segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Entanglements, tradução

Outra fic da Calie. Ignorem possíveis erros, eu não revisei a fic antes de postar. Depois da entrevista do Justin eu não consegui me concentrar nisso. ;D

“Você está bem?” Oliver pegou a mão dela e a levantou do chão com uma mão, a outra ainda segurando seu arco. Olhando pra longe dela, ele procurou nos telhados qualquer sinal do atacante, mas ele já havia ido.

“Sim,” Chloe respondeu meio trêmula, olhando na mesma direção que Oliver olhava. Ela olhou em volta e viu as duas flechas na parede atrás dela.

Oliver seguiu seu olhar e fez uma careta, caminhando na direção delas. Ele as puxou, os olhos percorrendo toda sua extensão, seu rosto ficando mais e mais fechado pela familiaridade delas. “Lois foi atacada mais cedo esta noite. Clark estava lá.”

Ela não conseguia ver seu rosto na escuridão e nas sombras do seu capuz, mas pela voz dele ela sabia que ele não estava feliz. Chloe sabia que não era coincidência que outro cara encapuzado andava perambulando pela cidade atirando flechas. “Alguém que você conhece?”

“Sim.”

“Se importa em me falar disso? Considerando que eu acabei de ver minha vida passar como um flash diante dos meus olhos.” Ele se virou pra ela, sombras e óculos ainda escondendo seu rosto dela.

“Depois. Precisamos sair daqui.” Por mais que quisesse respostas ela tinha que concordar. Então ela permitiu que ele a guiasse. Ao invés de mandá-la pra casa para que ele pudesse ir atrás de seu atacante ele a acompanhou até lá, insistindo que queria ter certeza de que a região estava segura. Quando eles entraram na torre ele finalmente tirou os óculos, colocou seu arco de lado e tirou o capuz. Chloe foi escanear o perímetro nos computadores, mas a mão dele em seu pulso a impediu. “O qu-.”

“Você está sangrando.” Oliver segurou seu queixo com suas mãos com luvas e inclinou a cabeça dela para o lado avaliando o arranhão. Seus olhos desceram até o braço dela, que também exibia um corte profundo.

Chloe levou sua mão à bochecha e a tocou. Quando ela tirou de volta, retraiu-se ao ver o sangue. “Cuidarei disso num minuto. Eu preciso ativar o sistema de segurança.”

“Vá em frente.” Oliver a soltou e se virou, indo pro banheiro. O mínimo que ele podia fazer era garantir que ela estivesse segura e com os curativos antes dele ir atrás do Arqueiro Negro. Ela ouviu passos atrás dela, mas não se virou para encará-lo imediatamente.

“Não vejo nada. Só mais alguns segundos.” Ele estava silencioso atrás dela, o que ela esperava. Obviamente o que estava acontecendo tinha a ver apenas com ele, mas de alguma forma ela e Lois foram arrastadas pro meio daquilo. Chloe sabia muitas coisas sobre Oliver, mas ela não presumia saber tudo. Essa parecia uma dessas ocasiões. Quando ela se virou ele estava perto da pequena mesa com alguns itens do banheiro dela esperando atrás dele. “Eu posso cuidar disso Oliver. Essa não é a primeira vez que eu me machuco.”

“Faça isso por mim, vamos lá,” Ele disse, apontando pra uma das cadeiras vazias. Para o alívio dele, ela cedeu, sentando-se.

“Então?” Chloe intrometeu-se assim que ele se sentou na frente dela e se aproximou. Um de seus joelhos deslizou por entre suas pernas, para que ele pudesse alcançar seu rosto mais facilmente.

“Ele é alguém do meu passado,” Oliver disse em resposta. Ele não necessariamente queria entrar em detalhes, mas considerando que ela quase tinha sido assassinada ele devia alguma parte da verdade a ela. “Nem todo meu treinamento aconteceu quando naufraguei naquela ilha.”

Chloe observou as mãos dele quando ele as colocou em seu rosto, segurando-o com uma mão e gentilmente limpando a ferida com a outra. Queimou um pouco, mas ela recusou-se a se afastar.

“Depois que voltei pra casa eu quis treinar mais. Alguns dos meus mentores talvez tivessem um caráter questionável.” Oliver tirou os olhos da sua bochecha e olhou em seus olhos buscando uma reação, mas não havia nenhuma. Apenas olhos arregalados e curiosidade. “Um homem em particular. Ele era muito talentoso, talvez mais do que eu.”

A idéia de que alguém pudesse ser melhor que o Oliver era meio assustadora. No começo de tudo, Chloe tinha feito uma pesquisa sobre Oliver. Ele era MUITO bom. Havia provavelmente cinco pessoas no mundo inteiro que podiam fazer o que ele fazia.

“Desde que o conheci ele mudou. Aquele caráter questionável dele não é mais tão questionável. Há alguns anos atrás ele se tornou um assassino. Depois de desaparecer do mundo por um tempo, ele reapareceu há alguns meses atrás.”

Chloe esperou ele limpar seu braço e começar a aplicar uma pomada nele. Quando ele não falou, ela insistiu. “O que ele quer?”

“Não tenho certeza. Ele guarda certo rancor de mim que eu sei. Ele tem certos padrões pelos quais ele age que eu não necessariamente sigo.” Esfregando os dedos na bochecha dela, aplicando pomada, ele olhou seus olhos ansiosos. Seu peitou pareceu pesado enquanto ele considerava o que ele havia feito ela passar.

“Então porque não trazer a briga diretamente até você?” Chloe tinha a sensação de que sabia a resposta. Ela havia sido a vítima mais de uma vez quando alguém estava atrás do Clark.

“Um dos códigos pelo qual ele vive é ‘sem relacionamentos’, nada que não esteja relacionado a negócios. Oliver pegou a gaze e começou a fazer um curativo no seu braço. “Eles te fazem fraco, fazem de você vulnerável. Você não pode se importar com ninguém, não pode amar ninguém.”

“Mas Lois, ela e Clark estão-.”

“Não importa.” Oliver colocou a fita adesiva dos lados da gaze. “Tenho certeza de que ele vem me observando há algum tempo. Apesar do fato de eu não estar mais envolvido com a Lois atualmente ele sabe que já estive, e provavelmente assume que ainda me preocupo com ela, ao menos como uma amiga.”

“Então o que isso tem a ver comigo?” Chloe insistiu. O fato de que trabalhavam tão próximos deveria ser a resposta óbvia, mas ela ainda sentia a necessidade de perguntar.

Oliver deixou a fita de lado e levantou o pequeno band-aid que pegou antes, “Considerando nossa constante interação um com o outro...” Ela acenou em compreensão, não precisando de maiores explicações, apesar de que ele sentia que tinha mais a dizer. Depois de colocar o band-aid ele olhou pro rosto dela. “Você deveria provavelmente lavá-los bem hoje à noite.”

Chloe concordou em resposta. Bem na hora que ela esperava que ele ficasse em pé e fosse embora, ele não se mexeu. Seus olhos ainda estava nela, e ela teve que imaginar o que estava passando pela cabeça dele naquele instante. Quando seu rosto tornou-se um pouco mais sombrio ela não conseguiu evitar e perguntou. “O que foi?”

Oliver levou sua mão ao rosto dela novamente e inclinou seu queixo para o lado. “Seu queixo está machucado.” Quando a mão dele moveu-se do canto do olho dela, ela olhou-a um momento antes de tocar seu rosto. Ela retraiu-se ao seu toque.

“Mais de leve?”

“Sim,” Chloe concordou e seu toque foi gentil depois disso. A outra mão dele saiu de seu queixo, mas a outra permaneceu no lugar, a palma pressionando gentilmente a linha do maxilar e o polegar acariciando suavemente sua bochecha. “Chloe, desculpe-me. Isso é minha culpa, eu-.”

“Não.” Chloe negou com a cabeça. “Não. Você não tem que me explicar nada.” A voz dela era mais suave do que ela esperava. A proximidade deles fazia com que falar além de um sussurro fosse algo sem sentido.

Ele suspirou, a culpa ainda pesando sobre ele. Mas ele podia ver nos olhos dela que ela não tinha nada contra ele. Mesmo assim, ele deixou a mão cair do rosto dela.

“Talvez ele estivesse certo.”

“Sobre o quê?”

“Sem relacionamentos. Se eu não me permitisse me aproximar das pessoas elas não se machucariam.” Ele fez que ia se afastar dela, já querendo colocar uma parede entre eles.

“Não.” Ela agarrou o braço dele, mantendo-o no lugar. “Isso foi o que Clark pensou. Isso foi que você pensou antes. Não deu certo pra nenhum de vocês. Esse cara, esse Arqueiro Negro, você não é ele. Você quer viver uma vida como aquela?”

“Não, mas se isso significa manter as pessoas seguras-,”

“Você não pode manter todo mundo seguro, e não pode fazer as coisas sozinho. Mesmo Clark, com todas suas habilidades alienígenas não pode salvar todo mundo.”

“Chloe...”

Ela podia ver que ele não queria escutar a razão. “Não,” Sem pensar ela pegou o rosto dele em suas mãos. “Oliver, as pessoas precisam de você. E não apenas estranhos. Seus amigos precisam de você.”

Ele pegou seus pulsos e tirou as mãos dela de seu rosto. “E se eu chegasse dois minutos atrasado?” Oliver a lembrou. A resposta era muito dolorosa pra ele sequer dizê-la em voz alta.

“Você não chegou.”

“Poderia ter chegado.”

“Você sabe quantos ‘e se’ eu consigo pensar agora Oliver? Eu já deveria estar morta. Provavelmente umas vinte tentativas atrás. Você não pode fazer isso sozinho Oliver, mesmo que pense que pode. Só porque você é um herói não quer dizer que deve ficar sozinho.”

Ele sacudiu a cabeça, recusando-se a escutá-la, apesar dele ter que admitir que era irracional da parte dele. “Eu preciso ir.”

Chloe olhou de cara feia pra ele quando ele se levantou e se afastou dela. Dessa vez ela não iria impedi-lo. Ele precisava ir. Havia assuntos mais urgentes para tratar. No entanto, ela o acompanhou até a porta, algo que raramente fazia. Quando ele parou e virou pra ela, já estava colocando seus óculos e capuz de novo. O arco já em suas mãos, pronto. “Olha, Oliver, antes de você começar a tomar qualquer decisão que altere vidas, me avise.” Seu maxilar moveu enquanto parecia contrair-se. “Não desapareça da minha vida. Há muitas outras coisas acontecendo no mundo. E por mais que você acredite que eu posso fazer isso sozinha, eu não posso.”

Era a última coisa que ele queria ouvir, ela pedindo pra ele ficar, admitindo que precisava dela. Contra seu melhor julgamento ele levou sua mão novamente à bochecha dela, dessa vez sem a pretensão de cuidar de uma ferida ou de avaliar seus machucados. Os olhos verdes dela olharam pros dele, quase implorantes. Oliver nem queria pensar no que isso significava. Sua recusa em entender seus sentimentos ou os dela, no entanto, não o impedia de inclinar-se pra frente, curvando sua cabeça pra baixo. A respiração dela saiu trêmula, aquecendo os lábios dele, e aí ele parou, a centímetros de acabar com a distância. “Às vezes, é mais seguro guardar certos sentimentos pra si mesmo.” Para ele o arrependimento em seu tom era óbvio, ele apenas rezava pra que ela não notasse.

Chloe piscou uma, duas vezes, e ele tinha ido. Suas palavras permaneceram com ela, um significado oculto por trás delas que ela não podia ignorar. Um que ela mesma sentia. Algo que nenhum dos dois podia realmente admitir, mas era apenas confirmado pelos toques gentis, a proximidade deles, e pelo modo que a boca dele havia ficado centímetros da dela. Sob circunstâncias normais ela teria segurado seu braço, erguendo sua cabeça até ele, encontrando-o no caminho... Mas as circunstâncias não eram diferentes e suas vidas nunca seriam tão simples.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Spoilers Recentes

Pergunta: Preciso de um spoiler de Smallville. O mais delicioso que você puder compartilhar - Bryan
Ausiello: Esse é bem apetitoso: Mais tarde nessa temporada, Clark leva Lois numa fuga romântica a um C&C (cama e café da manhã). Gostoso, certo? Bem, tem mais. Adivinha quem também está curtindo um fim de semana tranquilo no mesmo C&C? Oliver e Chloe! Bom apetite!

Atualizado 09/01: Michael Ausiello revelou semana passada que um episódio que está por vir teria Clark levando lois numa fuga romântica para um C&C. Ele também disse que Oliver e Chloe estariam no mesmo C&C curtindo um final de semana longe. Kryptonsite descobriu que o episódio em que isso vai acontecer é "Escape", dirigido por Kevin Fair.


Estou confusa. Porque Oliver e Chloe estarão curtindo um fim de semana tranquilo num C&C se o interesse amoroso dela é Steven Swift/Anjo Guerreiro – Lori

Vamos apenas dizer que existe uma ótima razão pra Steven não estar lá. (Talvez ele não goste de torrada francesa feita em casa? Estou apenas chutando)

"As pessoas precisam realmente ficarem ligadas em Disciple e Warrior. Esses episódios dão uma boa indicação do novo relacionamento da Chloe” – Kelly Souders


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I Want To Save Your Life, tradução (capítulo 1)

Mais uma(a primeira com mais de um cap), agora de smallville624 (infelizmente não sei o nome do autor, apenas seu nick). Bem apropriada para os spoilers atuais sobre Warrior, pois envolve o Steven, com a única diferença que ao contrário do que essa fic previa, está horroroso. Ahh, produtores, seria TÃO perfeito se vocês ouvissem os fãs... idéia não falta.

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Eu quero salvar sua vida

“Você salvou minha vida, Chloe,” Oliver disse a si mesmo várias e várias vezes. Chloe havia estado ali pra ele o tempo todo quando ele vagueava pelo caminho escuro. Ela foi a que o salvou do “mito”. Ela foi a que fez ele perceber que ele ainda tinha um herói em si. Ela assumiu o controle e acreditou nele. Ela era a única parceira; Ela estava lá pra ele e ela sempre estará lá pra ele.


Estes pensamentos estavam borbulhando em sua cabeça desde que ele viu Steven flertando com Chloe. Steven, a mais nova adição ao time, também conhecido como Anjo Guerreiro, estava na verdade tentando conseguir um encontro com Chloe Sullivan. Ele estava no time havia duas semanas agora. Ele estava constantemente perto de Chloe (alguns centímetros de distância) e flertando-a. Ele estava fazendo um bom trabalho, ouvindo Chloe rir, do tipo que fazia a barriga doer. Oliver não estava feliz com isso, mas ele não sabia por quê. Ele franziu a sobrancelha, descontente, enquanto continua a observar os dois conversando.


“Você fica mais e mais bonita a cada dia” Steven disse se apoiando no balcão da cozinha enquanto assistia Chloe fazer café.


“Você está dizendo que eu era feia antes e que minha feiúra está diminuindo?” Chloe perguntou enquanto colocava café na xícara e tomava um gole. Ela sorriu pra ele esperando uma resposta.


“Você é tão graciosa quando distorce minhas palavras. Você sabe que nunca foi feia,” Steven respondeu enquanto pegava café para si.


“É mesmo?” Chloe perguntou erguendo a sobrancelha. Chloe ria dos comentários que Steven fazia. Ele não parava de fazer piadas.


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Oliver não sentia alegria toda vez que Steven estava por perto. Oliver não gostava da idéia de Steven flertando com Chloe ou fazendo piadas pra fazê-la rir. Mas Deus, Oliver amava o modo como Chloe ria. Soava tão bonito e o sorriso em seu rosto que vinha acompanhando a risada era bonito também. Ele queria que fosse ele a fazer isso.


“O que você me diz? Eu, você e um filme” Steven disse enquanto se aproximava de Chloe. Ele fitou os olhos verdes dela. Chloe não conseguia parar de sorrir. Ele contava piadas, ele era lindo e estava interessado nela. Espera, ela não queria dizer sim. Ela queria ser difícil.


“Eu acho que deveríamos manter isso no âmbito profissional apenas” respondeu Chloe ainda sorrindo, tão linda como sempre.


“Sabe, eu estava pensando que depois do trabalho – você sabe, eu salvando pessoas e você vigiando. Você poderia me vigiar me seguindo ao cinema e sentar ao meu lado seria estar me vigiando, então podemos dizer que isso seria profissional Afinal, você é a Torre de Vigilância, certo?” Steven disse vendo o sorriso de Chloe se alargar.


“Sim, eu sou, mas-“


“Então está combinado: eu, você e um filme amanhã de noite. Passarei pra te pegar as sete,” Steven disse ao pegar suas chaves e beijar Chloe no rosto. “Te vejo amanhã, Chloe” O maxilar de Oliver travou quando viu o beijo, mas por quê?
Como Chloe seria difícil se ele não a deixava? Ela ainda sorria quando Steven deixou a torre de vigilância; Oliver foi até ela.


“Chloe?” Oliver chamou. Ela não o escutava. “Chloe? Terra para Chloe?”


“Oh, hã?” Chloe respondeu voltando para a realidade. Ela olhou para Oliver.


“Oh é... Eu precisava que fizesse algo pra mim, mas eu esqueci o que era. Depois eu lembro e te falo. Então… o que é isso com Steven? Oliver perguntou querendo saber como Chloe se sentia em relação a Steven. Ele precisava saber.


“Nada,” respondeu Chloe. Oliver relaxou quando ouviu isso, mas ela acrescentou, “não ainda, de qualquer forma.” Ele ficou tenso novamente. Ele não sabia por que estava agindo daquele jeito. Nessa hora Clark entrou.


“Chloe, lembra quando eu te disse que Steven parecia familiar?” Chloe acenou que sim. Clark continuou, “Bem, eu o conheci antes. Quando eu vi o que o mundo seria se eu não existisse, você estava casada com ele.”


“Quê?” Chloe e Oliver disseram ao mesmo tempo. Ambos tinham um olhar de surpresa em seus rostos.


“Bem, você não estava casada com ele ainda, mas você estava noiva dele,” Clark contou se sentando no sofá. Chloe e Oliver o seguiram e se sentaram também.


“Eu, noiva do Steven?” Chloe perguntou.


“Sim,” Clark respondeu.


“Ela estava feliz?” Oliver indagou. Tanto Chloe como Clark pareceram confusos quando Oliver disse isso. “A Chloe estava feliz com o Steven?”


“Sim, pelo que eu pude ver. Eles estavam de mãos dadas e tinham sorrisos enormes no rosto. Quando eu a vi, não podia ter ficado mais feliz,” Clark respondeu enquanto olhava pra Chloe. Ela se levantou porque não podia acreditar que ela poderia ser feliz com Steven.


Oliver levantou-se, sorriu e disse simplesmente, “Bom, Chloe merece ser feliz.” Chloe o olhou e seu sorriso aumentou. Ela se aproximou dele e o envolveu em seu abraço.


“Isso é realmente doce, Oliver. Sabe, você merece ser feliz também,” Chloe comentou enquanto seu rosto estava contra seu peito. Oliver retornou o abraço e repousou o queixo no topo da cabeça dela.


“Se você é feliz, então eu sou feliz,” Oliver respondeu. O cabelo de Chloe cheirava bem. O abraço parecia certo. Envolver Chloe em seus braços parecia certo. Ele não queria soltá-la.


“Você pode me soltar agora, Oliver,” Chloe disse enquanto suas mãos paravam de segurar o corpo dele.


“Oh desculpa,” Oliver disse encabulado. Ele inventou uma desculpa esfarrapada dizendo “Eu não abraçava alguém há algum tempo.”


“E eu pensando que você e aquelas modelos tinham se tocado bastante recentemente,” Chloe disse sarcástica.


“Não, nenhuma delas é a pessoa certa para mim,” Oliver retrucou. Clark estava encarando a tela do computador. Chloe colocou sua mão no ombro de Oliver para confortá-lo.


“Você vai encontrá-la um dia,” disse Chloe. De repente, o telefone dela tocou “Tenho que atender essa.” Ela subiu as escadas e foi para a outra sala. Os olhos de Oliver seguiram seus movimentos.


“Posso te perguntar uma coisa?” Clark perguntou e interrompeu.


“Sim, claro. Vá em frente, escoteiro,” Oliver respondeu.


“Você sente alguma coisa pela Chloe?” perguntou Clark com um olhar sério em seu rosto.


“Eu-” Oliver não sabia o que dizer. Sua raiva seria por ciúme porque ele teria desenvolvido sentimentos por Chloe e não podia suportar outro cara vir e flertar com ela?


“Eu posso dizer pelo seu olhar. Olha, eu quero que você saiba que Chloe é especial e eu não quero que ninguém a magoe. Ela já passou por muita coisa, mas se isto é sério, eu quero que você seja justo com ela e a trate da forma correta,” Clark disse colocando a mão no ombro dele.


“Eu…”


“Eu tenho que ir. Lois está esperando no Planeta Diário,” Clark disse. “Vejo você depois, Chloe!” Chloe acenou para Clark com uma mão enquanto segurava o telefone na outra. Oliver olhou pra Chloe e pensou se poderia estar se apaixonando por ela. Não, ele já havia se apaixonado por ela.

 

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I Want To Save Your Life, tradução (capítulo 2)

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(2/2)

“Já é tarde, parceira. O que quer que você esteja fazendo pode ficar pra amanhã. Você precisa dormir,” Oliver falou detrás dela, que olhava o monitor.


“Quase acabando… só me dê alguns minutos.” Ela disse enquanto digitava “Se eu quero um dia de folga amanhã, eu tenho que terminar isso,” Chloe acrescentou continuando a digitar e ler.

“Aonde você vai amanhã?” perguntou Oliver, parecendo curioso. Chloe nunca ia a lugar nenhum, a não ser a cafeteria. Ela sempre estava na torre. Sempre que ele precisava dela, sabia onde encontrá-la.

“Estava pensando em aceitar o convite de Steven, daquele encontro. Não tenho saído muito ultimamente,” Chloe disse. Oliver tinha um olhar magoado no rosto. É claro, ela estava com ele o tempo inteiro, como é que ela poderia sair? Ela sempre estava trabalhando pra ele.

“Então, você realmente gosta desse cara?” Oliver perguntou.

“Qual o motivo de tantas perguntas?” Chloe perguntou ao mesmo tempo em que seus olhos se encontravam com os dele. “Eu prometo, vou para cama em dez minutos, está bem, pai?”

“Você não me respondeu,” Oliver falou girando a cadeira dela para que pudesse olhá-la.

“Eu não sei. Eu... não tenho certeza, se algo vai acontecer. Quando ouvi Clark dizer que eu era noiva dele, eu não sei... Ele é lindo e charmoso, interessado em mim. Pode ser que haja um Chloe e Steven ou um Steven e Chloe.”

“Você mal o conhece,” Oliver ressaltou. Na cabeça dele, sempre existiu um ‘Chloe e Oliver’ ou um ‘Oliver e Chloe’ ou ‘Torre e Arqueiro’ ou ‘Arqueiro Verde e Parceira’.
“Oliver, se eu não sair e ver o que há por aí, eu perderei minha chance de realmente sair e encontrar o romance que eu estava procurando. Eu não posso apenas me sentar aqui e esperar que meu príncipe encantado apareça e BAM! Estamos apaixonados,” Chloe respondeu se levantando da cadeira e indo pra cozinha. Ele a seguiu até lá.

“Chloe... Eu sinto muito por colocar você nisso. Nunca quis ocupar todo seu tempo.” Oliver disse. Ele percebeu que ela sacrificava sua vida social pela liga da justiça

“Não se desculpe, se eu tivesse que escolher isso no lugar de sair, eu o faria num segundo. Você sabe que eu sempre estarei aqui quando precisar de mim ou quando a Liga precisar de mim” Chloe disse sorrindo, colocando o café na xícara. Só havia café para uma pessoa. Oliver sorriu pra ela porque ela era tão modesta. Chloe havia acabado de colocar o café na mesa e ir abrir a geladeira. Quando ela voltou... “Ei!”

“Que foi? Eu fiquei com sede,” Oliver falou enquanto tomava o último gole do café dela e colocava a xícara na pia.

“Esse era meu café! Eu fui na geladeira pra pegar o creme e eu voltei e meu café foi todo embora,” Chloe se virou, deixando que ele encarasse suas costas. Era um sinal pra que Oliver soubesse que ela estava com raiva dele.

“Ah, era só café. Além do mais, você não ia pra cama? Como a cafeína ajudaria você a dormir? Oliver tentou argumentar. Chloe virou e apenas o encarou. Seus olhos se estreitaram. Era um olhar para o qual ele não podia deixar de sorrir maliciosamente.
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“Você sabe que não importa quantas xícaras de café eu tomar, elas nunca me manterão acordada e não era ‘apenas café’. Era o MEU café,” Chloe explicou.

“Desculpa. Mas ei, eu vou te recompensar! O que acha de sairmos e tomarmos um café amanhã? Eu sei dessa ótima cafeteria que tem o melhor café com creme e amêndoas,” Oliver disse segurando com suas mãos os braços dela. Uma de cada lado para assegurá-la de que ele verdadeiramente sentia muito.

“É bom?” Chloe perguntou olhando pra ele?

“É de matar,” ele garantiu.

“É melhor que seja Queen, senão...” Chloe respondeu.com um olhar maroto. Seus olhos verdes fixaram-se nos castanhos deles.

“Conheço esse olhar. É o olhar que você me deu quando... Olha Chloe, vamos ser razoáveis. Era só uma xícara de café e eu pretendo te levar para a cafeteria mais cara da cidade que serve o melhor,” Oliver disse

“Vou confiar na sua palavra,” Chloe disse.

“Bom, a última coisa que preciso é de outro jogo seu,” Oliver disse rindo e logo Chloe riu com ele. Então um telefone os interrompeu. “Alô? Sim… Eu já vou pra aí.” Oliver sinalizou pra Chloe.

“O dever te chama,” Chloe disse compreensivamente. Os dois caminharam até a porta e Chloe a abriu, para que Oliver pudesse sair.

“Está certo. Tchau,” Oliver disse ao telefone. Ele o colocou de volta no bolso “Te vejo amanhã. Boa noite, Chloe.” Ele sorriu pra ela.

“Boa noite, Oliver,” Chloe disse com uma mão na maçaneta pronta pra fechar a porta, mas Oliver deu um passo em sua direção e colocou seus braços ao redor dela, abraçando-a.

“Obrigado, Chloe. Por tudo. Eu não teria chegado tão longe assim sem você. Durma um pouco,” Oliver sussurrou em seu ouvido.

Chloe retornou seu abraço e disse, “Eu vou-“ Ela foi distraída de terminar sua frase porque Oliver a beijara no rosto. Ele nunca tinha feito isso com ela. Ele saiu e Chloe fechou a porta. Oliver tinha acabado de beijá-la? Bem, sim ele a beijou, mas provavelmente não era nada. Era só um beijo no rosto. Ele provavelmente fazia isso com muitas mulheres. Só um beijo amigável.
Na manhã seguinte.
Chloe acordou e foi ao banheiro. Escovou os dentes, tomou um banho, secou o cabelo e tudo mais. Ela pensou ‘hmm... Tem uma coisa cheirando tão bem’, então ela desceu as escadas. Alguém definitivamente estava na sua cozinha com comida.

“Se eu não soubesse que de nada adiantaria, eu realmente deveria adicionar mais trancas à porta,” Chloe disse encostada à parede enquanto observava o homem em choque ao ouvir sua voz. O homem alto virou e colocou a mão no seu coração como se tentasse acalmá-lo.

“Chloe, você quase me fez ter um ataque cardíaco aparecendo assim sorrateiramente,” disse Oliver pegando uma espátula. “Que bem isso faria? Você não comeria nada dessa ótima comida que eu estou fazendo,”

“Pensei que você se acostumaria à idéia, já que você entrou sorrateiramente na minha torre de vigilância,” Ela enfatizou o ‘sorrateiramente’ quando disse isso. Chloe foi pra perto de Oliver. Oliver a parou e a impediu de ver o que ele estava cozinhando. “Ótima comida, é?”

“Vai se sentar na mesa e eu levarei a ótima comida pra lá,” Oliver disse enquanto a expulsava da cozinha.

“Então... porque do nada você está fazendo o café da manhã aqui?” Chloe perguntou do outro cômodo.

“Bem, eu me senti realmente mal por ontem à noite. Eu pensei que podia te recompensar com essa ótima comida que estou fazendo!” Oliver gritou alto suficiente para que Chloe ouvisse.

“Sabe, você ainda me deve uma xícara de café. Você não pode trocar café por café da manhã!” Chloe gritou do outro cômodo.

“Eu sei, considere isso como um bônus. Um pedido de desculpas ‘Eu realmente sinto muito’,” Oliver disse carregando dois pratos em suas mãos pra fora da cozinha. Ele colocou um prato de panquecas de mirtilo na frente dela. Os olhos de Chloe arregalaram-se e ela olhou pra ele, que se sentou na frente dela com um prato pra ele.

“Eu amo panquecas de mirtilo... hm…” Chloe disse.

“Eu sei,” Oliver disse enquanto observava Chloe, que esta olhando para sua comida e ainda não a comendo. “Vamos, coma um pedaço”. Chloe pegou o xarope de bordo pra colocar em cima das panquecas. Ela pegou o garfo e comeu um pedaço. “O que você acha? Essa era a receita da minha mãe pra panquecas.”

Ela mastigou, engoliu e disse, “O que eu acho? Eu acho que a gente deveria abrir um restaurante e servir isso. Está delicioso!”

“Mesmo? Eu disse a você que era uma ótima comida,” Oliver disse com um tom confiante e começou a comer.

“Devíamos abrir um restaurante e chamá-lo de ‘Chloe’ ou ‘Café da Chloe’. Já consigo até ver,” Chloe disse gesticulando com as mãos.”

“Calma aí, parceira. Eu que fiz a comida, então deveria se chamar ‘Queen’ ou ‘Café do Queen’ e também é a receita da minha mãe,” Oliver disse.

“Primeiro, você pode ter feito a comida, mas pra quem você fez? Isso mesmo, pra mim. Segundo, já que você fez pra mim, significa que eu te inspirei a fazer essa ótima comida. Então realmente, deveria se chamar ‘Chloe’.” Eles não conseguiam parar de sorrir enquanto tomavam o café da manhã. Eles falavam sem parar sobre qualquer coisa. Houve boas risadas e sorrisos enormes. Isso parecia certo. Só os dois. Depois de um tempo, o telefone do Oliver tocou e os interrompeu.

“Desculpa, eu tenho que ir. Passo aqui mais tarde e te vejo,” Oliver disse se levantando da cadeira.

“Pode vir se quiser, mas você não vai me encontrar aqui,” Chloe respondeu enquanto os dois andavam até a porta.

“Por quê?” Oliver perguntou parando na porta para olhar Chloe.

“Lembra? Meu encontro com Steven,” Chloe o lembrou. “Eu não sei… Quero dizer, eu não tenho um encontro desde… já faz muito tempo. Não sei se posso fazer isso.” Chloe parecia preocupada. Ela olhava o chão. Chloe parecia tão frustrada e graciosa ao mesmo tempo.

Vamos lá Oliver! Você pode dizer isso. Ela sempre te apoiou, então só diga a ela o que ela precisa ouvir. Seja seu amigo. Oliver pegou uma de suas mãos e gentilmente fez com que erguesse o rosto, para que seus olhos se encontrassem. “Chloe, você vai se sair bem – não, ótima nesse encontro. Ele vai ser o cara mais sortudo do mundo por sair com você. Que inferno, o cara é sortudo só de ser visto com você.” Oliver sorriu. Estava tentando ser otimista com aquilo. Por mais que ele não quisesse, ele tinha que ser. Ele tinha que ser o melhor amigo que a apoiava.

“Você sempre sabe o que dizer, huh? Você ensaia essas coisas?” Chloe perguntou arqueando a sobrancelha.

“Estou te dizendo a verdade,” Oliver disse olhando em seus olhos. Ele se aproximou e a beijou na testa. “Você vai se sair ótima. Bem, eu realmente tenho que ir. Tchau, Chloe.”

“Tchau Oliver,” Chloe respondeu sorrindo pra ele. Quando Oliver estava saindo, Steven estava se aproximando da torre de vigilância.

“Ei, cuide bem da Chloe,” Oliver disse acenando pra Steven.

“Eu cuidarei,” Steven garantiu a Oliver, tocando a campainha.

Chloe abriu a porta e disse, “Você está aqui cedo?”

“Bom te ver também, Chloe. Você está ansiosa de ir nesse encontro comigo,” Steven disse enquanto entrava com um sorriso no rosto.

“Achei que era relacionado ao trabalho, não um encontro,” Chloe lembrou.

“Ah, nem vem Chloe!. É um encontro e você sabe disso. Além do mais, eu pensei em vir mais cedo para passar o dia todo como um encontro, já que você está de folga e eu não estou fazendo nada,” Steven disse.

“O que vamos fazer?” Chloe perguntou curiosa enquanto eles iam se sentar no sofá.

próximo

I Want To Save Your Life, tradução (capítulo 3)

 
 
Oliver chegou ao seu escritório. Ele estava sentado na sua cadeira com uma caneta na mão. Click, click, click. Ele apertava o botão da caneta constantemente. Ele estava pensando sobre todo aquele tempo com Chloe. Na primeira vez que ele a conheceu, em quando ela salvou Clark e Bart até a primeiríssima vez que ela se tornou um membro da Liga da Justiça.
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Ele estava falando com Clark sobre ele ajudá-lo em Metrópolis. Então ele ouviu uma voz. Uma pequena, delicada loira acabara de entrar.

“Clark! Oh, desculpa. Eu não sabia que tinha companhia,” Chloe disse parecendo surpresa de encontrar Oliver no celeiro.

“Chloe, Oliver Queen,” Clark disse enquanto ele sorria pra Chloe.

“Oi! Eu sinto que já te conheço! Lois fala de você o tempo todo,” Chloe disse sorrindo pra Oliver enquanto se aproximava dos dois.

“Na verdade... Olha, eu estou ansioso pra ler seu artigo sobre a Quinta-feira negra,” Oliver disse.

Chloe lançou um olhar confuso a ele e ao Clark. Era graciosa, ele pensou, a forma como ela olhava pra Clark, balançando a cabeça, com um olhar que dizia ‘do que ele está falando?’ Ela tentava esconder isso com aquele lindo sorriso dela.

"Espero que as imagens do meu satélite ajudem,” Oliver disse como resposta a sua aparente confusão.

"Ah, sim,” Chloe disse com um lindo sorriso no rosto. Isso fez com que ele sorrisse também. Ele não conseguia não pensar no quão bonita Chloe estava na primeira vez que a viu.

“É um prazer te conhecer,” Oliver disse e sorriu o seu sorriso charmoso pra ela. Era realmente bom conhecê-la. Ele era feliz por ter conhecido-a. Sem ela, ele ainda seria uma verdadeira confusão agora.

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“Bem, quase tudo, eu tive que descobrir sobre o seu fetiche por couro verde sozinha,” Chloe disse saindo do elevador. Ela o desmascara sozinha. Ele não sabia o que dizer por que ela era uma repórter e podia o expor. O que ele poderia dizer?

“Não se preocupe, não direi nada,” Chloe disse como se estivesse lendo sua mente. Foi aí que ele percebeu que ele podia confiar em Chloe. Era a primeira vez que ela ajudava a Liga. Ela foi a que salvou tanto Clark quanto Bart do prédio do 33.1. Eles não conseguiriam sem ela.

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“Pronta?” Oliver perguntou quando entrou na fundação Isis.

“Tão pronta quanto você,” Chloe disse enquanto caminhavam em direção ao computador.

“Chloe, isso significará deixar toda sua vida como repórter pra trás. Tem certeza que quer dizer adeus a isso pra sempre?” Oliver perguntou.
...

“Bem, eu te pouparei das bolhas pelos saltos. Você já sabe o que você quer. Nós todos sabemos. Apenas não escutamos,” Oliver disse entregando ao Oliver o comunicador.

Oliver o tomou e disse, “E você tem certeza que é isso que você quer?”

Chloe fez que sim com a cabeça e disse, “É a este lugar que eu pertenço.”

“Aquaman online.”

“Canário online.”

“Cyborg online.”

“Impulso online.”

“Arqueiro online,” Oliver disse olhando pra Chloe. Ele não conseguia acreditar que ela finalmente estava se juntando à Liga.

Chloe colocou seu comunicador e disse, “Torre de Vigilância está oficialmente online. Vamos ao trabalho.”

Cara, a Chloe parecia tão foda dizendo aquelas palavras.
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Agora, ela estaria com Steven. Um cara que ela só conhecia há duas semanas. Um cara com o qual num universo alternativo ela era casada. Bem, noiva. Oliver não podia agir em relação a ela. Como ele podia ter sido tão estúpido e correr pra Lois e dizer a ela que ainda a amava logo depois de Chloe salvá-lo? O que ele estava pensando? Lois não salvou sua vida, Chloe sim. Chloe estava sempre ali e sempre estaria com os braços abertos para os heróis. Ela apoiava e aceitava os heróis. Agora, ela iria ficar com Steven. Ela não seria apenas dele mais. Ele teria que dividir sua Chloe com Steven. Não, ela nem seria mais sua Chloe.

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“Eu não posso esperar que ele me conheça como você. Os lugares arruinados em que já estive, as dificuldades que você deve ter passado pra me trazer de volta,” Oliver disse. Ele estava com isso na cabeça o dia inteiro, desde manhã. Chloe o conhecia melhor que ninguém, até mais que ele mesmo. É verdade que ela tinha visto tudo que Oliver tinha passado. Ela passou por um bocado de coisas só pra trazê-lo de volta; As façanhas que ela deve ter feito. E aí ele segurou a mão dela. Parecia certo. Ter sua mão quente e macia na dele. “Obrigado, Chloe.” Eles sorriram um para o outro porque parecia certo e Chloe o fez abrir os olhos.

“Você realmente vai deixá-la ir?” Clark perguntou já se sentando na cadeira.

“Deixar quem ir?” perguntou Oliver parecendo confuso. Ele pensou ‘eu despedi alguém’?”

“Você vai mesmo deixar Chloe ir naquele encontro com Steven?” Clark perguntou com o desapontamento evidente em seu tom.

“Ela já é bem grandinha, Clark. Ela pode fazer o que quiser. Não posso impedi-la e ela definitivamente não precisa da minha permissão pra ir,” Oliver respondeu.

“Oliver, você sabe do que estou falando,” Clark disse.

“Eu quero que Chloe seja feliz. E se ela estiver feliz, então eu estou feliz. Se eu sei que Chloe está feliz com Steven, então eu a deixo ir de bom grado,” Oliver disse.

“Preciso te dizer uma coisa. Eu não disse antes porque eu não queria que a Chloe soubesse,” Clark disse seriamente.

“Desembucha, escoteiro.”

“Quando eu entrei na mente da Lois e vi o futuro... Chloe morre. Ela morreu. Ela não era a mesma pessoa que conhecemos.”

“O que você está dizendo? Chloe não pode morrer . Ela é mulher mais forte e mais inteligente que eu conheço.”

“Chloe se tornou uma mulher fria, sem coração. Ela matou pessoas e não era mais a mesma. Ela se casou com Steven. Mas aí ele a deixou depois de Zod dominar o mundo. Isso quebrou o coração dela, mas ninguém via porque ela já não tinha sentimentos. Era tão ruim que ela não falava mais comigo e nós não éramos amigos. Oliver, ela morreu no futuro e eu não estava lá pra impedir.”

“Não, a Chloe não pode morrer,” Oliver disse negando com a cabeça. Ele estava em negação. “Eu não vou deixar que isso aconteça.”

“Eu sei. Você ainda estava lá pra ela. Ainda estava ao seu lado. E quando Lois foi embora pra pegar o anel, você ainda ficou ao seu lado mesmo depois de morta.” Clark olhou nos olhos de Oliver, parou por um instante e depois continuou. “Oliver, eu acho que te disse para tomar conta dela e quando eu disse que ela é especial, é uma dica que você deve ir atrás dela,” Clark disse.

“Há algumas coisas que eu quero, mas não posso ter,” Oliver respondeu.

“Eu vim aqui pra te perguntar... Você realmente acha que Steven pode fazê-la feliz? Eu te conheço, Oliver. Chloe disse que eu não tinha que por minha vida amorosa de lado pra salvar as pessoas. Não acha que ela quer que você vá atrás do que você quer?” Clark perguntou a Oliver olhando-o nos olhos. “Você pode fazer o mesmo que eu. Oliver, apenas pense nisso. Se você não for atrás dela agora, você nunca vai ficar com ela.”

“Não é tão simples assim, escoteiro.”

“É sim. Não negue isso.”

“Ela fez tanto por mim e eu não quero magoá-la.”

“Você não vai magoá-la, Oliver. Porque nós dois sabemos que isso nunca vai acontecer. Ela fez tanto por todos nós. Eu não quero vê-la cometer o maior erro de sua vida.”

“E qual seria este?”

“Eles não dão certo juntos nesse universo. No universo alternativo talvez, mas não nesse. No alternativo, Chloe é uma repórter. Nesse, ela é Torre de Vigilância. São pessoas completamente diferentes.” Clark parou por um instante, organizando seus pensamentos. “Estou dizendo que se você deixar Chloe ir nesse encontro com Steven- você estará desistindo dela. Ela não vai conhecer ninguém novo tão cedo. Ela provavelmente vai assumir que Steven é aquele com quem ela está destinada a ficar e aí ele vai deixá-la. E então o futuro em que Lois estava vai acontecer e Chloe irá morrer. Faça alguma coisa. Você salvaria a vida dela.”

Oliver estava pensando no que Clark havia dito. Ele estava certo; eles estavam num universo diferente. Chloe podia ser feliz com ele. Depois de assimilar o que Clark acabara de falar pra ele, ele se levantou da sua cadeira, pegou sua jaqueta e correu pra fora do prédio. Ele estava tão perdido em seus pensamentos e se perguntando onde Chloe estaria e como ele poderia encontrá-la.

Depois que Oliver saiu, Clark sorriu porque ele fez algo bom para dois amigos seus. Se bem que Steven não se beneficiaria. Mas ele era jovem e saia bastante. Ele iria encontrar alguém.

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Oliver dirigiu seu carro, acelerando pelas ruas. Ele foi direto pra Torre de Vigilância na esperança de encontrar Chloe antes dela ir naquele encontro com Steven. Ele estacionou seu carro e correu pra porta da frente. Ele tinha a chave que Chloe deu pra ele e abriu. Assim que entrou ele disse, “Chloe, precisamos conversar.” Oliver olhava pra baixo tentando organizar os pensamentos. Era a hora. Ele finalmente iria contar à Chloe como se sentia em relação a ela. Ele iria proclamar seu amor por ela.

“Chloe não está aqui, chefe.” Uma voz familiar gritou. Oliver olhou pra cima para encontrar um garoto com capuz vermelho no computador de Chloe.

“Bart, o que você está fazendo aqui?” Oliver perguntou, aproximando-se para ver o que Bart aprontava.

“Shhhhh...,” Bart respondeu olhando pro monitor.

“Você não devia estar bebendo tanto café,” Steven disse vendo Chloe tomar um gole de café.

“Mesmo? Você está realmente sugerindo que eu não devia estar bebendo café?” Chloe perguntou inclinando-se na mesa. Ela ergueu as sobrancelhas.

“Sim, estou. Eu só não consigo entender como você bebe tanto café,” Steven respondeu.

“Você está espionando a Chloe?” Oliver perguntou ao Bart.

“Sim, estou. Eu não consigo acreditar que Chloelicious está saindo com Steven. Ela mal o conhece e ainda assim, me conhece há anos. Eu a chamei pra sair e toda vez fui rejeitado. Ele simplesmente aparece e fica com ela. Eu quero saber o que ele tem que eu não tenho,” Bart respondeu, na tentativa de dar uma boa explicação pra espionar Chloe.

“Primeiro, Chloe quer um homem e não um garoto,” Victor disse saindo da cozinha com refrigerantes nas mãos.

“Segundo, Chloe está apenas tentando sair. Pense nisso como sair pra se divertir com um amigo,” AC disse com a pipoca em mãos.

“Ei! Eu sou um homem. Ela apenas não me notou ainda,” Bart disse.

“Então, qual é o motivo da pipoca e da bebida?” Oliver perguntou observando os três assistindo Chloe e Steven no monitor.

“É tão engraçado. Esse cara mal conhece a Chloe, então ela está fazendo aquele longo discurso sobre o quão a sério ela leva seu café,” AC disse comendo a pipoca.

“É melhor que assistir TV,” Victor disse.

“Há quanto tempo vocês estão nessa?” Oliver perguntou assistindo Chloe e Steven discutirem na tela.

“Uns vinte minutos. Eu não vejo o que Chloelicious vê nele. Eles não são certos um pro outro,” Bart disse.

“Ela não está se divertindo. No entanto, ela gosta de dificultar as coisas pro Steven e essa é a melhor parte,” Victor falou. Oliver sorriu porque ela sempre dificultava as coisas para o time. Eles podiam não gostar, mas Oliver sempre adorou isso.

“Onde eles estão?” Oliver se sentiu melhor porque ele podia salvá-la de verdade do encontro.

“Duas quadras daqui,” AC disse.

“Espera, porque você se importa?” Bart perguntou olhando pra Oliver.

“Você demorou bastante,” Victor disse se levantando da cadeira e foi falar com AC. Ele estendeu sua mão para o amigo.

“Aqui,” AC murmurou tirando 20 dólares da carteira e entregando ao Victor.

“Espera, o que está acontecendo?” Bart falou ao se levantar da cadeira. Oliver e Bart olharam pra Victor e AC, confusos.

“Bem, eu apostei que Oliver iria interromper o encontro da Chloe e dizer a ela que a amava e AC apostou que Oliver esperaria pra falar depois do encontro,” Victor explicou.

“Vocês sabiam o tempo todo?” Oliver perguntou.

“Ah cara, seus olhos estavam seguindo cada movimento dela e aqueles sorrisos e o olhar charmoso pra ela,” AC disse com um sorriso no rosto.

“Era só uma questão de tempo pra você contar que a amava,”

“Vocês sabiam esse tempo todo e não me contaram?” Bart perguntou. Ele deixou escapar um suspiro. A sala ficou silenciosa enquanto eles viam o mais jovem andar de um lado pro outro. “Bem, se é o chefe que vai sair com a Chloe, então estou bem com isso porque prefiro ter o chefe saindo com a Chloe do que o Steven.”

“Obrigado por me dar permissão?” Oliver disse. Ele sorriu porque ele realmente podia ver Chloe e ele juntos.

“Vai atrás dela, chefe.” AC disse. Oliver caminhou em direção a porta e quando ele girou a maçaneta, virou-se e olhou para os três.

“Eu não assistiria mais isso porque se Chloe descobrir...” Oliver disse.

“Não se preocupe, nós desligaremos tudo e vamos apagar o arquivo. Ela nunca vai saber que assistimos,” Victor respondeu. Oliver sorriu e saiu da Torre de Vigilância. Ele entrou no seu carro e foi até a cafeteria a duas quadras dali. Ele estacionou seu carro na entrada e entrou. Ele viu Chloe lá atrás com Steven sentado na frente dela. Ele se dirigiu à mesa. Daí então ele ouviu a voz da Chloe dando um sermão em Steven sobre café a cinco mesas de distância. Três, duas, uma.

“Chloe, não podemos apenas esquecer o comentário que fiz mais cedo e nos divertir agora? Já estamos perdendo nosso filme,” Steven disse pegando a mão dela na sua.

“Não, porque eu não terminei. Café é na verdade muito bom pras pessoas porque-”

*Aham* Oliver tossiu levemente detrás da cadeira de Chloe. Chloe tirou suas mãos das de Steven e se levantou.

“Há algo errado?” Chloe perguntou com um olhar preocupado.

“Precisamos conversar,” Oliver disse pegando o braço dela. Ele a arrastou pra fora da cafeteria. Chloe estava logo atrás dele. Ele se virou e olhou nos olhos dela. Seus lindos olhos verdes encaravam de volta seus castanhos. Ele pegou uma mecha do cabelo de Chloe e colocou atrás de sua orelha. Como ele iria contar pra ela?

“Oliver, o que está-”

Ele a puxou contra ele fazendo com que ficassem colados. Seus lábios colidiram com os dela. Era o beijo mais desesperado que tiveram. Depois se tornou um beijo apaixonado. As mãos dela agarraram o cabelo dele. Daí, suas mãos empurraram o peito dele para obter algum espaço. Ela precisava de ar.

“O que diabos você está fazendo?” Chloe disse tomando ar. “Oliver, você não pode sair por aí e beijar garotas.” Chloe estava chocada. O solteiro mais desejado havia acabado de beijá-la. Oliver, seu chefe, havia acabado de beijá-la.

“Estou apenas beijando você.” Oliver disse se aproximando de Chloe. “Chloe, eu amo você. Eu sempre amei você e eu deveria ter te dito antes. Mas eu estou aqui agora e eu amo você.”

“Oliver…”

“Chloe,” Oliver disse segurando suas mãos e as levando contra seu peito. “Eu quero estar com você. Eu quero ser aquele que te faz feliz.”

“Oliver, o que está acontecendo? Você está bem?” Chloe perguntou confusa, retirando suas mãos das dele.

“Eu quero salvar sua vida, Chloe. Eu estou dizendo que eu quero que exista um ‘Oliver e Chloe’ ou um ‘Chloe e Oliver’.”

“O que você quer dizer com salvar minha vida?” Chloe perguntou confusa com sua cabeça inclinada.

“Eu quero te salvar de cometer o maior erro da sua vida que é não ir num encontro comigo.” Oliver disse parecendo sério.

“É assim que vai salvar minha vida, indo num encontro comigo?” Chloe perguntou erguendo as sobrancelhas.

“Sim, eu quero que você tenha um encontro comigo. Só nos dê uma chance, Chloe.” Oliver disse segurando novamente as mãos dela nas dele.

“Oliver... Porque demorou tanto?” Chloe sorriu e olhou pra ele.

“Eu tive que perceber que eu não gostava de nenhum homem perto de você. Eu não gostava que ninguém flertasse com você. Me levou um dia de trabalho inteiro pra perceber que você estava em meus pensamentos. Me levou um pouco de tempo pra ter coragem de te chamar pra sair. Você é a mulher com quem eu quero estar. Eu amo você, Chloe.” Oliver disse sorrindo pra Chloe.

Chloe tirou suas mãos da dele, mas dessa vez ela envolveu Oliver com elas. Seu rosto enterrou-se no peito dele e o queixo dele estava no topo da cabeça dela.

“Oliver?” Chloe murmurou.

“Hm?” Oliver respondeu.

“Eu também te amo.” Chloe murmurou e olhou pros olhos dele de novo. Ele se abaixou e a beijou. Ele se afastou, mas ela puxou sua cabeça pra baixo aprofundando o beijo. Eles se afastaram e saíram dali. Cinco minutos se passaram, ainda sorrindo um pro outro de mãos dadas até que perceberam que deixaram Steven lá sem nenhuma explicação.

“Meu Deus, deixamos Steven lá. Não contamos a ele,” Chloe disse parando de andar.

“Relaxa parceira. Eu já resolvi isso. Deixei umas pessoas que trabalham pra mim lá pra dizerem que você já estava num relacionamento,” Oliver disse.

“Você já tinha tudo isso planejado, não tinha?” Chloe perguntou e sorriu. Oliver respondeu com um beijo.

“Eu sabia que haveria um ‘Oliver e Chloe’, então eu não queria que nada estragasse o momento.” Oliver disse. Chloe riu e eles continuaram a sorrir e de mãos dadas.

“Sabe, você ainda me deve um café,” Chloe disse enquanto caminhavam.

“Um beijo não serve em troca?” Oliver disse parando de caminhar e beijou Chloe no rosto.

“Não, mas talvez isso aqui vá,” Chloe disse ficando na ponta dos pés e Oliver a entendeu, abaixando-se para beijá-la na boca. Eles continuaram a caminhar pra Torre de Vigilância. Chloe pegou a chave da bolsa e abriu a porta. Ela encontrou três jovens rindo ao observarem o monitor. Eles riam tanto que nem sequer ouviram a porta abrir e nem perceberam que Chloe estava logo atrás deles dando uma olhada no que eles viam. Eles estavam vendo Chloe dando um sermão em Steven sobre café. Eles reviam várias e várias vezes. Na terceira vez, Chloe os interrompeu.

“Vocês estão tão encrencados,” Chloe disse séria. Os três pularam ao ouvir a voz dela e imediatamente desligaram o monitor e olharam pra Chloe.

“Chloe, nós podemos explicar,” Victor disse. “Foi tudo idéia do Bart.” Victor apontou pra Bart.

“Ei, esses dois fizeram uma aposta sobre você,” Bart disse apontando pra Victor e AC.

“Não, Victor decidiu fazer a aposta,” AC disse. E depois murmurou, “Eu só fui na dele.”
Chloe cruzou os braços e lançou um olhar sagaz.

“Ah não, não esse olhar.” Bart disse sacudindo a cabeça. “Seja razoável, Chloelicious.”

“Isso não é justo Chloe. Eu não quero mais um de seus jogos.” Victor disse com um olhar apavorado.

“Jogos? Ah não. Especialmente os da Chloe,” AC disse.

“Eu disse pra vocês pararem,” Oliver disse sacudindo a cabeça.

“Você sabia disso?” Chloe perguntou pra Oliver, começando a olhar pra ele com aquele olhar.

“Olha amor, eu disse pra eles pararem,” Oliver tentou se explicar pra Chloe.

“Oh não... todos nós iremos jogar alguns jogos bem, bem divertidos,” Chloe sorriu maliciosamente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Facing Fears, tradução




Boa noite! Mais uma fic: essa saiu rápido, mas era pequena; agora de uma escritora que já escreveu MUITO sobre Chlollie, a Calie. (adoooro de paixão as fics dela.) O nome dessa é Facing Fears (Enfrentando os Medos) e é ótima pra quem está mais que ansioso especulando o que acontecerá em Disciple. A Calie teve uma idéia e escreveu. Se acontecesse dessa forma eu ficaria TÃO feliz! ^^ ahh sim, antes que esqueça; sugestões de fics pra traduzir são sempre bem vindas. Notas: Spoilers de Discíple

Enfrentando os Medos
O som da porta o fez olhar em volta, mas vendo quem entrava na sacada ele se virou para a vista da cidade. “Você não aparecia aqui há um tempo.”

“É verdade, tem um tempo já.”

Ele não perguntou como ela tinha entrado, ele era mais esperto que isso.

“Como Mia está?”
“Um pouco abalada, meio brava.” O que ele esperava. Afinal, ela não fazia idéia de sua identidade secreta antes daquilo. Claro que ele achou meio estranho que ela estivesse mais brava por ele ter a ‘mantido no escuro’ e não porque o Arqueiro Negro a sequestrara. “Mas ela vai ficar bem.”

“Isso é bom.” Com ele de costas pra ela, ela era livre para olhar pra ele. Ela não conseguia ver seu rosto, mas não precisava. Chloe sabia que ele estava preocupado. “E como você está?” Ele virou a cabeça de novo, seus olhos estreitaram-se na escuridão, depois ele voltou ao seu estado original.

“Falou com o Clark?”

Chloe inquietou-se e olhou pra uma das cadeiras, mas não queria se sentar quando ele estava em pé. “Um pouco.”

“Mas o suficiente.”

Chloe suspirou. Ela e Oliver nunca ‘conversaram’ realmente. Eles sabiam tudo um do outro, provavelmente mais do que qualquer outra pessoa. Mesmo Clark, seu melhor amigo e Lois, sua prima, não sabiam de algumas coisas que ela havia feito. Mas Oliver sabia de tudo. Mas mesmo com tudo que sabiam um do outro Chloe nunca se sentiu absolutamente confortável falando com ele. Mas quando Clark contou sobre o confronto direto do Oliver com o Arqueiro Negro, Chloe sabia que não tinha escolha. Ela conhecia Oliver, sabia da sua habilidade de autodestruição quando as coisas davam errado. Clark tinha tentado, mas Clark não entendia. Lois era importante pra Oliver, isso Chloe sabia, mas considerando que Lois sabia apenas metade dos motivos de sua espiral descendente de antes, ela não podia entender muito. E se Chloe fosse honesta consigo mesma ela não tinha certeza de como Lois teria reagido ao passado menos que perfeito dele. “Você não respondeu minha pergunta.”

“Estou bem.” Oliver olhou para seu copo e balançou-o. Não havia barulho vindo de trás dele e por mais que ele quisesse ver o olhar no rosto dela, ele não queria se virar. Ao invés disso ele resolveu olhar para a vista noturna de Metropolis. Chloe não o culparia pelo que ele quase fez, mas não iria tolerar ele ficando pra baixo de novo. De certa forma era meio irritante. Tudo que ele queria naquele momento era lastimar-se da sua própria miséria, mas ele podia ver que ela não iria permitir.

“Você não acredita em mim.”

“Eu não sei. Seu passado fala por si mesmo.”

“Você tem tanta fé.”

“Estou apenas falando a verdade Oliver, mas eu nunca disse que não tinha fé em você.”

Essa era uma coisa pra qual ele podia contar com Chloe, a verdade. Isso não significava que ela não iria mentir. Se ela tivesse um objetivo ela provavelmente mentiria pra chegar lá. Mas ela não mentiria pra ele pra poupar seus sentimentos. Oliver tomou um gole da sua bebida e virou, apoiando seus ombros na parede e finalmente olhando pra ela. A primeira coisa que chamou sua atenção foi que ela parecia um pouco fora de seu elemento. Sem Torre de Vigilância, sem computadores, sem Clark. Apenas ela parada na sua sacada. Parando pra pensar nisso, ela provavelmente nunca colocara os pés na sacada nas poucas ocasiões em que esteve na Torre do Relógio. “Okay, eu estou bem. Estou tomando uma bebida.” Ele ergueu o copo. “Ou duas, mas não vou me embebedar até o esquecimento. Não vou fugir dando socos por aí, jogando ou que quer que pense que eu vou fazer.”

“Acredito em você.” E ela o fazia, mas ela podia ver que ele estava incomodado. Isso era evidente pela cara cansada e levemente torcida. “Mas não acredito que esteja bem.” Ele suspirou e olhou pra longe, obviamente frustrado com sua insistência. “Do que ele estava atrás?”

Oliver deu de ombros. “Do que ele não estava atrás? Pensou que eu o traí, usando minhas habilidades e exibindo-as pela cidade. Não gostou da idéia de que talvez eu seja melhor que ele.”

“E isso envolve a Mia como?”

Oliver notou como ela pareceu ignorar o fato de que ela e Lois eram os alvos originais. “Alguma coisa tinha que chamar minha atenção. De outra forma eu apenas teria dito pra ele ir pro inferno.”

Ela ergueu uma sobrancelha, divertida. “Se ele tivesse te atacado você seria forçado a lutar. Então porque fazer tudo aquilo?" Ela já tinha suas suspeitas. Ela sabia dos medos de Oliver, da forma como ele afastava as pessoas dele, e do por que fazia isso.

“Uma pessoa com raiva comete mais erros,” Oliver disse calmamente. “E elas fazem coisas que normalmente não fariam.”

Ele se virou, olhando o horizonte novamente. Ela sabia exatamente que coisas eram aquelas. Oliver quase o matou, Clark podia confirmar isso. Lentamente, ela foi pra perto dele, não parando até que estivesse ao seu lado. “Oliver, você estava furioso. E o que aconteceu... podia acontecer com qualquer um, especialmente sob aquelas circunstâncias. Mas você não o fez, e esse é o ponto. Seis meses atrás, um ano atrás, talvez ele não tivesse sido tão sortudo."

Chloe pensava que ele estava mudado. Oliver desejou poder acreditar nela, mas não era o fato de que ele quase tirou outra vida de alguém que o incomodava. “Você sabe que é mais que isso. Não vamos esquecer que não era apenas a vida da Mia que estava em perigo.” Oliver deu uma olhada nela pelo canto do olho esperando uma reação, mas não obteve nenhuma.

“Isso acontece.” Chloe deu de ombros. “Acredite, me acostumei a isso há muito tempo atrás e eu acho que até a Lois parou de ficar surpresa.”

O que o incomodava era como ela era capaz de ignorar isso tão facilmente. “Você pode não estar com raiva, mas não muda o fato de que numa questão de dias três pessoas que conheço foram atacadas por minha causa.”

“Todos têm inimigos. Fazer o que fazemos cria inimigos. Você não pode evitar isso, Oliver. Não há nada que você possa fazer sobre isso; Não consigo imaginar você jogando sua vestimenta de arqueiro fora de novo apenas pra evitar isso.”

“Não,” Oliver admitiu, “Eu não faria isso. Mas só porque eu tenho inimigos não significa que eu tenha que ter amigos.”

Pela primeira vez desde que ela colocara os pés na sacada ele a surpreendera, e nada mais a surpreendia. Devagar, ela se virou para ficar de frente pra ele, cruzando os braços e o olhando com os olhos estreitos, “Lois já está em perigo o suficiente com Clark e ela nem sabe disso ainda. E se você se lembrar bem, afastar Lois te levou a lugar nenhum a não ser ficar sozinho. Mia, você fez mais por ela nos últimos meses do que qualquer um fez em muito tempo. Ela sabe disso, e não está nem brava com você pelo que aconteceu. E, Oliver, eu?” Chloe riu. “Tá falando sério? Se você não estivesse por perto minha vida estaria em risco de qualquer forma. Se me lembro corretamente eu fui a que te trouxe de volta. Você realmente acha que vou deixar que me afaste depois de todo o trabalho que tive?” Era pra ser uma brincadeira, mas ele apenas franziu as sobrancelhas em resposta. “O que você quer então, Oliver?”

“Não sei.” Ele não podia afastar Lois mais do que já tinha afastado. Mia, ele não podia abandoná-la. Se ele fizesse isso, ela voltaria pra onde ele a encontrou. E Chloe... Bem, ele não tinha certeza se ele conseguiria ser o Arqueiro Verde sem ela. Na verdade ele conseguiria, mas ele era melhor com ela. Oliver arriscou a olhar pra ela como se considerasse sua vida sem ela. Ele provavelmente estaria morto, ou pior do que estava antes dela mudar sua vida. O problema era que Oliver não conseguia pensar numa única coisa que ele realmente tinha a oferecer à Chloe. Pelo menos com Mia ele podia dizer que salvou a vida dela, mas Chloe, além de ser o Arqueiro Verde, ele não podia dar uma razão da qual ela realmente se beneficiasse por conhecê-lo. Ele poderia afastá-la, ela ainda poderia ser Torre de Vigilância, ainda ajudar os outros heróis, mas ao menos ela não teria um alvo desenhado nas suas costas por causa dele
.
“Olha,” Chloe segurou o braço dele e o puxou para que a encarasse, “ninguém vai a lugar algum. Eu sei do risco, mas se você está sequer considerando o que está passando por sua cabeça eu irei atrás de você e te trarei de volta reclamando e gritando.” Mas havia algo no rosto dele que ela não estava gostando. “Porque eu não posso fazer isso sozinha.”

"Você não precisa de mim.” Oliver acreditava verdadeiramente nisso. Ela estava bem antes dele voltar e se ele fosse embora ela ainda ia ficar bem. “Você ficaria bem sem mim.”

“Essa é uma escolha pra eu fazer!” Chloe deu um empurrão forte em seu peito. “Não sua!”

“Chloe...” Ela podia ver que ele pensava diferente. “Não, me escute. Ao contrário da crença popular eu não gosto de viver minha vida presa dentro de casa, sozinha, o dia todo. Eu gosto do meu trabalho, gosto do que faço. Mas você NÃO vai me afastar porque está assustado. Porque não posso conversar com Clark e não posso conversar com a Lois. E eu sei que quando algo precisa ser feito eu posso confiar em você pra fazê-lo. E acima de tudo eu NÃO posso fazer isso sozinha.” Chloe deu um passo à frente, ignorando a estranha diferença de altura, e bateu no peito dele. “Você não vai me deixar sozinha.” Ela pontuou cada palavra com um soco em seu peito.

Oliver de repente pegou sua mão, sem nem ter certeza do que iria fazer. A pressão do dedo dela no peito dele diminuiu quando seus dedos relaxaram. Ele podia ver a sombra de sua mágoa passar por seu rosto enquanto suas sobrancelhas se juntavam e ela mordia o lábio inferior; “Okay. Me desculpa.”
“E…” Chloe começou suavemente e um pouco incerta. Não era o que ela estava prestes a dizer que estava abalando sua confiança, mas a repentina mudança entre eles. Porque agora eles estavam conversando, sendo honestos um com o outro, e isso era um pouco assustador, pelo menos pra ela. “Sobre o que aconteceu, e Clark. Você sabe que eu e ele vemos as coisas de uma forma diferente, e eu sei que não existe preto e branco. Eu entendo o que aconteceu e você no final das contas tomou a decisão certa. Então não pense sobre isso, não insista nisso. Apenas siga em frente. Todo mundo está bem, Oliver. Não houve nenhum dano.”

“Não é o que vejo.” Oliver admitiu suavemente. Ele abaixou sua mão, soltando a dela devagar.

“O que você vê?” Chloe perguntou gentilmente quando notou a preocupação em seu rosto.

“Há apenas algumas poucas pessoas selecionadas com quem eu realmente me importo. Ele as encontrou. Foi fácil demais. E por mais que nada tenha acontecido eu não consigo não ver o que poderia ter acontecido.” Ela suspirou em resposta, olhos verdes olhando pra ele com piedade.

“Eu sei, mas nada pode continuar nessa de ‘E se…’. Não vai te levar a lugar nenhum.”

“Sei disso.”

“Então não faça isso consigo mesmo!” Chloe exclamou, um pouco mais vigorosamente do que pretendia, pois Oliver sentia as coisas tão intensamente e se torturaria de bom grado porque achava que merecia. “Você não fez nada de errado, você não-.”

“Eu me importei e isso é o bastante” Oliver retorquiu com raiva. “Eu me importei com você e isso quase fez com que fosse morta.”

“E eu sei disso. Não é apenas você, Oliver.” Chloe disse gentilmente. “Houve pessoas com quem eu me importei que eu fui responsável por terem sido machucadas. Isso me assusta também.”

“Chloe…” Ele suspirou e olhou pro outro lado.

Ele parecia querer dizer alguma coisa, ou talvez estivesse tentando não dizer. “O que é?”

Quando ele olhou de volta, ela estava olhando pra ele com uma preocupação implorante evidente em seus olhos. “Isso é mais difícil do que você pode entender.”

“Por quê? Ele olhou pra longe de novo e ela estendeu sua mão, segurando o braço dele. “Oliver” sua cabeça se virou bruscamente pra ela, olhos descendo dos dela para a sua mão. Chloe a retirou lentamente, um pouco perplexa pelo olhar intenso em seus olhos, mas determinada a descobrir o que havia de errado.

“Esse medo de alguém se machucar porque eu me importo.” Um peso levemente maior aplacou seu peito, como se ele estivesse sufocando sob o peso das coisas que escondia de si mesmo. “Não acho que realmente entende” Ele olhou pra longe de novo, observando as luzes da cidade. “Você sabe que quando as coisas começaram a desandar com Lois da primeira vez foi por causa disso. Eu estava com muito medo do que eu ser o Arqueiro Verde significaria pra ela.”

“E Lois ainda assim foi um alvo do Arqueiro Negro, apesar de você tentar afastá-la.” Chloe disse meio tristemente, por ele, e por alguma razão por ela. “É isso que está te incomodando?”

“Não.” Oliver sacudiu a cabeça e se percebeu trincando seus dentes, lutando contra os desejos de ora contar tudo, ora manter segredo. Ele olhou pra Chloe novamente e se forçou a olhar dentro de seus olhos verdes. Usualmente ela era só negócios, não mostrando o lado suave que ele costumava ver. Ela havia endurecido com o tempo. Mas com ela ali na frente dele, ele podia ver. A atenção, a preocupação com ele. O receio de que ele não estivesse bem. Podia ser tudo para um bem maior, mas ele verdadeiramente acreditava que era mais que isso, ele apenas não tinha certeza do quanto mais. “Mesma situação, só que não com Lois.”

Ela abriu a boca para perguntar pra ele. Ela só podia assumir que ele estava se referendo a estar gostando de alguém, apesar de estar sendo meio vago. Mas ela já vinha pensando por algum tempo se Oliver, de alguma forma, se encontrava importando-se mais com Mia do que ele deixava transparecer. A incomodava um pouco, mas ela deixou esses pensamentos de lado, chegando à conclusão de que ele teria que encontrar alguém que ele gostasse em algum momento. Antes que ela pudesse sequer articular as palavras que ela pensou pra questioná-lo ela viu a mão dele ir em direção ao canto do seu olho e depois a sentiu roçando sua bochecha. Ela olhou pra mão dele e ao sentir sua palma pressionar sua bochecha levemente, seu polegar apoiando-se no maxilar dela, ela olhou pros seus olhos e sua respiração saiu estremecida pela intensidade ali contida.

Ela não se afastou dele. Inicialmente havia surpresa nos olhos dela e depois, lentamente, eles pareceram suavizar. Ela levantou o rosto, que ficou perto do dele e ele logo se viu deslizando as mãos pelo cabelo dela, segurando com cuidado a parte de trás de sua cabeça, trazendo-a mais pra perto, e o tempo todo a distância entre eles diminuía até que só uns centímetros os separavam. E aí ele parou, não porque não queria acabar com a distância, mas ele podia ver a flecha indo na direção dela e sabia o que isso significava. Ela se machucaria e com isso ele não podia lidar. Com pesar, ele fechou os olhos. “Me desculpe.”

Ela não tinha certeza do que tinha mudado ou do que ele falava até que ele se afastou dela. Não havia dúvidas em sua mente de que eles estiveram a segundos de se beijarem. Então, sem pensar duas vezes ela envolveu seu pescoço com os braços e inclinou sua cabeça pra baixo até que seus lábios se encontrassem. Ela continuou o beijo por alguns momentos sem se mover. Depois, lentamente, Chloe mordeu seu lábio inferior e depois o superior, daí se afastou um pouco. Ela não sabia que os olhos dele estavam fechados até ela abrir os dela e ver os castanhos dele abrindo-se lentamente para encontrar com os seus. “Eu já te disse, não é uma escolha sua.”

Sua respiração quente roçou de leve seus lábios, o lembrando novamente da posição que estavam e de que ela estava perto demais. “Se ele soubesse, não teria sido a Mia.”

Por um momento ela se permitiu absorver o que ele estava dizendo. Parecia ridículo o que ele estava implicando, se não fosse a posição atual deles. Chloe apenas não conseguia conceber a idéia de que não somente ele tinha sentimentos mais fortes por ela do que ela tinha originalmente pensado, mas que ele temia que ela se tornasse um alvo por causa da relação deles. “Eu sou sempre um alvo.”

“Eu não serei responsável por te colocar em ainda mais perigo.” Oliver sussurrou, mas ele podia sentir sua determinação enfraquecendo.

“Então esteja aqui comigo para me manter fora de perigo.”

Ele procurou seus olhos, mas apenas viu determinação, algo de que ele estava com medo esse tempo todo. A pior coisa que podia acontecer era ela corresponder seus sentimentos. Ele diminuiu a distância novamente, não depositando um beijo gentil em seus lábios como ela tinha feito, mas beijando-a duramente, movendo seus lábios contra os dela, mordendo seus volumosos lábios e inclinando sua própria cabeça pro lado enquanto sua língua passeava por seus lábios pedindo entrada e nem mesmo pausando quando ela os abriu pra ele.

Simultaneamente ele aprofundou o beijo e envolveu sua cintura. Chloe sentiu-se derreter contra ele, toda a estranheza e medo bem distantes enquanto ele a puxava mais pra perto de seu corpo firme e ela envolvia seu pescoço com os braços. Eles sempre estariam em perigo, mas Chloe achava isso muito mais suportável sabendo que ele não apenas estaria com ela para encará-lo, mas que o que ele sentia por ela era tão intenso quanto o que ela sentia por ele.