She Holds A Key

Titulo: She Holds A Key
Autora: Roberta Clemente
Classificação: PG-13
Nota: Essa fic é inspirada em uma cena que acabei de ver de Will&Grace. Em que o sobrinho bonitão da Karen aparece.
Resumo: Oliver precisa de um empurrãozinho para fazer a coisa certa.

Chloe passou pela secretária de Oliver e devolveu o sorriso simpático que ela lhe ofereceu. Estavam ficando cada vez mais acostumadas uma com outra, já que Oliver tinha adquirido um habito um tanto estranho de lhe mandar mensagens de SOS no meio da tarde. A senhorita Ames acenou ainda sorrindo e esse era o seu sinal para entrar sem bater.

 “OK, Sr. Queen. Onde está o fogo? E não me diga que me chamou para excluir o histórico constrangedor do seu computador, então não...”, Chloe entrou falando e seu sorriso sumiu assim que ela quase engasgou ao perceber que Oliver não estava sozinho. “Oh”.

Os dois homens olharam para ela ao mesmo tempo. Oliver levantou a cabeça e sorriu enquanto um homem um pouco mais velho que ele, parado a frente da sua mesa se virou para ver quem era a pessoa que entrava no escritório de Oliver Queen daquele jeito.

“Oi Chloe”, Oliver sorriu, se divertindo com o choque no rosto dela.

“Oi” Chloe respondeu, sem olhar para Oliver, com o olhar preso no homem de pé a alguns passos dela. Ele era alto, de cabelos claros, incríveis olhos verdes, que estavam brilhando para ela por de trás de um belo par de óculos e ele se vestia como um personagem de Suits.

Ela piscou percebendo que estava encarando e se sentiu corar. “Me desculpe, eu não sabia que estava com alguém, sua secretária me deixou entrar”, ela colocou os olhos pela primeira vez em Oliver e quase os revirou ao perceber sua felicidade com o seu constrangimento.

“Tudo bem, nós já terminamos. Chloe esse é Joseph Sumner, um amigo da Califórnia e possível investidor” Oliver deu um olhar ao velho conhecido antes de continuar. “Joe, essa é Chloe Sullivan, uma amiga e...”

“E salva-vidas, pelo jeito” Joseph se virou para encarar Chloe e estender uma mão a ela.

Chloe tentou não ficar mais vermelha do que já estava quando colocou a mão na dele. O sorriso dele era desconcertante. “É o que toda amiga é, não é mesmo?” Chloe sorriu.

Joseph riu e assentiu, ainda segurando a mão dela na sua.

“Eu não sei. Alguém que vem no meio da tarde para apagar o meu histórico? Acho que preciso fazer amigos”, ele disse com um tom de sugestão.

“Algo me diz que você sabe como fazer isso, não precisa de um...amigo para isso”

“Mas qual a graça? Se alguém pode fazer por mim?” Joseph brincou, apertando um pouco a mão na dela.

Oliver estava se divertindo com o embaraço de Chloe no começo, mas isso mudou assim que o aperto de mão a sua frente passou de qualquer limite universal e o rumo da conversa começou a ir para um rumo totalmente inesperado. Ele se mexeu na cadeira e conteve com muito enforco a vontade de forçar uma tosse. Em vez disso se levantou e deu a volta na mesa, parando ao lado de Chloe.

“E Chloe é a melhor nisso. Não sei onde estaria agora se não fosse por ela”, Oliver sorriu e passou um braço sobre o ombro dela, esperando uma reação já que ele nunca fazia isso, mas nem um pouco arrependido já que aquilo fez o aperto de mão acabar.

Chloe ficou tensa com a repentina ação de Oliver, mas não disse nada, ela olhou para ele e respirou fundo com as suas palavras, não estava acostumada com o contato físico, muito menos com os elogios.

“Não é realmente nada”, ela deu de ombros, olhando entre eles um pouco sem jeito por ser o centro daquela conversa.

“Bem, eu acho que é muito. Você não tem medo do meu histórico. Você conhece os meus segredos e mesmo assim volta sempre que eu preciso”, Oliver disse o que sempre teve vontade de dizer a ela. O que sempre esteve implícito em sua relação com Chloe, mas que nunca tinha sido verbalizado, até agora.

Chloe engoliu seco. Ela estremeceu com a intensidade do olhar de Oliver. O que estava acontecendo nesses dois minutos desde que passou pela porta estava beirando ao surreal. Estava quase começando a duvidar se não teria entrado em um universo paralelo onde um homem lindo e aparentemente interessante estava flertando com ela e Oliver estava lhe dizendo tudo o que sempre quis escutar.

“Uau, Oliver. Você é um homem de sorte” Joseph disse com uma risada.

Oliver olhou de volta para seu amigo e riu. “Sim, eu sou” ele retirou a mão do ombro de Chloe e suspirou com isso. Ele estendeu a mesma mão para Joseph. “Foi bom te ver”

“Foi bom te ver também”. Joseph assentiu, com o mesmo sorriso simpático. Ele olhou para Chloe. “Chloe. Foi um prazer. Se quiser ser minha amiga, tenho certeza de que Oliver lhe dará meu numero”

“Foi um prazer”, Chloe respondeu, ignorando o segundo comentário. De repente não se sentindo mais naquela nuvem de fascínio inicial. Ela só corou mais uma vez e balançou a cabeça. Quando Joseph saiu Chloe se virou para Oliver com um sorriso divertido.

“Se sair algo parecido com “WOW” da sua boca eu retiro tudo o que disse sobre você” Oliver apontou um dedo para ela e caminhou de volta para sua cadeira, um pouco mais relaxado agora estavam só os dois.

“Como é?” Chloe ergueu uma sobrancelha para ele. Ela esperou que até que ele estivesse olhando para ela de novo. “Oliver?”

Oliver engoliu com dificuldade quando percebeu seu deslize. Clark havia contado a ele a reação de Chloe ao lhe conhecer, mas também havia feito questão de discrição. “Nada” ele fez sua melhor cara de blefe. Estava tendo muito trabalho em ir devagar com ela e não poderia estragar tudo a constrangendo.

Chloe olhou para ele com desconfiança por um minuto inteiro. Oliver tinha o poder de lhe confundir às vezes. E ele andava muito confuso nas ultimas semanas, oscilando entre momentos como os de alguns segundos atrás e o de agora em que tentava esconder alguma coisa dela com um sorriso.

“Certo”, ela assentiu devagar, tentando afastar sua curiosidade e ansiedade. “Então me diz. Qual a emergência?”

Oliver ficou em silencio. Ele podia ver as rodas girando dentro da cabeça dela. Chloe era inteligente e percebia no ar quando alguma coisa estava fora de lugar. Ele também não pôde não notar o pequeno traço de desapontamento em seu rosto. Seria esse o momento que estava esperando? Se esperasse, podia perder Chloe para outra pessoa?

“Não tem emergência”, Oliver disse simplesmente, sentindo o pulso acelerar com o que estava para fazer. “Eu só queria saber se você quer... jantar comigo?” ele perguntou e esperou sua reação.

Chloe franziu a testa. “Você não podia ter perguntado na mensagem que me mandou?”, não conseguia entender a dificuldade, até que ela o percebeu imóvel, como se estivesse segurando o ar. Ela abriu a boca, surpresa. “Você quer dizer...”

“Como um encontro, não um jantar entre amigos. Um jantar com mesa, vinho e talheres de verdade só para variar”, Oliver riu, mais nervoso do que jamais esteve ao convidar uma mulher para jantar com ele.

Chloe sentiu o coração saltar no peito, no mesmo ritmo do que quer estivesse voando em seu estomago. Ela quase entrou em pânico, mas o olhar dele a acalmou de novo. “Sim. Eu adoraria” ela respondeu.

Oliver sorriu aliviado, deixando o ar escapar de novo. “Bom. Eu te pego as oito?”

“As oito”, Chloe confirmou, com o mesmo sorriso bobo dele. Ela girou devagar e caminhou até a porta, parando com as mãos na maçaneta. “Eu não acredito que foi preciso outro homem flertar comigo na sua frente pra você tomar coragem”, ela disse sobre o ombro.

“E eu não acredito que deixou outro homem flertar com você na minha frente”, Oliver respondeu se jogando contra o encosto da cadeira.

Chloe deu de ombros. “Eu sou uma garota e existe uma lenda de que nós alimentamos de elogios” ela deu um sorriso falsamente inocente a ele.

“Bem. Coloque aqueles saltos que eu gosto e estará alimentada por uma semana”, ele disse com a voz um pouco mais profunda.

Chloe manteve o olhar por um segundo e um sorriso todo novo se formou em seu rosto. Deus, ele era a coisa mais linda que já tinha visto. Quando ela passou pela senhorita Ames de novo mal podia se conter. Surreal, com certeza aqueles tinham sido uns dos momentos mais surreais da sua vida e mal podia esperar por que viria a seguir, a partir das oito da noite.

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