I'm In Here 1/?

Titulo: I'm In Here

Autora:Roberta Clemente
Classificação: NC-17

Nota: Alguns pensamentos na narração são eventos ocorridos na quinta temporada e podem ter erros...perdão. Mas a história se passa pós Finale.

Resumo: Chloe e Oliver sendo acompanhados de perto...muito perto
Prologo

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Quando a maquina de café apitou avisando o trabalho feito, o sorriso de Chloe era maior que seu rosto suportava. Ele doía, mas ela não se importou nem um pouco. Precisava desesperadamente daquela dose de cafeina, antes que o mundo que ela ajudou a manter em segurança durante a noite corresse serio risco.

Inalando o delicioso perfume que subia de sua generosa caneca ela tocou o painel que ficava escondido no fundo da dispensa da cozinha da mansão. A parede se partiu ao meio, revelando o elevador que começava em um enorme sótão no terceiro andar, passava por um closet ao lado dos quartos e terminava no subsolo, para onde ela estava voltando.

Renovada em apenas alguns segundos ou em um gole Chloe deixa o sistema fazer seu trabalho e sai do elevador quando ele termina. Com um sorriso suave ela atravessa a base da Liga onde ela trabalhava. A sua Watchtower pessoal tinha quase a mesma metragem da mansão Queen, na verdade era maior, com uma extensão que levava a uma estrada ao lado da propriedade, por onde podiam sair ou chegar sem serem vistos.

Salas de treinamento, armas e equipamentos rodeadas de muita tecnologia e muito espaço. Aquele lugar seria temporário após o nascimento de Connor, mas ele tinha acabado de fazer cinco anos e eles ainda estavam lá, melhorando e crescendo.

O prédio de Metropoles ainda era dela, mas após sua partida com Oliver para Star City e a morte de Tess ele se transformou em apenas uma propriedade para o time ficar e usar quando estivessem daquele lado do pais. Até mesmo Clark mal o usava. Ele preferia atravessar o pais ou telefonar quando precisava de ajuda.

Sua desculpa de que era uma oportunidade de ficar mais próximo dela, Oliver e de Connor foi fácilmente aceita, mas todos sabiam que na verdade ele não lidava muito bem com pesquisa e tecnologia. O que era muito estranho para um repórter e o fazia motivo de piada muitas vezes.

No começo foi difícil se acostumar as mudanças, mas estar na costa leste a aproximou do resto do time e os aproximou um do outro. Antigos e novos membros da Liga da Justiça transitavam constantemente na mansão Queen. Oliver fez questão de levá-los e lhes dar passe livre, e Chloe de mantê-los unidos.

Se sentando diante da imensa parede de monitores Chloe deu um ultimo gole em seu café. Rodando a confortável cadeira de couro ela olhou para a hora e suspirou. Aquela tinha sido uma longa noite com Victor, o suprimento de café e o trabalho não tinham acabado ao mesmo tempo, o que acabou exigindo mais dela. Precisava dormir meia hora antes que Connor acordasse, mas ainda faltava uma coisa.

-Ligue para Lucius Fox – Chloe encara com tristeza o fundo borrado da caneca.

-Qual o problema, Sullivan?

Chloe não precisava olhar para a tela para saber de quem era aquela voz. Apenas uma pessoa no mundo a chamava pelo sobrenome de solteira. Que não perdia a oportunidade de provocá-la ou a Oliver. Mas Chloe levanta o olhar para o monitor gigante, pronta para encontrar o sorriso costumeiro em rostos que valiam mais de um bilhão de dólares.

-Bruce. Espero que não tenha caído da cama, afinal devem ser o que ai, oito da manhã? - Chloe finge preocupação.

-Oh, sua preocupação comigo é encantadora, mas por favor, não. Cair foi a ultima coisa que fiz na cama, – ele se inclina picando enquanto Chloe revira os olhos. – Mas não fui o único. Se me permite dizer, se não for uma grave falta minha dizer... - ele se aproxima da tela com a mão no peito.

-Diz logo Wayne – Chloe revira os olhos jogando a franja que insistia em escapar do coque que havia feito em algum ponto da noite.

-Você parece cansada. Belissíma e adoravel como sempre, mas cansada.

-Estou confusa e pesand entre agradecer o elogio e te mandar caçar morcegos – ela ergue uma sobrancelha.

Bruce ri se jogando contra a cadeira, tirando o nó já alargado da gravata.

-Então vou me abster e partir para o meu propósito inicial. Onde está Lucius? – Chloe pergunta cruzando os braços sobre a mesa.

-Eu não sei. Foi tomar as vitaminas da manhã? Fazer ioga com os funcionários da terceira idade? – ele dá de ombros.

-Bruce...

-Ele é um senhor, Sullivan...

-Que deve estar consertando seu brinquedinho ou arranjando um jeito de você quebrar menos ossos. Eu vi o noticiário. Um avião, sério Bruce?

-Oh, não me dê uma bronca me chamando assim, você sabe que eu adoro. E além do mais, a culpa parcial é sua. Preferiu casar com Jonas do que trabalhar pra mim. Provocou e me deixou, tenho que encontrar diversão em algum lugar.

-Primeiro, eu não vou te chamar de Cavaleiro, segundo você não me fez uma proposta e terceiro e mais importante. Eu não trabalho para o Oliver, eu trabalho com ele, existe um enorme abismo – ela diz segura.

-Você me magoa – ele faz careta.

Chloe suspira olhando para o lado. Bruce ficava impossível a aquele horário. O playboy que havia nele ganhava força quando se encontravam de manhã ou fora de alguma missão.

-Desculpe se feri seu ego de 10 bilhões, a cafeína ainda não fez efeito. Serei educada a partir de agora. Você pode pedir a Lucius para me ligar depois que parar de xeretar os projetos dele?

-Claro Sullivan. Tudo por minha heroína preferida. Mas o que Oliver vai dizer quando souber que você precisa dos serviços de um empregado meu quando tem toda as Industrias Queen no bolso? – ele provoca, com o sorriso contido mais abusado que conheceu depois de Oliver.

-Que sabe que um sistema de segurança assinado por Lucius Fox é o sonho de toda garota? – Chloe sorri inocentemente.

-Ah, se todas as mulheres fossem como você Sullivan...

-Queen, morcego, Queen, – Oliver diz parando atrás de Chloe, vestindo nada mais que uma calça de pijama. - E essa aqui – ele se inclina deixando um beijo atrás a orelha dela – Tem marido. - ele termina encarando Bruce com um sorriso. Orgulhoso.

-Vamos lá. Todos sabem que você a embebedou e a arrastou para uma capela qualquer – Bruce não se intimida pela presença de Oliver.

-Bem, funcionou – Oliver responde satisfeito.

-Sim, e tenho que admitir. Teria feito o mesmo se tivesse sua mente deselegante Queen – Bruce faz uma pequena reverencia, que nem de longe demonstra humildade, mas sim um deboche velado.

Chloe esfrega a tempora. Aquilo acontecia todas as vezes, desde que Oliver e Bruce se descobriram heróis, desde que Oliver descobriu que ela tinha conhecido Bruce enquanto estiveram separados, desde que Bruce descobriu que ela era esposa de Oliver.  Aquela disputa adolescente acontecia todas as vezes e desconfiava de que continuaria acontecendo.

-Vocês querem ficar sozinhos?Eu posso sair – Chloe interrompe a disputa de olhares

-Não – Bruce responde primeiro, olhando para ela.

-Boa ideia, mas eu vou com você. Bruce pode ficar com...Alfred enquanto nós vamos para o quarto, te colocar na cama. Tchau morcego – Oliver interrompe a chamada com um sorriso triunfante sem dar tempo a Bruce de responder.

-Oliver – Chloe fica chocada até onde pode ir a irritação de um com o outro.

-Sem Oliver. Vamos Torre – ele coloca Chloe de pé e passa o braço em volta dela. – O dia amanheceu e você continua aqui.

-Eu sei – ela desiste de protestar assim que seu corpo recebe o abraço confortavel dele, que seu rosto se aconchega involuntariamente no peito dele. – O sistema que Victor precisou invadir era um pouco mais complicado do que ele pensou. Nem vi o tempo passar até que meu café acabou.

Oliver ri fazendo circulos nas costas dela enquanto caminhavam abraçados em direção ao elevador. Chloe havia mudado muito nos ultimos anos. A responsabilidade com o time, o casamento, Connor, ela havia amadurecido de forma incrivel e heróica aos seus olhos e aos olhos do mundo, mas algumas coisas continuavam com ela. Como a doação completa aos seus.

-E Lucius?Conseguiu falar com ele? – ele pergunta procurando os olhos dela.

-Não. Bruce está fazendo jogo duro – Chloe responde contrariada.

-Eu sei muito bem por que – Oliver aperta o abraço em volta dela.

-Por que? – Chloe franze a testa confusa.

-Por que ele mesmo quer criar o sistema de segurança pra você – Oliver tenta não deixar transparecer o incomodo que sentia com o zelo com que Bruce tratava Chloe e sua constante mania de agradá-la.

Chloe ergue as sobrancelhas em realização. Bruce parecia mesmo ter se colocado no caminho, atrapalhando seu trabalho com Lucius, só não sabia por que, mas a maneira com que Oliver estava possessivamente lhe apertando contra ele enquanto falavam de Bruce era uma bela resposta.

-Bruce pode guardar os brinquedinhos dele. Ou é um sistema Lucius Fox ou um Chloe Queen – Chloe envolve os dois braços na cintura do marido e beija o peito dele.

Oliver relaxa e sorri.

-Por Deus!Imagine vocês dois juntos. Isso sim é um perigo de dominação – Oliver brinca entrando no elevador.

-Até que enfim percebeu que pra sorte de todos eu não estou do lado de lá – Chloe para do lado de fora cruzando os braços.

Oliver morde o sorriso, segurando a porta aberta e apertando um botão no painel lateral ao mesmo tempo.

-Nós sempre soubemos Chloe. Você seria a nossa ruina se não estivesse do nosso lado – Oliver concorda facilmente.

-Eu seria a pior vilã que vocês já enfrentaram – Chloe desdenha.

-Oh, eu tenho certeza disso. Sozinha você nos colocaria na coleira mais facil do que fez com o Esquadrão Suicida – Oliver diz sinceramente. A inteligencia de Chloe não deixava de impressioná-lo.

-Aquilo foi fácil – ela dá de ombros.

-Não se sinta demais. É assim que os vilões começaram...e um acidente radiotivo, na maioria das vezes – eles se olham com a testa franzida e riem ao mesmo tempo. –Agora vem, te imaginar tão perigosa me deixou com vontade de te beijar.

Oliver puxa Chloe pra dentro do elevador, direto para os seus braços. Ele a segura firme contra ele e cobre os lábios dela com os dele. Chloe solta um gemido e relaxa, se segurando em sua nuca, se pressionando contra o peito nu dele. A porta do elevador fecha e eles começam a subir. O beijo profundo dura enquanto passam pelo primeiro andar e continua até pararem no segundo. Sem ar eles se separam depois de algum tempo. 

-Vai para o chuveiro, eu te encontro daqui a pouco – ele diz no ouvido dela e a empurra na direção da saida.

Assentindo Chloe sai e atravessa o longo corredor. O andar de cima já estava iluminado pelo sol da primavera. Rodando a cabeça sobre o pescoço ela entrou no quarto dos dois e suspirou quando olhou a cama macia e branca, onde Oliver tinha dormido sozinho durante boa parte da noite.

Se forçando a esperar por ela Chloe começou a tirar a roupa indo em direção ao banheiro. Um banho tiraria o cansaço que caiu sobre ela nos ultimos minutos. Deixando de propósito um rastro pelo chão ela logo chegou ao espaçoso chuveiro.

Ela continuava a rodar a cabeça, agora sob a água morna quando sentiu a mão firme de Oliver deslizar por sua barriga. Um segundo depois ele se pressionou contra ela. Sem nem pensar Chloe se inclinou para trás, deixando  a cabeça cair contra o peito dele. Oliver dá um passo para frente, os levando para a água, enquanto massageava a pele dela.

Chloe fecha os olhos e coloca os braços sobre os deles. A sensação do jato batendo neles, mais o corpo de Oliver moldando e protegendo o dela era relaxante e estremamente excitante. Oliver podia fazer com que se sentisse leve e ligada ao mesmo tempo.

-Senti sua falta – Oliver murmura contra a pele dela.

-Eu também, sempre sinto – ela sussurra de olhos fechados, inclinando a cabeça para os beijos que Oliver estava deixando em seu pescoço.

-Não devia ter te deixado sozinha – não gostava de deixá-la lidando sozinha com as missões dos outros durante as noites.

-Por mais que goste da sua companhia, e eu gosto muito Arqueiro, não havia muito que pudesse fazer – ela esfrega as mãos nos braços dele.

-Eu poderia pensar em alguma coisa...muitas coisas na verdade – Oliver diz rouco a alguns centimetros  da orelha dela. Ele sente Chloe estremecer e sobe uma mão entre as coxas dela.

-Eu aposto que sim. Uma das coisas que me faz te amar é sua incrivel imaginação – Chloe diz com a voz mais profunda, empurrado o quadril contra a ereção dele.

-Minha imaginação não para quando olho ou penso em você. Posso criar muitas maneiras, lugares e situações de te ter, Chloe – o tom dele é de pura necessidade. Necessidade dela que nunca acabava ou diminuia.

-Voce me tem Ollie – Chloe choraminga quando ele toma um seio com a mão livre. Ela esfrega as pernas juntas, segurando a mão dele ali, enquanto ele a toca com adoração.

-Pra sempre? – ele pede pressionando o clitóris dela com mais força.

-Pra...sempre – ela responde entre uma respiração e outra.

Oliver deixa o seio dela para fazê-la olhar para cima. E percorre a lingua pelo maxilar dela até encontrar a boca e se afundar nela. Ainda podia sentir o gosto familiar do café.

Chloe perde o chão com o beijo. O calor que crescia entre suas pernas fazia com que precisasse de ar, mas não queria terminar aquele beijo. Ela coloca a mão entre eles e encontra o membro de Oliver, ela fecha a mão em volta dele e começa a movimentar no mesmo ritmo que Oliver movia os dedos dentro e fora dela. O beijo fica barulhento, nenhum dos dois quer se separar um do outro.

-Oh, meu Deus – Chloe cede, deixando a cabeça cair para frente antes de Oliver morder atrás de sua orelha. Ela sente a respiração dele ficar pesada a cada instante.

-Chloe – ele diz entre um gemido, estava chegando perto.

Oliver tira os dedos de dentro dela e antes que ela pudesse protestar a gira, tirando seus pés do chão,  colocando cada perna dela envolta de sua cintura.

-Eu preciso estar dentro de você...Agora – ele aperta os dedos nas coxas dela e se empurra de uma vez para dentro dela.

Chloe segura o ar e se agarra a porta de vidro. Oliver fica imovel por alguns segundos e ela se lembra de respirar. Seu corpo logo se adapta e ele começa a se mover e a ganhar velocidade e força. Eles tinham pressa naquela manhã, precisavam do alivio que um levava ao outro.

Ela aperta as pernas em volta dele e os dois gemem juntos com o aumento de sensibilidade. Chloe larga a porta e abraça Oliver, agarrando os cabelos dele. Ele suga a pele molhada do pescoço dela, murmurando, fazendo declarações imcompreensiveis a qualquer um, mas que ela entendia.

A libertação dela vem deliciosamente devagar, crescendo e se espalhando por todo o corpo. Durando o tempo de um longo gemido, o prazer do orgasmo percorre cada canto até se perder em seus membros tremulos. Ela beija o maxilar dele.

-Eu também te amo – ela diz enquanto Oliver chega ao seu, pressioando o corpo dela contra a parede para se equilibrar. 

Eles ficam abraçados, de olhos fechados, deixando cada sentido voltar ao normal. Quando os dois voltam juntos para o quarto após algum tempo e enfim um banho tomado, Chloe está vestindo um ropão e Oliver a mesma calça larga de pijama.

Oliver guia Chloe direto para a cama e ela se deixa levar, o sono estava ficando mais forte que ela. Se há alguns anos ficaria vinte e quatro horas acordada em uma missão, hoje já não conseguia, a menos que fosse realmente necessário.

-Que horas são? – ela pergunta engatinhando sobre o ededrom macio.

-Hum – Oliver procura em volta enquanto puxa as cobertas cobrindo as pernas dela. – Sete e meia.

-Não dá mais tempo Ollie. Por sua culpa eu não tirei minha soneca. Connor vai entrar correndo pela porta a qualquer momento – Chloe encena um bico empurrando as cobertas para longe.

-Engraçado. Não lembro de ter escutado protestos durante o banho. E Connor vai entrar correndo pela porta, vai te dar um beijo, você um abraço de mamãe urso e nós dois vamos preparar o café enquanto você tira um cochilo – ele termina cobrindo Chloe até a cintura de novo, sem dar espaços para argumentação.

-Sim senhor – Chloe sorri. Adorava ser cuidada por ele. – Agora será que temos tempo para mais um beijo antes do terremoto chegar? – ela levanta uma sobrancelha e faz Oliver sentar ao lado dela.

Oliver sorri se inclinando. Ele roça o nariz carinhosamente no dela antes de seus lábios e os dela se encontrarem mais uma vez naquela manhã. Eles se abraçavam e estavam começando a aprofundar o beijo quando a porta do quarto bateu contra a mesa de madeira que ficava ao lado dela. Eles param, sentindo uma presença pequena, porem marcante ao lado da cama.

-Bom dia – Connor diz,ainda inchado e despenteado do sono, mas com o sorriso brilhante dos pais.

-Bom dia Con – Oliver responde ao filho.

-Bom dia meu amor – Chloe responde esticando os braços para ele.

Connor não hesita em aceitar os braços da mãe e a cama que ela estava lhe oferencendo. Ele beija o rosto dela e Chloe o abraça apertado. Oliver ri orgulhoso de sua familia. Aquilo acontecia todos os dias e ele nunca se cansava. Chloe amava Connor com todas as fibras do corpo dela, não escondia  em nenhum momento o quanto ele era querido e Connor a ama de todo o coração. Da maneira mais pura e linda que uma criança pode amar uma mãe que lhe oferece tudo, de carinho as mais incriveis lições.

Ele gargalha com o abraço e beijo no pescoço que ela lhe dá e Chloe o deixa sair de seus braços, mas não para ir muito longe. Ele corre pela cama e se joga em Oliver, jogando os braços no pescoço do pai, pedindo socorro. Oliver se aninha em volta dele o protegendo de Chloe.

-Não deixa ela me pegar, papai – Connor se aperta contra Oliver quando Chloe estica os braços na direção dele. – Ela vai me morder.

-Eu te protejo Con. A mamãe urso não vai te apertar mais – Oliver e Connor se olham, o menino parece acalmar. – Mas eu vou. – Oliver joga o filho no meio da cama e ele e Chloe vão para cima dele enquanto ele grita entre gargalhadas.

-Socorro, socorro, socorro – ele pede esperniando.

Chloe e Oliver sabem a hora de parar e deitam cada um de um lado do filho. Connor ainda está ria ofegante. Chloe coloca a mão sobre o estomago do filho, fazendo movimentos circulares para ele se acalmar. Oliver olha a estampa da camiseta dele e ele e Chloe trocam um olhar. Se Lois pudesse ver a maneira com que seu sobrinho estava usando a camiseta que ela tinha lhe dado de presente, falaria disso por uma semana, em como era a melhor tia do mundo e como ela estava certa, Connor tinha puxado aos Sullivan-Lane.

-Whitesnak, hein? – Oliver estica a camiseta olhando o desenho.

-Tia Lois me deu. Ela disse que um Sullivan tem que gostar de “Whitnak” – Connor dá de ombros sem entender muito bem o por que, ele só gostava do desenho, do circulo branco.

-Após que sim – Oliver olha para Chloe, que está segurando o riso. Assentindo ele senta na cama, passando os braços em volta do filho. – Agora vamos, a mamãe precisa descansar. Enquanto isso fazemos o café pra nós três.

-Já? – Chloe choraminga, não querendo ficar sozinha, queria seu dois rapazes com ela.

-Você está doente, mãmae? – Connor pergunta olhando para Chloe preocupado.

-Não. Ela só teve que ficar trabalhando a noite enquanto nós dois dormiamos, agora é a vez dela – Oliver explica ficando de pé. Connor o olha com atenção.

-OK. Vamos fazer panqueca pra ela então – ele sussura segurando as orelhas do pai. – Mas sem café, ela tem que dormir.

-Hei – Chloe protesta.

-Você está certissimo garoto – Oliver sorri caminhando em direção a porta com o filho no colo, ele se vira para Chloe.  – Antes que fique diga algo, minhas reuniões começam só em algumas horas, então eu e Connor vamos passar um tempo juntos antes dele ir pra escolinha. Descanse.

-Sim senhor – ela se rende voltando ao seu lado da cama.

-Descanse – Connor repete o pai apontando o dedo para ela.

-Sim senhor – Chloe bate continência para o filho e eles saem.

Connor era completamente apaixonado pelo pai e ela por eles. Os dois eram sua vida. E tudo só valia a pena por que tinha os dois ao seu lado. Oliver dizia que Connor tinha adoração por ela e ela sabia que era verdade, Connor a protegia de tudo e todos, mas sabia que a semelhança entre os dois, que ficavam cada dia mais parecidos um com o outro era a causa e não escondia isso dele, o que deixava Oliver ainda mais orgulhoso de ser pai.

Chloe abraça o travesseiro suspirando. Tanta coisa havia acontecido e ainda aconteceria em suas vidas, mas ali, naquele momento, naquela manhã, naquele dia, era feliz...E agradecida.

Ela não demora muito para adormecer, mesmo não querendo perder um minuto sequer com seus meninos. E esta dormindo profundamente quando eles voltam com uma bandeja de café da manhã para ela.

Horas depois ela se mexe na cama pela primeira vez. Chloe senta de pressa, levandoo alguns segundos para perceber o tempo que havia passado desde que fechou os olhos. Ela encontra o bilhete escrito por Oliver e assinado por Connor.

Mais tranquila ela levanta devagar, caminhando até o terraço. Depois de empurrar a porta de vidro para os lados ela empurra a madeira para fora e a vista tira seu folego, ainda tirava. A mansão Queen ficava no alto de uma colina, no alto de Star City, com o mar abaixo, como um tapete estendido para eles. A garota do Kansas ainda se surpreendia com o quão longe havia chegado, o quão diferente sua vida era do que sempre achou que seria. Ela não sabia de nada.

Com um sorriso Chloe volta para o quarto e escolhe rapidamente uma roupa. Precisava voltar ao trabalho antes que fosse hora de buscar Connor. Parava tudo para buscar o filho. Ele mal havia começado a frequentar a escolinha e ela queria estar presente neste momento da vida dele, mesmo que na maioria das vezes parecesse que ela era quem realmente precisava deste momento.

Esquecendo –se completamente da enfaze de Oliver em lembrá-la de que seu café a esperava no andar de baixo ela se senta diante do laptop, pronta para começar. Sua mente descansada estava pronta e aquele era o momento de começar a escrever. Mas tinham outros planos para ela. O telefone toca assim que ela abre uma pagina em branco.

-Chloe – ela atende sabendo que era seu editor.

-Tenho um trabalho para você e você está proibida de dizer não.

-Um trabalho? Como o que estou a ponto de começar? – Chloe pergunta sem muita certeza.

-Esquece isso. O que eu tenho é muito melhor.

-Esquecer?O meu trabalho?Você percebe que não está fazendo sentido, percebe? – seu editor as vezes era confuso.

-Guarde seu combate de palavras pra mais tarde, que é onde ele vai ser muito ultil. Você vai voltar a rua Sullivan – Rick entrega logo, animado.

-O que? – Chloe se assusta.

-Meu reporteres estão todos ocupados e mesmo que não estivessem, você é a melhor que tenho.

-Richard – ela o chama pelo nome, não pelo apelido. - Eu não sou mais uma reporter, eu...

-Não me venha com essa besteira. Você nasceu pra isso. Perry não perde uma oportunidade de me jogar na cara o talento que deixei ir para o lado negro da força e quer saber?Ele tem razão. Você é a melhor, ele não diz, mas no fundo também sabe que você poderia muito bem ter sido maior do que sua prima está se tornando, se não tivesse, por um motivo que nós mortais desconhecemos, trocado o jornalismo e depois feito de novo para se casar.

-Wow, alguém leu os livros motivacionais que ganhou de natal – Chloe ri, evitando por alguns segundos o que ele tinha dito.  – Mas de novo, eu não sou uma reporter mais.

-Você é uma colunista, eu sei, eu edito suas colunas, na verdade só leio de primeira mão, por que você sabe e eu também que elas são perfeitas, pequenas jóias...Mas são exatamente isso, pequenas, perto do que você pode fazer.

-Tudo isso por que seus reporteres estão curtindo uma ressaca depois da festa do prefeito ontem, não é? – Chloe evita responder mais uma vez.

-Não estou dizendo. Uma reporter, está no sangue – ele insiste.

Chloe ri girando a cadeira. Deixar mais uma vez o jornalismo, o real jornalismo foi facil quando se viu casada com Oliver e esperando um filho. Ela tentou, mas não conseguiu consiliar as três coisas, o conflito a fez escolher e ela nunca se arrempendeu, mas ainda pensava se um dia, quem sabe.

-Aceita ou não? Só uma entrevista, se você quiser continuar o lugar é seu, se não, tudo bem, sua coluna te espera semana que vem – ele oferece mais uma vez.

Chloe fecha os olhos por alguns segundos, sem saber o que dizer. A adrenalina corria em seu corpo só com a expectativa. Adorava o que fazia, sua coluna, mas ainda amava o jornalismo. Ela pensa mais ou pouco, pesando as coisas. Seria apenas uma entrevista, nada para se preocupar ou levar a serio demais.

-OK – ela responde e pode escutar ele respirar aliviado do outro lado da linha.

-Graças a Deus.

-É só me dizer quando e onde – ela diz com a respiração pesada.

-Hoje, em algumas horas. Ele está chegando de surpresa, mas aceitou falar com a gente em exclusividade.

-Ele?Ele quem? – Chloe pergunta curiosa.

-Se segure na sua cadeira garota, essa entrevista pode mudar a sua vida.

                                                            

A tarde passou particularmente devagar para Oliver. Horas e horas de reuniões fizeram aquela parte do dia se arrastar. Quando conseguiu voltar para sua sala o sol começava a se esconder no horizonte. Ele dá uma rapida olhada enquanto dava a volta em sua mesa, pensando em Chloe, como sempre pensava quando assistia a um por do sol.

Seu celular negligenciado ao lado do laptop piscava pedindo atenção. Ele não hesita em pegá-lo. Depois de tanto tempo isolado era de praxe ligar para casa, falar com Chloe, sempre fazia isso. Mas daquela vez foi ela quem tentou fazer contato. Oito ligações perdidas e uma mensagem de voz foi o suficiente para o fazer seu coração acelerar. Ele ignora as ligações e vai direto para a mensagem.

-Ollie. Tentei falar com você, como deve ter percebido. Sei que o clubinho esteve reuinido hoje por horas, então não quis atrapalhar indo até ai. Mas o caso é...Eu recebi uma ligação do meu editor, pedindo para entrevistar pessoalmente uma pessoa, ele insistiu muito e eu acabei aceitando...sem saber quem era...

A voz de Chloe se perde em um suspiro e Oliver fica tenso no lugar.

-É Lex. Ollie. Ele está chegando em Star City de surpresa essa tarde e o jornal conseguiu uma exclusiva , que eu aceitei fazer.

Oliver tenta engolir o nó na garganta, mas não consegue. O nome de Lex fez sua mente girar mais rapido do que pode acompanhar. Ele quase grita com ela, se esquecendo de que aquela era uma gravação.

-Sei extamente o que você vai dizer e eu concordo, mas talvez esta seja uma chance de saber o que ele andou fazendo e o que ele quer reaparecendo, sem nos expor.

De pé em um segundo, Oliver começa a andar pela sala procurando suas coisas, suas chaves. Precisava falar com ela, mas não conseguia parar de escutar

-Então não se preocupe. Connor está com Bart em casa, todos para onde estou indo. A entrevista vai acontecer no hotel do centro, com muita gente em volta. As seis...

Oliver encontra as chaves sobre na mesa ao mesmo tempo em que ela diz a hora da entrevista. Ele olha para o relógio que marcava seis e dez.

-Se escutar essa mensagem e não quizer que eu vá eu não vou, caso contrário eu sigo o plano e nos vemos depois. OK?...Te amo.

-Chloe - Oliver grita parando no centro da sala, apertando o celular entre os dedos.

Seu coração batia violentamente contra o peito. Por dez minutos a teria empedido de ir e agora ela e Lex estavam na mesma sala. Sua mulher e o homem que matou.

CONTINUA...

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