quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Open Doors, tradução


Essa é a tradução de Open Doors, uma fic da Tarafina (também conhecida como sarcastic_wit e sarcastic_fin). Eu só levo o crédito pela tradução. Os personagens, obviamente não pertencem a nenhuma de nós duas, porque senão Chlollie já teria acontecido há tempos em SV

Portas Abertas

Oliver observava enquanto ela andava de um lado da torre de vigilância para o outro, murmurando sob sua respiração sobre o tanto que Clark estava sendo idiota. Diante dele estava uma montanha de informação, tanto da Liga quanto das Indústrias Queen. Mas se concentrar nisso era impossível. Adivinhação do futuro era uma coisa; ele podia engolir essa com uma pitada de sal; Mas saber com certeza que uma vez, o futuro envolvia humanos sendo tratados como gado enquanto ele era parte de um grupo de resistência era totalmente diferente. E nesse futuro, ele morria. Ele era um herói até o fim, com seu arco em mãos e sua flecha apontada para os kandorianos que obscureciam o céu. Ele não era o único. Onde estava seu time? AC, Bart, Dinah, Victor – eles não pertenciam a este novo mundo.
Só ele e Chloe e pelo que Clark havia dito, ela era uma sombra da mulher que ele conheceu. Quebrada, desgastada, recusando-se a confiar no mesmo homem que ela ficou ao lado cegamente durante todos esses anos. Ela morreria no chão tingido de vermelho momentos depois de oferecer ao mundo sua última chance. E sabendo disso, ela ainda lutava, ainda procurava por outra maneira de salvar a todos. E mais do que isso, ele também o fazia. Enquanto Clark decidia ficar amigo do inimigo, ele e Chloe procuravam um plano B. Mas não era assim que seria? Os dois com seus ideais e crenças contra Clark Kent e sua inabilidade em entender?
Suspirando ele se levantou, atravessando o cômodo e parando na sua frente antes que ela pudesse passar por ele. Segurando seus braços em suas mãos, ele a forçou a parar.

Olhando para ele, ela arqueou a sobrancelha, questionando:
“Por mais que eu me divirta muito ficando tonto ao observar você, isso não é exatamente produtivo.”

Fazendo cara feia, ela retirou suas mãos pra longe. “Eu não serei produtiva até eu deixar de estar tão inacreditavelmente irritada, então me perdoe se eu não me sinto com muita vontade de voltar ao trabalho.”

Ele concordou compreensivamente. “Okay…” Ele acenou com a mão “Então fale comigo.”

Ela franziu a sobrancelha. “O quê?”

Ele sorriu. “Falar… Você sabe como fazer isso sem ser sarcástica com alguém, certo?”

Franzindo os lábios, ela revirou os olhos. Mas ele podia ver claramente que ela se divertiu com aquilo. “O que há pra dizer que você já não saiba?”

Encolhendo os ombros, ele colocou suas mãos nos bolsos. “Você está com raiva, mas qual parte disso está realmente te chateando? Que Clark pensa que pode salvar Zod ou que ele está fazendo isso sem você?”

Trincando os dentes, ela se virou.

“Eu sei como te machucou, ele ir embora…” ele tentou novamente. “O fato dele continuar voltando apenas para agir como se nada importasse provavelmente não está ajudando…”  Ele a observou fechando os punhos. “E agora ele está desconsiderando você… apesar de você só estar tentando ajudar.”

“Eu sempre ajudo.” Girando de volta, ela o encarou sombriamente. “Eu sou aquela em que ele pode se apoiar. Aquela a quem ele vem quando ele não faz idéia do que está acontecendo. Mas ele isso? Não. Não, eu sou só a parceira, sou dispensável, certo? Ele pode ir embora e não dar a mínima pra isso o quanto ele quiser. Porque afinal o que são dez anos ?

Passando a língua pelos lábios, ele suspirou. “É muita coisa.”

Ela sacudiu a cabeça, fechando os olhos enquanto eles se enchiam de lágrimas.

Alcançando-a, ele a pegou antes que ela pudesse virar e fugir. Puxando-a mais pra perto, ele levantou seu queixo até que ela olhasse pra ele. “Eu não sei o que ele está pensando… Eu não sei como ele se justifica…” Secando suas lágrimas com o polegar, ele lhe ofereceu um meio-sorriso. “Mas eu sei que ele é um idiota. E quando isso se fizer notar e ele perceber o quanto magoou você, eu garanto que ele vai sentir isso.”
Ela franziu o nariz quando outro soluço passou por sua garganta.

Envolvendo-a nos seus braços, ele a abraçou mais apertado.

“Porque eu sou tão fácil de esquecer?” ela chorou, fechando seus punhos em torno da camisa dele. “Porque todos me abandonam?”

“Você não é fácil de esquecer,” ele disse a ela, seu abraço apertando. Ele podia matar Clark por isso, por fazê-la se sentir assim. Beijando seu cabelo, ele acariciava suas costas calmamente. “Eles foram estúpidos… Nós fomos todos estúpidos. Nós não deveríamos ter te deixado.”

“Isso machuca… Isso machuca tanto…”

Erguendo-a em seus braços, ele caminhou até o sofá e os sentou. Ele a segurou até que suas lágrimas cessaram e ela estava apenas deitada em cima dele, seu rosto enterrado em seu pescoço. Ela se encaixava tão facilmente em seu colo, o peso cálido em seus braços de alguma forma confortante.

“Sabe… se o futuro se desenrolar como Lois viu, tem um lado bom.”
Inclinando sua cabeça, ela franziu as sobrancelhas pra ele. “Qual?”

Ele sorriu largamente. “Eu estou com você.”

“Eu não pareço exatamente a pessoa mais divertida de se ter por perto,” ela o lembrou. “Eu mato sua ex-namorada e me torno uma estúpida amargurada.”

Ele riu suavemente. “Então mudaremos essa parte.”

“É?”
Ela suspirou. “E como vamos fazer isso?”

Colocando seu cabelo atrás da orelha, ele acariciou seu rosto com o polegar. “Eu não vou deixar você se tornar isso.” Olhando em seus olhos seriamente, ele roçou levemente os nós dos dedos em sua bochecha.
“Parceiros devem estar lá para o herói, certo?
Então eu te pegarei quando você começar a cair.”

“Parceiro, huh?” Ela sorriu levemente. “Eu já estou usando o couro verde,” ela provocou, dando uma olhada em sua jaqueta.

Ele riu. “Também fica bom em você.”

Suspirando, seu humor não mais letal, ela voltou a colocar sua cabeça no ombro dele. “Podemos fingir que toda essa coisa de chorar nunca aconteceu?” ela perguntou esperançosa.

“Eu não sei… Não tenho certeza, minha camisa nunca será a mesma.” Rindo baixinho quando ela bateu de leve no seu peito em repreensão, ele concordou. “Tá, eu vou fingir que você não chorou em mim todo.”

“Mas?” ela perguntou, suspeitando .

“Mas sem o choro fica parecendo que nós apenas estávamos nos abraçando no sofá.”

Fingindo-se de séria, ela olhou pra ele. “Eu não acho que eu deveria estar aconchegada nos braços do meu parceiro no sofá… É um relacionamento que provavelmente deve ser só sobre trabalho.”

“É?” Ele arqueou uma sobrancelha. “Bem, já que os rótulos de chefe-parceiro estão bem embaralhados agora, porque não nos chamamos de amigos?”

“Amigos?” ela analisou por um momento. “Suponho que ficar abraçada com um amigo seja normal.”

“E se esse amigo pensasse que talvez você pudesse significar mais?” Levantando sua cabeça, ele a olhou
especulando.
“Se no processo de evitar que você seja aquela 'estúpida amargurada' ele quissesse conhecer você, de hoje em dia, melhor?”

Mordendo o lábio, ela olhou pra ele sem acreditar no que ouvia. “É um grande limite pra se atravessar,
Oliver… Ainda mais com nossas mortes iminentes em menos de um ano…”

“Nós definitivamente deveríamos fazer o melhor com o que temos então,” ele murmurou, sorrindo.

Sentando em seu colo, ela abriu espaço entre as pernas dele, deslizando seus braços em torno de seu pescoço. “Não sei não… Matar Tess no futuro poderá parecer mais com um ataque de ciúme se ficarmos juntos.”

Ele sorriu abertamente. “Eu gosto desse lado possessivo seu.”

Rindo, ela se inclinou pra frente até que suas testas se encontrassem. “Você vai me manter sã?”

Deslizando os dedos pelo cabelo dela, ele massageou seu pescoço afetuosamente. “Eu irei mantê-la e ponto final.”

“Isso pode dar numa bagunça…”
“Estamos ficando bons em limpar a bagunça no mundo… Eu acho que podemos lidar com isso.”

Ela ergueu uma sobrancelha. “Tem certeza? Porque uma vez que você abrir essa porta, não há como fechar.”

“Está bem aberta… Tudo que você tem que fazer é me convidar pra entrar.”

Sorrindo lentamente, ela concordou e cobriu o espaço entre eles, seus lábios se encontrando num beijo. Sua espinha arrepiou-se; seus lábios se abriram em busca de ar. Tomando vantagem, a língua dela procurou a dele e como se eles estivessem juntos há muito tempo, eles foram ao encontro de cada movimento e toque com conhecimento antecipado. Com os dedos enterrados no cabelo dele, Chloe apertou-se contra ele, gemendo suavemente quando ele provocou sua língua com a dele. Consumindo-se um com o outro, eles não pensaram no mundo lá fora ou no que ele se tornaria um dia. Esse era o começo deles, para qual o fim ainda era subjetivo. Se acontecesse como Lois viu, então eles ficariam juntos e lutariam contra o que viesse. E se um outro futuro os encontrasse, então eles fariam o que eles sabiam fazer melhor: Lutar, salvar, viver e amar; juntos.

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