Autora: Roberta Clemente
Classificação: PG-13(por enquanto, não me decidi)
Nota: Essa fic fez parte de uma enquete, ficando em segundo lugar. E como ainda recebo pedidos para dar continuidade... Ai está, para vocês, leitoras mais que queridas. Obrigada.
Resumo: Pense na história de Chloe e Oliver até Lazarus, depois é por minha conta
Chloe entrou
correndo no restaurante, o transito entre o aeroporto e o restaurante no centro
de Metropolis a pegou de surpresa e agora estava mais de vinte minutos atrasada
para seu encontro com Charlie. Um bom amigo que ela não gostaria de deixar
esperando mais que o necessário.
Essa seria a
sua desculpa quando na verdade vagou pela cidade sem rumo por alguns minutos depois
que deixou Ellie com Oliver. Precisava de algum tempo para si depois de vê-lo.
Chloe
respirou fundo e entrou no salão desviando entre as mesas e sorriu quando viu
Charlie sentado em uma mesa perfeitamente escolhida ao canto.
-Desculpe o
atraso. - ela se desculpou imediatamente, puxando a cadeira em frente a dele.
-Tudo bem –
Charlie se levantou e tentou inutilmente puxar a cadeira dela. Chloe foi mais
rápida e se sentou.
-Eu
calculei, mas o transito do aeroporto para cá me pegou desprevenida. –Chloe
mentiu distraidamente, enquanto colocava a bolsa no encosto da cadeira.
-Aeroporto?
Espero que não tenha sido uma tentativa de fuga, só para escapar do nosso
encontro – Charlie disse em tom de brincadeira, mas de forma sugestiva e com um
sorriso bem charmoso no rosto, do tipo que faria qualquer mulher corar.
-Não. –
Chloe respondeu forçando um sorriso. Charlie era um homem bonito, não poderia
negar nem se quisesse, Lois dizia todos os dias que talvez seu final fosse
realmente com um moreno alto e de olhos azuis, exatamente como Charlie. E ele
era sim, agradável, engraçado e estava interessado nela, pelo menos parecia
estar, mas um encontro romântico? Seus pensamentos ameaçaram vagar para longe
quando percebeu os olhos pidões de Charlie nela. - Eu fui levar Ellie para o
pai dela. Eles vão passar o final de semana juntos.
-Oh, o pai. –
Charlie se mexeu na cadeira, incomodado com a menção a outro homem. - Você
nunca fala nele. Na verdade até pensei que Ellie pudesse ser uma produção
independente.
-Bem. Quem
sabe outro dia? – ou talvez nunca, Chloe pensou. Toda cidade sabia que ela
tinha uma filha de
Oliver Queen, não precisava dizer. Foram necessários anos
para desapegar sua imagem disso e não tocaria no assunto a menos que fosse
realmente preciso. Ela sorriu e se inclinou um pouco sobre a mesa. - Que tal
falar sobre negócios em vez disso?
-Claro, mas
podemos pedir antes? – Charlie pediu com empolgação. –Eu estou com fome.
-Perfeito! –
Chloe aceitou, tão aliviada com a mudança na conversa quanto ele. Ela pegou o cardápio
e olhou distraidamente entre os pratos, talvez um pouco de conversa fiada
ajudasse seus nervos a voltarem para o lugar. - Como você conseguiu reserva
neste restaurante? A lista de espera aqui é enorme.
-Um homem
não pode revelar todos os seus segredos, pode? – ele piscou para ela.
Chloe
engoliu e forçou outro sorriso. O inicio foi tenso, mas alguns minutos depois a
conversa realmente fluiu entre os dois e Chloe aproveitou para fazer o que
tinha ido lá para fazer. Negócios.
-Você sabe
que eu não posso simplesmente aceitar dinheiro privado, não sabe? - Chloe
perguntou dando um gole em sua água.
-Sua
instituição é respeitada no país todo. Existem modelos sendo criados em todos
os estados. Você ajudou a cidade a compreender as pessoas... com habilidades. Você
vai bem, mas não deve ser barato fazer história.
-Não, não é,
mas é exatamente por tudo o que acabou de dizer que não posso ter qualquer
dinheiro na minha instituição... sem ofensas. Não é ético. E eu gosto de manter
nossa independência. – Chloe disse com
segurança e sinceridade.
Um ano após
o nascimento de Ellie, Chloe decidiu reabrir a Isis e reviver a ideia de um
lugar para pessoas especiais. E se encontrou rapidamente no papel de guia, de líder.
No começo foi difícil, como tudo em sua vida, mas então os vigilantes começaram
a sair das sombras, um a um e o mundo se deu conta da importância dos heróis e
possíveis heróis. E agora, quatro anos depois toda uma comunidade havia sido
aceita e era respeitada.
Chloe ouviu
os argumentos de Charlie, mas sua atenção foi chamada para a entrada e a
comoção e burburinho em volta. Ela estava quase perdendo o interesse quando viu
Oliver passar pela porta com duas mulheres ao seu lado, cada uma em um braço,
como troféus.
-Eu não
posso acreditar – ela sussurrou sem acreditar no que estava vendo. Em um segundo estava de pé, marchando na
direção dos três.
Oliver viu
Chloe levantar e pisar na sua direção e ele poderia dizer que ela estava
furiosa. Só que em vez de se encolher ele sorriu para ela, a sua espera.
-O que você
está fazendo aqui? – Chloe perguntou entre os dentes.
-O mesmo que
você... acho – ele tentou olhar para a mesa de onde ela tinha vindo, para o
homem de costas a sua espera.
-Onde está
Ellie? – Chloe pediu com preocupação.
-Na
cobertura, - ele respondeu com certa dificuldade. – Com uma babá.
-Uma babá?
Eu não posso acreditar em você. – ela disse com desgosto e deu as costas para
ele.
Chloe voltou
correndo para a mesa e pegou sua bolsa assim que a alcançou.
-Desculpe
Charlie. Mas eu preciso ir, podemos terminar essa conversa outra hora? – ela se
afastou enquanto esperava uma resposta rápida.
-Claro. Mas
está tudo bem? Quer que eu te deixe em algum lugar? – Charlie se levantou
alarmado pela explosão dela.
-Não. Está
tudo bem. Eu só realmente preciso ir – Chloe negou e deu as costas para todos.
Principalmente Oliver, que continuava no mesmo lugar, como se nada tivesse
acontecido.
Foram quinze
minutos até a torre do relógio e Chloe fez o caminho tentando não desabar de
tanta raiva. Dirigiu cegamente entre as ruas só pensando em Ellie e no quanto
ela devia estar decepcionada naquele instante.
Para sua
surpresa o código para a cobertura continuava o mesmo. Para subir era só
digitar o dia em que ela e Oliver se beijaram pela primeira vez na Watchtower e
esperar que as portas se abrissem. Chloe
fez o caminho para cima com um buraco no peito. Um buraco recém aberto. Aquilo
nunca acabaria.
-Ellie? –
ela chamou assim que saiu do elevador. Seus olhos correndo em volta, mas nada.
Só após um segundo de silêncio uma senhora apareceu no corredor para
recepcioná-la.
-Olá. A
senhora deve ser a mãe dela. – ela cumprimentou Chloe com simpatia.
-Sim. E você
deve ser a babá... Você pode ir embora. Eu vou levá-la comigo – Chloe caminhou
para o corredor sem esperar uma resposta.
-Ok. Obrigada.
Chloe se
impediu de correr. A presença de uma babá a tranqüilizadora, mas precisava
colocar os olhos em sua filha. E seu coração ficou apertado quando entrou no
quarto de hospedes e viu Ellie na cama, abraçada a um urso de pelúcia que
Oliver havia lhe dado três anos atrás.
-Oi – ela
sussurrou docemente para Ellie. – Você não deveria estar dormindo? – e se aproximou,
ajoelhando ao lado da cama do quarto improvisado.
-Mas eu não
estou com sono – Ellie respondeu baixinho. – Eu queria esperar o papai, ele
prometeu que ficaria comigo mamãe, mas depois saiu. – choramingando e se
apertando ao urso.
Nada
machucava mais que ver Ellie sofrer, e Chloe respirou fundo para não chorar na
frente dela. Em vez disso a consolou com um beijo demorado e todo o amor que
tinha no peito.
-Chloe? - Oliver chamou do corredor.
Chloe se
endireitou e levantou, saindo do quarto antes que Ellie o visse. Seus olhos
estavam ardendo de raiva quando o viu parado no corredor com aquela cara de
arrependida.
-Eu sinto
muito, Chloe – ele se desculpou e tentou não estremecer com o olhar que recebeu
em troca.
-Pode
apostar que não mais que eu, que deixei meu bem mais precioso em suas mãos,
achando que talvez, talvez você pudesse ter por ela o mesmo amor que eu – Chloe
disse com uma dor quase física no peito.
-Não fale
assim. Eu amo a minha filha – Oliver se defendeu imediatamente. Fazia besteira
atrás de besteira, mas amava Ellie e não admitiria que dissessem o contrário.
-Mesmo,
Oliver? Se a amasse de verdade não a teria deixado com uma estranha quando tudo
o que ela mais queria era a sua atenção, um pouco de você... Você saberia que ela
esteve esperando por esse final de semana por meses e não teria feito isso com
ela... O Oliver que eu conheci um dia não teria colocado aquele olhar de decepção
de propósito no rosto da nossa filha – Chloe tremeu em um misto de tristeza e
magoa.
-Não fiz de
propósito. Você sabe que não - Oliver tentou, mas não conseguiu se defender.
Ele queria envolvê-la em seus braços, mas sabia que um dia escutaria aquelas
palavras, que mais cedo ou mais tarde Chloe explodiria com ele. Só que mesmo
assim não estava nem perto de estar preparado para escutar a verdade.
-Então por
quê? - Chloe pediu uma resposta, precisava ouvir dele a verdade. -Por que,
Oliver, por que você não consegue ser um pai para a sua filha? - ela tentou não
gritar para não assustar Ellie, mas falhou miseravelmente. Por que ele não
amava Ellie do jeito que ela merecia?
-Eu – Oliver
travou diante dos imensos olhos verdes dela. Tinha tanto a dizer, tanto a
explicar, mas não conseguia. Ele só baixou covardemente os olhos.
-Ok – Chloe
se acalmou e secou algumas lágrimas. Empurraria sua frustração e seria
racional, por Ellie. – Pra mim já chega. Se você não quer ser pai dela, eu não
vou forçar, mas também não vou mais expor minha filha a essa sucessão de
decepções. Você está livre de nós – ela anunciou e começou a dar as costas para
ele.
-Chloe, não
faça isso – Oliver reagiu, assustado e segurou o pulso dela. –Não me afaste
dela.
-Você fez
isso sozinho, Oliver. Você quer ser o pai dela de seis em seis meses e isso não
é suficiente. Você sabe disso, nós sabemos – Chloe tentou lembrá-lo de como era
triste a vida de uma criança sem os pais. - Mas tudo bem, eu consegui, ela também
vai.
Oliver a
observou dar as costas e voltar para o quarto, enquanto ficou ali, parado no
lugar, sem saber o que dizer ou fazer. Talvez fosse melhor assim. Chloe tinha
toda razão. Não sabia ser pai e machucava as duas sempre que se aproximava.
Elas ficariam melhor sem ele.
-Você pode
dormir no carro – Chloe saiu do quarto com Ellie nos braços. Ela não olhou para
Oliver quando passou por ele.
-Tchau,
papai – Ellie levantou a cabeça do ombro da mãe e acenou quando viu a figura do
pai.
-Tchau,
princesa – Oliver acenou de volta e sorriu quando ela sorriu carinhosamente
para ele antes de sumirem no andar de baixo.
Demorou um
minuto para Oliver ter uma reação digna. Seus olhos queimaram e quando percebeu
estava empurrando lágrimas grossas do seu rosto. Não podia deixá-las sair da sua
vida. Estaria perdido sem as duas, mas não sabia como consertar quatro anos de
erros.
CONTINUA... AQUI, P2
Já sabem,né?O que fazer para deixar a autora feliz!!
Ahhh, preciso realmente te dizer q vc colocou um sorriso no meu rosto, fiquei tão interessada nessa fic e agora vc irá dar continuidade. Vou dormir com esse sorriso bobo de felicidade. Valeu muito!!!
ResponderExcluirKarol
Iei!!!
ExcluirEu que vou dormir com o sorriso bobo Karol!!
Vocês pediram, e eu fico muito feliz em atende-las.
Eu adoro isso aqui.
Obrigada e fique ligada.
Bjo
Sempre uma surpresa né Betinha? Mas já gostei muito, Chloe reabrindo o Isis, Ollie é o mesmo bad boy farrento e perdido, mas é pai de Ellie e agora? intrigada pra ver chlollie renascendo, acho q é exatamente o que preciso ler no momento.
ResponderExcluirVilm@
Surpresa!!! \o/
ExcluirSempre achei que podiam ter explorado melhor Chloe e a Isis.
Ollie não tão perfeito. Vou gostar de escrever.
Vamos ver como é que vai ser, como eles e se vão conseguir se reconectar um ao outro.
Ae, maravilha!!!
Vai ser ótimo ter sua companhia!
Valeu.
Bjo
A.I.M.E.U.D.E.U.S!!
ResponderExcluir=DDDD
Obrigada, obrigada, obrigada!!!
Imagine um abraço bem forte, de alguém extremamente agradecida... imaginou?? Seria um abraço assim que te daria se eu pudesse!!
Você não estava brincando quando disse que preparava uma surpresa!!
Eu sei que amanhã vou está ferrado no trabalho, mas quando vi atualização e percebi que era Don't Give Up On Me Now, eu tinha que ler...
Depois daquele prólogo já estava morrendo de curiosidade pra saber o que que deu de errado para que Chloe e OLiver não estivessem juntos, vejo que tem muita coisa aí, afinal não só eles não estão juntos, como o Oliver está de novo fora de rumo, e Chloe mergulhada na missão de melhorar/salvar o mundo... a coisa boa nisso tudo é a Elle (mais uma fofura de baby Chlollie *-*)...
Que maravilha é saber que com a continuação ainda há chances pra Chlollie, sim, porque embora tudo esteja em ruínas (o que me entristece), confio plenamente que você vai dá um jeitinho =DD..
Agora tenho mesmo que ir dormir rsrs... feliz da vida!!
Beijos! \o
GIL
Oi Giiiiiil!!!
ExcluirOpa, aceito fácil abraços!!! *_*
Nem me fale nesse negócio de dormir e trabalhar acabada, sou mestra nisso.
Pois é.
Aquele prologo é era pra deixar vcs bem curiosos. Mas é meio maldoso =D
Pois, é. Eles estão separadinhos. E olha, o motivo é brabo.
Oliver está fora do rumo em que a Chloe o colocou e não sei se ela vai querer ajudar desta vez. Afinal ela tem Ellie para se preocupar agora.
Ellie *_*
Eu adoro escrever crianças!!
Valeu, GIL!
Adorei o comentário!
Espero que tenha conseguido trabalhar hoje!!
Bjo
Tive que ir lá no link do prólogo porque realmente não me lembrava... E que capítulo arrasador!!! já sei que vamos sofrer moooooooito nessa história, mas começou com o pé direito, Roberto! Apesar do Oliver dando cabeçada, eu adorei... Sei que a redenção virá no final [não é?]...
ResponderExcluirQUERO MAIS!!!!
Ah, eu também!
ExcluirPra escrever tive que reler, ai a fic veio na cabeça que foi uma beleza. rs
Vcs irão sofrer um bocadinho. Vão sim!
Como eu disse. Um Ollie não tão príncipe dessa vez, fazendo nossa Chloe sofrer.
Veremos se Chloe e Ellie farão Oliver ressurgir. =)
Muuuuuuuuuuuuito obrigada.
Bjos
Amo fic angst, então imagina minha felicidade... :DDD
ResponderExcluirhahaha verdade Sof.
ExcluirVocê gosta de sofrer!rs
Vai adorar então!
Obrigadinha e fique ligada no sofrimento ;)