Titulo: Hello, My Old Heart
Autora: Roberta Clemente
Banner: Roberta Clemente
Classificação: NC-17
Nota: Minha intenção é dividir essa fic em três partes, dois pontos de vista e um com os dois, mas veremos qual o andamento. A história vai de 9x06 até 10x15, após isso é por minha conta.
Resumo: .Deveriam estar comemorando o primeiro aniversário de casamento, mas ao invés disso Oliver apaga Chloe da sua memória.
7/?
De repente
seu ombro começou a doer e ficou impossível dormir. Oliver rolou na cama, mas
não conseguiu ficar confortável do lado esquerdo, parecia... errado, seu corpo
protestou e não deixou sua mente acalmar o suficiente para pegar no sono
novamente. Aquilo estava acontecendo todas as noites há pelo menos uma semana,
as dores, a cama fria e dura, inclusive acordar e perceber o declínio do seu
sono.
Oliver girou
mais uma vez na cama e alcançou o celular que protestava no criado-mudo. Olhou
para a hora antes de desligar o despertador. Ficou tentado a escolher a opção
de soneca, como qualquer ser humano normal faria, mas decidiu sair da cama
logo, de nada adiantaria. Talvez fosse melhor contar a Emil, ele ficaria tão
preocupado com o estrago que a privação de sono faria a sua memória ferrada que
lhe daria alguns comprimidos para dormir.
Pelo menos às
coisas entre ele e Chloe estavam indo bem. Não entendia como sua mente tinha
feito aquilo com ele e principalmente com ela. Não depois de escutar da boca
dela tudo sobre eles. Como se aproximaram em um momento de solidão, como se
encontraram um no outro.
Foi engraçado
descobrir que foi ele o primeiro a se apaixonar e a tentar fazer Chloe perceber
que era tão importante para ela quanto ela era para ele. O jeito adorável com
que ela admitiu que não queria se apaixonar por ele, muito menos um
relacionamento o fez gargalhar por alguns minutos. A vida tinha dado um jeito
de surpreendê-lo e virar o jogo. Sempre foi o desejado e com Chloe a situação
era totalmente inversa. Carma, sempre ele.
E foi
impossível não se comover ou se emocionar com o modo como ela descreveu a relação
que eles tinham. Era tudo o que sempre quis, desejou e achou que nunca
conseguiria, não com a vida que tinha escolhido para si. Alguém que enxergasse
seus defeitos e falhas e que não os usasse contra ele, como motivo para não
amá-lo. Que o amasse assim, quebrado, mas que tivesse fé suficiente para
fazê-lo seguir em frente, para ser melhor. Foi assustador descobrir que era
como ela o olhava e como a olhava também, como a relação deles era uma via de
mão dupla. Durante a longa conversa que tiveram Chloe confessou coisas que como
marido sabia, mas como aquele Oliver amigo de antes não fazia ideia. Todos os
machucados que a morte de Jimmy deixaram nela, o exílio na vida virtual e como
o contato entre eles a resgatou de si mesma.
Escutou
Chloe falar por horas e a cada fato quis se lembrar, quis sua memória de volta.
Percebia agora a importância de cada acontecimento na construção do homem que
Chloe esperava dele e desejava todas as noites acordar na manhã seguinte se
lembrando. Se não por ele, por ela. Quis se chutar depois de escuta-la contar
sobre a separação deles, sobre os motivos que a levaram largar tudo para
salva-lo. Viu a dor em seu olhar ao descrever os meses que passou sozinha e
imediatamente se culpou por ter sido tão injusto se afastando dela após
acordar.
Erro que não
cometeria de novo. Fato era que desde aquela noite a relação deles havia mudado
drasticamente. Não viviam como marido e mulher, era verdade, ela continuava
dormindo no quarto de hospedes, ainda podia vê-la se policiando em alguns momentos para ajuda-lo ou não pressiona-lo, mas não vivam mais sob o mesmo teto
fugindo um do outro. Muito pelo contrário. Não tinha receio de sair do quarto
de manhã e de noite voltava tranquilamente para casa. Deveria ter ido até ela
antes.
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Chloe estava
debruçada sobre seu laptop quando escutou Oliver entrar na cozinha. Ela tirou os olhos da tela e sorriu. “Bom dia”. Fazia uma semana desde aquela noite em que
contou absolutamente tudo a ele e sua vida havia entrado em um nível totalmente
suportável. Oliver ainda olhava para ela como olhava antes de ficarem juntos, sabia que
ele ainda lutava com os sentimentos por Lois, mas em seu olhar não tinha aquela
ponta de raiva que a estava matando lentamente. Não sabia o que o tinha feito
mudar e olhar para a vida deles com mais interesse, mas estava agradecida.
Contar tudo
tirou um peso de toneladas que estava esmagando seu coração e a reação dele a
história deles não poderia ter sido melhor. Não esperava que ele lhe tomasse
nos braços após saber de tudo, apesar de intimamente desejar, mas uma rejeição
a história deles seria demais para suportar. O humor dele estava aos poucos
voltando e não precisava rondar como uma stalker para saber se ele estava bem,
Oliver vinha até ela agora. Para fazer perguntas que não puderam ser respondidas
naquela noite ou simplesmente para conversar, pedir uma opinião.
“Bom dia”,
Oliver respondeu e franziu a testa enquanto ia até a geladeira. “Algum
apocalipse tomou forma durante a noite?”
Chloe fechou
o laptop e fez uma careta. “Não. Nenhum apocalipse, só o de sempre. Senadores
recebendo propina de grandes corporações”, ela deu de ombros descontente.
Oliver pegou
uma garrada de suco e parou. “Bem. Acho que concordamos que um apocalipse é
mais divertido, mas não é seu trabalho escrever sobre esses tipos de ameaças?”
Chloe deu a
volta no balcão e encheu sua caneca com a segunda dose matinal de cafeína.
“Sim. Mas como ainda estou oficialmente de férias não posso fazer muito além de
me indignar, para terror do meu editor”, ela olhou para ele e completou
antes de dar um gole. “Além disso, Martha já deu um jeitinho no escolhido pelo povo com
algumas informações anônimas que recebeu.”
Oliver a
observou piscar sobre a caneca de café. Chloe não parava de
surpreendê-lo. “Você e Martha, juntas? Se soubessem que aquela mãe de família
do Kansas teria um feedback desses nunca teriam deixado que ela assumisse o
lugar de Jonathan”.
Chloe deu de
ombros de novo, agora verdadeiramente desinteressada. “Cinco minutos
procurando, não deu tempo de me aquecer ou levar qualquer tipo de crédito. Não foi nada
demais, Martha fez tudo sozinha. Aquela mulher é uma força impossível de
parar... Além disso numero dois, prefiro saber de outra coisa. Como foi ontem?
Primeira grande missão.”
Não pedir
crédito era a cara dela, Oliver percebeu que algumas coisas nunca mudariam.
“Foi...”, ele não insistiu e se afastou sem responder, se sentando no banco que
ela estava usando, pegando um dos seus pães ignorados. “Bem. Nós conseguimos
interceptar a carga que estava chegando ao porto ao mesmo tempo em que conseguimos
provas de quem estava trazendo para Metropolis e a policia terá um grande dia
hoje mostrando a população a maior apreensão de drogas que essa cidade já
viu... Nada demais”, ele deu ombros e levou um pedação de pão a boca.
“O que?”
Chloe abriu e fechou a boca antes de se dar conta das palavras e ler a postura
exagerada e afetada dele. “Ótimo. Usando minhas palavras contra mim. Muito
maduro.”
Oliver
franziu a testa, dando um gole em seu suco. “Como assim?”
Chloe se
aproximou dele. “Ok, mensagem recebida... Mesmo achando que algumas informações
passadas e primeira grande missão após lesão cerebral não tem comparação, não
vou argumentar.” Ela se inclinou sobre o balcão, ficando de frente para. “Eu
estou muito feliz por você, Ollie.”
A expressão
de descaso dele desmanchou e Oliver sorriu para ela. “Obrigada, Chloe. Seu
apoio me ajudou muito.” Agradeceu a confiança e fé que ela demonstrou ter nele.
Ela nunca o pressionou a sair, a colocar o uniforme e ser o herói, mas o moveu
nessa direção simplesmente acreditando que ele podia.
“Não precisa
agradecer. Como eu disse, apoio psicológico a heróis virou meu lance.” Ela riu,
estava feliz em ver que Oliver estava se reencontrando como Arqueiro Verde,
mesmo sem as ultimas e tão importantes memórias.
Sabia que
não era só mais um herói para ela, que Chloe o ajudava e apoiava por algo a
mais, amor. Ela o amava, mas não diria isso. Não enquanto sua memória aos
pedaços não o permitisse sentir o mesmo.
“Estou
começando a acreditar nisso. Tirando a parte em que você ajudou Bruce Wayne,
uma das pessoas mais insuportáveis desse mundo”, o rosto de Oliver se contorceu
em uma careta ao pensar em Bruce como um vigilante, mas afastou a imagem. “Eu
acredito em você.”
Chloe
gargalhou. Foi divertido contar, pela segunda vez, a ele que Bruce Wayne era o
morcego de Gotham e que tinham se conhecido enquanto estavam separados. A
reação tinha sido idêntica nas duas vezes. Descrença e desgosto em dividir o
mesmo estilo de vida. A única diferença foi que na primeira vez Oliver claramente
se enfureceu ao saber que ela e Bruce haviam passado algum tempo juntos
enquanto ele não sabia onde ela estava. Na segunda vez ele não se importou, apenas ignorou isso. Era
só sua amiga agora.
“Bruce é uma
pessoa... impar de se conviver, é verdade. Mas foi interessante conhece-lo. E o
time só ganhou. Vocês estão bem melhores agora.”
“Você
claramente não está passando tempo suficiente com o time.”
“Não. Por um
motivo”, Chloe respondeu e se afastou do balcão."Eu não faço mais parte do time."
Oliver a
observou ir até a pia depois de se excluir do time, que agora tinha
finalmente um nome, Liga da Justiça, criado por ela. Sua ultima memória era de
um tempo em que ela lutava para juntar os primeiros membros, reuni-los depois
do estrago que Davis fez em todos.
Era
praticamente ela sozinha balançando uma luz, guiando a todos de volta para casa. Não se lembrava do momento em que eles finalmente viraram um time, mesmo
assim era estranho vê-la se excluir daquele jeito. Não entendia muito bem seu atual status, desconfiava
de que ela mesma não sabia qual era. Só não sabia se podia ou não perguntar, então
não disse nada. “Bem. Eu tenho que passar algum tempo ao telefone com alguns
executivos chineses e eles não são nada divertidos.”
“Antes do
meio dia? Uau, já foi mais fácil ser um bilionário, hein?”, Chloe provocou
enquanto lavava sua caneca. “Alguém aparentemente deixou de ser uma pessoa da
manhã.”
Oliver ficou
de pé e terminou seu suco. Preferiu não dizer que suas manhãs haviam deixado de
ser produtivas desde que começou a dormir mal. “Tudo bem. Não vou reclamar,
afinal eu tenho um time para sustentar... E Bart para alimentar.” Chloe
gargalhou e Oliver ficou ali por alguns segundos, só escutando. Aquela Chloe se
parecia com a Chloe que conheceu no celeiro dos Kents. “Até mais tarde, Chloe”.
Algumas
horas depois Oliver estava em seu escritório e completamente entediado. Por
algum motivo os executivos chineses haviam cancelado a vídeo conferencia e
tinha boas horas disponíveis nas mãos. Podia usar para treinar, mas não
estava no clima. Abriu uma guia no
navegador para poder ler algumas noticias quando recebeu uma mensagem no
celular, Abriu imediatamente e leu uma mensagem de Chloe que acompanhava um
link. “Serei mais compreensiva, prometo”. Ele abriu o link e só o titulo já o fez sorrir.
“12 FRASES QUE QUEM ODEIA ACORDAR
CEDO DETESTA OUVIR”.
Digitou uma resposta.
“NÃO É
NECESSÁRIO. APENAS AS FRASES 2, 3, 5, 7, 9, 10 E 12.” Enviou e ficou de pé, se
sentindo mais inspirado a começar a treinar.
“Bom humor”,
Tess entrou e parou no meio da sala.
Oliver olhou
para ela e franziu a testa. “Oi, para você também.”
“Uau.
Desculpe interromper”, Tess provocou, reconhecendo aquele sorriso.
Ele foi até
o painel do outro lado da sala e colocou a mão direita sobre ele. “Você não
interrompeu, Mercy. Por que eu estava indo me preparar para um treino.”
A porta que levava a sua segunda sala de treinamento abriu após a leitura de impressões digitais. “A não ser que algo mais importante precise da minha atenção.”
Tess ergueu
uma sobrancelha. “Na verdade eu vim assinar alguns documentos, os últimos desde
a separação de empresas, estava indo almoçar e quis ver como você está.”
Oliver se
voltou para ela e a analisou. “Você está fazendo uma jogada para cima de mim,
Mercy? Esqueceu que sou um homem casado agora?”
Tess ergueu
sua sobrancelha ainda mais e cruzou os braços. “Por favor. Esse trem chegou à
estação final há muito tempo. Além disso, eu posso não me lembrar do seu
casamento, mas eu estava lá.”
Oliver riu.
“Só conferindo, minha memória anda meio...bugada, como você sabe. E sei que você e um dos membros da equipe andam contando o estoque de primeiros socorros juntos.”
“Tirando
tudo isso. Chloe pode ter se tornado uma das minhas pessoas preferidas neste
mundo... mas eu nego se você disser a alguém”, Tess deu um sorriso pequeno,
meio tímido.
Oliver ainda
se surpreendia com essa nova Tess. “Mesmo? Você não me falou ainda.”
“Sobre
o que?”, ela caminhou até o bar e pegou uma água.
“Ela, sua
visão de nós dois.”
“Não faça isso, Oliver. Não fique procurando
motivos para não acreditar em vocês.”
“Não é nada
disso é que...”
“Você não
consegue acreditar que a relação que todo mundo diz ser épica, de conto de
fadas é real?”, ela perguntou simplesmente e caminhou para a janela.
Oliver
assentiu e acompanhou seus passos. “Mais ou menos isso.”
“Pois
acredite. Era e é real, Oliver. É isso que você quer ouvir? É isso que precisa
pra parar de duvidar de que tem a relação que todo lá em baixo mataria para
ter?”
“É
exatamente esse o problema”, ele se aproximou e parou ao lado dela, olhando
Metropolis do alto. “Por que eu? O que me faz diferente de todo mundo lá fora?”
“Sem
ofensas?” ela tirou os olhos da vista e olhou para ele.
“Claro?” ele
cerrou os olhos.
“Chloe. Não me entenda errado, vocês não são daqueles casais que acham que viraram uma
pessoa só, muito pelo contrário. Mas ela é sua inspiração e o que te faz diferente de
todas as pessoas perdidas procurando amor”.
Ele
suspirou, mais assustado do que nunca. Como pôde um dia ter estado à altura disso?
“Quando ela
foi embora você ficou arrasado. Você era um homem de coração partido, Oliver.
Mas você se manteve forte, por que Chloe te ensinou a ser melhor e por que
tinha esperanças de que um dia ela voltaria... Fé, esperança e amor era o que
te movia. Isso é mais do que a maioria de nós. Se isso não te fez merecedor eu
não sei o que faria.”, ela sorriu e deu as costas a ele, indo para a porta. “E
Oliver?”
Ele respirou
fundo e olhou para ela sobre o ombro.
“A estrada foi longa demais para vocês e sua memória vai
voltar mais cedo ou mais tarde. Você realmente vai querer passar esse tempo analisando
demais?”
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Chloe
respirou fundo e deixou o aroma do café fresco invadir seus sentidos. Tinha saído
de casa para se dar de presente a terceira dose de cafeína do dia. Não
conseguiria fazer aquela maravilha que vinha acompanhada de creme, baunilha e
uma dose extra de expresso. A perfeição que faria seu dia ficar ainda melhor.
Oliver não
se lembrava dela, como mulher, estava dormindo no quarto de hospede, temia que seu marido ainda estava apaixonado por sua prima e sua vida
civil era solitária demais, mas estava se sentindo estranhamente esperançosa
naquele dia. Ele se lembraria, tinha certeza, passar mais tempo juntos
ajudaria a arrancar as memórias daquela cabeça dura e depois disso poderia se
concentrar em achar um lugar no time.
Se despediu
do dono da barraca de café e caminhou sozinha, inconscientemente fez o caminho
da Watchtower e só parou quando a vislumbrou longe. Imponente entre os prédios
modernos de Metropolis. Às vezes se esquecia de que aquele lugar era seu, um
presente que sem pensar duas vezes usou para algo maior, só para abrir mão dele
de novo quando deixou Tess ficar com seu posto.
Não se
arrependia, mas a incapacidade de encontrar outro posto a deixava pensativa.
Não tinha superpoderes, dinheiro próprio ou habilidades especiais como um arco, anos de artes marciais, ou estudo de magia. Tudo o que podia
fazer no momento era dar alguns conselhos. Ser os olhos, a guia, a hacker era
tudo o que sabia fazer e eles tinham Tess para isso agora.
Mas isso não
era o mais importante no momento. Recuperar a memória de Oliver sim. Então girou sob os calcanhares e caminhou na direção contrária, tirando o celular do
bolso. Chamou duas vezes antes de Emil atender.
“Olá, Chloe”
Chloe
sorriu. “Oi, Emil. Como vai?”, ela perguntou com um sorriso.
“Bem.
Esperando Tess para o almoço.” Emil respondeu casualmente e o sorriso de Chloe
aumentou.
“Mande um oi
meu para ela...Serei rápida.” Chloe deu um gole em seu café antes que
esfriasse.
“Está tudo
bem? Oliver está bem?”, o tom de voz dele ficou mais sério.
Chloe secou
a boca antes de responder. “Sim. Nada de grave, é só que ele não está dormindo
direito.” Não diria como tinha reparado, que não estavam dormindo juntos. “Você
se importaria de ligar para ele hoje, só para...sei lá, checar?”
Chloe
escutou uma risada rápida do outro lado. “Claro, Chloe. Só para saber como Oliver vem passando. Também acho que a privação de sono não fará bem à evolução
dele. Pode deixar.”
“Obrigada,
Emil... E bom almoço para vocês.” Chloe escutou o médico murmurar uma
confirmação antes de desligar. Estava à procura de uma lixeira quando sentiu o
celular ainda em sua mão vibrar. Sorriu sem perceber quando atendeu. “Alô”
“Sabe o que
eu acabei de me dar conta? De que você acabou se enclausurando na cobertura após
meu pequeno, abre aspas, acidente, fecha aspas e isso não pode acontecer, não
depois do que você me contou.”
Chloe mordeu
o lábio inferior esperando que ele não pudesse escutar o transito. Verdade era
que aquela era a primeira vez que saia de casa após... tudo. “Oliver...”
“Não me
venha com Oliver. É verdade e você sabe disso.” O tom dele era neutro e Chloe
se sentiu a vontade para dizer a verdade.
“Bem. Pode
ser que eu concorde, mas não é sua culpa. Eu só estava sem inspiração.” Ela admitiu
meio timidamente.
“O fato de eu
estar alguns andares a baixo não ajudou muito, não é? Você estava concentrada
na minha saúde, eu entendo.”
Faria
qualquer coisa por ele, quis dizer. Faria qualquer coisa, inclusive ficar em
casa para vê-lo sair para trabalhar ou voltar de uma patrulha, só para ter
certeza de que ele estava bem, quis dizer que fazia e faria por que o amava
mais que tudo e por que sentia sua falta o tempo todo, mas não disse. “Está
tudo bem.”
“Ótimo. Mas
hoje eu vou te tirar de casa, então esteja pronta às oito por que nós vamos
sair para jantar. Espero que goste de comida tailandesa.” Ele falou sem parar para respirar. “Escute. Minha secretária está gesticulando na porta, então é
grave. Te vejo de noite, certo? Às oito. Até mais tarde”.
Chloe abriu
e fechou a boca, olhando para o celular em sua mão. O que tinha acabado de
acontecer? Começou a rir sem perceber. Seu marido havia lhe intimado a um
jantar? Se forçou a respirar fundo uma, duas vezes. Seu marido não, apenas
Ollie, seu amigo. Não podia se deixar levar pela esperança, mas uma parte do
seu coração acelerado pedia ao resto para que fosse Ollie, o homem que a amava
surgindo de algum lugar para lhe resgatar daquela vida bizarra. De qualquer
forma teria uma noite inteira com Oliver.
Uma nova
vibração em sua mão a tirou dos seus devaneios. Era Lois chamando, de novo. Era
a segunda vez que sua prima ligava naquele dia e havia ignorado da primeira.
Não era justo, então aceitou a ligação. “Oi, Lois.”
“Finalmente”,
Lois reclamou assim que Chloe atendeu.
Chloe
atravessou a rua. “É a segunda ligação, Lois e eu atendi. O código diz que só
depois da quinta ligação não atendida ganhamos o direito de reclamar.”
“O código é
suspenso quando alguém está ferido.” Lois argumentou.
“Eu estou
ótima, Lois. Sério”, Chloe tentou ganhar tempo até precisar falar do que sua
prima com certeza queria falar.
Lois bufou e
o barulho do ar ficou alto. “Que bom que seu humor está voltando. Por que às
ultimas noticias não combinam com ele.”
Foi
suficiente para Chloe parar diante de uma loja. “Notícias? Sobre mim?” ela
engoliu com dificuldade. “Por um acaso Clark andou usando os super ouvidos?”
O silêncio
durou pouco, Chloe escutou Lois suspirar e ali estava sua resposta. “Não, Chlo. Ollie passou no Planeta semana passada. Ele estava todo esquisito, mais
do que o normal.”
“O que ele
queria Lois?” Chloe cortou a tentativa de Lois de descontrair.
“Eu não sei,
na verdade.”
“O que ele
te disse, sobre mim? Sobre nós?” Chloe perguntou, mas sem saber se queria uma
resposta.
“Ele disse
que... você estava se escondendo dele e que precisava ir embora. Então ele saiu
correndo. Você está bem?”
Chloe
apertou os dedos em volta do celular e antes que Lois perguntasse de novo,
respondeu. “Sim, eu estou. Às coisas estão melhores. Eu juro... Olha, Lois. Eu
estou chegando na cobertura e o sinal do elevador é bem ruim. Eu já te ligo, certo?”,
ela desligou depois de mentir. O sinal no elevador era ótimo e mesmo assim, ainda
estava longe de casa.
Oliver tinha
estado com Lois no mesmo dia em que pediu para contar sobre eles, minutos
antes. Oliver, seu marido tinha ido atrás de outra mulher e não uma mulher
qualquer, Lois. Se tinha alguma duvida antes, agora não tinha mais. Oliver
ainda estava apaixonado por sua prima. Ele provavelmente se sentiu culpado e pedir
para saber da história deles deve ter sido uma maneira de aliviar a culpa.
...CONTINUA.
Comentem pessoas lindas.
Difícil a situação da Chloe o ollie tinha que se lembrar justo da época que era apaixonado pela Lois. Amo e odeio a angústia rss , mal posso esperar pelo próximo capítulo.
ResponderExcluirAline
Muito difícil, né? Mas precisamos também nos perguntar o por que de ele ter voltado a esse ponto da vida.
ExcluirValeu pelo comentário, Aline ;)
Ai, que dó!! Oh, meu Deus!
ResponderExcluirTava tudo indo tão bem... mas então, Lois SUTILEZA Lane! ¬_¬
Que aflição pela Chloe... tá maltratando a tadinha, Roberta... e a gente! =(
Ah, adorei a menção ao Bruce e definitivamente o Oliver devia seguir o conselho da Tess, e com esse final a Chloe também.
Amando cada vez mais essa fic!!
GIL
Lois sutileza de um trator!
ExcluirAin, GIL. Desculpa, mas só faço isso por que ela guenta heheheehe
Gostou? Tem uma amiga doida pra que eu coloque ele, mas já disse que só mais pra frente.
Muito obrigada ^^
Tadinha... uma decepção atrás da outra.
ResponderExcluirNoelle
Chloe e vida fácil não combinam, né?
ExcluirE justo quando ela estava se sentindo mais esperançada.
Valeu, Noelle *-*
A Lois é muito sem noção mesmo. Já faz uma semana desde a visita do Ollie ao Pla neta Diário e ela não falou nada.
ResponderExcluirDaí resolve ligar, percebe que a Chloe está de bom humor e ainda assim abre o bocão ...
Aguardando os próximos capítulos dessa novela
Nati
Lois Lane é um ser desprovido de noção.
ExcluirFora isso o timing dela é completamente cagado.
Valeu, Nati.
Logo tem mais <3
Mds,que fic é essa Roberta!
ResponderExcluirTadinha da Chloe.
#Amando
#UmCapituloPorDia
Oi, Carol!
ExcluirTudo bem? =D
hahahahahaha amei a tag! Queria muito muito, mas muito mesmo colocar um capitulo por dia por aqui, ajudaria a limpar a mente de tanta fic gurdada, mas sou meio atrapalhada das ideias.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircoitadinha da Chloe
ResponderExcluircoitadinha da Chloe
ResponderExcluirE Le, ela vai precisar de muito amor ainda, viu ;)
ExcluirEntre nós duas.
Eita Lois infeliz!!!
ResponderExcluirBem Lois Lane, né?
ExcluirTentei ser fiel hehehehehe
Tá demais esta fic Roberta, não vejo a hora de ler os próximos eu choro junto com a Chloe rsrsrs
ResponderExcluirProntinho, Nete!
ExcluirContinuação postada ;)
E muito, muito obrigada por acompanhar, fico muito feliz por saber que está gostando.