Don't Give Up On Me Now 16/?

Titulo:
Autora: Roberta Clemente
Classificação: NC-17
Nota: Essa fic fez parte de uma enquete, ficando em segundo lugar. E como ainda recebo pedidos para dar continuidade... Ai está, para vocês, leitoras mais que queridas. Obrigada.
Resumo: Pense na história de Chloe e Oliver até Lazarus, depois é por minha conta
PROLOGO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 14 15

16

Ellie saiu do elevador, olhou envolta e correu na direção do corredor. Seus pezinhos alcançaram a escada e ela foi obrigada a desacelerar e se agarrar ao corrimão no alto. Estava com pressa, mas sua mãe havia lhe ensinado, mais de uma vez, como subir e descer em segurança. Então fechou os dedos em uma das alças da sua mochila vermelha e subiu gritando:

-Mamãe – subiu mais um degrau. –Papai.

Não houve resposta, mas Ellie não se importou, ela voltou a correr quando alcançou o final da escada e mirou a porta do quarto dos seus pais. O melhor lugar do mundo. Eles deveriam estar dormindo. A tia Lois avisou entrar chamando, mesmo que fosse de noite já.

-Mamãe? – ela chamou mais uma vez e parou quando uma figura gigante saiu do quarto. Ela olhou para as botas pretas e o couro verde que seguia até quase o teto. – Uau. – ela sussurrou para o Arqueiro Verde.

-Onde você vai com tanta pressa garota? – Oliver perguntou com a voz distorcida, tentando não sorrir.

-Eu? – Ellie parou e olhou melhor para o rosto escondido pelo capuz. Ela inclinou a cabeça e mais confiante deu um passo a frente. – Papai?

Oliver imediatamente se ajoelhou e jogou o capuz para trás.

-Oi, princesa. Estava com saudades – ele tirou os óculos e estendeu os braços para ela.

-Foram só dois dias papai – Ellie disse, mas correu e se jogou no peito do pai. Também estava morrendo de saudade dele. Não conseguia mais ficar longe de seu pai. Pedia todos os dias que ele não fosse embora nunca mais.

-Tem certeza? Parece que faz uma eternidade desde que te deixei na fazenda. Acho até que você cresceu – Oliver a afastou apenas para poder analisá-la com um olhar exagerado.

-Será? – os olhos de Ellie ficam grandes e ela estava abrindo a boca para pedir que ele a medisse quando sua mãe apareceu sobre o ombro dele.

-A senhorita está proibida de crescer muito. Me ouviu baixinha? – Chloe parou com as mãos nas cinturas. – Agora vem aqui me dar um abraço por que eu senti muito a sua falta. – e se abaixou a tempo de pegar Ellie quando ela saltou no seu colo.

-Oi, mamãe – Ellie deitou a cabeça no ombro da mãe e se sentiu segura.

-Oi, meu amor. Como foi na fazenda? Por um acaso você fugiu? – Chloe perguntou segurando a mochila vermelha nas costas da filha.

-Não. A tia Lois me colocou no elevador antes de ir embora. – Ellie explicou facilmente.

-Quanta gentileza da parte da tia Lois. – Chloe olhou para Oliver e trocou com ele um olhar cúmplice.  –Bem, já que o papai vai sair para trabalhar nós podemos matar a saudade. Que tal uma rodada de esconde-esconde? – Chloe apertou Ellie nos braços e beijou seu rosto.

-Hei. – Oliver ficou de pé e cruzou os braços. – Eu tenho alguns minutos e também quero brincar.

Ellie e Chloe olharam para o bico dele e riram juntas antes de se olharem, discutindo por trocas de olhares de deixavam-no participar da brincadeira delas. Ellie sorriu e Chloe deu de ombros.

-Ok! Então você conta primeiro – ela disse colocando Ellie no chão e tirando os sapatos.

-Vem mamãe – Ellie puxou Chloe pela mão na direção do corredor.

-Ah, vocês estão perdidas. Eu sou ótimo nisso – Oliver fechou os olhos, baixou os óculos de visão noturna e sorriu. –Um, dois...

Mais tarde Oliver baixou os óculos para entrar na cobertura, que estava escura e quieta. Se há alguns meses aquilo o fazia sofrer hoje o deixava com um sentimento bom. Aquele era um silêncio confortável. Sabia que Chloe e Ellie o esperavam em algum lugar. Só precisava procurar por elas.

Primeiro ele guardou o equipamento e parte do seu traje. Depois pegou uma garrafa de água na geladeira e caminhou tranquilamente para o quarto. Oliver empurrou a porta e sorriu quando viu Chloe e Ellie esparramadas na cama.Ele se aproximou e viu envolta alguns produtos de beleza e muita maquilagem. Sua curiosidade o fez se inclinar sobre elas e pode ver o rosto de Chloe multicolorido. Ele riu e olhou para Ellie, seu rosto estava limpo, o que indicava que Chloe havia sido a sua cobaia.

-Oi, herói – Chloe se mexeu na cama.

-Oi... boneca- ele riu com carinho.

-Pode rir – Chloe se espreguiçou. –Espere até chegar o seu dia.

-Mal posso esperar – Oliver fez uma careta e se endireitou. – Eu vou para o banho, quer ir comigo? Não se ofenda, mas você está precisando.

-Estou, não é? – Chloe também fez uma careta e passou um dedo sobre a pálpebra e riu quando ele ficou azul. – Eu preciso ficar de molho.

-Não precisa de tanto. – Oliver segurou uma mão dela e a ajudou a ficar de pé. – Você precisa de água, sabão e um pouco de cuidado.  – e segurou seu rosto entre as mãos, baixando os lábios nos dela.

Os dias seguintes passaram num piscar de olhos. Os três estavam em uma rotina tão perfeita que não perceberam o tempo correr. Chloe terminou sua recuperação calmamente, Oliver iniciou um plano para pegar Charlie e Ellie aproveitou cada segundo com seus pais.

Chloe rolou de lado e gemeu sem abrir os olhos. Sua mente foi aos poucos voltando a funcionar e despertar. Podiam sentir a mão de Oliver agarrada a sua cintura, tentando inconscientemente puxá-la de volta para o seu peito. Mas seu estomago estava começando a roncar, então saiu delicadamente da cama.

-Onde você vai? – Oliver murmurou com o rosto afundado segurando o pulso dela.

-Fazer café – Chloe respondeu sorrindo. – Eu já volto.

-Promete? – ele abriu um olho para olhar para ela e espera uma resposta.

Chloe revirou os olhos, se inclinou e beijou demoradamente o canto da boca dele.

-Eu prometo voltar e ser toda sua pelas próximas duas horas – ela sussurrou e mordeu levemente a nuca dele antes de ficar de pé.

-Ok, eu estou oficialmente acordado.

Chloe riu antes de fechar a porta atrás de sim. Ela se espreguiçou enquanto passava pela porta de Ellie. O silêncio indicava que as duas horas sugeridas podiam ser reais. Era só preparar um café rápido e voltar correndo para a cama. Em alguns dias estaria de volta ao instituto e a Liga e esses momentos se tornariam uma raridade. Andou mais rápido, mas quando chegou a sala ao mesmo tempo que Lois saiu do elevador.

-Desculpe prima. Eu tinha o codigo e não quis acordar vocês – Lois se desculpou assim que foi surpreendida por Chloe.

-Não... Tudo bem. Que bom te ver Lois. – Chloe sorriu sinceramente. No começo, quando foi para lá ferida Lois foi uma companhia constante, mas com o passar dos dias sua presença foi ficando cada vez mais rara. E sentia sua falta.

-Bom. Que bom, por que... Eu preciso conversar. – Lois se mexeu no lugar.

-Claro. O que foi? – Chloe se preocupou. – Alguma coisa com Clark, o Planeta?

-Não. Está tudo bem, nestes departamentos – Lois parou e se olhou para Chloe, se preparando para falar. – É você, Chloe. Eu estou preocupada com você e com Ellie. Vocês não podem continuar aqui.

-O que? Como assim? – Chloe perguntou surpresa. – Você fala de um jeito, como se Oliver fosse perigoso. – e riu, mas de nervoso.

-E ele é. Para o coração de vocês, Chloe... Vocês estão brincando de casinha e ignorando todo o resto. Como se fosse possível esquecer tudo o que aconteceu.

-Lois. – Chloe não podia acreditar no que Lois estava fazendo. – Eu não estou ignorando, muito menos esquecendo. Não existe ninguém que se lembre mais do que aconteceu do que eu.

-Então...

-Então eu preciso superar – Chloe não deixou que ela continuasse. –Nós nos machucamos e sofremos, mas precisamos superar isso, juntos. – ela deu de ombros e suspirou pesadamente.

-Bom! – Lois falou, sem esconder a frustração da voz. – Que bom que vocês estão superando. Até mesmo as histórias que ele criou, as mulheres que inventou.

Chloe sentiu o tempo parar, o sangue congelar nas veias. Ela escutou as palavras de Lois, mas por alguns segundos não fizeram sentido. Até que se juntaram e a acertaram com a força de um soco.

-O que você disse? – ela perguntou com a voz tão fraca que poderia muito bem ter sido feita apenas na sua cabeça.

-O que? – Lois pareceu confusa.

-O que você quis dizer com mulheres que ele inventou? – Chloe deu um passo a frente e se controlou para não agarrar os ombros da sua prima.

-Oh, meu deus. Ele não te contou... que inventou todas aquelas mulheres não é? – Lois olhou para Chloe completamente chocada.

Os joelhos de Chloe vacilaram e ela sentiu o ferimento no peito doer. Ela levou uma mão a cicatriz e ficou de costas para a prima, não queria que ela visse o quanto a afetou.

-Chloe? – Lois tocou o ombro da prima.

-Vai embora – Chloe disse baixinho, de olhos apertados.

-Não. Vamos conversar. Você me disse que estavam superando, eu pensei...

-Vai embora! – Chloe gritou e se virou para Lois, com raiva nos olhos. – Vai embora ou eu te tiro daqui.

Lois não disse nada, nem reagiu. Não era a sua intenção, mas agora o estrago já estava feito. O melhor era sair e deixar que eles resolvessem seus problemas de uma vez. Então ela saiu.

Chloe ficou ali, de olhos apertados, tentando sumir, desaparecer. Não queria que aquilo fosse verdade e tinha mais um minuto, dois no máximo para viver aquela mentira. No momento em que fosse até Oliver e o confrontasse tudo mudaria. Todos aqueles dias de felicidade e resgate deixariam de existir.

-Chloe? – Oliver chamou do corredor.

CONTINUA...

oi, deixe a autora sumida e sempre pidona, feliz!