Uma idéia absolutamente incrível da Tarafina, é tudo que posso dizer.
Ela é uma bêbada alegre; do tipo que dança sem nenhum passo específico em mente, rindo o tempo todo. Ela parece livre e feliz e uma parte dele não pode evitar a felicidade por ser testemunha desse lado dela. Ela estava tão endurecida ultimamente; tão amargurada e exausta e esperando o pior. Quando eles ficaram juntos ele esperou que isso desaparecesse; sim, era só sexo, mas ele achou que aliviaria parte do stress dela e que ela voltaria a ser aquela pessoa doce que ele conhecia. Isso não aconteceu. Pra ser sincero, agora ele sentia como se ela tivesse mais segredos e mais problemas e por mais que ele estivesse ali, ao alcance dela, com ouvidos atentos e um ombro pra ela chorar, ela não se permitia fazer isso. Ela o tocaria, beijaria, ficaria completamente nua na frente dele numa cama de lençóis de cetim verdes, mas não diria pra ele porque doía e como ele podia fazer isso parar.
Quando ele chega em casa da patrulha, lá está ela; já tinha bebido meia garrafa de uísque e enquanto seus membros inferiores reagem à forma provocante que ela dança quase semi-nua em sua sala, seu cérebro está tentando adivinhar o que tinha a deixado tão pra baixo. Ele não conseguia, no entanto, não observar os quadris dela se movimentando, a saia levantada num nível indecentemente alto mostrando as coxas longas e torneadas. Ela desabotoou a camisa, puxando-a para fora da saia e a deixou aberta, revelando os seios envolvidos pelo sutiã e a pele clara e macia. A camisa desliza pelos ombros, parando na altura dos cotovelos enquanto ela ergue os braços e dança em círculos, descalça e na ponta dos pés, escutando a música que vinha do aparelho de som e sorrindo pra si mesma, de olhos fechados.
Ele engole seco quando ela gira, quando ela ri livremente, uma onda calorosa de risos escapando da garganta dela. As bochechas estavam coradas, o cabelo uma bagunça como se ela tivesse penteado com os dedos e o deixado desarrumado. Sua calça de couro parece ficar mais apertada em uma região, até demais e então ele sabia que a teria antes que conseguisse algumas respostas. Ele tinha que se livrar dessa idéia porque obviamente havia algo errado, algo que a fez vir até ele, ficar chapada e bancar a bêbada inocente na sala dele. Chloe Sullivan nunca baixava a guarda e pra ela fazer isso, queria dizer que ele tinha que prestar atenção. Fechando os punhos com determinação, ele se retrai com a dor; a palma da mão esquerda com uma ferida aberta graças ao idiota que segurava uma faca negligentemente; isso ao menos lhe dava uma coisa pra se concentrar ao invés da forma delicada dela dançando.
Deixando ela se divertir, ele vai ao banheiro e limpa a ferida com mertiolate antes de envolvê-la numa gaze. Ele aproveita a oportunidade e troca de roupa; tira o uniforme de couro e coloca uma calça moletom e uma camiseta preta. Ele vai precisar de uma barreira entre eles e ele sabe que assim que os dedos dela tocarem na pele dele, ele começará a ceder. Só a idéia dela lá na sala, excitada e interessada em fazer mais do que apenas ficar girando no ar o fazia ficar excitado e com vontade. Ele livrou-se do pensamento, no entanto, respirou fundo e disse a si mesmo que ele não estragaria isso.
Quando ele volta pra sala, ela está inclinada de frente pro som, procurando outro CD. Ele começa a olhar seus pés e sobe até a cintura, parando quando vê um pedaço de renda verde entre as coxas dela. Passando a mão na boca, ele engole seco. Ela seria a morte dele.Caminhando até ela, ele tenta manter os olhos no cabelo dela, nos cachos desordenados, mas seu olhar desliza pra nuca, pra inclinação dos ombros suaves e expostos e depois segue a linha das costas. Ele pigarreia, parcialmente pra impedir que ele ceda e também pra alertá-la de sua presença.
Se ela estivesse sóbria ela teria visto ele chegar bem antes dele entrar na cobertura.
Ela gira, olhos arregalados e surpresos, mas a boca se curvando num sorriso bem próprio dela “Ei...” ela cumprimenta, esquecendo-se da música ao caminhar na direção dele.
A boca dele fica seca na medida em que ela se aproxima e ele quase chega pra trás quando as mãos dela o tocam. Ele fica parado, no entanto, mesmo quando as mãos dela repousam em seu peito, enrolando a camiseta dele nos dedos como se já quisesse se livrar dela e afunda as unhas na pele. Oh Deus… ele quer ceder.
“A festa começou sem você…”
Ele olha pro uísque na mesa de centro e pros sapatos que ela tirou, a bolsa dela jogada no sofá junto com o tailleur dela. “Estou vendo...” Incapaz de se segurar, ele deixa as mãos se apoiarem nos quadris dela e apertarem. “O que estamos comemorando?” ele pergunta, olhando nos profundos olhos verdes dela, procurando por algum tipo de sinal.
Ela desvia o olhar, o sorriso hesitante. “Não podemos nos divertir um pouco de vez em quando?” ela quis saber antes de olhar pra ele. “Esquecer tudo e todos...”
Ele quer ser seu consolo, a pessoa com a qual ela podia contar, mas ele também sabia que ela queria sexo, que ela achava que tudo entre eles era só sobre isso. E não era, nunca foi pra ele. No entanto, ele não percebeu isso até a primeira noite que ela deixou que ele a tocasse; até o momento em que ele a ouviu gritar o nome dele e arquear-se buscando sua boca incansável. No momento que ele tomou os lábios dela como se fossem dele, propriedade de Oliver Queen, ele sabia que estava perdido. Ela chutaria o traseiro dele se ouvisse seus pensamentos possessivos, mas ele não conseguia impedir aquele pequeno defeito de homem primitivo.
“E quem estamos tentando esquecer?” ele pergunta, deslizando as mãos na cintura dela, polegares acariciando a pele exposta.
“Hmm...” ela geme, olhos tremulando enquanto ela inclinava o corpo pra mais pra perto dele “Todos que não são eu e você!”
Ele gosta de como isso soa; até mesmo quer afogar o resto do mundo com a outra metade do uísque e concentrar tudo de si neles. Mas ela não está falando de todos, ele sabe. Ela podia não deixar que ele entrasse na fortaleza que ela construiu, mas ele ainda a conhece melhor do que ninguém.
“Posso saber alguns nomes?”
Enfadada, ela o encarou. “Você não está entrando no jogo, Ollie!”
Ele dá um meio sorriso. “E que jogo é esse, Parceira?”
Ela o encara, mas estava bêbada demais pra demonstrar sua raiva usual. “Nos provocamos, damos uns amassos e depois transamos até que eu esteja muito, muito satisfeita...” As mãos subiam pelo peito dele e acabaram em seus cabelos, os dedos passando por eles. “Sem perguntas, lembra?”
Ela está o atraindo pra perto e ele é fraco o bastante pra permitir. Ele pode sentir a respiração dela em sua boca, o nariz dela roçando no dele, e observa os olhos verdes se fecharem. Os quadris dela se movimentaram lateralmente, pressionados contra o corpo dele e por um momento ele quer se permitir, ceder, e então ela o beija e ele pode sentir o gosto do álcool na língua dela. Chloe bebia, mas nunca esse tanto, nunca tanto pra perder todas as suas inibições. Ela era sempre cuidadosa em manter algumas barreiras entre eles; e não era até ela ficar meio-embriagada de sexo que ela deixava seu lado mais íntimo aparecer. Aí então, exausta, ela talvez deixasse algumas coisas escaparem, talvez conversasse com ele sobre como ela estava se sentindo ou sobre o trabalho. Mas quando chegava muito perto, ela sempre se afastava, mesmo quando era óbvio que ele não estava perto de nada.
Ele começa a se afastar, mas hesita, beijando-a suavemente na boca antes de suspirar. “Posso adivinhar?”
Com os polegares massageando o pescoço dele, a testa encostada na dele, ela acena que sim com suavidade.
“Clark?”
Ela torce o nariz e nega com a cabeça.
“Lois?”
Mesma resposta.
Ele hesita em sugerir o próximo nome, mas o deixa escapar de sua boca mesmo assim. “Jimmy?”
Ele fica tenso, esperando a dor inevitável cobrir o rosto dela.
Mas ela não faz mais do que negar com a cabeça.
Agora ele está confuso. Não havia muitas pessoas que eram próximas o bastante da Chloe pra chateá-la.
“A equipe?”
Ela sopra o ar, irritada. “Um em especial,” ela concede.
“Ok...”
Ela não falava com AC ou Dinah há uma ou duas semanas; os dois estavam em missões fora do país e ele não via nenhum motivo pra qualquer um dos dois se desentender com ela. Bart aparecia frequentemente, mas se o flerte constante dele não tinha a enlouquecido ainda, ele não sabia o que o jovem velocista podia ter feito. E Victor não era do tipo que causava essa reação; ele e Chloe não brigavam, bem, nunca.
O que deixava ele.
“Está falando de... mim?”
Não fazia sentido pra ele considerando que a última pessoa a quem alguém recorreria seria aquela que a irritou, mas também a lógica não andava de mãos dadas com o álcool.
Tirando seus braços do corpo dele, ela se afasta, vira e começa a andar pra longe sem prestar atenção no caminho. “Tá vendo... por isso que era sem perguntas!” ela exclama. “É como se você já soubesse as respostas. Então pra que perguntar?” Levando as mãos ao ar, ela gira de volta, os olhos estreitando-se pra ele. “É tudo culpa sua, Oliver Queen!”
Ele franze as sobrancelhas. “Se importa em elaborar a frase?”
Suspirando, ela deixa escapar um grunhido de irritação. “Você é tão... E aí você... E então eu... e nós...!”
Meio sorrindo, ele balança a cabeça em negação “Ainda não consegui visualizar isso... Talvez frases inteiras ajudem.” Ao ver o olhar zangado dela, ele encolhe os ombros. “Só uma sugestão.”
Mexendo a cabeça, ela começa a andar de um lado pro outro e ao fazer isso ela leva as mãos até os cabelos, mas o jeito que a camisa dela está pendurada torna esse ato desconfortável, então a próxima coisa que ele sabe é que ela tirou a blusa e a jogou de lado. Pra ser sincero, ela aparentemente decide que a maioria das roupas dela não é necessária, então ela tira logo a saia e a chuta pra longe também. Agora andando de um lado pro outro com a calcinha verde e o sutiã preto, ela resmunga irritada consigo mesma.
Ele começa a achar que apenas ignorar o problema teria sido uma idéia melhor.
Suspirando, ele caminha até ela. Ele já estava bem encrencado, podia muito bem terminar o trabalho. “Chloe...?” Alcançando-a, ele pega o braço dela e a obriga a parar. “Você pode pelo menos falar comigo? Por favor?” Olhando pra ela como se procurasse algo, ele espera ela decidir o que fazer. “Eu não tenho idéia do porque você está brava e eu quero ter, eu quero...”
Subitamente, a raiva se transformou em tristeza. “Isso!” ela exclama. “É por isso que estou chateada!”
Ele pisca. “Hã?”
“Você!” Meio que rosnando, ela o empurra, apenas ficando mais irritada quando ele nem sai do lugar. “Você é tão compreensivo e acolhedor e você sempre quer conversar ou escutar ou – ou me abraçar!” ela despeja cada razão como se fossem motivos pra se culpar. “Como é que pode ser só sexo quando você faz eu me apaixonar por você toda vez? É como... como se você não pudesse evitar isso... Você apenas está sempre lá e você é tão espirituoso e tem uma resposta pra tudo que eu digo e você faz com que eu me sinta tão...” Balançando a cabeça, ela pisca pra evitar as lágrimas. “É só que você me faz sentir e eu não quero sentir... Eu não quero, Oliver...”
Surpreso, ele não tem certeza do que dizer então ao invés disso ele a abraça. Envolvendo seus braços ao redor dela, ele a puxa pra perto até que seu rosto dela esteja enterrado em seu peito. E no início ela luta com ele, tenta empurrá-lo, mas aí ela cede, desiste, e apenas chora. Mãos agarrando a camiseta dele, ela soluça, ombros tremendo, e ela deixa que ele a segure. Ele mexe no cabelo dela, sussurra no ouvido, acaricia suas costas; faz tudo que acha que pode acalmá-la, que pode fazer ela sentir que está tudo bem. Demora alguns minutos até que ela pára, até que ela tenha chorado tudo que tinha pra chorar. E depois disso ela apenas o abraça de volta, os braços caindo ao redor da cintura dele, os dedos em nós atrás dele.
“Estou cansada,” ela diz pra ele.
Meio-sorrindo, ele acena e se abaixa pra pegá-la nos braços. Ela dá um gritinho, seus braços envolvendo o pescoço dele, e ela olha pra ele, sorrindo. As lágrimas ainda estavam lá, molhando as bochechas dela, mas ela não sofre mais com elas.
“Ainda está brava?” ele pergunta, indo até o quarto.
Ela nega com a cabeça, olhos se fechando enquanto ela brinca com um fio solto da camiseta dele.
“Ainda bêbada?”
Dando uma gargalhada, ela faz que sim. “Muuuuuuuuito…”
Rindo baixinho, ele a deita na cama e sorri quando ela desliza pra debaixo dos cobertores.
Mas quando ele dá um passo pra sair ela faz um som de reprovação. “Onde pensa que você está indo?”
Divertido por ela, ele olha pra trás. “Pensei em limpar a bagunça que você fez na minha sala...”
Fazendo que não com a cabeça, ela volta pros travesseiros com um suspiro “Venha pra cama.”
Se apoiando na entrada, ele arqueia uma sobrancelha. “Você realmente acha que você consegue aguentar essa noite, Parceira?”
Ela o encara séria, “Fica calado e vem pra cama.” Apontando pro lugar vazio ao lado dela, ela gesticula impacientemente pra que ele se junte a ela.
Com uma risada, ele fecha a porta do quarto e atravessa a distância pra se deitar do lado dela. Se aninhando, ela parece relaxar perto dele de uma forma que ela só faz depois deles fazerem sexo incrível. E aí ela senta de repente e ele acha que ela tá retornando ao juízo normal. O coração dele para no peito, o estômago afundando. Mas com um resmungo irritado, ela apenas tira o sutiã, atira pro lado e deita de novo. Calma como ele nunca conheceu, alívio esmagador, tomam conta dele. Abraçando o corpo dele, ela apóia a cabeça em seu peito e fecha os olhos. “Melhor,” ela murmura num suspiro.
Com o cobertor em cima deles, ele a abraça com um braço, a mão com o curativo quieta na cintura dela, enquanto a outra mão desliza pelo braço dela, gentilmente acariciando sua pele. Olhando pra ela deitada totalmente confortável, quase nua e se aninhando nele, ele sente seu sorriso desaparecer. Ela se lembraria disso pela manhã? Ele tem que se perguntar.
“Oliver?” ela sussurra embriagada, o que mostra que ela não é nem um pouco quieta como pensava que era.
“Hmm?”
“Eu meio que amo você,” ela diz em voz baixa, gentilmente.
Mexendo no cabelo dela, ele engoliu seco. “Eu também amo você.”
“Mm,” ela suspira de forma sonhadora. “Noite.”
Ele acena tremulamente. “Boa noite.”
E enquanto ela dorme com os lábios curvados num sorriso, Oliver pode apenas ter esperanças de que quando a manhã chegar, ela não retire tudo que disse. Ele não consegue dormir, não consegue fechar os olhos, com medo de que tudo se torne apenas um sonho. Com o amanhecer se aproximando, ele espera o melhor, porque enquanto ela só pode admitir coisas profundas quando está embriagada com uísque, ele já aceita essa realidade. Ele ama e vai amá-la pelo resto de sua vida e agora tudo que ele tem que fazer é com que ela perceba que se sente exatamente do mesmo jeito.
Ah, MORRI de amores por essa fic. Eu falo sério quando digo que você merece todos os agradecimentos do mundo por traduzi-las =)
ResponderExcluirMônica
hahahaha obrigada Mônica, de verdade. Acabei de postar outra, acho que a proximidade de Escape tá me inspirando. :D
ResponderExcluirkrakas eu quero saber o resto, e o dia seguinte???hahahhah muito bom
ResponderExcluirescelente tradução
dorei
Letícia
Eu consigo imaginar Chloe infectada por kriptonita com muita facilidade(lógico, já vimos isso),mas bebada é tão estranho.
ResponderExcluirÉ muito legal, por ser diferente do que ela é, mas mesmo assim é estranho imaginar...hahaha
Adorei Oliver se segurando, uma tortura pra ele, sendo que ele é...mas é a Chloe, né?Cute!
A Chloe bebeu para esquecer os problemas!!!!!!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirE também para esquecer que é apaixonada pelo Oliver!!!!!!!!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Oliver deixa a Chloe doidinha!!!!!!rsrsrsrrsr
Grécia
Comunidade Smallville Brasil