quarta-feira, 21 de julho de 2010

Division

Oi pessoal!Vocês já me conhecem e as minhas fics, por isso a Ivy me convidou para colaborar com o blog. Fiquei muito feliz, pois adoro este lindo canto Chlollie que ela nos deu... Então começo minha colaboração com um pequeno texto. Espero que gostem...E lembrando que os personagens não me pertencem. Boa leitura!!


Titulo: Division
Autora: Roberta
Classificação: PG-13
Categoria: 9º Temporada
Casal: Chloe/Oliver
Spoilers: Não
Capítulos: 1
Completa: Sim
Nota: O nome da FIC é uma música do cantor Moby. Que eu recomendo que escutem enquanto lêem.
O texto começa no final do episódio Chekmate. 



“E melhor tomar cuidado Ollie, ou vou achar que está apaixonado por mim” avisa Chloe, deixando claro que percebeu a mudança sutil de comportamento, de cuidado, de preocupação, de bem querer. Confirmada pelo silencio e sorriso no rosto de Oliver.

Não lutar, não brigar, não argumentar e só tomar a mão dele em publico também deixava claro que da parte dela algo também tinha mudado e não era um problema.

Caminhando juntos, lado a lado, no centro de Metrópoles, pra quem quisesse ver era um momento de virada na relação de Chloe e Oliver. Algo que veio naturalmente, que não foi forçado por nenhum dos lados. Trazido com a preocupação e bem querer mutuo.

Absorvidos por seus pensamentos andaram em silencio. Se entreolhando e sorrindo em seguida algumas vezes. Não caminhavam mais sozinhos e tinham se dado conta disso. Os momentos de solidão pareciam coisa do passado, de outra vida.

Oliver se perguntava “como”. Como ele, sendo quem era, como era, tinha ido parar ao lado daquela mulher incrível? Como depois de viver as coisas mais loucas que alguém pode viver, andar de mãos dadas com ela, esse gesto tão simples, ser a melhor coisa do mundo? E como depois de conhecer mulheres de todos os tipos e lugares do mundo, a certa estar bem ao seu lado, e há tanto tempo? Ele olhava para ela e tinha a resposta. Ela era Chloe Sullivan. A mulher mais forte que conhecera, mulher que de perto descobriu ser apaixonante.

Chloe se cumprimentava mentalmente, havia perdido uma briga para si mesma. Lutou para não se apegar, não gostar, não se apaixonar e fracassou. Já gostava, e se apegar a ele foi fácil e se apaixonar parecia ser o próximo e inevitável passo. Mesmo tentando com todas as forças que tinha adquirido com o tempo manter-se fria e distante, Oliver lhe deu calor o suficiente para voltar a viver. Invadiu sua vida, seu castelo e lhe tratou como uma rainha. 

Antes que pudessem notar a distancia percorrida estavam diante do prédio de Oliver. Acima deles só a Torre do relógio. E ainda de mãos dadas Oliver ficou no meio fio e deixou Chloe subir um degrau na calçada. Olhou meio por baixo para ela, tentando deixar claro que tinham chegado e esperou o próximo passo dela. Caberia a ela mostrar o caminho. Entrariam e continuariam como antes, onde quatro paredes os mantinham seguros ou...

Chloe soltou a mão da dele colocando as duas sobre o peito dele, percorrendo pelo pescoço até chegar ao cabelo. “Meu café preferido fica a alguns quarteirões daqui, se importa de andar comigo?” Convida Chloe.

Oliver que ainda não tinha se desfeito do sorriso de minutos o aumenta um pouco. Sua resposta tinha sido dada. Ou pelo menos parte dela. Não se mostrariam para o mundo, mas não se esconderiam mais. “Claro que não!” responde tomando a mão dela de novo e caminhando para o outro lado da rua.

Caprichosamente a vida os separou nos dias seguintes. A responsabilidade com o mundo ainda era prioridade, a segurança de seis bilhões de pessoas era mais importante que a vontade de ficarem juntos. 

Oliver era um homem de negócios para todo efeito, viagens eram constantes e necessárias em sua profissão. Nada demais, na verdade até motivo de estimulo.

Estranhou no começo, não sabia ao certo o que era aquele sentimento novo, mas depois entendeu, era saudade. E pra sua surpresa, gostava da sensação nova de sentir saudades, de ter vontade de voltar e ter para onde voltar. 

Por isso quase amaldiçoou Clark Kent quando em mais um ataque destruiu as armas de kryptonita que Chloe a muito custo tinha juntado e ele estrategicamente distribuído pelo país, o obrigando a consertar o estrago de Clark. Recolhendo o que sobrou e substituindo o que fora destruído. Tudo com o suporte a distancia de Chloe, sempre, mas a distancia. 

Os dias passaram arrastados, cansados e doloridos. A saudade que era gostosa começou a ficar desconfortável. Chloe e Oliver tentaram manter a concentração no que tinham que fazer, mas a todo instante a lembrança um do outro se fazia presente. Mensagens rápidas era o alívio para a falta, o buraco que ficou no lugar de cada um.

Data e hora tinham sido marcadas para o reencontro. Chloe esperaria Oliver para um jantar no apartamento da Talon. E Oliver passou o dia ansioso, fazendo tudo com pressa, sem se importar se estava correto ou mal feito, despachando documentos e diretores que apareciam na sua frente. Tudo dentro do previsto, até que cometeu o erro de passar no prédio da Luthorcorp antes de ir para casa, onde urgências deixadas por sua ausência apareceram às dúzias e pareciam se multiplicar a cada minuto.

Quando chegou ao apartamento de Chloe duas horas da hora marcada já haviam passado e ele ainda usava terno e gravata, que tentou se livrar do lado de fora da porta, enquanto se preparava para entrar.

A escuridão do lugar só era quebrada pela luz das duas velas acesas pela metade no balcão da cozinha. Elas iluminavam dois pratos postos de frente um para o outro e que esperavam a comida servida ao lado e que há essa hora estava mais fria que a noite. Oliver sentiu uma pontada de culpa, seu celular não tinha tido folga dos diretores e executivos que ligavam sem parar e por isso não conseguiu avisar de seu atraso. 

Ele logo enxergou Chloe deitada em sua cama e se aproximou dela. Ela estava encolhida no centro, com os pés debaixo da colcha dobrada no pé da cama. De vestido preto, cabelos arrumados com leves cachos, que fez questão de colocar atrás da orelha, só para ver melhor o rosto relaxado dela. Ela estava linda, e pra ele.

Oliver sentou ao lado dela e segurou seu tornozelo, percorrendo até os joelhos. Olhando ela dormir ele sorria, sentindo aquela saudade toda se desfazendo aos poucos e indo embora.

Fixou o olhar no rosto dela. Sentiu-se ridículo por ter temido esquecer as feições dela, mas a verdade é que estava exatamente como ele tinha memorizado. Cada traço, cada linha, cada pinta. Nunca se esqueceria daquele rosto de menina mulher que Chloe tinha.
Deslizando devagar, com a habilidade de quem anda pela noite sem ser notado, ele deitou ao lado dela, no travesseiro do lado, só para poder olhar mais um pouco ela dormir.

Deus, como gosto desta mulher!... Daria a vida por ela se preciso... Ela sorri enquanto dorme... Será que um dia ela vai me amar como acho que a amo?... Sinto falta dos olhos verdes dela... Foram os pensamentos de Oliver enquanto velava o sono de Chloe.

E quando quis acordá-la, entrelaçou a mão na dela, que descansava em frente ao rosto, na ponta do travesseiro.

Chloe se mexeu, afundou mais o rosto no travesseiro, mas não acordou. Oliver insistiu, repousando a mão quente dela sobre o rosto dele, se aproximando mais até o nariz tocar de leve o dela e ele poder respirar de leve, jogando o ar na boca entre aberta dela.

“Oi” fala Chloe baixinho, sorrindo, de olhos ainda fechados.

“Oi” sussurra Oliver

"Você chegou ou estou sonhando?" pergunta "Se for um sonho eu nem abro os olhos" diz encolhendo os ombros

"Estou aqui, acredite" responde Oliver “Me desculpa?” pede quase no mesmo tom de voz dela “não consegui avisar do atraso” explica agora um pouco incomodado e esperando uma resposta de Chloe.

Chloe havia passados as semanas sem Oliver, ocupada. Ficar em Metrópoles era ficar com todos os problemas nas mãos. Todos os dias apareciam uma missão a ser cumprida ou um vilão a ser derrotado. Sua mente não parou um segundo. 

Únicos momentos, instantes em que se parecia ser normal eram nas frações de segundos em que recebia um email, uma mensagem, um simples recado ou uma palavra. Sem se dar conta acordava esperando estes breves momentos de felicidade.

Sim, mesmo que pra ela esta fosse uma palavra proibida, quase amaldiçoada, era visível para quem quisesse ver, que Oliver a fazia feliz.Que ela havia encontrado a felicidade, e que estava em suas mãos, pegar e agarrar ou largar.

Tinha começado o dia confiante e tranqüila, como se não fosse nada demais. Não queria supervalorizar o encontro deles, mas com o passar das horas foi de um extremo ao outro. Até que se viu cozinhando, escolhendo o melhor vinho que conhecia e melhor vestido que tinha no guarda-roupa, tudo para esperar Oliver voltar pra casa, pra ela. 

“O que importa que você está aqui, finalmente” desabafa Chloe, sem medo de parecer boba ou vulnerável. Esperou por ele, ficou ansiosa, nervosa, com raiva, todos os sentimentos que alguém que deseja outra sente, mas havia passado desaparecido, desde que acordou e sentiu o perfume dele, a presença dele. Desde que abriu os olhos e viu os dele nela. 

“Senti tanto sua falta!” se entrega Oliver, puxando Chloe para mais perto, até que suas pernas estivessem entrelaçadas “Ainda sinto” completa ele .

Em segundos matariam a saudade do gosto da boca da pele, do corpo um do outro.

Em silencio e sem pressa, se exploraram, como terras prometidas. Oliver cheirou o rosto dela enquanto Chloe tateava o braço dele até chegar ao ombro e pescoço. Depois de observá-lo fazer o desenho de sua cintura, cobrindo com a mão e apertando levemente, Chloe percorreu o queixo dele com a boca, roçando os lábios na estrutura perfeita do rosto dele, de um lado até o outro. A perna nua dela foi posta gentilmente sobre dele quando olharam para a boca um do outro.

A respiração deles era controlada, calma. Não havia pressa para o que viria a seguir. Era como se tivessem sidos conduzidos até ali e nada nem ninguém pudesse lhes tirar aquele instante. 

Como um imã os lábios se procuraram, se acharam e perfeitamente se encaixaram. A hora da verdade. Descobririam se tudo o que vinham sentindo nos últimos dias era real e tão forte quanto parecia ser.

Se movimentando devagar, aproveitando cada sensação despertada por aquele beijo quente, o calor da pele e a vibração, Oliver se sentiu em casa, como se estar ao lado de Chloe fosse o seu lugar, que finalmente tinha um lar. E Chloe por mais cética, por mais temerosa que fosse se sentiu pura e simplesmente...feliz.

FIM

5 comentários:

  1. ah, eu adoro essa fic, simplesmente adoro! ;D

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  2. Obrigadaaaaa Ivy!!! \o/
    Valeu mesmo.
    Adoro estes pequenos textos.
    Entre uma fic grande e outra...

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  3. karakas Roberta vc arrasa, tão linda lacrimejei de alegria!!! eu acho incrível como vc usa as palavras certas!!!

    http://www.fanfiction.net/s/6163502/1/A_primeira_noite (Minha tentativa de fic)rsrs

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  4. Obrigada Letícia!!!!
    Eu acho meu texto simples se comparado os que leio por ai, ou por aqui, por isso agradeço o elogio.

    Valeu.
    E vou ler a sua.

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  5. Que romântica, adoro demais... mas olha, se eu tivesse no lugar da Chloe o Ollie tinha levado o chute do século qdo pegou no tornozelo auhhauuhahuahuahuahuahuahua
    Mto boa

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