sexta-feira, 9 de abril de 2010

Oliver or Cake (capítulo 2), tradução


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Oliver or Cake (capítulo 1), tradução

Uma fic incrível da BlueSuedeShoes. Tem outro capítulo, que eu devo postar até o fim de semana. Boa leitura! ;D

domingo, 4 de abril de 2010

Velvet Blindfolds and Boxes, tradução.

Depois de um tempinho sem traduzir, aqui estou eu de novo, com outra da Tarafina. kkkkk As pessoas devem achar que eu tenho uma preferência absurda por ela, mas ela tem escrito MUITA coisa ultimamente. ;D Essa é tão fofa. Sempre me deixa com um sorriso no rosto toda vez que leio.
Boa leitura.


Velvet Blindfolds and Boxes
-1/1-


“Me lembre mais uma vez porque a venda é necessária?” ela perguntou, mordendo os lábios

Ele sorriu pra ela. “Você vai espiar se eu apenas te pedir pra fechar os olhos... Você é curiosa demais pro seu próprio bem, Parceira.”

Ela tentou aparentar indiferença, mas a boca dela se curvava num sorriso. Ele estava certo; Apesar dele já estar levando-a pra surpresa dela, ela já estava se coçando pra saber o que era sem esperar mais. Paciência era uma virtude que Chloe Sullivan não tinha. Quando ele a convidou pra passar a noite e prometeu uma surpresa, ela estava esperando algo mais... Nu. Não ajudava a camisa do pijama dele estar desabotoada, revelando uma extensão de músculos e pele bronzeada. Ela lambeu os lábios, sabendo que ele estava logo atrás dela e que o corpo quente dele estava tentadoramente perto. Quando ele arranjou uma venda, ela ficou ainda mais interessada, até que as roupas dela permaneciam intactas e ele a levava pra algum lugar desconhecido, a promessa de sexo espetacular aparentemente distante.

“Tem coisas muito mais divertidas que poderíamos estar fazendo com essa venda, sabe...” ela sugeriu, rindo.

A risada rouca dele no ouvido dela a fez tremer da cabeça aos pés. “O jogo está apenas começando...”

Oliver tinha um jeito de fazer as coisas parecerem tão promissoras; ele nem tinha a tocado ainda, não realmente, e não somente ela estava vestida como ele acrescentou ainda mais tecido. Quase um ano disso e o homem ainda tinha o mesmo efeito sobre ela; ela jurava que ele sabia exatamente o que era preciso pra fazer as pernas dela tremerem, pra respiração dela ficar irregular, e o coração dela saltar uma batida. No começo, amizade com alguns benefícios era tudo que ela queria, mas aí os limites ficaram borrados e o que era pra ser apenas pra aliviar o stress, conforto entre duas pessoas que confiavam uma na outra, ficou mais intenso e a luxúria evoluiu pra amor. Naturalmente, ela evitou qualquer possibilidade disso, mas como se ele sempre soubesse que isso ia acontecer, ele não somente aceitou como a convenceu também.

As mãos dele apertaram de leve os ombros dela, trazendo-a de volta pro presente, e então ela estava claramente consciente quando eles saíram da sala e foram pro quarto dele. Foi o cheiro dele; masculino, o indistinto perfume que aguçou seus sentidos, ela podia até sentir o cheiro do sabão na roupas penduradas no guarda-roupa dele e nos lençóis. Não muito atrás estava o cheiro dela que parecia se misturar ao dele agora, o perfume dela perto da cômoda dele, das folhas aromáticas¹ que ela usava nas roupas. Ela tinha umas coisas na casa dele uma vez que ele insistia que ela não passasse a noite na Torre de Vigilância e não voltasse pra Smallville de carro quando ficava muito tarde.

“Mantenha uma mente aberta,” ele disse pra ela, a bochecha dele encostando no cabelo dela, a boca próxima da orelha.

Ela bufou “No meu campo de trabalho? Uma mente aberta é um requisito.”

“Isso não é trabalho, Professora,” ele murmurou, uma certa mudança gentil no tom dele, que fez as sobrancelhas dela se franzirem.

“Considere minha mente bem aberta mesmo assim.”

“E apenas pra garantir, pode manter seu coração aberto também...” ele sugeriu. “Não quero que os dois discordem.”

“Você está nervoso?” ela perguntou, um riso leve se fazendo perceber em sua voz. “Eu é que estou com a venda e confiando que o quer que seja, não mata, mutila ou deforma. Uma vez que os exercícios na cama estão fora de questão por agora, a única pessoa que deveria estar nervosa sou eu!”

Ele riu perto da orelha dela, o som grave fazendo o estômago dela afundar em resposta. Como ela queria se livrar das roupas dela, tirar as dele, e ir direto pra parte divertida!

Ele beijou o pescoço dela então, a barba que começava a crescer roçando na pele dela, e ela parou de respirar por um segundo. E aí os dedos dele desataram o nó da venda atrás da cabeça dela. Enquanto a venda de veludo vermelho caia, ele acariciava o pescoço dela, observando-a. Ela levou um momento pra abrir os olhos. Expectativa como ela nunca conheceu fazendo o coração dela bater acelerado. Ao abrir os olhos, ela levantou o olhar do chão lentamente. O quarto dele, exatamente como ela suspeitava, mas agora que ela olhava ela podia notar algumas diferenças. A bolsa de roupas e extras que ela normalmente deixava perto da porta não estava lá. O perfume dela estava na cômoda, ao lado do dele ao invés de estar guardado na bolsa. Dentro do guarda-roupa estavam as roupas dele e dela, penduradas e juntas. Na cama não estava mais a colcha verde escuro que combinava com os lençóis e fronhas, mas a colcha colorida favorita dela e o travesseiro laranja dela estava ao lado do verde dele. E lá, no meio do meio da cama, tinha uma caixa de veludo esmeralda. Ela engoliu seco, joelhos nem um pouco firmes.

A primeira coisa que ela pensou foi um anel, e automaticamente a mente dela criou uma imagem do que ele escolheria, do que ela gostaria. Dois diamantes um de cada lado numa esmeralda brilhante; no entanto pequena, nada ofuscante, mas elegante, belo, simples, e não somente ‘ela’, mas ‘eles’. E então os olhos dela arregalaram; um anel – rápido demais, cedo demais. Ela não tinha certeza se estava pronta pra isso, se eles estavam prontos pra isso. Ela estava entre a animação e o medo; uma parte dela pensava que daria certo, eles podiam fazer isso. E outra parte estava apavorada que eles não pudessem, que iria acabar do mesmo jeito que acabou com o Jimmy. Logicamente, ela sabia que era bem impossível. Jimmy não sabia de nada sobre a maior parte da vida dela enquanto Oliver estava na verdade vivendo-a com ela, consciente de cada segredo. E não havia nenhum monstro apaixonado por ela, mas destruindo o mundo; não agora. Então nada de Davis pra matar Oliver e a deixar sem seu coração.

Mas eles estavam prontos? Só fazia um ano e sim, ela o amava, mas ainda havia tempo, ainda havia coisas que eles podiam aprender um sobre o outro.

“Abra,” ele sugeriu, lábios roçando na orelha dela delicadamente. Ela acenou que sim, incapaz de falar, e atravessou o quarto, saindo do abraço dele. Ela teve que ajoelhar na ponta da cama larga dele, alcançar o centro e tirar a caixa de lá. O veludo era macio, gelado contra os dedos dela. Ela não conseguia não olhar pra ele, pro jeito calmo que ele estava em pé na porta, um meio-sorriso em seus lábios e os braços cruzados no peito nu. Os olhos castanhos e risonhos dele foram o que fizeram ela abrir a caixa; talvez ela não fosse paciente mas era definitivamente orgulhosa. A respiração ficou presa em sua garganta enquanto ela olhava dentro da caixa. Não um anel mas uma chave. Ela não sabia se estava decepcionada ou aliviada.

“Então... você passa seis dos sete dias e noites aqui, você tem seu próprio lado da cama e eu não faço idéia de onde você colocou a comida que estava no armário mas eu sei que você tem café pra durar até durante um apocalipse...” Aí ele sorriu. “Não temos uma vida convencional e nossa relação não é sempre normal, mas... Eu amo você e...” Ele abaixou um pouco a cabeça. “Quando você não está aqui eu fico desejando que você estivesse.”


Ela segurou a chave e olhou pra ela um pouco mais. “Você sabe que sua casa é protegida por um cartão e senha, certo? E que eu posso passar pelo seu servidor qualquer dia da semana se eu quisesse entrar?”

Ele riu, andou até a cama e sentou ao lado dela. “Então eu sou um pouco sentimental... e um cartão não caberia na caixa.”

Ela riu, concordando. “Ok... Então você mudou minhas coisas pra cá, me arranjou uma chave e essencialmente me pediu pra morar com você...” Olhando pra ele, pro sorriso suave na boca dele, ela sentiu um sorriso dela curvando os lábios. “Se eu disser sim, o que eu ganho em troca?”

Ele arqueou a sobrancelha. “Colocar a venda de volta...”

Ela mordeu os lábios, esperou. “Pra que?”

Inclinando-se na direção dela, o nariz dele lentamente se aproximando do dela, ele olhou intensamente nos olhos dela e sussurrou, “Eu não quero estragar a surpresa...”

Ela tremeu, e a reação se espalhou pelo corpo todo. “Você entende que estará preso a mim se fizermos isso, certo? Não tem volta... Não de verdade.”

Ele riu, concordando, e aí enterrou a mão no cabelo dela, puxando seu rosto pra perto. “É essa a idéia.”

Quando os lábios dele encontraram os dela, ela derreteu; no abraço dele, na proposta e em tudo mais que ele oferecesse. Deitando na cama, as mãos dela no peito musculoso dele, os dedos afundando como se ela esperasse que ele se afastasse, desaparecesse, no estilo bom demais pra ser verdade. Mas ele não fez nada disso, ao invés disso ele mordeu os lábios dela e puxou mais pra perto, as mãos tirando a roupa dela e fazendo o corpo dela entrar num frenesi com as carícias. O toque dele tinha um jeito de dissipar os pensamentos dela, de deixá-la inconsciente de qualquer outra coisa que não ele. Mas dessa vez, ela agarrou-se ao pensamento, à idéia que ele fez entrar na cabeça dela. Ele, ela, vivendo juntos, devidamente. Sem mais noites dirigindo de volta pra Smallville, sem mais escutar Clark e Lois tentando ficar quietos, e sem mais ficar longe dele quando tudo que ela queria era estar com ele.

Quando ele se afastou pra beijar o pescoço dela, os olhos dela piscaram várias vezes, encarando o teto. “Sim,” ela sussurrou inspirando o ar.

Ele parou, mordeu o pescoço dela e então se levantou até que eles estivessem cara-a-cara de novo. Ele olhou intensamente em seus olhos com atenção. “Sim?”

Ela segurou o rosto dele entre as mãos, algo dentro dela se suavizando ao ver a leve sombra de preocupação nos olhos dele. “Sim... Vou me mudar e aceitar sua chave que na verdade não abre nada e o que quer que venha com isso...”

Ele riu, concordando. “Bom...” Beijando a boca dela mais uma vez, ele se afastou e sorriu. “Porque te mudar de volta pra Lois ia ser um inferno... Ela já estava tentando alugar seu quarto e eu acho que ela atirou um sapato na minha cabeça quando eu estava indo embora.”

Rindo, Chloe envolveu o pescoço dele com os braços. “Então eu vou ter que ficar.”

Ele fingiu decepção. “Vou fazer meu melhor pra estar à altura.”

“Mm.” De repente, ela o rolou na cama e ficou por cima dele, sorrindo enquanto as mãos dele acariciavam suas coxas. Se esticando, ela pegou a venda e a segurou nas mãos. “Agora sobre aquelas outras surpresas que você tinha guardadas...” Ela riu. “Você primeiro, companheiro de quarto.”

Então não era um anel ou um noivado, mas era uma parte definidora do relacionamento deles. O fato dela até mesmo ter se animado, momentaneamente, com a possibilidade de ser esposa dele dizia um bocado de qualquer forma. Em um ano, ela aprendeu a confiar, amar, e receber o mesmo. Eles brigavam, faziam as pazes, compartilhavam segredos e superavam a pior parte. E agora ela tinha um novo lar, uma chave pro futuro, e um homem com quem ela estava rapidamente se convencendo de que passaria toda a sua vida. O casamento ainda podia esperar um pouco mais, mas o sexo espetacular... isso era uma certeza diária.

Observações:
1 - folhas aromáticas. Eu realmente não sei se a tradução está certa, mas sei que no texto original eles falam de um produto específico, Bounce, que pelo que eu pesquisei é um detergente de roupas mas também existem esses lenços, que tem o mesmo efeito.

Once Upon a Time - Tradução

Once Upon a Time - Tradução

Oi gente! Eu sou a Nathalia e vou ajudar a Ivy a partir de agora com as traduções, então se tiverem alguma sugestão é só mandar. Me apresento com uma fic muito fofinha da Tarafina. Não vou falar mais nada sobre a fic porque é legal descobrir tudo no desenrolar da história. Eu ia postar outra, de uma das minhas autoras favoritas de Chlollie, mas estava dando uma olhada e ainda tem muitos ajustes pra fazer (xD), então ela vai ser a próxima. Espero que gostem dessa! ^^

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Era uma vez um bilionário... que também era um super herói vestindo couro verde à noite, mas poucos sabiam disso então isso não era frequentemente usado em conversas sociais. Em todo caso, havia um bilionário chamado Oliver Queen; um bom homem que tinha um passado não tão bem definido e trabalhava duro, diariamente, para ser tornar o tipo de pessoa que seus pais teriam orgulho. Veja, na sensível idade que cinco anos, Oliver perdeu seus pais, Robert e Laura, em um trágico acidente de avião; um acidente que foi orquestrado por pessoas que ele tinha uma vez considerado amigos. Então Oliver cresceu em um lar sem o amor e a família que ele conhecia e ao chegar à adolescência estava aborrecido e sombrio, descontando a sua infância triste nos outros. Durante sua juventude, ele já tinha ido tão longe para se proteger que afastou a primeira mulher que amou verdadeiramente. Tess “Mercy” Mercer. Mas diante de uma revelação e um entendimento de si mesmo e do mundo de transformar a vida, Oliver Queen foi capaz de se corrigir e se transformar em um homem melhor, que olhava para o futuro e jurava que iria mudá-lo, que iria fazer algo digno de orgulho.

Oliver tinha tomado seu couro verde e seu arco e flecha e estava começando suas aventuras como Arqueiro-Verde, defensor da justiça para todos, quando encontrou seu segundo amor. Mas não foi tão fácil assim. Lois Lane, uma impetuosa, bela e brilhante mulher, havia dado a ele mais uma chance para o amor, o compromisso e o companheirismo, mas sua lealdade para com salvar o mundo o fez fechar os olhos para aquele futuro. Então, de coração partido, eles se separaram e ele estava mais uma vez dependendo unicamente de sua dupla personalidade para ajudá-lo em sua dura vida.

Foi uma surpresa quando um dia ele se encontrou enrolado em um beijo ardente com ninguém menos que sua favorita e mais confiável ajudante, Watchtower. Mais chocante era que ela era, na verdade, a mais querida prima de sua ex-namorada Lois. Tendo ficado arrependido de ter terminado com Lois por algum tempo, um longo tempo na verdade, ele estava receoso em começar algo entre ele e a boa amiga, Chloe, então eles concordaram com algo menos permanente. Um pacote amigos-com-benefícios os ajudaria em tempos de estresse, proveria o conforto que ambos precisavam, mas permitiria a liberdade que eles desejavam−

“O que é isso, papai?” A pequena Anna Queen, quatro anos e sempre curiosa, perguntou.

“Oliver franziu a testa. “Err, é quando duas pessoas se beijam e ficam bastante de mãos dadas para não se sentirem solitárias... Mas não são namorado e namorada, docinho, somente muito, muito bons amigos...”

Chloe estreitou os olhos pra ele, estupefata. “Boa explicação, Oliver.”

Ele levantou os ombros inocentemente antes de voltar para seu conto...

Então Chloe e Oliver começaram sua... muito íntima amizade, sem contar a nenhum de seus amigos ou familiares para o caso de a crítica ser a primeira coisa no cardápio. Entretanto, quanto mais tempo eles passavam juntos, fingindo que era só amizade, mais próximos eles ficavam. Como Chloe havia estado lá, no passado, para juntá-lo do chão e tirar a poeira depois de seus muitos tropeços e passos errados, ele também esteve lá para evitar que ela se tornasse a reclusa que estava decidida a ser−

Chloe fungou, revirando os olhos.

“Você vai me deixar contar a estória?” Ollie perguntou, franzindo a testa pra ela.

Ela levantou uma mão inocente simulando um olhar de rendição. “Ah, por favor, continue...”

E com o passar dos dias e meses de risadas e, err... amizade íntima, Chloe e Oliver começaram a se apaixonar. Nunca tendo planejado isso e ambos concordando que nada mais viria do seu acordo, nenhum dos dois contou ao outro sobre essa mudança. Então, se fingindo de distraídos, eles agiram como se tudo estivesse como deveria. Mas, sendo o sempre encantador e astuto que era, Oliver decidiu que o acordo deles simplesmente não poderia continuar como estava. Era hora de mostrar a Chloe que ele a amava e era hora de ela o amar de volta. Então ele fez um plano; um que mostraria a ela como eles poderiam ser bons juntos, o quanto eles se amavam, e−

“Não me lembro de ter sido assim,” Chloe interrompeu. “Na verdade, acho que eu percebi tudo antes de você...”

Oliver revirou os olhos. “Mas você fez alguma coisa?”

Apertando os lábios, ela ergueu uma sobrancelha. “Confia em mim, Verdão, você não estava só nessa sua missão!”

Prendendo os cabelos loiros dela atrás da orelha, ele sorriu. “Isso importa? Nós dois vencemos no final.”

Lentamente, os lábios de Chloe se curvaram em um sorriso e ela se inclinou para frente para beijá-lo.

Entretanto, antes que eles pudessem começar, a cabeça de Anna apareceu entre eles, fazendo com que eles beijassem as bochechas dela.”Eu quero saber como acaba!” ela exclamou, impaciente.

Oliver riu, suspirando exageradamente desapontado. “Tá bem...”

Com planos elaborados para flores e chuvas de presentes, tudo do melhor, desde o melhor em cafés importados até os mais altos avanços tecnológicos em laptops, e até entrevistar um palhaço cantor que a seguiria por aí e cantaria baladas, Oliver se pôs a impressionar sua parceira e ajudante para que ela visse a verdade.

Mas... Ele suspirou para dar efeito. Nada era fácil na vida de Oliver Queen e o que quer que ele planejasse parecia dar horrivelmente, horrivelmente errado. O café se foi trocado por descafeinado, o laptop explodiu ainda em seu pacote original, e o palhaço não estava tomando seus remédios direito... Então, desapontado e sentindo como se o mundo estivesse dando um sinal, Oliver foi pra casa, afrouxando sua gravata e deixando os ombros cair, fracassado. Mas quando ele entrou em seu apartamento, ficou frente à frente com a mulher que tentava tão esforçadamente impressionar.

Segurando uma garrafa de vinho e duas taças, ela sorriu maliciosa pra ele, como era o forte dela. “Se importa com uma comemoração, Sr. Queen?”

Apesar do dia ruim, um sorriso se prendeu aos lábios dele. “E o que estamos comemorando, Senhorita Sullivan? Eu não devo ter recebido o memorando.”

Indo em direção a ele, seus saltos verdes estalando, ela inclinou a cabeça para encontrar o olhar dele. “O começo...”

Sobrancelhas enrugadas, ele esperou por mais explicações.

“Engraçado... Ou você esqueceu ou esteve tão concentrado em seu esquema que negligenciou uma informação um tanto vital...” ela hesitou, intencionalmente.

Tirando o paletó, desabotoou o punho da camisa e enrolou as mangas antes de pegar a garrafa de vinho e estourar a rolha. “Que era...”

Ela sorriu. “Que eu monitoro suas contas bancárias; cada transação, mesmo aquelas que foram canceladas devido à má operação por parte da companhia.”

Pausando, ele sacudiu a cabeça, sorrindo lentamente. “Então mesmo que você não tenha recebido meus presentes, você sabia que eles estiveram a caminho,” ele disse, compreendendo.

Fazendo que sim com a cabeça, ela sorriu. “Pareceu que você estava indo longe para chamar a atenção de alguém, Ollie.”

“Um certo alguém,” ele concordou gravemente. Ao pegar as taças, ele serviu cada uma e colocou a garrafa na mesa. Com o braço livre agora em volta da cintura dela, ele a puxou pra perto. “E eu consegui, professora?”

Tomando um longo gole do seu vinho, sem tirar os olhos dos dele, ela lambeu os lábios e jogou a taça pra trás. “Nunca esteve em outra pessoa.”

Oliver pausou a estória, sorrindo largamente com a lembrança feliz.

“E então o que aconteceu?” Anna perguntou inocentemente.

Chloe fungou. “Sim, Oliver, e então o que aconteceu?”

“Err...” Oliver encarou sua curiosa filha de quatro anos e limpou a garganta. Enrugando o nariz pra dar efeito, ele a abraçou apertado e levou seu rosto próximo ao dela. “Eles se abraçaram e se beijaram e ficaram todos emotivos e sentimentais!” ele exclamou, roçando o narizinho dela com o dele.

Rindo, Anna sacudiu a cabeça. “Eeeca!” ela gritou.

“Exatamente!” Fazendo cócegas nela, ele beijou os cabelos loiros dela afetuosamente.

“Então ele ficou feliz para sempre?” ela perguntou, olhando pra ele esperançosamente.

Sorrindo gentilmente, Oliver olhou para sua esposa, que o encarava com os mesmos olhos verdes de sua amada filha. “É... Oliver e Chloe viveram felizes para sempre...”

Chloe olhou para sua garotinha e fez que sim com a cabeça. “Eles se casaram e tiveram uma linda filha, orgulho e alegria deles!”

Anna sorriu excitada e então tocou a barriga arredondada da mãe. “E um filhinho também, certo? Eles tiveram o bebê Connor e a família deles era perfeita!”

“Certo,” Oliver concordou, envolvendo os braços em sua família. “Absolutamente perfeita.”

E todos eles viveram felizes para sempre.

Fim.

--

sábado, 3 de abril de 2010

Please, tradução

Outra fic da Tarafina, mas essa não foi eu que traduzi! ;D Agora o JustChlollie tem outra tradutora: a Nathalia, que ofereceu uma ajudinha mais que bem vinda aqui no blog. No próximo post com tradução dela ela mesma vai postar, só não aconteceu isso hoje porque eu esqueci de acrescentá-la na conta do blog ¬¬'

Boa leitura ;D

Título: Por favor


Original: http://www.fanfiction.net/s/4552241/1/Please


Autor(a): Tarafina (http://www.fanfiction.net/u/1066109/Tarafina)


1/1


Ele a perseguiu, medo pinicando a sua pele e a ansiedade correndo por ele. “Chloe! Por favor!”


Apesar das lágrimas e do coração partido, ela estava do outro lado do apartamento e no elevador antes que ele pudesse ao menos terminar seu apelo. Ele desceu pelas escadas, correndo pelos degraus tão rápido que quase tropeçou um desconfortável bocado de vezes. Estava sem fôlego quando chegou ao piso principal, mas não tinha certeza se era pelo cansaço ou pelo pânico. Apressou-se pela porta, quase a batendo contra a parede e correu para o elevador. O elevador se abriu bem quando ele parou na frente, respirando pesadamente e a encarando na sua frente. Lágrimas corriam pelo rosto dela, suas bochechas lavadas, olhos tristes, o coração que ela deixava exposto caindo e se partindo com cada segundo que passava.


Se fosse qualquer outra situação, ele a pegaria nos braços, a seguraria bem perto, beijaria os cabelos e prometeria que o que quer que fosse, ele consertaria.


“Não é o que você pensa.” Ele amaldiçoou a si mesmo no segundo que as palavras saíram da sua boca. Que clichê.


Ela fungou e suas mãos se elevaram, esfregando as lágrimas, espalhando a máscara pela bochecha sem se importar. “É, certo. Não me alimente com as falas prontas, Oliver. E já as escutei antes. Essa não é a minha primeira viagem nessa carona, lembra?”


Ele sacudiu a cabeça, sua garganta se apertando. “Por favor, só me escuta.”


Sua mandíbula se firmou e seus olhos viraram, braços se cruzando no peito enquanto ela saiu do elevador e ficou esperando.


“A Dinah chegou, disse que queria falar comigo sobre a Liga. Eu honestamente pensei que era só isso”


Ela fungou indelicadamente.


“E foi durante os primeiros minutos, então eu não desconfiei de nada. Eu sabia que você estaria em casa logo e pensei que a Dinah iria embora então. Mas aí...” Ele mudou de posição. “Eu não esperava que ela...” Suas sobrancelhas se enrugaram.


“Te beijasse,” ela terminou; voz neutra, olhos ainda não o encarando.


“Sim.” Ele olhou para o chão e de volta a ela. “Eu nunca... Eu nunca tive esses sentimentos por ela. Ainda não tenho.”


Ela não disse nada, encarando o salão, olhos na porta que leva pra longe dele. E ele sabia que se ele a deixasse ir agora, estaria terminado. Tudo estaria acabado.


“Eu nunca arriscaria você, Chloe. Não por alguém com quem nem me importo dessa forma.” Ele a encarou, sobrancelhas subindo. “Você realmente acha que eu desistiria de você por ela?”


“Não até essa noite.”

Ele suspirou, fechando os olhos por um minuto. “Foi um erro. Uma decisão imprudente da parte dela que não mudou nada.” Ele foi até ela, mãos caindo em seus braços, fazendo-a recuar. Ele se retraiu, mas se recusou a retirar a mão. “Chloe?”


“Eu preciso ir.”


“Não faz isso,” ele implorou, sua voz oscilando levemente.


“Eu não fiz nada.” Seus olhos se estreitaram, boca se prendendo em uma carranca.


Ele olhou para cima, amaldiçoando Dinah por ter vindo. “Eu pensei que você confiasse em mim.”


Ela virou para ele, seus olhos brilhavam com lágrimas. “E eu pensei que fosse suficiente pra você.”


“Você é!” ele quase gritou. “Eu não a quero. Nunca quis. Ela é só... Eu nem sei o que ela é. Ela tá confusa, eu acho.” Ele jogou as mãos para cima. “Eu sabia que você estava vindo, eu sabia que você estaria aqui a qualquer minuto. Você realmente acha que eu ia te trair assim? Não é só incrivelmente cruel como também é ridiculamente estúpido.”


Ela mordeu o lábio, olhos encarando o chão, cílios molhados por lágrimas derramadas.


Ele suspirou, sua mão alcançando o outro braço dela e puxando ela pra perto. Ele se inclinou para frente, pressionando sua testa contra o topo da cabeça dela. “Eu sei que as coisas têm sido difíceis ultimamente e eu sei que sou eu quem tem dito que não deveríamos dizer a ninguém. Mas isso nunca foi porque eu não amava você. O que você viu, o que aconteceu, foi só da parte dela.” Ele fechou os olhos, inalou a essência dela; suavemente floral. Sua mão deslizou para cima e circulou o pescoço dela por trás, as pontas dos dedos se alinhando ao cabelo dela. “Por favor, não me deixe por causa do erro de outra pessoa.”


Ela fungou, suas mãos indo até ele e repousando na cintura dele, bem sobre suas costelas, agarrando sua camisa. “Entrar lá...” ela murmurou em uma voz engasgada. “Ver ela beijando vo...” Ela não conseguiu terminar, sacudindo a cabeça ao invés.


“Eu sei. Sinto muito. Se eu soubesse que ela ia fazer aquilo...” Ela a abraçou contra ele, colocando o rosto no cabelo dela.


Os braços dela escorregaram ao redor dele, segurando firme nas suas costas. Ele podia sentir as lágrimas dela através da sua camisa e fez uma careta, odiando ter machucado ela, mesmo inadvertidamente como foi. Ele não sabe quanto tempo eles ficaram lá, agarrados nos braços um do outro, mas quando o choro dela finalmente parou, ele abriu os olhos e a soltou lentamente, virando a cabeça para baixo para olhar nos olhos dela, agora bem menos machucados do que antes. Ele deu um suspiro de alívio. “Me perdoa?”


Ela limpou o rosto, franzindo as sobrancelhas pra esconder o menor dos sorrisos. “Você vai ter que compensar,” ela disse.


Ele sorriu. “O que você tem em mente?”


Ela elevou uma sobrancelha sugestiva. “Você precisa perguntar?”


Ele riu fracamente antes de pressionar seus lábios contra os dela; agradecendo a Deus por não a ter perdido. Por um momento bem escuro, ele pensou ter verdadeiramente perdido tudo. Enquanto suas respirações se misturavam, línguas se enrolando, lábios juntos como tantas outras vezes antes e por vir, ele soube que deixaria claro para todo mundo envolvido que ele era dela e ela era dele e que ele queria continuar assim. Para sempre.

terça-feira, 30 de março de 2010

Boys Like Oliver, tradução

Da BlueSuedeShoes. Nessa, a Chloe e o Oliver são casados e tem uma filha Ann, que vai estudar em Excelsior, o mesmo internato em que Oliver estudou quando era mais novo. Eu morro de rir toda vez que leio essa fic, o Oliver com ciúme da filha é muito engraçado. Ela tem uma continuação, Boys Like Oliver II, composta por dois capítulos que podem ser considerados independentes dessa fic. Mas por enquanto eu não vou traduzir a continuação porque ainda tem um monte de outras fics que eu queria traduzir antes. Pra quem quiser, ainda em inglês:
http://www.fanfiction.net/s/5828007/1/Boys_Like_Oliver_II
Boa leitura ;D


“Vamos lá,” Chloe disse. “Hora de se levantar. Vamos pra escola hoje.”

“Eu tenho mesmo que ir?” veio o gemido petulante enquanto ele cobria a cabeça com o travesseiro. “Porque não pulamos toda essa coisa de ‘escola’?”

Chloe deu uma risada. “Sim, você tem. Vamos.” Ela caminhou até a cama e tirou os lençóis sem dó, o expondo. Ela o cutucou. “Vamos. Fora da cama.”

“Eu não fiz meu dever de casa!” ele grunhiu e Chloe gargalhou.

“Ok, Oliver, sério,” ela disse, sentando na ponta da cama. “Isso está ficando ridículo. Eu tive mais facilidade em tirar sua filha da cama do que estou tendo com você.”

Oliver estendeu a mão de repente e a puxou pra perto dele, aconchegando-a em seu peito confortavelmente. “Sim, bem, não é minha culpa você ter criado nossa filha pra ser tão estranha que ela gosta de escola.”

Tentando se soltar, ela riu de novo. “Ei! Qual o problema de gostar de escola?” ela perguntou indignada.

Oliver riu, fazendo cócegas na barriga dela e com isso fazendo-a gritar. “Você está certa. O que eu estava pensando?”

Chloe suspirou. “Oliver, realmente temos que levantar. Eu preciso tomar um café.”

Oliver resmungou e a soltou. “Qual é a série que ela está mesmo?”

“Sério, Oliver?” Chloe riu dele.

“Falando sério,” ele grunhiu irritado, aceitando as roupas que ela jogava em sua direção e começando a se vestir.

Chloe riu da expressão sonolenta dele. “Ela começa a sexta série hoje, lembra? Ela vai pra Excelsior e é tudo sua culpa. Eu queria que ela ficasse em casa e freqüentasse a escola pública, mas naaaaaaaão. Eles tinham que começar a permitir garotas em Excelsior.”

Ele olhou pra ela. “É tarde demais pra mudar de idéia?”

Ela lhe lançou um olhar chocado. “O que?”

“Escola pública é boa.”

Chloe estreitou os olhos pra ele, suspeita. “Por quê?”

“Porque se ela for pra escola pública, eu posso ameaçar e intimidar os garotos que chegarem perto dela.”

Chloe riu alegremente. “Não,” ela disse, andando até ele com um sorriso. “É tarde mais. Ela vai para a Academia e ela vai estar longe do seu olho-que-tudo-vê e ela vai namorar garotos. Vários garotos. Alguns deles vão até mesmo ter intenções menos que nobres.”

Oliver a encarou. “Não tem graça.”

“Ah, fala sério. Você estudou em Excelsior,” ela provocou, ficando na ponta dos pés para beijá-lo.

“É isso que me preocupa.”

Chloe riu novamente. “Bom argumento.” Ela ajeitou o colarinho da camisa dele e se virou pra sair do quarto. “Vamos bonitão. Nosso avião sai em uma hora. Se apresse e desça.”

Oliver observou ela sair com uma sobrancelha erguida, os quadris dela balançando suavemente enquanto ela andava. O fato de Chloe ser mãe não diminuiu em nada o tanto que ela parecia sexy pra ele.

Ele desceu rapidamente e encontrou Chloe tomando café e conversando animadamente com a filha deles, Ann. Ele recostou-se na entrada por um instante pra observá-las despercebido. Era incrível como Ann começava a se parecer com a mãe. Ela tinha os mesmos olhos e nariz, e é claro que ela tinha cabelo loiro, apesar disso vir dos dois lados. Ela deixava o cabelo maior do que o da mãe, com cachos suaves caindo pouco abaixo de seus ombros.

Ann com certeza tinha herdado o senso de humor sarcástico e a insaciável curiosidade da mãe. Ele culpava todas as histórias de suspense que Chloe tinha lido pra ela quando Ann era pequena. Ela era brilhante como Chloe, também, uma notável boa aluna. Excelsior a ‘recrutara’ sem parar até que Oliver finalmente cedeu. Ele gostava da idéia de ela ir pra escola que ele freqüentou, mas ele não queria que ela ficasse tão longe. Internatos não eram pros pais que queriam se livrar de seus filhos? Ele riu da idéia, lembrando-se que isso não era inteiramente verdade e que Ann definitivamente merecia a melhor educação possível.

Apesar do tanto de Chloe que ele via na filha, Chloe frequentemente insistia que ela era mais parecida com Oliver do que qualquer outra coisa. Ela era mais segura e confiante como ele, e ela era aventureira demais pro seu próprio bem. De acordo com Chloe, Ann tinha a boca e os ombros dele e andava como ele. Ele não tinha tanta certeza, mas nunca discutia, sendo mais espero que isso. Ele sorriu ao pensar que ela definitivamente herdara uma coisa dele: ele começou a ensiná-la a arte do arco e flecha quando ela fez nove anos, e ela se apaixonou por isso instantaneamente. Ele tinha a impressão que ela seria uma atiradora melhor que ele um dia, não que ele dissesse isso pra ela, é claro.

Com um suspiro ele foi até elas e beijou o topo da cabeça de Ann antes de se sentar ao lado de Chloe.

“Seu pai diz que você precisa procurar o professor Hamilton na primeira semana. Você lembra de Emil?”

Ann fez que sim. “O cientista maluco, certo?” ela comeu outro pedaço da panqueca.

Oliver riu. “Esse mesmo. Ele vai cuidar de você e garantir que você aprenda tudo. “ ele parou por um momento. “Falando nisso,” ele disse, e Ann olhou pra ele, já esperando uma brincadeira, “me faça um favor e tire notas melhores que as que sua mãe tirou na escola. Estou cansado de ela ser o gênio da família. Ela joga isso na minha cara o tempo inteiro.”

Ann riu e Chloe revirou os olhos. “Não jogo.”

Tanto Oliver quanto Ann arquearam as sobrancelhas de forma idêntica. “Claro,” eles disseram juntos.

Chloe riu. “Certo. Só se saia bem, mas não se prenda demais as suas aulas pra que não deixe de se divertir, ok? Faça vários amigos e entre num clube ou algo assim. Tenha uma vida social.”

Ann revirou os olhos de forma semelhante a que Chloe fez momentos antes. “Eu sei, mãe. Ficarei bem.”

“Em que clube você vai entrar?” Oliver perguntou curioso.

Ela deu de ombros. “Eles têm um clube de arco e flecha—”

“Excelente.”

“—mas eu estava pensando em talvez escrever no jornal.”

Oliver gemeu dramaticamente. “O que você fez com ela?” ele exigiu saber de Chloe que por sua vez ria.

“Só se certifique de ser algo que você goste,” ela disse pra Ann, que concordou, sorrindo. “E nem precisa ser um clube. Não tenha medo de sair com os amigos e apenas se divertir. Eu sempre me arrependo de ter sido tão reclusa na escola.”

Oliver a encarou e depois olhou pra filha. “Nada de garotos.”

Ann e Chloe suspiraram simultaneamente.

“Pai.”

“Oliver.”

Ele apenas estreitou os olhos pras mulheres de sua vida. “Nada de garotos.”

Oliver, costumava ser uma escola só para garotos. A quantidade de garotas lá é mínima, Eu acho que apenas 30% são mulheres agora. Não vai ser possível pra ela evitar garotos. Além do mais, meus melhores amigos na escola eram garotos. Você não quer que ela conheça alguém como Clark?”

“Não,” ele disse autoritário. E então olhou pra Ann. “E principalmente, você precisa discernir muito cuidadosamente quais garotos fazem você se lembrar de mim—”

Ann arqueou uma sobrancelha pra ele.

“—e ficar longe, bem longe deles. Entendido?”

Ann gargalhou.

“Ela age como se achasse que estou brincando quando digo isso,” ele disse sarcasticamente, olhando de Ann para Chloe irritado.

Chloe deslizou a mão pelo seu braço. “Sim, querido.”

“Estou falando sério! Nada de garotos como eu!”

“Mas eu gosto de você, pai,” Ann provocou.

“Sim. Você gosta de mim. É permitido que você goste de mim. Pra falar a verdade, é obrigatório. Mas você não pode gostar de ninguém que te faz lembrar de mim.”

Ann arqueou as sobrancelhas mais uma vez, levando o prato sujo para a lavadora de louça. “Qual é o problema de garotos como você?”

Chloe riu. “É, qual o problema de garotos como você, Ollie?” ela provocou.

O rosto dele ficou vermelho. “Você sabe muito bem.”

“Na verdade, tinha esse garoto no dia do registro,” Ann disse, subindo as escadas pra pegar suas coisas. “Ele me lembrou muito de você, pai. Ele era bastante egocêntrico.”

Chloe segurou uma risada.

“Ele disse que iria me procurar quando as aulas começassem. Acho que ele era um ano mais velho. Bonitinho, também. Ele provavelmente poderia me mostrar a escola,“ ela gritou lá de cima, sabendo que o deixaria furioso.

“NÃO!” Oliver gritou de volta pra ela.

Chloe era dominada por uma risada silenciosa e ele a encarou.

“Não consigo ver a graça aqui.”

“Me desculpa, é só que eu não acho que tem como ela escapar de conhecer ‘garotos como você’ naquela escola. Metade do corpo estudantil é feito de garotos como você.”

Oliver se levantou da mesa. “Ann!” ele chamou.

“Sim, pai?”

“Mudança de planos!”

“Que?”

“Você vai pra uma escola católica só de garotas. Com freiras.”

Eles ouviram uma risada lá de cima. “Certo,” veio a resposta sarcástica dela.

Ele olhou pra Chloe. “Sério. Porque ninguém me leva a sério nessa família?”

Chloe levantou e andou até ele, o beijando de leve. “Porque somos mais espertas que isso.”

“Não me distraia,” ele disse ao passo que as mãos dela deslizavam por seus ombros e ao redor do seu pescoço. “Ela não vai.”

“É mesmo?” Chloe provocou, ficando na ponta dos pés para poder beijar o pescoço dele sedutoramente.

“Sim,” ele disse sério. “Ou então eu vou com ela pra ficar de olho nela.”

Chloe riu baixinho. “Mas aí quem ficaria comigo?”

“Quem liga? Eu me recuso a deixar ela chegar perto de qualquer garoto.”

Chloe se aproximou mais dele. “Eu ligo. Afinal, ela vai ficar lá até a Ação de Graças. Eu vou ficar sozinha aqui sem nada pra fazer, ninguém pra me fazer companhia. O que eu vou fazer com todo esse tempo livre?” ela perguntou sugestivamente, fazendo bico de leve.

Uma das sobrancelhas de Oliver se ergueu. “Ann!” ele chamou de novo.

“Sim, pai?” veio a resposta dela pela segunda vez.

“Dá pra se apressar? Temos um vôo pra pegar.”

“Pai, você é o dono do avião.”



segunda-feira, 29 de março de 2010

Of Kept Women and Concubines, tradução

Agora uma fic da Calie, pra variar um pouquinho. Fico imaginando as fics depois de Escape, provavelmente vai sair um monte, a greve na faculdade vai ter acabado e eu vou demorar pra traduzir de novo. Mas por enquanto a greve não acabou então eu ainda tenho muito tempo livre :P
Boa leitura!

Oliver massageou a nuca enquanto abria as portas das Torres Queen, nem mesmo notando o segurança que já ia em direção a porta. Seu motorista já estava esperando por ele, segurando a porta de trás do carro aberta pra ele. Oliver jogou suas coisas dentro e se virou pra encarar os dois homens que o seguiam. “Uma semana. Vocês disseram uma semana pra arrumar essa bagunça. E agora parece que eu vou ficar aqui mais duas. Vocês podem dizer pra eles que eu não estou contente.” Ele nem mesmo deu uma chance para que respondessem ao entrar no carro. O telefone dele tocou enquanto ele recostava-se no banco. Com um suspiro ele o tirou do terno. Era o rosto de Chloe que o encarava. Clicando na nova mensagem ele fez uma careta enquanto lia. “Quando você vai voar de volta pra cá?

A última mensagem que ela tinha recebido dele era de horas atrás quando ele disse que estaria em reuniões o dia inteiro. O que significava provavelmente mais do que um dia de trabalho normal pra uma pessoa. Então ela ficou razoavelmente surpresa em ouvir a voz dele tão cedo.

“Já terminou?”

Não. Não ia ficar pronto hoje, por isso eu sai mais cedo.

Ela deu uma pausa por um breve momento, mas tinha certeza que ele notou isso. “Pensei que você terminaria hoje?” O coração dela afundou com esse pensamento, mas ela não deixaria que ele soubesse disso.

Acho que a única pessoa que pensava isso era eu. Ou ao menos é o que eles me levaram a acreditar. Acho que pode durar mais algumas semanas.

Mais algumas semanas. Ao pensar nisso ela não conseguiu não se sentir desapontada e talvez levemente preocupada. Com certeza ela sentia saudades dele, mais do que ela admitia. Mas não tinha percebido até aquele momento que ela não confiava nele, ao menos não totalmente. A relação deles era tão estranha, repleta de segredos. Eles não eram exclusivos porque nunca tiveram uma conversa sobre um relacionamento real. Nunca parecia uma boa hora pra falar do assunto já que eles concordaram que manter em segredo era melhor. “Bem, tenho certeza que consigo aguentar firme aqui sozinha.” Era disso que eles geralmente falavam: trabalho. Claro que as conversas eram amigáveis e frequentemente desviavam do assunto, mas não para os detalhes românticos do relacionamento deles. Então ela não diria que sentia falta dele, ou que queria vê-lo. A relação deles não lhe dava margem pra falar isso.

Não tenho dúvidas. Tem estado ocupada?

Chloe resistiu à vontade de suspirar, porque a verdade era que não estava. Sem trabalho pra mantê-la ocupada ela notava a ausência de Oliver muito mais do que pensava que faria. “Não, as coisas estão misteriosamente tranquilas.” Como sinal de tédio ela apoiou a cabeça no encosto da cadeira de couro e ficou girando em círculos. “Clark deve estar entediado também. Porque nós dois conseguimos arranjar tempo e almoçar juntos um dia desses.” Ele riu em resposta e isso a fez desejar poder vê-lo mais.

Então a Torre de Vigilância pode ficar sem você por uma semana?”

“Uma semana?” Chloe apoiou os pés no chão pra parar de girar e sentou reta. “Por quê? Algum problema?” Ele suspirou.

Além do fato de que estou preso aqui por mais duas semanas...”

“Pra onde eu vou?” Ela criava várias situações em sua cabeça na medida em que os segundos passavam, mas nenhuma fazia sentido.

Ou você é lerda ou eu não estou sendo claro o bastante. Quero que você venha pra Star City passar a semana.

Ela não disse nada inicialmente, e ele deve ter percebido porque continuou.

Você não deve ter problemas em trabalhar daqui e eu posso agendar um vôo em primeira classe pra você hoje à noite.

“Oliver, você não acha que isso é um pouco... óbvio?” ela tinha outras palavras que podia usar, mas não disse. Eles tinham uma relação que acontecia entre quatro paredes. E entre quatro paredes pouca coisa podia acontecer além de sexo. E ela estava bem com isso, mais ou menos. O que ela não tinha certeza era se estava tudo bem pra ela voar pelo país pra satisfazer as necessidades primárias dele. “Além do mais, eu não posso largar tudo por causa dos seus desejos tipicamente masculinos.” De início ela ficou pensando se ele se ofenderia, mas ele riu.

Então você está dizendo que não gosta da idéia de ser a amante?”

“Não me insulte.” Ela se recostou na cadeira novamente e deu um impulso, girando mias uma vez. “No dia que você me denominar sua amante vai ser o dia que eu vou mudar as coordenadas do seu jato das Indústrias Queen e você vai se descobrir preso em outra ilha. E se você conseguir sair de lá vivo você vai voltar e descobrir que está falido.”

Eu riria se não achasse que você está falando sério.”

“Homem sábio.”

Então te manter como minha concubina está fora de questão? Vou assumir que você não gosta dessa coisa de portas trancadas então.”

Estando sozinha ela sequer escondeu o riso e impulsionou a cadeira de novo, girando mais rapidamente. A resposta seria não, mas em algum lugar dentro dela a idéia de ser a concubina dele era meio tentadora. “Só nas Quintas.” Ela brincou.

Lembrarei disso na próxima Quinta.

Ela percebeu de repente que ela estava na verdade ficando excitada por essa reviravolta na conversa. Eles tinham ultrapassado algum limite não dito, discutindo o relacionamento deles. “Você não vai estar aqui na próxima quinta.”

“Mas você vai estar aqui.

"Oliver..."

Ah, Chloe… Eu estou absolutamente entediado. Mudar pra Metropolis meio que reduziu minhas possibilidades de diversão em Star City.

“E o que eu vou dizer pro Clark e pra Lois? Quero dizer, eu não posso simplesmente desaparecer por uma semana.” Ele suspirou. Ou ele estava vendo a falha no plano dele ou estava se cansando de tentar convencê-la.

Não me importo. Invente algo, diga a eles que você está vindo pra Star City.

“Não posso simplesmente dizer que vou pra Star City, porque senão eles iriam definitivamente-”

Eu não me importo se você disser a eles que está vindo porque eu estou excitado e estou fazendo você pegar um vôo para que eu possa transar.

A rispidez na voz dele a fez parar e por um momento ela ficou sem resposta.

Não é isso que eu quis dizer. E não é por isso que eu estou pedindo pra você vir.

“Então você está dizendo que não quer sexo?” ela perguntou, afiada.

Não. Sim. Quer dizer, é lógico que tem alguma coisa a ver com isso. Mas eu queria te ver também.

Ele podia estar mentindo, mas ele era mais esperto do que mentir pra ela.

Só quero dizer que realmente não ligo pro que você vai dizer pra eles. Não importa. Pare de se preocupar com o que eles pensam.

Ela queria comentar que tinha muita certeza de que ele também se preocupava, mas ela não o fez. “Oliver... E o que eu vou fazer, ficar a toa o dia inteiro enquanto você está nas reuniões? Quero dizer, eu sei que acabamos de brincar com isso, mas eu realmente não quero ficar sentada o dia inteiro esperando você voltar, mesmo que você diga que isso não é só sobre sexo. Essa coisa, sendo um segredo, significa que eu não poderia ir pra lugar nenhum. Você ser da alta sociedade e tudo mais torna isso difícil.” Houve um breve resmungo do outro lado da linha e ela sabia que algo que ela disse o deixara irritado, o problema era que ela não conseguia descobrir o que era.

Saia. Eu não ligo. Você realmente acha que eu ia simplesmente te esconder em algum lugar? Porque você acharia isso?”

Ela abriu a boca pra responder, mas ele rapidamente interrompeu.

Esquece. Eu não quero saber. Arrume suas malas e traga algo bonito, e não somente pra ficar no quarto.

Os lábios dela se curvaram levemente num sorriso, mas ela ainda estava meio desconfiada. “Bonito pra que?”

Quero te provar uma coisa. Na verdade, coloque na mala algumas roupas bonitas. Vamos sair, em público. Então arrume suas malas, eu vou agendar um vôo pra hoje à noite, te mandarei os detalhes.

“Oliver!” Ela começou, pulando da cadeira e procurando freneticamente algo pra parar com as bobeiras dele.

Não vou aceitar um não como resposta porque você não tem nenhuma desculpa. Você disse que está entediada e que as coisas andam tranquilas. Você disse que você não quer passar o final de semana inteiro trancada e sendo tratada como minha amante, coisa que você não é por falar nisso, e eu vou te provar isso. E quanto a Lois e o Clark, isso é algo que você tem que resolver sozinha. Eu não ligo se eles pensarem que vamos nos casar em Las Vegas.

“Ótimo.” Ela disse num tom cortante. “Vou dizer a eles que vamos nos casar em Las Vegas.” Houve um silêncio momentâneo em que ela pensou que ele retiraria o que disse.

Ótimo. Te vejo em breve.

E aí ele desligou. “Arghhhhh!!!” Ela resistiu à vontade de atirar o celular pra longe. Era incrível… momentos atrás ela estava lamentando a ausência de Oliver na vida dela nas últimas semanas e aí ele liga pra ela, praticamente insiste para que ela vá pra Star City, não se importa com que o Clark e a Lois vão pensar e admite que quer a companhia dela pra outras coisas além de sexo, e ainda assim ela estava brava. Só Oliver Queen podia causar tantas emoções conflitantes.

Ele pressionou o botão para encerrar a chamada e riu olhando pro telefone antes de colocá-lo de volta no terno. A conversa não tinha exatamente seguido o rumo que ele esperava. Pensamentos de manter Chloe como uma amante ou concubina permaneciam em sua cabeça e ele não podia não revirar os olhos pra estranha direção que a conversa deles tomou.

Quando ele ligou pra ela com a proposta de trazê-la pra Star City não tinha sido só por sexo. Claro, era provavelmente metade da razão, mas ele também sentia falta da companhia dela.

Esconder a relação deles de Clark e Lois no começo tinha sido uma decisão sábia. Mas na medida em que o tempo passava e Oliver percebia sua ligação com Chloe crescendo ele não conseguia se importar com quem sabia sobre ele e Chloe.

Apesar dela obviamente não acreditar ele provaria isso pra ela, não havia dúvidas disso.

Vinte minutos depois de ficar andando de um lado pro outro na torre mexendo nervosamente nos computadores, ela recebeu uma mensagem dele.

Aeroporto Internacional de Metropolis

Vôo 346

Delta

7:00

Estou te encaminhando o itinerário. Um carro estará esperando você no aeroporto em Star City quando você chegar.

Por um momento ela só ficou olhando pra mensagem. Sem mesmo ter certeza de como reagir à insistência dele. Era lisonjeira e preocupante ao mesmo tempo. E mesmo assim isso não impediu o lampejo de animação que ela sentia no momento.

Então ela entraria no jogo dele, levaria algo bonito na mala e apenas veria o quão preparado ele estava pra sair com ela em público. Agora tudo que ela tinha que fazer era pensar no que dizer pra Lois e Clark.