossa comida”, ela brincou movendo o corpo para descansar contra o travesseiro, virando-se de lado enquanto o cobertor caía até seus quadris. “Com sorte vamos descobrir um pouco mais sobre todo mundo hoje”, ela disse em um bocejo, tentando não ficar desapontada pelo fato daquela enorme cama estar extremamente vazia e fria sem Oliver nela.

“Parece ótimo”, Oliver concordou. Ele a observou por um momento, tentando ignorar o desejo de voltar pra cama com ela. Ele tinha mesmo uma reunião pra ir. Ele deu uma última olhada pra ela e então foi para o banheiro, determinado a deixar o que tinha acontecido longe de sua mente para que pudesse se concentrar no trabalho.

8/22