domingo, 18 de julho de 2010

All That Never Was, Capítulo 2/4

 

Mais um capítulo pra vocês! Particularmente triste, mas na minha opinião muito bom. Depois de quarta feira as coisas ficam mais tranquilas pra mim então acredito que eu apareça mais frequentemente; Me desculpem por eventuais erros.
All That Never Was é uma fic feita de uma parceria entre
chloeas e dl_greenarrow.
Boa leitura e comentem :)

* Os personagens e todo o blablabla de sempre não nos pertencem, até porque se pertencessem a gente tinha feito coisa bem melhor :D

Original: http://community.livejournal.com/chlollie/640852.html

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2/4

Chloe se mexeu um pouco, seu corpo parecia pesado e ela se sentia incrivelmente dolorida, fraca, cansada, mas também tensa, como se tivesse dormido na mesma posição por tempo demais. Gemendo um pouco, ela se mexeu, e só nesse momento sentiu um peso sobre sua mão e parou, abrindo os olhos lentamente, piscando ao perceber quem era o dono da mão.

A cabeça de Oliver repousava na ponta da cama dela, a mão dele cobrindo a dela, e ele a sentiu mexer. Rapidamente levantou a cabeça pra olhar pra ela. “Chloe?” ele murmurou. Ele estava sentado ali havia horas, esperando ela acordar. Os médicos não lhe diziam nada sobre o que havia acontecido, só que ela precisaria de tempo pra se recuperar.

Ela sorriu um pouco ao ouvir a voz dele e apertou sua mão fracamente, fechando os olhos novamente ao se lembrar de tudo; Tess, acabando com ela, o hospital e depois o sangramento. Ela franziu as sobrancelhas ao pensar nisso, ao menos parecia que ela estava viva, era um bom começo.

Com um longo suspiro, ela abriu os olhos de novo, “o que aconteceu?”

“Não sei,” ele falou, engolindo seco ao encontrar os olhos dela. “Eles não me diziam nada.”

Chloe franziu ainda mais as sobrancelhas ao ouvir isso, “é ruim assim?” Ela perguntou antes que pudesse se conter.

“Não sei, Chloe.” Ele se sentou lentamente, acomodando-se melhor na cadeira em que estava. “Quero dizer, o médico disse que você ia ficar bem, mas não disse nada além disso.”

Ela respirou fundo e concordou com um aceno de cabeça, “Eu devia falar com ele.”

Oliver beijou sua mão suavemente. “Vou atrás dele.”

“Obrigada,” ela disse, apertando a mão dele e suspirando suavemente.

Ele apertou levemente a mão dela em retorno e ficou de pé. “Voltarei num segundo.” Foi até a porta.

Chloe concordou e sorriu cansadamente, depois se acomodou nos travesseiros mais uma vez.

Um momento mais tarde, o mesmo médico de antes entrou no quarto, segurando uma prancheta, uma expressão inflexível em seu rosto. “Srta. Sullivan?”

Ela se endireitou e acenou com a cabeça, franzindo as sobrancelhas e feliz por Oliver não estar no quarto porque a expressão no rosto do médico estava a assustando, e ela estava cansada demais pra fazer cara de corajosa.

“Como você está se sentindo?” ele perguntou gentilmente, indo checar as máquinas conectadas a ela.

“Cansada,” ela disse, mantendo os olhos nele, “o que aconteceu?”

“Você vai ficar bem,” o médico a assegurou, a voz ainda gentil. “Mas...”

“Mas?” ela repetiu, o coração batendo mais rápido,

“Sinto muito,” ele disse em voz baixa. “Mas você perdeu o bebê.”

Chloe congelou completamente, piscando e apenas encarando o médico por um longo momento, “bebê?” Ela conseguiu dizer, piscando mais e balançando a cabeça. “que bebê?”

O médico também pareceu congelar. “Você não sabia que estava grávida?”

Os olhos dela arregalaram e ela não podia respirar, tudo que ela conseguiu foi balançar a cabeça.

“Sinto muito,” ele disse ainda em voz baixa. “Assumi que você sabia.”

“Era isso…” um nó se formou em sua garganta, “o sangramento?”

Ele confirmou com a cabeça. “Sim.”

Chloe deixou o ar sair lentamente, mas não ajudou nada, ela passou uma mão pelo rosto e olhou pra baixo, tentando processar a informação.

“Você precisa de alguma coisa? Quer que eu peça pro Sr. Queen voltar?”

Ela congelou completamente, prendendo a respiração, os olhos arregalando. Ela teria que contar pra Ollie... tudo que ela podia fazer era acenar. Ela não sabia como ia contar pra ele ou o que iria dizer, não sabia nem o que pensar, mas ele estava obviamente preocupado com ela.

O médico concordou e saiu do quarto, e num instante depois, Oliver voltou, uma expressão preocupada no rosto. “Está tudo bem?”

“Eu estou bem,” ela disse, engolindo seco e mantendo os olhos em seu colo.

O estômago dele deu um nó. Ele podia dizer, pelo jeito que ela não o olhava, que não era verdade. “Mesmo?”

“Sim,” Chloe manteve as mãos unidas e respirou fundo, olhando pra ele pelo canto dos olhos.

Oliver lentamente voltou pra seu lugar ao lado dela, estendendo a mão pra ela.

Ela segurou sua mão e olhou pras mãos deles, “o médico me contou o que aconteceu.”

“O que aconteceu?” ele perguntou suavemente.

Chloe olhou pra ele por um momento, observando-o atentamente de perto e segurando com suas mãos a dele ainda mais fortemente, ela não sabia o que esperar, não fazia idéia de como ele iria reagir, eles nunca tinham falado de nada parecido com isso antes, porque falariam?

“Eu estava grávida.”

Oliver congelou, e depois ergueu a cabeça lentamente pra olhar pra ela. “Que?” ele sussurrou.

“Eu tive um aborto,” ela explicou num sussurro, os olhos se enchendo de lágrimas sem ela ter ao menos idéia de como se sentia em relação a isso, “o sangramento... era por causa disso.”

Um nó se formou na garganta dele, e ele se sentiu um jorro de emoções enquanto se sentava na ponta da cama dela, a mão ainda segurando a dela bem apertado.

Chloe se mexeu na cama, dando espaço pra ele e intensificando também seu aperto na mão dele, mantendo os olhos nele.

“Mas você vai ficar bem?” A voz dele mal dava pra ouvir.

Engolindo seco, ela confirmou, olhando pras mãos deles novamente, “sim, ele disse que eu estou bem.”

“Bom,” ele sussurrou. “Isso... isso é bom.” Ele se forçou a respirar fundo e soltar o ar lentamente.

“Eu não sabia,” ela disse em voz baixa, “que eu estava-” ela respirou fundo, “que eu estava grávida.” Ela sentia que tinha que explicar-se pra ele, não queria que ele achasse que ela sabia e estava escondendo dele.

O aperto na mão dela se intensificou um pouco. “Eu sei, Chloe.” A voz dele estava grossa. Ele levantou a cabeça pra encontrar o olhar dela mais uma vez. “Sei que você não esconderia algo assim de mim.”

Chloe relaxou um pouco e manteve os olhos nos dele, confirmando e depois expirando e olhando pra baixo de novo.

“Você está sentindo muita dor?” ele murmurou.

“Eu só estou... dolorida,” ela disse em voz baixa. E entorpecida. Principalmente entorpecida, com um jorro de emoções, e confusa. Ela não sabia o que fazer ou o que tudo isso significava.

Ele ficou em silêncio por um tempo, e aí tirou os sapatos. “Vou ficar com você,” ele disse gentilmente. “Se estiver tudo bem pra você.”

Ela olhou pra ele com olhos enormes e fez que sim, a última coisa que queria era que ele fosse embora, “obrigada.”

“Você não tem que me agradecer, Chloe, eu—” Ele respirou fundo. “Eu quero ficar com você.”

“Eu quero que fique,” ela disse baixinho, a voz sumindo.

O peito de Oliver apertou e ele hesitantemente se espremeu na cama ao lado dela, entre ela e a grade. Ele deu um beijo em sua testa. “Estou aqui.”

Ela se mexeu pra dar mais espaço pra ele e acenou com a cabeça, “Eu sei.”

Ele a olhou, os olhos preenchidos com uma variedade de emoções.

O peito dela apertou ao retribuir o olhar e sem pensar no que estava fazendo, ela estendeu a mão pra acariciar o rosto dele, “Sinto muito.”

Oliver cobriu a mão dela com a dele. “Eu também,” ele disse.

Um nó se formou na garganta dela, os olhos se enchendo de lágrimas mais uma vez e ela apoiou a cabeça no ombro dele.

Ele beijou a testa dela suavemente, fechando os olhos. “Nós vamos ficar bem,” ele murmurou.

Ela concordou novamente e também fechou os olhos, acariciando inconscientemente o rosto dele com o polegar.

“Descanse um pouco,” ele sussurrou. “Estarei aqui quando você acordar.”

Ela se acomodou e colocou o braço ao redor dele, suspirando profundamente, suas costas doíam, sua barriga doía, e a cabeça dela também doía, mas ela queria ficar perto dele.

Oliver hesitantemente a abraçou, observando seu rosto a procura de qualquer sinal de dor.

Ela retraiu um pouco com a dor, mas depois de um momento, encontrou uma posição confortável o bastante e adormeceu logo em seguida.

Ele a observou atentamente, o aperto no peito aumentando enquanto ela dormia.

Ela esteve grávida. Esperando o bebê dele.

E agora ela não estava.

Ele engoliu seco.

Ele não sabia como se sentia em relação a tudo isso. E não tinha idéia de como ajudá-la.

próximo

3 comentários:

  1. T_____________________________T
    .
    eu AMO essa fic. O melhor capítulo é o próximo, com a cena clássicaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa (que eu vou chorar de novo)

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  2. Muuuito triste!

    Eu desconfiei disso no primeiro cap, mas não cheguei a pensar que aconteceria de verdade.

    Mas ficou linda, transpareceu os sentimentos dos dois.

    Mônica/Shann

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  3. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh, que triste!

    Ela nem pode aproveitar por um segundinho estar grávida do Ollie.
    E Ollie mais querido e fofo impossível.

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