domingo, 11 de julho de 2010

All That Never Was, Capítulo 1/4

 

Depois de muito, muito tempo, estou de volta. Primeiro queria pedir desculpa pela demora pra postar, as coisas por aqui estão caóticas, por assim dizer. Muita coisa pra fazer e pouco tempo pra fazer tudo, enfim, tenho certeza que vocês sabem como é. Eu ia postar outra oneshot antes dessa, mas era uma meio grandinha demais, então preferi postar essa aqui. E prometo que vou tentar postar com mais frequência. E antes que eu esqueça: Para os que estão acompanhando ‘I’ll explain everything when it’s friday’, a Nathalia tá com um problema com a internet e não tá podendo postar. Mas ela tá se adiantando nos caps, então não é de todo ruim.
Agora falando dessa nova fic: Ela é feita de uma parceria que vem dando muito certo:
chloeas e dl_greenarrow, composta de quatro capítulos. É uma versão alternativa de Sacrifice, em que a Chloe leva a pior na briga com a Tess e acaba indo parar no hospital e… bom, eu não quero estragar a surpresa. É bem carregada no aspecto dramático, assim como Distant Echoes então estejam avisados :D
Enfim, já falei demais…
Boa leitura!

Original: http://community.livejournal.com/chlollie/640852.html

 

1/4 -

Oliver tirou o capuz da cabeça ao entrar pela janela do andar superior da Torre de Vigilância. Ele tirou seus óculos. Havia passado a noite patrulhando e depois encontrou-se com Clark – que estava agindo bem estranhamente com ele por alguma razão que ele desconhecia – e agora ele apenas queria passar algum tempo com sua... não-namorada. Suspirou suavemente, passando uma mão pelo cabelo e indo em direção as escadas. Na metade do caminho ele parou congelado, olhando com olhos arregalados toda a destruição ao redor. Os monitores estavam despedaçados, vidro e outros destroços no chão. Seu coração disparou com força no peito quando viu Chloe caída no meio disso, imóvel.

“Ah Deus.” Ele desceu a escada de dois em dois degraus, indo até ela, e olhando horrorizado o sangue perto de sua cabeça. “Não, não. Chloe? Chloe, você pode me ouvir?” Ele rapidamente colocou os dedos em seu pescoço, aliviado ao encontrar pulsação.

Chloe se mexeu e grunhiu baixinho quando ouviu a voz dele, mas ela não conseguia abrir os olhos, tudo doía e isso era praticamente a única coisa que ela sabia.

“Chloe, abra os olhos,” ele insistiu, estremecendo com a grande quantidade de cortes e marcas no pouco de pele que ele podia ver. “Abra os olhos, Torre de Vigilância.”

Ela estava tentando, de alguma forma conseguiu dar sentido às palavras dele. Por um segundo, ela abriu um pouco os olhos e então os fechou novamente, abrindo a boca ao invés disso, e sussurrando muito baixo.

Ele se inclinou pra mais perto dela. “Não te ouvi. Não tente falar. Vou te tirar daqui.”

Tudo que ela podia fazer era fechar a boca, engolir e seco e se esforçar em tentar acenar com a cabeça.

Oliver beijou sua testa gentilmente, e então com o maior cuidado possível, deslizou os braços pra debaixo dela, levantando-a do chão gelado e a aninhando em seu peito. “Segure-se” ele sussurrou. “Eu peguei você.”

Quando ele a segurou, Chloe grunhiu baixinho de novo, suas costas e seu estômago repentinamente parecendo estar em chamas, ela não queria se mexer.

“Desculpa,” ele murmurou, carregando-a até o elevador. Sua mente estava agitada com perguntas, mas ele sabia que elas teriam que esperar. Naquele exato momento a única coisa que importava era buscar ajuda pra Chloe.

Ela abriu os olhos depois de um tempo pra olhar pra ele, piscando várias vezes enquanto tentava focalizar sua visão.

“Fique comigo,” ele murmurou, seu peito apertando ao olhar pra ela, esperando o elevador chegar no térreo.

“Vic,” Chloe sussurrou, sua cabeça inteira parecendo estar prestes a explodir, ela devia ter batido com força, então fechou os olhos por mais um segundo, depois os abriu mais uma vez pra olhar pra Ollie.

“O que tem ele?” As sobrancelhas dele estreitaram-se com preocupação, imaginando se Vic estava em algum lugar na Torre de Vigilância e também ferido.

Ela respirou fundo, “Torre-“ ela parou, tossindo de repente, o que fez com que seu corpo inteiro doesse.

“Shhh.” Ele retraiu-se ao ver a expressão de dor no rosto dela. “Vic estava lá? Só faz que sim ou não com a cabeça.”

Chloe fechou os olhos e fez que não com a cabeça algumas vezes antes de abri-los pra olhar pra ele, torcendo para que fosse o bastante pra ele saber qual era a resposta.

“Você quer que ele vá dar uma olhada no seu equipamento?”

Suspirando aliviada, ela acenou que sim, deixando seus olhos se fecharem mais uma vez, “segurança,” ela conseguiu dizer bem baixinho.

Ele beijou sua testa. “Vou falar com ele,” ele sussurrou, o peito apertado novamente. A carregou pra fora, e então parou, percebendo que ainda estava com seu uniforme. “Ainda estou disfarçado. Vou ter que chamar o Clark pra ajudar. Tudo bem pra você?”

Chloe apenas acenou novamente, a cabeça ficando pesada então ela a apoiou no braço dele e tudo ficou preto mais uma vez.

Menos de quarenta minutos depois, Oliver se apressava pelo corredor do Hospital de Metropolis, o coração batendo acelerado no peito enquanto ele ia até a enfermaria. “Estou procurando por Chloe Sullivan. Ela foi trazida pra cá há cerca de quarenta minutos atrás.”

“Oliver,” Clark chamou, se levantando e indo até ele.

“Onde ela está? Ela está bem?” Ele foi até onde Clark estava.

“Não ouvi nada ainda,” Clark disse vagamente e depois franziu as sobrancelhas, “o que aconteceu?”

“Eu não sei. Tinha acabado de voltar da... de outras responsabilidades e encontrei o lugar destruído. Ela estava inconsciente.” Ele engoliu seco.

O maxilar de Clark travou e ele balançou a cabeça, coçando-a, “quem poderia ter entrado lá?”

“Não faço idéia. Os únicos que sabiam sobre o lugar eram a equipe, o Dr. Hamilton, você e a SJA.” Ele se forçou a respirar fundo. “Vic está lá agora, certificando-se de que todas as informações estão seguras. Chloe estava preocupada com isso.”

Ele parou com essa informação e olhou pra Oliver. “Vou dar uma olhada no vídeo de segurança.”

“Se é que ainda tem algum,” ele murmurou, passando uma mão pelo cabelo. “Onde ela está?”

“Não sei,” Clark admitiu, “eles só a levaram, eu escutei por um tempo mas...” ele balançou a cabeça, engolindo seco.

O coração de Oliver afundou. “Mas o que, Clark?”

Clark olhou pra baixo por um momento e sacudiu a cabeça, “eles achavam que havia uma hemorragia interna, não sei, não consegui me concentrar depois disso.”

Ele xingou baixinho pra si mesmo, afastando-se de Clark e voltando pra enfermaria. “Onde está Chloe Sullivan?” Seu maxilar estava completamente endurecido.

“Volto daqui a pouco,” Clark disse a Oliver antes de sair do hospital.

A enfermeira olhou pro homem por um momento e franziu as sobrancelhas, “você é da família?”

“Sim,” ele disse sem hesitar. “Ela é a única família que eu tenho. Onde ela está?”

Ela o observou por um momento e depois deu uma olhada nas fichas, “os médicos ainda estão com ela, você vai ter que esperar um deles sair.”

“Você sabe quem eu sou?” A voz dele era muito tranquila.

A enfermeira ergueu a cabeça, “você pode ser o Papa, não há nada que eu posso fazer por você, terá que esperar aqui assim como todo mundo.”

Os olhos dele se estreitaram um pouco e ele a encarou atentamente. “O nome é Oliver Queen. E você pode ou não saber disso, mas eu sou atualmente o maior doador de verbas desse hospital. Agora, você vai me dizer onde Chloe está ou eu vou ter que encontrá-la sozinho?” A voz dele era controlada, prática.

Os olhos dela arregalaram um pouco e ela pigarreou, “ela precisava de um raio-x, você não pode entrar lá.”

“Então vou esperar aqui até que eles terminem o exame.”

Mais ou menos dez minutos depois um dos médicos saiu e falou discretamente com a enfermeira, acenou levemente com a cabeça e se virou pra Oliver, “Sr. Queen?”

Ele rapidamente foi até o doutor, a respiração presa na garganta. “Como ela está?”

“Ela está estável,” o médico disse com um aceno de cabeça, “você pode vê-la agora.”

Ele fechou os olhos, soltando o ar lentamente. “Onde ela está?”

“Ela ficará bem, Sr. Queen,” o medico o assegurou, conduzindo-o pelo corredor, “ela está no quarto.”

“Ela está acordada?” Oliver o seguia de perto.

“Sim, ela pode ficar desacordada por um tempo por causa dos analgésicos que demos, mas eles não devem fazer efeito até a próxima dose,” ele abriu uma porta, mas não entrou, “me procure se precisar de alguma coisa.”

“Obrigado,” ele murmurou, entrando no quarto, seu olhar recaindo instantaneamente na forma imóvel dela na cama. Ele se sentia como se alguém tivesse lhe dado um chute. “Chloe?” A voz dele mal era um sussurro.

Chloe piscou quando ouviu a voz dele e virou a cabeça pra olhá-lo, tentando dar um sorriso, “ei.”

Oliver lentamente foi até o lado dela na cama, hesitantemente estendendo a mão pra segurar a dela. “Você está bem?”

“Não consigo sentir nada, na verdade, então estou ótima,” ela brincou, a voz cansada, “você falou com Vic?”

“Ele está lá agora,” ele a assegurou. “Não se preocupe com nada.”

Com um suspiro, ela concordou lentamente, apertando a mão dele de leve e fechando os olhos por um segundo.

Ele a olhou por um momento, e então se inclinou, dando um beijo gentil na testa dela.

Chloe abriu os olhos quando ele se afastou e acenou levemente, “eles disseram que eu vou ficar bem.”

“Graças a Deus,” ele murmurou. “Quem fez isso, Chloe?”

Ela parou por um instante, desviando o olhar do dele e depois voltando. “Tess apareceu para o segundo round,” ela murmurou, fazendo uma careta, “obviamente, ela venceu.”

Oliver congelou por um momento, olhando pra ela com olhos arregalados. “Tess fez isso com você?” O maxilar dele travou, raiva queimando em seu peito.

“Ei, eu fiz algum estrago também,” Chloe disse a ele, “se não fosse pelo chute bem no meio da barriga, eu teria conseguido.”

Ele retraiu-se, e então deslizou os dedos entre os dela, gentilmente levando as mãos deles até a boca e beijando os nós dos dedos dela.

Chloe suspirou suavemente e apertou a mão dele de novo, “Vic não te ligou desesperado porque perdemos tudo, ligou? Ela provavelmente fez o download de todas as informações depois de me deixar desacordada, Ollie.”

“Não ouvi notícias dele desde que ele chegou.” Ele hesitantemente sentou do lado da cama dela, os olhos cheios de preocupação. “Clark foi checar os vídeos de segurança.”

Ela balançou a cabeça, tentando se sentar, mas retraindo-se de dor e parando ao invés disso, “ele precisa ir atrás dela, descobrir o que ela sabe, pegar o pen drive de volta.”

“Ei, vai com calma,” ele disse, os olhos arregalando um pouco ao ver a expressão de dor no rosto dela. “Apenas descanse. Vou ligar pra ele e contar o que sabemos.”

Suspirando, Chloe fez que sim com a cabeça e levou a outra mão até a barriga, esfregando-a lentamente, “ok.”

“Você está sentindo muita dor?” ele perguntou.

“Me sinto como se tivesse sido chutada na barriga, repetidamente,” ela disse a ele, tentando sorrir, “Tenho certeza que você sabe como é a sensação.”

Ele fechou os olhos por um momento, deixando o ar escapar lentamente. “Me desculpe.” Chloe franziu as sobrancelhas e balançou a cabeça negativamente, “não se desculpe, não é sua culpa,” ela disse seriamente.

“Não, eu sei, eu só...” Ele engoliu seco abrindo os olhos pra olhar mais uma vez pra ela. “Ver você assim...” A voz dele sumiu e ele baixou o olhar para as mãos deles.

“Estou bem, Ollie,” ela o assegurou, fazendo o melhor que podia pra não se mover enquanto sentia uma dor aguda em seu ventre, “ela nem chegou a quebrar um osso.”

“Ela não vai chegar perto de você de novo,” A voz dele era tensa quando ele encontrou os olhos dela.

Ela arqueou uma sobrancelha e balançou a cabeça, “da próxima vez que eu chegar perto dela, a situação vai se inverter.”

“Chloe, ela é perigosa. E claramente louca.” Ele a encarou. “Não a quero perto de você de jeito nenhum. Nunca.”

Com um suspiro, ela balançou a cabeça mais uma vez, “Estarei pronta pra ela se ela vier atrás de mim de novo.”

O maxilar de Oliver endureceu um pouco. “Ela não vai atrás de você de novo,” ele disse, levantando-se.

“Onde você vai?” Ela franziu a sobrancelha, contraindo-se enquanto tomava impulso pra sentar mas ignorando a dor tão bem quanto podia.

“Deite-se,” ele disse tranquilamente, franzindo a sobrancelha pra ela também. “Descanse. Vou ligar pro Clark e pro resto da equipe, contar pra eles o que está acontecendo. Depois eu volto. Você quer que eu pegue alguma coisa?”

“Não, vai lá,” ela disse, a voz um pouco tensa com a dor que se intensificava, mas ela não queria que ele visse isso.

Ele franziu a sobrancelha ainda mais. “Vou chamar o médico de novo,” ele falou, sem esperar por uma resposta e saindo pela porta.

Chloe expirou profundamente quando ele saiu do quarto, fechando os olhos e se inclinando pra frente, envolvendo a barriga com os braços e gemendo tão baixo quanto podia, ela se sentia como se alguém tivesse com uma mão dentro dela e apertando seus órgãos. Ela congelou quando sentiu algo úmido em sua mão e abriu os olhos, olhando pra baixo, os olhos arregalados de terror ao ver o sangue nos lençóis, “Ollie!” Ela chamou, usando toda a energia que ainda tinha, inclinando-se ainda mais na medida em que a dor piorava.

Ele mal tinha dado alguns passos pelo corredor quando a ouviu gritar seu nome. O peito dele apertou e ele rapidamente girou, voltando pro quarto. “Chloe?” Ele entrou no quarto, o ar deixando seus pulmões de uma só vez ao ver ela toda encolhida na cama, ao ver todo o sangue nos lençóis.

Meu Deus.

Hemorragia interna. As palavras de Clark ecoaram em sua mente. “Alguém nos ajude!” Ele berrou, rapidamente indo pro lado dela. “Chloe.”

Ela virou, conseguindo ficar de lado e se encolher em posição fetal, fechando os olhos com força, doía tanto, ela se sentia como se estivesse prestes a vomitar.

“Deus,” ele falou, incerto do que fazer.

Por sorte ele não teve que fazer nada já que o médico chegou rapidamente, seguido por uma enfermeira. “O que aconteceu?”

“Não sei, ela simplesmente começou a sangrar do nada.” Ele engoliu seco.

“Prepare a sala de cirurgia,” o médico disse pra enfermeira, checando Chloe quando outra enfermeira correu pra dentro do quarto e o ajudou a tirá-la de lá e levá-la pelo corredor.

Oliver engoliu seco, o medo o mantendo colado ao chão. “Por favor, fique bem,” ele sussurrou.

próximo

6 comentários:

  1. Ivy, teria sido muito bom se sacrifice tivesse sido assim. Realmente uma fic maravilhosa! Sei que os proximos capitulos sera de pura emoção!!!

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  2. Meninas, vocês andam trágicas, mas eu simplesmente AMO isso!
    E quem dera se Sacrifice tivesse sido assim, hein?
    Ok, a Chloe não precisaria exatamente entrar em cirurgia, mas que seria uma boa termos mais de cinco segundos de cena Chlollie, seria! =X

    Mônica/Shann

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  3. Drama!!Adoro!!Com happy end, de preferencia!!

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  4. Uuhhh, tenso!
    Essa fic é mto legal! É impossível não dar vontade de ler de novo. ^^

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  5. Meu, se eu te disser que já tnha marcado há muito tempo atrás aquela fic q vc postou pra ler depois, mas eu acaboy q eu esqueci de ler ela e...
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    Aaaaaaaaah CHOREI DEMAISSSSSSSS! Sem noção...... Meu, chorei MUITO.
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    Pena que não posso dar spoilers aqui, pq queria tanto comentar *___* Meu, pior que há mais de um ano atrás, mt antes da 9ª temp começar eu tinha imaginado exartamente uma situação como essa acontecendo na metade da 10ª temporada... só que, infelizmente MUITO mais trágico ainda *se é que vc me entende*
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    Meu *spoiler* se aquela cena do banho acontece de verdade em SV, com certeza iria entrar para o hall das melhores cenas de TODA a série, eu consigo imaginar Justin e Allison interpretando essa cena, meeeeeeu muuuuuito tocante, eu ia chorar HORRORES, chorei q nem uma condenada qnd li *minha mãe perguntou até se eu tava passando bem qnd me viu desabando na frente do pc*
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    Enfim, eu sempre tinha imaginado algo assim acontecendo não só com aquilo como com a Chloe : / e isso explicaria muito das atitudes do Ollie nos quadrinhos qnd mais velho.

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  6. tenso, como a Nathalia diz. Ela é uma fic incrível, mas ao mesmo tempo é de cortar o coração. Tomara que vocês continuem gostando, tanto quanto eu e as meninas que já leram :D

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