Titulo: Just My Imagination
Autora: Roberta Clemente
Nota: estava aqui mexendo nas minhas pastas e encontrei este texto. Poderia jurar já tê-lo postado, mas não encontrei no blog, então resolvi arriscar passar uma vergoinha caso ele esteja por aqui.
Atualização: Ela foi postada no Chlollie4Ever, bem AQUI
Atualização: Ela foi postada no Chlollie4Ever, bem AQUI
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Uma semana após arrastar Oliver até
o maior milharal de Smallville atrás de um viajante que caiu na Terra, Chloe
fez questão de se manter ocupada. De terminar todas as pequenas coisas que
pudesse encontrar. Tudo para evitá-lo.
Seu maior medo nos últimos dias era
Oliver ter tempo livre e querer... conversar. Chloe até apelou para suas armas femininas.
Todas as vezes que um silêncio maior se fez entre eles ela deu um jeito de
pular no pescoço dele ou de arrancar as próprias roupas, tirando dele qualquer
vontade de verbalizar.
Mas era cansativo tentar controlar
as conversas e acontecimentos, pra não dizer impossível. Há dias que ela e
Oliver não conversavam de verdade e isso a fazia se sentir ainda pior. Eles não
mentiam ou escondiam qualquer coisa um do outro. Era uma regrinha básica entre
eles. Que ela estava deliberadamente quebrando.
Mas a culpa era pequena quando ela
pensava de novo e de novo sobre o assunto. A vergonha era maior. Vergonha de
ter levantado o assunto “filhos” e ter ficado falando sozinha. Logo ela. A
ultima pessoa na face da Terra a admitir que ela e Oliver eram um casal, ou
perceber que estava apaixonada.
Aquela que não quis ser chamada de
namorada mesmo depois de ter dado a própria vida por ele, perguntou se ele
queria um filho e não recebeu uma resposta. Era humilhante. E tudo isso depois
de dizer em voz alta que o dinheiro dele era deles. Chloe queria sumir.
Mas a vergonha estava começando a
dar lugar à raiva. Raiva dele. Oliver a estragou com tantos cuidados, paixão,
sorrisos e vontades realizadas. Agora
era o clichê feminino do qual que tinha passado anos fugindo. O da mulher que
expõem suas vontades e termina frustrada.
Só não conseguia se arrepender de
seus pensamentos novos. Nunca tinha pensado em filhos, nem mesmo depois do
casamento planejado com Jimmy, mas Oliver despertou nela a vontade de ter uma
família. De colocar no mundo uma pessoa com a cara deles. Mesmo um mundo como o
deles. Valia a pena. Mas talvez ele pensasse o contrário.
Fato era de que deveria ter
guardado esse pensamento. Agora se encontrava fugindo do próprio marido por que
não tinha coragem de confrontá-lo ou de simplesmente fingir que nada tinha
acontecido. Deus, ela era mulher complicada.
Chloe saiu do quarto sacudindo a
cabeça. Ela podia ser complicada, mas a culpa ainda era dele. Precisava se
lembrar disso. Ele foi o único que se esquivou do assunto quando ela falou. O
problema era com ele, não ela.
Ela atravessou a cobertura aliviada
por estar sozinha. Mesmo se sentindo abandonada por acordar e ele já ter saído.
Ah! Precisava acabar com esse conflito interno se quisesse ser firme em seu
plano de dar um gelo em seu marido.
A alguns passos da cozinha seus
olhos foram atraídos para a luz que vinha de dentro da sala de equipamentos.
Ela deveria estar fechada e trancada. Chloe olhou em volta devagar e caminhou
na direção da porta.
Estar descalça ajudou a não fazer
barulho e Oliver não percebeu sua presença.
Chloe parou quando uma bola de papel rolou e parou em seu pé. Ela olhou
para o papel e para os outros espalhados pelo chão, então ergueu a cabeça de
novo para ele.
Oliver não tinha saído de casa. Ele
estava sem camisa, usando apenas uma calça de moletom. Chloe mordeu o lábio
inferior, sem saber se entrava ou voltava. Ela o observou de costas, inclinado
sobre uma bancada, muito concentrado em algo e ela quis falar com ele.
“Oi” ela disse baixinho, apenas
para chamar a atenção dele.
Oliver endireitou as costas e olhou
sobre o ombro. “Oi” ele riu nervoso e começou a puxar os papeis espalhados em
uma pilha só.
“Atrapalho?” Chloe deu um passo na
direção dele. De repente ficando mais interessada no que ele estava fazendo e
escondendo do que no que ela tinha em mente antes de entrar.
Ele girou no banquinho para ficar
de frente para ela e sorriu brilhantemente, esticando um braço para agarrar a
camisola dela. “Claro que não. Você nunca atrapalha”.
Chloe assentiu sem se convencer.
Ela cerrou os olhos e parou entre as pernas dele. Podia insistir, mas ela achou
melhor não. “Café da manhã ou você vai trabalhar?”
“Não. Não é trabalho. É só uma
coisinha”. Ele deu de ombros, mesmo sabendo que ela não deixaria passar, não
quando ela estava com aquela sobrancelha erguida. Chloe era desconfiada demais
para isso. “Café é ótimo. Eu já vou” ele segurou o quadril dela e a puxou para
um beijo rápido.
Chloe pôde sentir a tensão em seus
lábios, o que só serviu para despertar sua curiosidade natural. Aparentemente
ela não era a única escondendo alguma coisa naquela casa. “Ok” ela sorriu para
ele e saiu dos seus braços, voltando sem pressa para a porta.
“Eu vou arrumar essa bagunça e te
encontro na cozinha” Oliver se arrependeu assim que as palavras deixaram sua
boca. Seria pego.
“Oh” Chloe parou e sorriu para si
mesma. “Eu posso te ajudar” ela se abaixou e pegou um dos papeis amassados.
“Não. Não precisa” Oliver ficou de
pé e deu salto na direção dela. Ele quis tirar o papel das mãos dela, mas em
apenas um segundo Chloe já o tinha desdobrado.
“O que é isso?” ela perguntou sem
tirar os olhos da folha. Nela tinha um rascunho de um arco. “Um novo projeto?”
“Só tentando colocar pra fora uma
ideia nova”. Oliver levou uma mão à nuca. Chloe demoraria apenas alguns
segundos para entender o desenho.
“É bom” ela disse com sinceridade.
Era um desenho muito bom, apesar de diferente de todos o que já tinha visto
Oliver desenhar. Era simples e limpo. Simples demais, até mesmo para um treino.
Então ela prestou melhor atenção nas proporções e tamanhos. “Ollie. Isso é...”
ela olhou para ele. A intensidade no olhar dele foi à resposta para sua
pergunta.
“Para um pequeno arqueiro” ele
confirmou.
Chloe respirou com dificuldade. Ela
sorriu nervosa e então olhou de novo para o desenho. Era perfeito para uma
criança.
“Eu não consegui tirar a ideia da
cabeça depois que você disse as palavras mágicas naquele milharal...”.
Chloe ergueu o olhar de volta a
ele. Seu peito rapidamente se aqueceu de emoção.
“...e como você passou a semana
ocupada, eu vim pra cá algumas vezes. Queria ter algo terminado pra quando você
quisesse conversar sobre o assunto.” Ele deu um passo na direção dela. “Ou você
prefere sapatinhos?”
“É lindo”, Chloe não conseguiu
segurar as lágrimas que se formaram sem controle. “Oh, Oliver. Eu sou tão
burra. Eu pensei que você tivesse fugido, mas quem estava fazendo isso o tempo
todo era eu.”
Ele tocou o rosto dela com um
sorriso suave no rosto. “Quando você vai entender que eu e quero tudo com
você?”
Chloe suspirou e fechou os olhos. “Eu
posso precisar de um empurrãozinho... Nós nunca conversamos sobre isso,
sobre... filhos. Eu não poderia te culpar por não ficar louco com a ideia...”
Oliver a calou com um beijo. Ele
segurou o rosto dela entre as mãos e pressionou os lábios nos dela até que ela
se acalmasse. Então olhou em seus olhos verdes. “Eu quero que você seja a minha
companheira, minha amiga, minha amante, minha esposa e mãe dos meus filhos,
Chloe”.
Ela riu e chorou. “Eu também
quero”, ficando na ponta dos pés, pressionando pequenos beijos nos lábios, no
rosto e pescoço dele. “Eu te amo”
Oliver envolveu os braços em volta
da cintura dela e cheirou seu pescoço. “Eu também te amo, professora”, ele
disse contra a pele dela. “Agora, o que você acha de começar a treinar? Nosso
pequeno arqueiro não vai se fazer sozinho.”
Chloe gemeu e riu. “A contar pelo
tanto de vezes que te distrai essa semana? Eu não duvidaria nada ele já estar
feito.”
Oliver se afastou de repente e
olhou para ela com os olhos enormes. Chloe revirou os olhos para a reação dele
a sua brincadeira.
“Você vai fazer essa cara toda vez
que eu disser que estou grávida?” ela cruzou os braços diante do peito.
“Que cara?” ele deu de ombros, se
sentindo desconfortável e envergonhado.
“Oh, meu Deus! Você vai.” Chloe
balançou a cabeça em descrença.
“Claro que não.“ Oliver rapidamente
se defendeu. Ele sorriu com desdém.
“Sim você vai”. Ela apontou para
ele, se divertindo.
“Oh, chega mulher” Oliver segurou o
pulso dela e a tirou do chão. “Nós temos um bebê pra fazer e eu quero que ele
fique perfeito”
“Uh! Melhor caprichar então, Sr.
Queen” Chloe provocou erguendo as duas sobrancelhas enquanto ele saia com ela
nos braços.
“Eu sempre capricho” ele disse com
um sorriso insolente, antes de beijá-la. “Mas não vai ser preciso. Basta ele se
parecer com a mãe”. Ele olhou para ela com adoração.
Chloe respirou fundo. Seus olhos
brilhavam de felicidade e excitação com a ideia. Eles realmente fariam aquilo.
Um bebê. Ela e ele em um só. Nada podia ser mais perfeito que isso. Suas
histórias continuariam alem deles. “Algo me diz que ele vai ser a combinação
exata de nós dois.”
oi, deixem a autora feliz e resolvida. essa história já foi postada?
Já, Roberta, só que no Chlollie4ever com outro nome, Just My Imagination!! =DDD
ResponderExcluirMas, sinceramente, não estou reclamando em poder relê-la, me encanta como ela se encaixa direitinho com o que pode ter realmente acontecido...
E você não deixa de está certa, ela não foi postada no blog! rsrs
GIL
sabia que alguém lembraria.
ExcluirVocês sabem mais que eu heheheheheh
Obrigada Gil!!! ;)
Verdade, é a linda Just My Imagination, com a qual você nos presentou em 2012: http://www.chlollie4ever.com/2012/07/just-my-imagination.html
ResponderExcluirTão maravilhosa que reler foi uma DELÍCIA!!!!
Oi, Sof.
ExcluirTenho a pior memória do mundo. Tentei, mas não conseguia lembrar, ainda mais que o arquivo estava sem titulo.
Sorry!Vou editar aqui tá?
Beijoooooooo
Lembrei dela! <3 É muito doce e reler depois de tanto tempo é como ler pela primeira vez!
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