Sweet Arms Of A Tune

Titulo: Sweet Arms Of A Tune
Autora: Roberta Clemente
Nota: Eu quis escrever uma pequena drabble sobre o momento em que Oliver descobriu estar infectado pela escuridão, este pequeno momento. Uma futura fic mostrará mais afundo, enquanto isso...

Oliver foi tomado por um grande alivio quando saiu do elevador e Chloe correu para os seus braços. Foi um vôo longo até Star City, longo o suficiente para enchê-lo de medo de novo e ele não podia dizer o quanto estava agradecido por tê-la de novo ao seu lado.

Mas quando o abraço se estendeu e ela não pareceu ter a intenção de deixá-lo ir ele percebeu que algo estava errado. A conhecia melhor que ninguém e sabia quando seu silencio estava escondendo algo maior do que ela podia expressar.

“Chloe” ele arriscou, mesmo quando estava de novo cheio de medo.

Chloe se apertou mais contra o peito dele e respirou seu cheiro, questionando a si mesma se ele havia mudado e ela não tinha percebido. Se existiram pistas, indícios de que ele não era o seu Oliver e ela ignorou não querendo enxergar a verdade.

“Eu sinto muito Ollie. Eu sinto tanto” ela disse quase em desespero. “Eu sinto tanto não ter percebido, não ter feito nada por você”

Oliver engoliu com muita dificuldade. A dor na voz dela o pegando desprevenido. “Chloe, olha para mim.” Ele a puxou gentilmente do seu peito, para que ela pudesse ver a verdade em seus olhos. “Não havia nada que você pudesse fazer”

Ela não podia aceitar aquilo. Chloe balançou a cabeça e se afastou dele. “Não. Eu tinha que saber. É você, Ollie. É você” ela disse olhando de novo para ele, sentindo as lágrimas rolarem por seu rosto, sem controle. Quando ele deu um passo na sua direção ela virou de costas. Não aguentaria sua condescendência quando o tinha decepcionado.

Oliver tentou não se encolher quando ela lhe deu as costas, não era só sobre ele. Ela não o estava rejeitando, ou com medo dele, ele sabia, mas sim do que aconteceu a ele. “Chloe. Você não podia saber”, ele sussurrou parando atrás dela, querendo tocá-la mais que tudo.

“É claro que tinha! Eu venho me vangloriando de ser a pessoa que cuida de todos vocês. Que sabe das suas necessidades apenas com um olhar. E quando você precisou de mim eu simplesmente não vi o que estava na minha frente. Você não era você”, ela chorou mais, se odiando por isso também. “Você me deixou, você me deixou” ela disse em realização, olhando para ele por cima do ombro.

Ele fechou os olhos por um instante, se lembrando de quando atravessou o mundo em uma busca inútil de se livrar da escuridão. Sabia que aquilo voltaria para lhe assombrar. “Sim, eu te deixei. Mas por que naqueles dias eu ainda tinha controle das minhas ações e eu estava morrendo de medo que você descobrisse”, ele admitiu.

“Eu podia ter te ajudado. Por que você não veio a mim?”, Chloe não conseguiu esconder a dor que sentia em saber que ele deliberadamente fugiu dela.

“Por que eu estava com medo de te perder. Com medo de que a única saída fosse ser isolado do mundo e nunca mais te ver”, Oliver respondeu, dizendo pela primeira vez o que o consumiu por dias.

“Eu nunca faria isso com você”, Chloe tocou o braço dele. “Eu nunca desistiria de você”.

“Eu sei. E é por isso que eu não consegui te contar. Não era justo, não depois de tudo o que você fez por mim”. Oliver segurou o rosto dela entre as mãos. “Eu não queria te ver não poder fazer nada por mim. Sejamos honestos, teria sido a única saída”

Chloe fechou os olhos e inclinou o rosto com o seu toque macio. “Não era, mas que fosse. Eu teria ido com você se preciso”, ela disse sem hesitar, olhando fixamente nos olhos dele.

Oliver sentiu os olhos arderem e ele precisou respirar fundo para continuar. Nunca tinha sentido nada tão intenso quanto o que sentia por Chloe. Ela estava sempre lhe levando a outro nível de emoções. “Eu sei e por te amar do mesmo jeito que não pude permitir... Depois tudo saiu do meu controle”

Chloe o abraçou e chorou de novo. Ela percebeu que eles sempre estariam nesse impasse. Que no dia em que deixassem de proteger um ao outro, que não fossem mais capazes de sacrificar qualquer coisa, seria o dia em que o amor deles já não seria mais tão grande, tão puro e verdadeiro. E ela esperava que esse dia nunca chegasse."Oh, Oliver. Nós estamos tão ferrados"

Oliver riu entre as próprias lágrimas. "Eu espero que sim", ele a abraçou apertado por um segundo ou dois e depois olhou em seus olhos marejados. "Eu espero que sim", ele sussurrou e roçou gentilmente o nariz no dela antes de enfim fazer o que estava desesperado para fazer desde que ela lhe deu as costas em frente a casa dos Kents. Ele a beijou como se nunca mais fosse deixá-la se afastar dele de novo.


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