quarta-feira, 3 de março de 2010

Amending a Contract, tradução

Outra fic da Tarafina. Essa é pós-Conspiracy. E incrível, totalmente incrível. Ignorem possíveis erros de português, as vezes eu acho que o português é minha segunda língua, pelo menos na escrita. ¬¬'
Malditos produtores, fizeram Chlollie mas fazem a Chloe pegar dinheiro do Oliver (e tá, foi por uma boa causa, mas ainda assim. ¬¬')

Sexo casual. O termo permanecia na sua cabeça, deixando-a desconfortável; uma dor que ela não esperava que saísse do seu controle. Tão casual, tão significativo; ela sabia que ele tinha dito aquilo pra magoá-la. Uma parte dela não podia culpá-lo; o segredo horrível dela estava exposto e qualquer um que olhasse do ponto de vista dele assumiria o pior. A colocar no mesmo grupo das mulheres do passado dele doeu, até que ela entendeu o motivo. Ele tinha separado ela das outras até que ela provou aparentemente que ele estava errado. Ao menos nesse caso, ele tinha permitido que ela fosse inocente até que se provasse o contrário. E não era mesmo justo que Mercer tivesse sido aquela que a expôs? Com uma careta, ela sacudiu cabeça em negação, pensando na mente distorcida que conspirara contra ela. Ela devia saber que algo assim aconteceria.

Já na Torre de Vigilância, ela tentou concentrar suas habilidades no presente ao invés de nos eventos anteriores que a deixaram com um humor tão amargurado. As coisas entre ela e Oliver estavam estremecidas; eles nunca nem colocaram nomes para o que eram um pro outro e já tinham tido o primeiro desentendimento. Era culpa dela? Parcialmente. Mas aí ela podia culpar seu passado com os homens e a falta de confiabilidade deles. Toda vez que a toda - esperançosa Chloe Sullivan colocava seu coração na mão de alguém ou sua confiança nos instintos desse alguém, ela terminava se encontrando com mais problemas do que antes. Alguém podia começar a imaginar até onde o poço de problemas ia por ela tinha que estar chegando do outro lado em algum momento próximo.

Com o bipe reconfortante e o emaranhado de informações ao redor dela, ela quase podia se convencer de que estava bem; Eles só estavam juntos há duas semanas; quatorze dias de flertes improvisados, onde ele chegava e a arrebatava. Sexo casual. Tudo voltou com uma dor aguda no peito dela. Chloe Sullivan nunca foi e nunca seria um maldito caso, e ele sabia disso. Quando eles começaram essa coisa entre eles tinha sido em nome da diversão, pra ver o que estava bem na frente deles e ela tinha decidido que não ia forçar nada, mas sim deixar rolar. E como a usual pirâmide de cartas feita com suas muitas más decisões, esta decisão acabou desmoronando na cabeça dela.

Não houve desculpas, não realmente. Ela explicou, até mostrou pra ele e ele levou em conta as informações, indo até ao ponto de mover os bens dela antes que sua sempre-tão-cúmplice Mercy pudesse colocar suas pequenas mãos sujas neles. Gratidão era uma possibilidade, perdão era improvável, mas a culpa ainda estava presente em sua tomada de decisão. Ela se sentia mal por mentir pra ele? Claro. Se ela tivesse que fazer tudo de novo, ela faria? Um sim firme e definitivo. Confiança era conquistada e ela já tinha dito a Oliver antes que por mais que ela acreditasse nele e o apoiasse, ele ainda tinha muito pra compensar.

E ainda assim, isso a matava por dentro.

Desde que voltara à ativa como Arqueiro Verde, Oliver não tinha sido nada além de merecedor da confiança dela; ele segurou sua mão e a convidou pra se juntar a ele na sua busca interminável por justiça. Como a heroína que ela sempre foi, ela aceitou e se certificou que eles continuassem com o trabalho duro. Ele não a decepcionara, não a fez sentir como se tivesse errado em trazer ele de volta da sarjeta, e mesmo nas vezes em que ela ficava pessimista com o bando de heróis desajustados deles, ele a mantinha animada. Enquanto ela o salvara naquele dia que já parecia tão distante, parecia que ele ainda estava tentando retribuir ajudando-a desde então. E era assim que ela o retribuía. Desvio de dinheiro; roubo; um espelho das mulheres em seu passado que viam uma cifra de dólar.

Isso a fazia doente, por mais que ela odiasse admitir.

Pelo bem maior; um plano de escape pra salvar a humanidade. Havia uma lista enorme das razões pelas quais ela fez aquelas armas, mas uma única razão pra não contar pra ele.

Medo.

Medo de confiar nele e errar; medo de amá-lo e não ser amada em retorno. Sempre tinha o mesmo fim, não tinha? Chloe sempre seria a mulher carente, que era trocada por outra; a mulher com o coração do qual era esperado que se quebrasse e se curasse em seguida. Ela viu o futuro que Lois tinha visto; ela viu quem se tornou e ela não queria ser ela, ela não queria ser a Chloe amargurada e magoada. Mas mesmo com o sol ainda amarelo, ela podia se ver desaparecendo, dando lugar à outra. E a única pessoa que a impedia disso era aquela para a qual ela já tinha mentido, já tinha colocado a relação deles no risco de nunca ter um começo verdadeiro.

Os olhos dela borraram, arderam, e ela queria empurrar de volta, mas as lágrimas permaneceram em seus cílios, recusando-se a cair.

“Alguém derrubou seu firewall ou eu devo tirar o sorvete da geladeira?” uma voz chamou atrás dela, reconhecendo os ombros encolhidos e o tremular da boca dela.

Ela virou surpresa ao ver que ele tinha entrado sem o conhecimento dela. Toda aquela segurança e ele podia entrar sempre que quisesse. Isso deveria ter a deixado irritada, mas uma risada escapou dela, olhos lacrimejantes revirando como se ela devesse esperar algo assim.

“Como se alguém pudesse derrubar um firewall da Sullivan,” ela desdenhou.

Ele caminhou até ela, olhos castanhos passeando da cabeça aos pés dela, como se esperasse ver impresso em seu corpo uma razão pra suas lágrimas. “Nenhum cabelo loiro fora de lugar e nenhum machucado visível...” ele olhou em volta. “Tem um assassino escondido no armário que eu não saiba?”

Ela franziu os lábios, “Não. Nem mesmo os esqueletos estão aqui desde que foram liberados mais cedo.” Olhando pra frente, ela voltou a encarar os computadores, piscando violentamente e tentando diminuir o tremor do corpo dela. Era inútil.

Silenciosamente, ele se aproximou e ficou atrás dela; mãos quentes e largas envolvendo os ombros dela e apertando de leve.

A parte amargurada dela queria afastá-lo, sair de perto, e ignorar o elefante óbvio na sala. Mas o último pedaço da Chloe verdadeira relaxou ao seu toque; reconfortada.

A mão dele deslizou até o pescoço, os nós dos dedos roçando em sua pele. Como que um homem que ela conhecia tão bem, seus altos e baixos, momentos bons e ruins, podia a fazer se sentir leve, como se ela fosse uma pessoa sem falhas e digna? Os polegares dele limparam as lágrimas que escapavam por suas bochechas, esfregando de leve o caminho que elas deixavam antes de segurar seu queixo e fazer com que ela olhasse pra ele. Com a cabeça inclinada pro lado, ele a olhou imaginando o que tinha acontecido. “Quer compartilhar com o resto da classe, professora, ou eu vou ter que fazer as 20 perguntas?”

Depois de tudo, depois da mentiras dela e da mágoa dele, ele ainda parecia querer nada mais do que fazer com que ela se sentisse melhor. Isso só fazia ela se sentir pior. A máscara dela caiu e as lágrimas se apressaram em acompanhar, os ombros caindo derrotados. “Me desculpa,” ela murmurou, sacudindo a cabeça.

“Ei...” ele suspirou, pegando-a nos braços e apoiando a cabeça dela no peito dele. “Chore o tanto que quiser, essa camisa é só uma Versace.”

Ela riu, estapeando seu ombro gentilmente. “Você é um imbecil!”

Ele acariciou suas costas, o queixo dele descansando na cabeça dela. “Já fui chamado de coisas bem piores, então aceito isso.” Os braços dele apertaram sua cintura. “Mas se estamos nessa de ofender o outro com nomes e isso é o melhor que você tem, será um capítulo bem patético na nossa história.”

Suspirando, ela prendeu a cintura dele com as mãos, os polegares deslizando delicadamente nas extremidades. “Ainda tem uma história?” ela finalmente perguntou, irritada com o quão dócil ela parecia.

A cabeça dele deixou de se apoiar na dela e ela se afastou para poder olhar pra ele.

“Você acha que um pequeno escândalo de desvio de dinheiro vai nos tirar do nosso caminho usual, Parceira?” ele perguntou, arqueando uma sobrancelha.

Em qualquer outro momento, ela poderia ter tirado sarro do olhar arrogante dele. “Eu menti pra você,” ela admitiu com uma careta. “Eu roubei dinheiro de você.” Suspirando, ela se afastou dele, precisando de espaço pra se recompor. Secando as lágrimas bruscamente, ela negou com a cabeça. “Era por uma boa causa? Na minha cabeça, sim. Não podemos ter certeza do futuro e aquele que conhecemos não está na lista de mais vendidos com um final feliz. Mas talvez…” Ela lambeu os lábios, desviando o olhar. “Talvez eu devesse ter repensado o modo que agi em relação a isso.”

Ele concordou com a cabeça lentamente, franzindo os lábios num jeito que dizia ‘dã, eu já sabia disso.’ “Talvez?”

Ela fez uma careta. “Tudo bem. Olha… Confiança não é uma boa amiga minha; na verdade, estamos bem afastadas ultimamente. E quando eu bolei esse meu plano de escape, eu pensei que tinha que fazer isso sozinha.”

“Com o dinheiro da minha empresa,” ele acrescentou sem emoção.

Ela estremeceu “Infelizmente, considerando que meu cartão de crédito não tinha tanto limite assim.”

Ele enfiou as mãos nos bolsos, esperando ela continuar.

“Então eu pensei que talvez eu pudesse tirar um pouco de suas subsidiárias, nada tão massivo que causasse dano. Eu esperava que quando tudo tivesse dito e feito, nós teríamos o que precisamos e não seria um problema…” Os olhos dela encontraram o chão numa demonstração de vergonha não característica dela.

“Nós,” ele repetiu.

Sobrancelhas franzidas, ela olhou pra ele curiosa.

Ele se aproximou lentamente. “Você disse que nós teríamos o que precisamos… Mas não teve nenhum ‘nós’ quando você pegou o dinheiro ou quando você construiu as armas.” Ele sacudiu a cabeça em negação. “Tudo que você tinha que fazer era pedir…” um sorriso triste apareceu em seus lábios. “Eu te daria tudo que quisesse.”

Um nó se formou em sua garganta, uma torrente de lágrimas saindo de seus olhos novamente. “Eu sei,” ela admitiu.

“Então por quê?” ele estendeu a mão e segurou seu queixo pra que ela olhasse pra ele. “Por quê?”

Piscando rapidamente, ela mordeu o lábio. “Porque aí eu teria que confiar em você… Eu teria que acreditar que você corresponderia às expectativas, que você me entenderia e entenderia o que eu estava fazendo.”

O rosto dele se contorceu. “Eu não faço isso sempre?”

Tremendo dos pés a cabeça, ela sabia da verdade. “Sim.

“E agora acontece o que?” ele retirou a mão. “Eu finjo não ver você na sua missão secreta de salvar o mundo sem mim?”

Ela rangeu os dentes. Isto era o que ele precisava, o que ela precisava; a verdade definitiva ou nada mais. Ela sabia o que se aproximava e ainda assim isso a abalava. O momento da verdade; a pergunta e a resposta que os definiriam.

Ela confiava nele, confiava neles, ou ela seguiria sozinha com seu plano de salvar o mundo de um futuro que ambos não queriam?

“Não.” As sobrancelhas dela franziram com a decisão séria. “De agora em diante… eu vou te contar tudo.”

“Tudo?” Ele arqueou uma sobrancelha de forma significativa.

“Bem, estou pensando que te contar dos intervalos pra ir ao banheiro é um pouco demais, mas as coisas importantes…” Ela suspirou, um sorriso curvando seus lábios. “Você merece minha confiança, Oliver, e eu sinto muito por não ter percebido isso mais cedo."

Ele sorriu lentamente. “Alguns de nós são mais lentos pra entender as coisas,” ele provocou de leve.

Bufando, ela revirou os olhos. “Ei, você que achou que eu estava apenas interessada nos seus dólares, Queen. Então talvez eu não seja a única com problemas de confiança.”

O sorriso dele se tornou solene. “Admito…” ele começou. “Quando eu vi os documentos, sabia que era você e uma parte de mim esperou o pior…” Ele a encarou. “Mas eu fui falar com você direto antes de tirar minhas próprias conclusões.”

Franzindo os lábios, ela deu um passo até ele e estendeu a mão, os dedos ajeitando a lapela do casaco dele. “Se me lembro corretamente, essa conversa sua foi você me dizendo que não estava lá pra ter sexo casual, mas sim para uma resposta sobre a última tentativa da Mercer de cavar seu túmulo.” Ela arqueou uma sobrancelha, olhando pra ele com os olhos estreitos. “Então da próxima vez que você sentir vontade de ir me ver, eu sugiro que repense sua estratégia de aproximação.” Ela piscou, deixando-o pra trás na esperança de chegar à sua cozinha e encontrar algo pra sossegar seu estômago que só agora ela tinha percebido que estava vazio. Talvez ela tivesse se preocupado com um certo bilionário por tempo demais.

Ele pegou o braço dela antes que ela chegasse muito longe, e a virou para que eles se olhassem mais uma vez.

“Minha escolha de palavras não foi das melhores,” ele admitiu, acenando desculpas. “Eu estava…”

“Magoado? Com raiva? Sem um certo nível de confiança em sua nova— ” Ela parou de repente, seu repertório de palavras se esgotando. Não havia nada pra terminar a frase além de talvez amante. Amigos não os definia mais, companheiros de equipe estava fora de questão, mas namorada também não tinha sido discutido.

Os lábios dele se curvaram num sorriso malicioso. “Minha nova…?” Ele gesticulou com a mão, tirando sarro para ela continuar.

Revirando os olhos, ela puxou o braço pra se libertar e sair mais uma vez. Ele não foi tão bondoso dessa vez para deixá-la ir.

“Peraí, maravilha sem nome.” Deslizando os dedos pelo braço dela, ele pegou sua mão. “Esse é seu jeito menos que charmoso de me perguntar o que somos?”

Ela desdenhou indelicadamente. “Se eu quisesse saber, eu estaria ajudando na definição.” Franzindo os lábios, ela inclinou a cabeça. “Nós não definimos e eu não estou reclamando.”

“Mas isso te incomoda,” ele deduziu, olhando pra ela, pensativo “Somos mais que amigos, mas menos que exclusivos.”

“Somos?” ela murmurou.

Ele piscou, dando de ombros. “Não sei. Não tenho socializado com ninguém desde que começamos... e você?”

Um sorriso surgiu lentamente. “E se eu tiver?”

Ela recebeu em troca um lampejo de indignação antes de ele disfarçá-lo rapidamente. “Acho que eu não teria nenhum direito de interferir, teria?”

Com a mão livre dele parando no quadril dela com uma destreza arrogante, ela negou com a cabeça. “Acho que não.”

O maxilar dele contraiu, os olhos desviaram. “Então esses esqueletos no armário não somente incluem desvio de dinheiro, mas namorados também?”

Uma risada suave saiu de sua garganta. “Cuidado, Ollie, que sua cor favorita nem sempre cai bem em você.”

Passando a língua pelos lábios, ele sorriu. “Touche.”

Com um aceno, ela encolheu os ombros. “Tenho meus momentos.”

Deslizando o polegar na palma dela, ele pegou sua mão e a puxou pra mais perto dele. “Então nesse contrato verbal que fizemos... acho que deixamos uns detalhes de fora.”

“Mm... Devem ter se perdido entre nos certificar que o arco e as flechas estavam longe o suficiente e você rasgando minha camisa...”

Ele deu um sorriso enorme. “Eu disse que ia te comprar uma nova.”

Ela deu uma risadinha. “Isso está fora de questão... Agora voltando ao assunto, Queen, ou você está ficando distraído?”

Perto o bastante pra envolver a cintura dela com os braços, ele deslizou a mão por dentro da blusa dela, acariciando as costas, arrogantemente satisfeito quando o corpo dela arqueou, um suspiro sem fôlego escapando dos lábios dela. “Artigo primeiro, uma emenda... Isso é exclusivo. Nada de outros caras, heróis ou não.” Inclinando, os lábios dele estavam tão perto que ela podia sentir a respiração dele misturar-se com a dela. Mas por mais que ela quisesse aquele beijo que a deixaria fora de si, ele contornou a boca dela, os lábios roçando em sua bochecha antes de pararem próximos ao seu ouvido. “Você é toda minha,” ele murmurou, os braços apertando ainda mais sua cintura numa demonstração de ardor possessivo.

“Vale pra você também,” ela murmurou, as mãos subindo por suas costas, os dedos acariciando os ombros musculosos.

Ele riu, falando lentamente, “Como se alguém pudesse se comparar quando eu tenho você.”

Os olhos dela tremularam, o coração batendo forte no peito, a esperança aumentando rápido demais.

“Segunda emenda?” ela respirou fundo.

“Como você disse antes; sem mais segredos… de qualquer tipo.” A mão dele passou para frente, desabotoando a parte de cima do pijama dela com lentidão deliberada. “Estamos nessa totalmente, sob qualquer circunstância.”

Ela concordou estremecendo, mordendo o lábio quando os dedos dele se estenderam, a mão parando no topo dos seios dela.

“E por último…” Ele tirou a camisa dela, as mãos agora em seus ombros e a puxando até que eles ficassem olho no olho. “Isso... Nós... Somos o começo...” Ele a encarou procurando algo em seus olhos; um sorriso caloroso e enorme se formando ao perceber que ela sabia, entendia e aceitava isso.

O começo da confiança, do futuro, de um amor que nenhum dos dois já tinha conhecido ou experimentado antes.

Ela deixou de lado; suas reservas, medos, a última parte da insensibilidade amargurada que sem dúvidas a manteria longe disso, longe dele.

Com as mãos deslizando até o seu pescoço, os dedos enterrados no cabelo dela, ele inclinou a cabeça dela pra trás e a manteve quieta enquanto trazia sua boca perto o bastante pra ela já sentir o arrepio, o calor que vinha de dentro e a vontade de prendê-lo entre suas pernas. Os dedos dela encontraram os bíceps dele e apertaram, seguraram na busca de equilíbrio, força e coragem.

“O nosso contrato lhe agrada, Srta. Sullivan?” ele perguntou, lábios roçando nos dela a cada palavra.

“Uma última coisa,” ela acrescentou. “Diga sexo casual de novo e você perde seus privilégios de quarto...” Ela riu maliciosa. “Espero que seu sofá seja confortável.”

Ele riu muito. “Eu não planejo descobrir.”

E com um beijo, o acordo deles foi selado.

Lábios se esmagando, línguas se entrelaçando, dentes marcando o outro como seu, as roupas voaram e os corações dispararam. Corpos parcialmente nus se encontravam enquanto eles lutavam pra sair de perto dos computadores e ir pra um lugar mais confortável. Com os corpos quentes e entrelaçados, eles caíram na cama, uma risada sem fôlego escapando entre beijos rápidos e apaixonados. A preocupação e a tristeza de antes iam embora à medida que o companheirismo alegre dele que ela sempre sentia em seus braços vinha a tona mais uma vez. Era quando os computadores estavam desligados e os problemas pra trás que eles eram apenas Chloe e Oliver; duas pessoas que se viam, se conheciam e se importavam um com o outro profundamente, apesar de tudo.

Com a confiança entre eles num mesmo nível e a promessa de compartilhar as coisas um com o outro sinceramente, havia ainda apenas um único esqueleto pra lidar e não era um com que Oliver precisasse se preocupar. Desde que eles se entendessem e entendessem o que um significava pro outro, o único esqueleto no armário era a visão dos outros sobre eles. Com Oliver pairando sobre uma Chloe desejosa e feliz, ambos contentes em explorar um ao outro e o futuro deles, eles manteriam o mais novo contrato verbal com emendas em segredo e deixariam os outros tentando adivinhar.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Be Mine, tradução

Uma fic da Tarafina, pós persuasion. Sooo cute ;D

*a parte em negrito é um flashback

A idéia dele pro dia dos namorados não era uma reunião chata da diretoria na companhia de velhos rabugentos que não apreciariam rosas ou chocolate. Na verdade, ele tinha em mente uma linda e espirituosa loira que iria ajudar muito mais o seu humor e o manter com os pés no chão. Ao invés disso, ele ficou estudando imagens e discutindo com pessoas que sempre achavam que sabiam mais. Não importa o quão velho ele ficasse, quantas boas decisões de negócio ele fizesse, eles sempre o veriam como um mulherengo festeiro sem cabeça pros negócios. No entanto, ele não podia se importar menos com o que eles pensavam dele. Oliver já tinha vivido muita coisa e enquanto ele podia agir como um bobo pra qualquer um que observasse, ele era um homem inteligente e perspicaz. Excelsior tinha afiado suas habilidades quando ele era novo e apesar dos vários erros em seu passado, ele era o diretor executivo por uma boa razão e ele não deixaria ninguém o tirar de sua posição.

Hoje, porém, ele estava amaldiçoando seu trabalho herdado enquanto preferia muito mais estar em Metropolis persuadindo certa mulher teimosa a estar em sua companhia. Ela relutava muito e usava um escudo em volta do coração no qual as suas flechas pareciam ricochetear, mas nunca que ele ia deixar que dissessem que ele desistia fácil. Ele mandou rosas pra ela, duas dúzias, apesar de saber que tulipas eram as favoritas dela. Era a flor do dia e ele queria que ela soubesse que estava pensando nela e no dia mais romântico do ano também. Ele sorriu pra si mesmo, pensando que ela provavelmente revirou os olhos, tentando ao máximo não sorrir, mas seus lábios se curvaram ela querendo ou não. Ele não voltaria até o dia dezesseis e ele teria que se redimir pela perda do dia dos namorados tradicional, mesmo que ela espertamente argumentasse que eles não combinavam, especialmente naquele momento.

“Sem ofensa, parceira, mas eu não acho que em algumas semanas as coisas irão amansar pro nosso lado,” ele argumentou, arqueando uma sobrancelha.

Ela suspirou, dando de ombros e saindo de perto dele pra tentar se concentrar nos computadores. “Sim, bem, mais uma razão pra não começar nada!”

Ele sacudiu a cabeça em negação, seguindo-a e a olhando até que ela se cansasse de ignorá-lo. “Que é?” ela grunhiu.

Ele sorriu. “Ainda fingindo que não sente nada?”

Ela olhou pra ele, os lábios se franzindo num bico. “O que eu sinto e o que eu faço são duas coisas muito diferentes, Oliver.”

Chegando mais perto dela, ele acariciou seu lábio inferior com o dedão, facilmente tirando o bico da boca dela. “Então eu terei que fazer você mudar de idéia.” Não era uma esperança ou possibilidade, era uma promessa. E ela não respondeu então ele se inclinou pra frente, beijou a testa dela demoradamente a deixou com os computadores dela. Sem dúvida ela refletiria sobre cada coisa que ele disse e viria com alguma desculpa para o que quer que ela sentisse ou fizesse sobre isso. Ele já tinha se acostumado; desde aquela noite na Torre de Vigilância, quando ele deixou suas intenções bem claras, ela estava nervosa. Pra uma mulher tão forte e teimosa, ele tinha ficado levemente surpreso. Mas levando em conta os últimos meses tão inconstantes, ele a entendia melhor que muitos e então aceitou que convencê-la a começar algo que podia ser maravilhoso daria mais trabalho do que ele inicialmente estava disposto. Acostumado a conseguir o que queria rapidamente e sem muito esforço, especialmente se tratando de mulheres, era meio que divertido pra ele ter que dar tudo de si pra isso. No entanto, Chloe Sullivan valia muito à pena.

Ele aparecia frequentemente, tanto quanto era normal pra ele mesmo antes de dizer pra ela que o que ele queria, o que eles podiam ter, estava sendo definitivamente considerado. Mas agora que ela sabia, ela estava sendo bem cautelosa com ele, seus olhos constantemente abertos e observando. Ele recebeu a natureza desconfiada dela com um sorriso; um herói que não levasse em conta cada aspecto da situação eventualmente era morto – era apenas o treinamento dela, seu instinto natural. Mas ele não queria matá-la; mais ainda, ele queria fazer exatamente o oposto. Ele queria a fazer viver de novo.

Quando o dia dos namorados estava perto, ele já tinha tudo planejado. Teria vinho e os chocolates recheados com café preferidos dela e ele tinha feito reserva num restaurante que ela gostava muito ao invés de reservar um para impressioná-la. Ela era bem consciente do tanto de dinheiro que ele tinha e o que ele podia oferecer; era conhecê-la e aceitá-la que ajudariam a derrubar as defesas dela. Então ele estava pronto pra fazer de tudo, o que fosse preciso e fazer com que ela visse que ele não estava brincando ou blefando ou qualquer coisa do tipo; ele estava sendo sincero e verdadeiro e ele queria muito, muito mais com ela do que só amizade.

A ligação veio cedo naquela manhã, antes mesmo que ele se levantasse pra fazer ioga na sua sala de exercícios e despertasse completamente com café. Trabalho. Não tão incomum. E com resignação, ele teve que adiar todos os planos que tinha pra ela e o dia especial deles. Ele se levantou e fez sua mala. Ele ficaria ausente por uns dias e sabia que ela ainda estava dormindo e, portanto não podia sequer se explicar pra ela. A última coisa que ela gostaria era que ele a tirasse da cama com justificativas; especialmente com seu horário de sono já tão caótico. Por mais que ele gostasse muito dela, ela era viciada em trabalho e por mais que negócios sempre estivessem presentes em sua mente, ele estava aprendendo que a diversão tinha que aparecer na equação algumas vezes, assim como sono, comida e companhia.

Ele estava no jato antes mesmo que o alarme dela despertasse, já olhando os papéis da empresa e amaldiçoando seu azar. Ele ligou pra um florista particular e pagou uma considerável gorjeta pra ter certeza que ela receberia as flores. Com um simples cartão – Eu vou te recompensar depois. Nada mais que isso; ela saberia de quem as flores eram. E pouco depois, os olhos dele estavam concentrados em todas as coisas relacionadas às Indústrias Queen e à Luthorcorp. Dois dias sem parar de longas reuniões, comida encomendada e discussões que o faziam ficar tonto com tanto andar de um lado pro outro. Finalmente, na noite do dia quinze, ele estava ansioso pra dormir e na manhã seguinte voltar pra casa. Com alguma sorte, ele podia tirar Chloe da Torre de Vigilância na noite seguinte e ganhar de volta um pouco do afeto dela antes que ela se convencesse ainda mais de que eles não iriam a lugar algum.

Mas assim que ele se acomodou na cama bem larga e confortável do hotel, o celular dele tocou. O número de Emil apareceu e por mais que ele quisesse ignorar a ligação, ele não podia. Emergências eram uma preferência da sua equipe e Emil nunca ligava a não ser que fosse um problema.

Atendendo, ele ouviu alarmes disparados no fundo; do tipo que Chloe tinha colocado nos computadores. Pânico o atingiu com força e dolorosamente e ele estava bem acordado e já procurando sua mala com suas roupas pra se vestir. “Qual o problema?”

“Chloe,” ele disse, sua voz grave. “Ela enlouqueceu e eu não tenho idéia do motivo. Num minuto ela estava bem, no outro estava desligando tudo e me dizendo que suas responsabilidades residiam com Clark e ninguém mais...” Ele suspirou. “Ela colocou firewalls sobre firewalls sobre firewalls! Eu estou tentando, mas quando ela quer bloquear alguém ela o faz e não se detém.

A cabeça de Oliver girava pensando em todas as razões possíveis pra súbita reviravolta dela. Ele não conseguiu evitar o estremecimento causado por saber que apesar de tudo, ela tinha escolhido Clark. Não era a mesma coisa com toda mulher que ele se apaixonava? Até mesmo Mercy parecia ter uma certa fascinação afetuosa por Clark Kent. Fazendo uma careta, ele sacudiu a cabeça. Ele conhecia Chloe e por mais que ela estivesse sofrendo ultimamente, isso não era o tipo de escolha que ela faria. Abrindo a mala, ele tirou uma calça e uma camisa. “Faça o que puder. Estarei aí em breve.” Desligando, ele jogou o telefone num canto e passou as mãos pelo cabelo. Parecia que ele ia dormir no jato; ele não deixaria isso continuar de forma alguma. Se ela estava assustada, por ele ou qualquer outro problema, ele a ajudaria. Ele precisava dela; como amiga e membro do time. E mais do que isso, ele precisava dela na vida dele, pro que der e vier, e ele faria o que fosse preciso pra tê-la de volta.

Engraçado, ele pensou ironicamente. Ele nem mesmo a tinha e ainda assim ele já estava tentando convencê-la a deixar ele ficar com ela.

Levou horas pra chegar em Metropolis e por mais que ele tivesse dormido, foi um sono inquieto. Subindo as escadas da Torre de Vigilância, ele hesitou em bater na porta, preocupado com a possibilidade dela estar lá e simplesmente não responder e ao mesmo tempo preocupado que ela não estivesse lá e não voltasse. Com todos seus recursos, ele imaginou se seria capaz de encontrá-la. Chloe Sullivan tinha inteligência e habilidade pra se esconder de quem quisesse, mas ele faria todos os esforços possíveis pra encontrá-la e ela sabia disso.

Quando ele entrou, estava tudo quieto. Nada de alarmes e as telas zuniam com a atividade, mas faltava o caos de quando Emil ligou. Ele olhou em volta, sobrancelhas franzidas, e viu as rosas que tinha mandado pra ela apoiadas lindas e brilhantes no balcão da área de trabalho dela. Ele caminhou até elas e estendeu a mão pra tocar as pétalas vermelhas aveludadas. E então ele ouviu o familiar barulho dos saltos dela e os seus ombros, tensos e duros, relaxaram ao perceber que ela estava ali e parecia bem. “Você as recebeu,” ele disse com um meio sorriso antes de virar pra olhar pra ela.

Ela parou de andar, olhou pra ele e depois desviou o olhar numa rara demonstração de nervosismo. “Sim... Elas são lindas, obrigada.”

Ele acenou de leve com a cabeça. “Quer me contar o que aconteceu?”

Ela suspirou e o peso dos dois últimos dias parecia que ia derrubá-la. “Clark e pedra de meteoro,” ela murmurou, revirando os olhos. “Aparentemente, por mais teimosa que eu seja, não posso resistir a uma droga persuasiva que faz com que eu faça o que ele quiser; e o que ele queria era, aparentemente, que eu focasse mais minha atenção em protegê-lo.” Ela sacudiu a cabeça, quase parecendo irritada consigo mesma. “Nem é preciso dizer que fiz minha prima chorar, quase destruí anos de informações dos meus computadores, estava pronta pra matar Tess Mercer e aí de alguma forma acabei salvando a vida dela usando kryptonita no Clark...” Olhos arregalados, ela sorriu confusa. “Você sai por dois dias e eu fico totalmente enlouquecida. Você provavelmente deveria investir em camisas de força pra qualquer outra loucura no futuro.”

As sobrancelhas dele se ergueram. “Huh...” Piscando rapidamente, ele sacudiu a cabeça antes de atravessar o cômodo até ela. “E eu pensando que você estava apenas exausta, como esperado, e decidiu que eu e meu bando de heróis não éramos mais tão importantes como o Escoteiro.”

Os lábios dela franziram. “Essa tropa de apoio de uma garota só não vai a lugar nenhum! Vocês podem deixar uma mulher louca com sua falta de organização, mas eu tenho muita fé em vocês e não vou embora até que vocês resolvam esse negócio de salvar o mundo de uma vez por todas.”

Ele sorriu orgulhoso do apoio dela. “Então isso não foi você decidindo me deixar... nos deixar... por um certo super-herói borrado?

Mordendo o lábio, ela desviou o olhar. “Ollie... Clark sempre vai ser meu melhor amigo e eu farei o que puder pra ajudá-lo, mas... Quando eu aceitei o trabalho como Torre de Vigilância eu estava falando sério e eu levo tudo isso, todos vocês, muito a sério.” Estendendo as mãos, ela ajeitou a lapela do casaco dele, sorrindo calorosamente. “Então não preocupe essa sua cabeça bilionária, huh? Eu não vou a lugar algum.”

Ele sorriu, olhando nos olhos verdes dela com mais afeto do que ela parecia esperar. Ele a viu entendendo, a consciência de que os sentimentos dele não eram tão amigáveis. E então suas bochechas ficaram, vermelhas, ela olhou pra baixo e o sorriso desapareceu, parecendo que ela já estava pronta pra afastar qualquer possibilidade. Ele a pegou, levou as mãos dela ao peito dele e as manteve ali;

“E eu, Chloe?” ele perguntou, olhos estreitos pra ela, querendo total sinceridade. “Onde exatamente eu me encaixo nessa equação?”

Ela engoliu seco, focando seu peito ao invés do rosto. “Você é o líder, Oliver. Arqueiro Verde, justiceiro e fonte sempre confiável de amizade e ajuda.

Soltando uma das mãos dela, ele segurou seu rosto, colocando uma mecha do cabelo loiro dela atrás da orelha, tracejando o formato do rosto delicadamente. “E o que mais eu sou?”

Ela franziu os lábios, relutante em responder.

“Sabe…” Ele sorriu. “Eu tinha uma noite inteira planejada pra nós... só eu e você e toda aquela atmosfera sentimental e cafona de dia dos namorados.”

Ele viu os lábios dela tremendo e lentamente, ela levantou o rosto.

“Vinho, jantar, flores, doce... Todos os gestos românticos que eu consegui pensar.” Ele acenou com a cabeça gentilmente. “Mas agora estou achando que eu pensei errado.”

A expressão dela desapareceu, olhos capturando os dele rapidamente. Algo parecido com mágoa ou decepção os preenchendo antes que ela criasse um escudo que a impedia de mostrar muita emoção. “É mesmo?” ela perguntou, puxando a mão dela e tentando se afastar dele.

Ele apenas a apertou, segurando mais forte. “Sim...” Passando seu polegar pela bochecha dela, ele acariciou sua pele afetuosamente, observando os cílios dela longos e escuros que emolduravam seus olhos verdes, olhos estes que se fechavam, perfeitamente “Agora estou achando que todo o romantismo não era necessário. Você teria ignorado isso de qualquer forma. Talvez uma abordagem mais direta...” Ele sorriu, invadindo seu espaço pessoal, sentindo o calor do corpo dela mesmo com as camadas de roupa. “Talvez eu não tenha sido tão claro quanto pretendia.” A mão dele deixou o rosto dela e deslizou até a sua nuca, os dedos acariciando a região ternamente. “Então eu vou dizer isso apenas uma vez, Parceira... E eu gostaria de uma resposta de verdade dessa vez ao invés de você dar de costas e fingir que não combinamos tão perfeitamente quanto combinamos.”

A boca dela abriu, obviamente prestes a discutir, mas o aceno dele com cabeça a impediu.

Ela parecia frustrada, mas ela não falou e ele sorriu triunfante.

Pegando a mão dela, ainda pressionada contra o peito dele, ele a deslizou uns centímetros até que os dedos dela cobrissem por cima da camisa o seu coração palpitante. “Sente isso?” ele perguntou, a voz baixa e penetrante.

Ela olhou pra ele brevemente e depois pras mãos deles, a pulsação dele forte em suas mãos. “Sim,” ela sussurrou.

Passando a língua pelos lábios, ele apertou o pescoço dela levemente e ela entendeu como uma deixa pra olhar pra ele, o olhar dele capturando e mantendo o dela firmemente. Ele olhou, esperou até ter absoluta certeza de que ela estava escutando, de que ela o ouviria de verdade dessa vez ao invés de ignorá-lo. E simplesmente, sem humor ou provocação, ele disse, “Seja minha.”

E ela piscou, respirou fundo e então sorriu. “Sim.”

Ele riu, acenando com a cabeça. “Você não vai mudar de idéia.”

Ela revirou os olhos. “Pensei que você possivelmente mereceu, mas você deve estar bem ciente por agora que eu não sou o seu tipo de mulher normal.”

Rindo, ele se inclinou pra frente até que suas bocas estivessem a centímetros de distância. “Uma das muitas razões pra eu estar aqui.”

Ela sentiu a respiração dele nos lábios dela e um arrepio percorreu seu corpo, a percepção dando vida e calor aos seus olhos. “Uma pessoa sábia me disse uma vez que temos que ver o que está bem na nossa frente.”

“Tenho a impressão de que ele estava procurando e não vendo por um tempo...” Ele arqueou a sobrancelha. “Olhos abertos, muita claridade … Você aprende a apreciar as pessoas que realmente são importantes.”

Ela riu. “É uma coisa boa o fato de você estar sendo menos idiota ultimamente ou eu consideraria tudo isso uma cantada.”

Ele sorriu. “Tudo no momento certo, Parceira.”

E com isso, ele abaixou pra capturar a boca dela, selando um momento que já passava da hora. Dedos enterrados no cabelo loiro, ele pressionou sua boca contra a dela possessiva e excitadamente, absorvendo o gosto de café e paixão. Ela correspondeu igualmente; língua e dentes nunca cedendo à natureza teimosa dele. Não era surpresa que eles estivessem embolados numa questão de segundos: ele levantando-a do chão, o braço como um aro de aço em volta da cintura dela, os pés dela suspensos no ar e os braços apertando-o forte. Quando a respiração fez com que eles se separassem numa arfar profundo, lábios ainda se encontrando em selinhos rápidos que eles não conseguiam resistir, ela riu, com as mãos enterradas no cabelo curto dele.

“Então, sobre aquele encontro de dia dos namorados,” ela murmurou, dando uma mordida carinhosa no queixo dele.

“Posso te recompensar por isso.” Ele sorriu. “Um pouco tarde, mas...”

“Mmmm.” Ela sacudiu a cabeça. “Não, eu acho que você acertou o momento.”

Com os brilhantes olhos verdes dela iluminados e alegres como ele não via há tempos, ele não podia discordar. Eles estavam apenas começando e sempre haveria coisas no caminho deles, mas ele sabia que eles estavam destinados a ser e fazer grandes coisas. Eram Oliver Queen e Chloe Sullivan dali em diante; o que quer que a vida desse pra eles, eles apenas teriam que encarar juntos e seguir adiante. Ela fazia valer à pena o esforço e desde que ele se focasse no futuro, ele podia vê-lo ficar mais e mais brilhante a cada segundo.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dozen or so, tradução

Essa é bem pequena, leva em conta o episódio Persuasion e supõe (assim como todos nós Chlolliers) que aquelas rosas perfeitas foram dadas pelo Oliver.
Foi escrita por Crystalkyubbi-chan

Chloe cheirou as rosas, tinham que ter pelo menos três dúzias delas ali, que misteriosamente apareceram na mesa dela nessa manhã de dia dos namorados. Um sorriso suave apareceu em seu rosto quando ela se lembrou do cartão escrito a mão que ela encontrou no meio da folhagem.

Parceira

Rosas geralmente dão vida a um ambiente, e a um dia como esse. São bem entediantes comparadas as nossas atividades usuais, mas ei, dê algum crédito à planta. Enfim, este é o meu jeito de te lembrar que você tem um time de heróis que amam você.

Ollie

P.S. esteja pronta as cinco, roupas normais, porque aí você não vai precisar das rosas pra se divertir.

Ela até podia imaginar o sorriso nos lábios dele ao escrever o cartão. Borboletas agitavam-se em seu estômago enquanto ela pensava no tipo de diversão que ele tinha em mente. Nada impuro é claro! Oliver era Oliver, e eles provavelmente só iriam praticar arco e flecha, ou artes marciais. Mas os toques mínimos, mas de alguma forma íntimos que ela sabia que viriam com a prática ainda faziam seu coração acelerar. Ela fez uma careta, ela não devia estar pensando nele dessa forma. Não mesmo. E não era como se ele fosse o único que tinha lhe dado alguma coisa.

Chloe olhou pra sua mesa lateral repleta de simples presentes como chocolates e não de flores extravagantes mandados pelos vários membros do time e por Emil. Como AC encontrou um chocolate na forma de peixe, ela nunca tentaria descobrir. Todas aquelas coisas faziam dela muito mais feliz do que ela esperava nesse dia do amor, uma vez que Jimmy falecera. No entanto, ela não podia não notar que um certo viajante intergaláctico não lhe dera nada. Ela entendia que ele estivesse ocupado; Lois, salvar a cidade, e os kandorianos podiam fazer isso com uma pessoa.

O assunto dos kandorianos veio à tona, ela tinha um favor pra terminar. As novas identidades e papéis pra algumas das pessoas que controlariam o mundo com punhos de aço tinham de ser terminadas. Sim, ela estava um pouco amarga, mas uma dessas pessoas a matava no futuro. Colocando os papéis e tudo que uma pessoa com uma nova identidade precisava em envelopes separados, ela espreguiçou e decidiu tomar mais café. Com certeza esse seria o quinto naquela tarde, era dia dos namorados, e ela pensou que merecia.

Chloe checou o relógio, mas eram 15:00. Ela sabia que podia estar fazendo um trabalho extra... Mas ela queria estar adiantada. Então ela foi pra debaixo do chuveiro e se secou rapidamente depois de terminar. O que fazer com o seu cabelo? Ondas, mas não estranhas, ela não usava aquela fivela com a flor preta tinha tempo, ah, aquela blusa ficaria bem com o cinto que ela comprara no mês anterior... E antes que ela soubesse estava vestida impecavelmente. Nas suas roupas normais, mas ainda dava uma sensação especial, ela pensou feliz. E eram... 16:23. O que ela ia fazer agora?

Ela acabou tomando mais três xícaras de café. Organizando os presentes e os colocando no quarto. Fazendo-se parecer ocupada. Trabalhando de verdade, é claro, ela checou a localização e as condições dos membros do time. Então ela checou as câmeras de segurança, e revisou uns firewalls, e lembrou-se de verificar se tinha algum hacker. Logo ela já estava enfiada no trabalho. E quando mãos cobriram seus olhos e um sorriso se espalhou pelo seu rosto, ela disse “Eu ainda tenho umas cinqüenta câmeras de segurança, Oliver.”

“Ah, parceira, você nem me deu uma chance de dizer ‘adivinha quem é’.” Oliver disse tirando as mãos do rosto dela.

“Bem eu estava esperando menos diversão de segunda série. Mas se é isso que você planejou, então ei, quem sou eu pra julgar.

“Se não andarmos logo não teremos a chance de nos divertir.” Ele disse, o riso belamente estampado em seu rosto.

“Então vamos! Eu não suportaria perder qualquer fiasco que você tenha planejado.” Chloe disse rindo também.

Ficando de pé e encontrando sua bolsa amarela, ela se virou pra ele, pronta pra ir. Ela não se sentia tão alegre assim há muito tempo. E ela gostava de estar com Ollie. Ela olhou pra ele, mãos nos bolsos e olhando pras rosas que ele mesmo tinha mandado.

“Você gostou delas? Eu sei que tulipas são as suas favoritas, mas eu pensei que as rosas seriam mais adequadas.”

“Eu amei, Ollie, de verdade. Mas...”

“O que? Eu exagerei na quantidade?” ele realmente parecia nervoso, desconcertado, e isso era adorável de se ver.

“Não, estou bem feliz com elas. Mas agora eu estou um pouco ansiosa pela Páscoa, eu não sei se devo ou não esperar ovos o bastante pra fazer minha própria caça.”

“Eu prometo: sem forçar caças ao ovo, esse ano. Agora, no entanto, você terá uma noite de dia dos namorados forçada.” Ele disse isso brincando, mas os olhos dele ficaram mais escuros, com o quê ela não podia realmente determinar, mas ela entendeu a mensagem, ‘Ele estava indo longe demais a convidando pra sair num dia como aquele?’

“Não é forçado se ambas as partes querem isso.” Uma pequena dica, talvez ele entendesse.

Um sorriso iluminou o lindo rosto dele, parecia que ele tinha tirado um peso das costas, e ele ofereceu o braço pra ela. Sem um segundo de hesitação, e com um sorriso de certa forma nervoso, Chloe passou o braço em volta do dele. E então eles saíram, não somente deixando a Torre de Vigilância pra trás, mas os problemas da semana, e suas identidades secretas também. Pela próxima hora e meia pelo menos, eles seriam apenas Ollie e Chloe; Juntos.

*-------*

Mais tarde, quando ela estava voltando pra casa, pro seu trabalho, ela ficou pensando se qualquer outro casal tinha se divertido tanto de uma forma tão simples nas últimas duas horas. Um jantar bem privado, prática de arco e flecha, e vários flertes brincalhões e divertidos; E ela meio que duvidou disso. Mas sua mente vagou até Lois e Clark, o que eles fizeram no primeiro dia dos namorados deles como casal? Quando ela alcançou seus computadores, ela sentiu uma rajada de vento, e ouviu um leve ‘woosh’. Falando no diabo...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Of Scotch and Disney Movies, tradução


Outra da BlueSuedeShoes. Tão divertida ;D



Quando Chloe voltou pra Torre de Vigilância, ela não esperava ver Oliver Queen sentado no sofá dela, bebendo da sua bebida. Na verdade, ela tinha absoluta certeza de que era a última coisa que ela estava esperando. Além do mais, ela tinha uma sensação de que isso não era um bom presságio pra noite dela.


“Ollie?” ela questionou. “O que você tá fazendo aqui?”


“Bebendo.” Ele disse francamente.



“Isso eu já entendi,” ela disse, colocando a bolsa no balcão. “Eu quis dizer por que você está aqui e não em casa ou num bar ou numa boate ou em qualquer outro lugar que as pessoas normais vão pra beber.”



Ele deu de ombros. “Quis ver você.”



Ela arqueou uma das sobrancelhas. “Se importa que eu pergunte o quanto você bebeu?”



“Não.”



“Quanto você bebeu?”



“Relativamente falando, muito, mas também não o bastante.”



“Relativo ao quê?”



“Muito por que eu estou considerando a idéia de fazer sexo com você. Não o bastante porque eu estou considerando ao invés de estar fazendo.”



Chloe passou por várias reações em sequência. Primeiro, um lampejo de medo porque isso era apenas natural numa situação assim. Segundo, relaxou de novo porque era Oliver, seu Oliver que talvez estivesse atraído por ela, aparentemente, mas também nunca a magoaria, não importando o tanto que tenha bebido. Depois disso, um alívio por ele não ter tomado o bastante pra se atirar em cima dela. Finalmente, de forma até humilhante, uma decepção secreta por ele não ter tomando o bastante pra se atirar em cima dela.

“Certo,” ela disse “Bem, melhor te cortar antes que você passe da consideração apenas.” Ela caminhou até ele no sofá e começou a tirar a garrafa de vodca da mesa de centro, mas ele agarrou o pulso dela.



“Deixa aí.”



“Oliver, acho que você já bebeu mais do que o suficiente.”



Mas ele não soltou.



“Ollie, sério. Se você beber mais eu serei forçada a te expulsar daqui.”



Ele zombou da idéia. “Como se você fosse se livrar de mim se eu não quisesse ir,” ele disse, mas a soltou assim mesmo.



Chloe fez cara feia pro que ele falou enquanto se livrava da garrafa. Se ela não o conhecesse tão bem...


“Como que você entrou aqui?”


Ele olhou pra ela com uma sobrancelha arqueada. “Eu instalei seu sistema de segurança. Acha que eu não fiquei com os códigos de acesso?”



Ela lhe lançou um olhar severo. “Já ouviu falar de ética? Acho que você bem que podia dar uma revisada.”



“Não finja que você não teria me dado os códigos se eu pedisse.”



“Eu não daria.”



“Porque não?”



“Porque eu chegaria em casa e te encontraria sentado no meu sofá totalmente chapado,” ela respondeu intencionalmente, voltando pro sofá.



Ele a puxou pra sentar perto dele. “Está me dizendo que não está feliz em me ver?”



Ela suspirou. “Eu estou sempre feliz em te ver, Ollie. Eu apenas não fico feliz nunca em te ver bêbado.”



“Eu estou muito bêbado agora,” ele concordou meio absurdamente.



“Se importa em me dizer por que você está tão bêbado assim?” ela perguntou, divertida.



“Porque não tem nada pra fazer. Não era um plano, exatamente. Uma bebida levou à outra.”



“E várias outras,” Chloe continuou, notando o olhar vidrado nos olhos dele.



Ele fez que sim com a cabeça.



“Oliver, você sabe o tanto que é perigoso beber muito assim, não sabe?”



“Você sabe o tanto que soa ridícula quando fica toda maternal, não sabe?”



Ela o encarou.



“Sim, mãe, eu sei o tanto que é perigoso beber assim. Mas o que não te mata te fortalece, certo?



“Ou apenas te enfraquece para que a próxima coisa o mate,” ela retrucou. “E de qualquer jeito, beber pode te matar.”



Ele riu. “Que doce. Você se importa.”



Chloe revirou os olhos. “Oh, Ollie” Ela suspirou.



“Chloe?”



“Hmmm?”



“Porque não estamos namorando?”



Chloe quase se engasgou com o ar. “Quê?”



“Você percebe que poderíamos muito bem estar, certo? Temos todas as responsabilidades de um casal, e agimos como um casal e discutimos como se fossemos casados há tempos e somos atraídos um pelo outro--”



“Quem disse que sou atraída por você?”



Ele ergueu as sobrancelhas num olhar que claramente dizia “Sério?”



O ambiente pareceu um pouco mais quente pra ela. “Está bem.”



“A única coisa que não fazemos é reconhecer isso.”



Chloe não conseguiu não pensar que tinham outros tipos de coisas que casais faziam e que eles definitivamente não faziam, mas ela não disse isso em voz alta.



“É muito irritante,” Oliver continuou.



Ela lhe lançou um olhar surpreso. “Porque isso seria irritante? Você não devia se alegrar com a idéia de todos os benefícios de uma relação sem compromisso?”



Oliver a olhou como se ela fosse uma idiota. “Você tem muita sorte por eu estar bêbado.”



“E porque isso?”



“Porque de outra forma eu definitivamente não te diria que te chamar de minha namorada, poder dizer pros outros caras se afastarem, e ter permissão pra te beijar – entre outras coisas – a qualquer hora que eu quiser são todos os benefícios que eu decididamente não tenho agora.”



O rosto de Chloe ficou escarlate.



“Você fica graciosa quando está sem graça,” ele riu.



Chloe se levantou. Não era que ela não gostasse do que ele estava dizendo. Era o fato de que ele estava bêbado. Toda a situação parecia levar a confusão. Ela seriamente considerou mandá-lo pra casa, mas sabia que ele estava embriagado demais pra isso. Ela não seria a responsável por tirar os pedaços de couro verde da rua na manhã seguinte.




Oliver parecia imensamente desapontado. “Vai entender... Você tem medo de tudo.”



Ela escolheu ignorar o comentário.



“Você pode ficar aqui essa noite, se quiser. Na verdade, eu não vou deixar você ir, então eu devo dizer que você vai ficar aqui. Espero que saiba da forte ressaca que vai ter,” ela o lembrou.



Ele concordou com a cabeça. “Não será a primeira. Não será a última.”



Chloe fez um som de reprovação.



“Aonde você vai?” ele perguntou enquanto ela desaparecia indo pro outro cômodo.



“Pegando uns travesseiros e cobertores e filmes porque eu e você vamos ficar acordados um tempinho. Não posso deixar você dormir nessa condição. Você pode não acordar.” Oliver abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas mesmo sem vê-lo, Chloe o cortou. “Não seja condescendente comigo.”



Ele fechou a boca e sentou mal humorado no sofá.



Ela voltou pra sala, jogando os cobertores no sofá e parando perto da televisão. “Vou trocar de roupa e lavar o rosto. Não durma,” ela ordenou.



“Não irei se você deixar eu te olhar trocando de roupa.”



Ela nem se deu ao trabalho de responder, mas deixou a sala por uns minutos, retornando com uma calça verde floresta e uma blusa de alcinha branca, o rosto refrescado e limpo.



“Você fica graciosa quando está irritada,” ele notou. Ela revirou os olhos. “Porque você nunca acredita em mim quando digo isso?”



“Porque é você,” ela disse, colocando o filme.



“Isso nem mesmo é um motivo coerente.”



“Quem falou de coerência?” ela perguntou, sentando-se perto dele.



Ele colocou os braços em volta dela. “Porque você nem considera a idéia de namorar comigo?” ele perguntou seriamente.



“Porque você está bêbado.”



“Nem sempre estou bêbado.”



“Mas está agora.”



“Isso já está ficando confuso.”



“Não está. Se você ao menos tivesse pensado em me perguntar isso quando estava sóbrio, eu poderia pensar nisso,” ela disse. “Mas você não vai lembrar de nada disso amanhã, a não ser que eu esteja errada, então realmente não tem sentido falar disso agora.”



“Você está...” ele parou, reparando no filme. “Robin Hood da Disney?” ele olhou pra ela. “Sabia que você é a mulher perfeita?”



Ela riu baixinho consigo mesma. “Pensei que iria gostar.”



Ele concordou com a cabeça, se ajeitando no sofá confortavelmente, quase como uma criança. Era na verdade bem adorável. Daí ele se esticou e a puxou pro colo dele.



“Ollie!” ela protestou, mas ele nem ligava. Ele apenas a segurou até que ela cedeu e se aninhou no colo dele.


“Pare com isso.” Chloe disse sem olhar pra ele.


“O que?”



“Eu sei que você está fazendo uma cara toda presunçosa agora. Pare.”



“Você fica graciosa quando está agitada,” ele respondeu.



Ela se virou pra olhar pra ele. “Tem alguma hora que eu não fico graciosa?”



“Sim.”



“Quando?”



“Quando está me mandando fazer alguma coisa.”



“E aí eu fico como?”



“Muito sexy.”



“Ah, cara...”



“Apenas dizendo.”



“Você diria.”



“Então, vai me dizer quando eu fico sexy ou gracioso?



“Porque deveria?”



“Porque é justo. E porque eu não vou lembrar disso de manhã, então não posso usar isso contra você mesmo se quisesse.”



Chloe riu. “Só por isso, vou dizer uma coisa.” Ela deliberou, dando ao desenho uma porção da sua atenção.

“Quando está praticando tiros. Você fica com esse olhar realmente concentrado no rosto. É...”



“Sexy?”



“Gracioso.”



Ele deu de ombros. “Aceitarei o que posso ter.”



Ela riu. Na verdade, era incrivelmente sexy.



“Chloe?”



“Hum?” ela perguntou, olhos ainda no filme.



“Se importa em me lembrar amanhã que eu te chamei pra sair e você recusou apenas porque eu estava bêbado?”



“Sim, me importo.”



“Não é justo.”



“Não beba tanto.”



Ele parou um instante, mal humorado. Depois, “Você tem uma caneta e um papel?”



“Não.”



“Sim, você tem. Em algum lugar.” Ele olhou em volta, mas não viu nenhum dos dois. “Droga.”



“Você também fica gracioso quando consigo o melhor de você,” ela disse convencida.



“A única razão pra você estar conseguindo o melhor de mim é que eu sei que não tem jeito de fazer você voltar pro meu colo se eu levantar pra procurar o papel.”



Ela riu suavemente.



Horas depois eles adormeceram, Chloe ainda nos braços dele. Quando Oliver acordou na manhã seguinte, foi pra sentir uma intensa dor de cabeça. Ele xingou baixinho antes de perceber a situação incomum em que parecia se encontrar.

Chloe?
Caramba.
Ele olhou em volta cuidadosamente. Nenhum sinal indicador de sexo, e os dois ainda estavam completamente vestidos. Era um bom sinal, ele esperava.
Chloe de repente se mexeu em seus braços, aninhando-se pra mais perto dele, um suspiro satisfeito escapando dela.
Sim. Isso era estranho.
“Chloe?”
Ela fez uma careta, gemendo um pouco antes de enterrar o rosto no peito dele.
Ele teria dado uma risada se não estivesse tão confuso.

“Chloe?” Ele persistiu, sacudindo-a gentilmente.


“Quê?” ela resmungou.



“O que eu to fazendo aqui?”



“Bebendo,” ela respondeu sarcasticamente, imitando a resposta dele para a mesmíssima pergunta na noite anterior.



“Isso explica... nada.”



Ela grunhiu, abrindo os olhos e se afastando dele. Ele a soltou, nem um pouco relutante.



“Não tenho idéia do motivo, mas eu cheguei em casa e te encontrei totalmente embriagado. No meu sofá.”



Ele a olhou sem graça. “Oh.”



“Se importa em me explicar?”



“Na verdade, sim.”



Ela revirou os olhos, indo pegar água pra ele e café pra ela.



“Você está brava comigo. O que eu fiz?” ele perguntou cauteloso.



“Nada. Absolutamente nada. Você só foi dez vezes mais sincero comigo sob a influência do álcool do que nesse tempo todo que nos conhecemos.”



“O que eu disse?” ele perguntou lentamente.



“Eu te disse noite passada que eu não iria te contar. Queria ver se você ao menos iria pensar nisso sóbrio.”



Ele levantou, e, esperando fazer piada da situação, disse “OK. Olha, eu posso explicar aquele negócio de dupla identidade, eu juro!”



Ela sorriu melancólica. “Você fica gracioso quando consigo o melhor de você,” ela disse.



A frase pareceu familiar.



De repente, ela suspirou pesadamente e atirou o copo com água gelada que estava prestes a entregar pra ele no balcão. “Você é a pessoa mais irritante que eu conheço, sabia disso?”



“Eu…”



“Quero dizer, aparentemente você tem a complexidade emocional de um aluno de ensino fundamental!”



“Você…”



“Já passou pela sua cabeça parar de ser tão impassível e conversar de verdade sobre as coisas?”



“Eu…”



“E é tão ridículo que de todos os lugares que você poderia ter ido ontem à noite, você escolheu vir pra minha casa pra ficar chapado, para que eu acabasse tendo que cuidar de você como o bebezão que é.”



“Você...”



“E além disso, não pense que vai acontecer de novo!” Ela o cutucou ameaçadoramente no peito. “Porque eu vou chutar seu traseiro pra fora daqui antes que você possa dizer ‘abuso de amizade’ e será o fim disso!”



“Agora realmente...”



“Não ache que é tão charmoso e tão atraente e irresistível que pode escapar de coisas assim!”



“Chloe...”



“Porque eu não vou tolerar isso, você tá entendendo? Eu me recuso a ser designada sua enfermeira de ressaca.”



Ele não disse nada.



Ela olhou pra ele furiosamente. “Então? Não tem nada a dizer a seu favor?”



Ele a olhou cuidadosamente antes de abrir a boca e fechá-la várias vezes. Então, com um suspiro frustrado, ele a pegou pelos braços e a beijou tão intensamente quanto podia, ignorando o som indignado de protesto que ela emitia.


Ele a soltou.



“Você... Você...” ela fervilhava de raiva, claramente furiosa. “Demorou bastante pra fazer isso!” ela o repreendeu, finalmente, enfiando o copo na mão dele e voltando pro sofá.



Ele revirou os olhos, sorrindo maliciosamente. Deus, ele amava aquela mulher.