sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Til Kingdom Come (3/10)

 

Demorou mais tempo que eu esperava pra postar a continuação. Infelizmente, as traduções estão num ritmo mais lento agora, a faculdade pra variar tomando conta do meu tempo. ¬¬’
Boa leitura e comentem :D

Fic Original: Til Kingdom Come
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: M
Disclaimer: Os personagens pertencem a Warner e a DC Comics
Resumo: Baseada em Lazarus, futuro AU, envolvendo as consequências da troca que Chloe faz por Oliver.
Spoilers: Spoilers de Lazarus e Shield e especulações sobre a décima temporada em geral.

Um | Dois

(3/10)

Depois de ela finalmente ter convencido Clark de que não precisava de uma babá e que estava bem, Chloe ligou a Watchtower. Por algum motivo, o sistema inteiro estava offline, e tudo que ela podia achar era que um dos garotos que não sabia o que fazer provavelmente sentiu a necessidade de desligá-lo enquanto ela estava inconsciente, sabia que não tinha sido Victor porque ele definitivamente sabia o que fazer, AC e Emil estavam na Flórida de acordo com Ollie, o que deixava Bart, Ollie e Clark e se ela tivesse que chutar, provavelmente escolheria Clark. Vinha com o fato de ser criado por Jonathan Kent e ter gravado em seu cérebro que devia economizar energia.

Tanto que eles não tinham ar condicionado na fazenda até o Sr. Kent falecer.

Oliver recostou-se na parede do elevador, os olhos fechados. Seu corpo doía, mas nem se comparava à tortura que Rick Flagg lhe infligira seis anos atrás. AC tinha pegado leve com ele, e ele realmente não entendia o motivo, considerando as circunstâncias. Mas era o bastante pra ser real. Ele torcia pra isso. Também torcia pra que Clark não tenha arruinado o disfarce deles, porque se havia uma coisa em que o amigo era ruim, era mentir.

Quando as portas do elevador se abriram, ele lentamente saiu dele e abriu as portas da Watchtower um momento depois, o ar ficando preso em sua garganta ao ver Chloe no terminal. Era como se tivesse feito uma viagem no tempo e voltado seis anos.

Chloe parou quando ouviu passos e virou, prendendo um pouco a respiração quando viu Oliver. Ele parecia horrível, exausto e como se estivesse sentindo dor. Considerando que ele tinha sido sequestrado e que depois voltou só pra encontrá-la inconsciente, achou que ele parecia exatamente como ela devia ter esperado. Ainda assim, não podia evitar de sorrir um pouco, porque ele estava ali, “Ei.”

“Ei.” A voz dele era suave e ele não conseguia tirar os olhos dela. “Você está incrivelmente linda. Eu te disse isso recentemente?” Ele engoliu seco.

Ela arqueou um pouco a sobrancelha e depois negou com a cabeça, “estivemos meio ocupados tentando se livrar do homem que queria escravizar a humanidade.” Ela tentou manter sua voz leve enquanto ia até o lado dele e depois passava o braço gentilmente pelo dele, “você parece precisar sentar um pouco.”

“Não vou protestar contra isso,” ele murmurou, dando um beijo no topo da cabeça dela.

Chloe colocou o braço ao redor dele com cuidado, mantendo os olhos em seu rosto enquanto o levava até o sofá, “onde você está machucado?”

Em todo o corpo, ele pensou, mas sacudiu um pouco a cabeça. “Não é tão ruim assim.”

“Agora eu sei que é,” ela disse, franzindo um pouco as sobrancelhas quando ele se sentou, mas ainda ficando de pé, “deixe-me ver.”

Oliver suspirou, olhando pra ela e mexendo um pouco, retraindo-se com o movimento de tirar a camiseta.

Os olhos de Chloe se arregalaram ao olhar pro torso dele, “Deus, Ollie,” ela disse, se ajoelhando na frente dele, “e suas pernas”?

“Parece pior do que realmente é,” ele sussurrou, colocando o rosto dela entre as mãos.

“Devíamos pedir ao Bart pra trazer o Emil de volta, você pode ter quebrado alguma coisa.” Ela disse preocupada.

“Nada parece quebrado,” ele disse suavemente.

“Você tem certeza?” ela perguntou, colocando as mãos nos joelhos dele enquanto o observava atentamente, o peito apertando mais e mais ao pensar no que ele devia ter passado.

“Estou bem.” Ele se inclinou um pouco, fazendo seu melhor pra não fazer uma cara de dor ao beijá-la levemente.

“Não,” ela disse, colocando uma mão no peito dele pra impedi-lo, “você só vai acabar se machucando mais.”

Oliver fechou os olhos ao sentir o toque da mão dela em sua pele.

Ela se endireitou e mexeu até que estivesse ajoelhada entre as pernas dele antes de se inclinar e lhe beijar suavemente, mantendo os olhos fechados e respirando fundo, “o que eles fizeram com você?” Perguntou finalmente.

“Eles queriam informações sobre o Borrão,” ele falou. “Eu não disse nada.”

“Quem são eles?” Ela falou de volta, levando uma mão ao rosto dele e roçando o nariz no dele.

“Não sei, Chloe,” ele murmurou, deslizando uma mão pelo cabelo dela.

“Sinto muito por não ter te tirado de lá em tempo,” ela disse baixinho, abrindo os olhos e olhando pra ele, o peito ainda mais apertado agora.

“Shhh. Não é sua culpa. Nada disso é sua culpa. Coisas acontecem.”

Acariciando a bochecha dele com o polegar, ela olhou pra ele, “como você escapou?”

“eles não amarraram as cordas muito bem. E cometeram o erro de me deixar sozinho por tempo o bastante pra me soltar.” Doía pronunciar aquela mentira. A única razão pela qual ele escapou daquela torturar era porque ela o salvou. Porque ela trocou de lugar com ele.

Chloe acenou com a cabeça e roçou o nariz no dele novamente, fechando os olhos, “estou tão feliz por você estar seguro agora.”

Oliver beijou o canto da boca dela. “Estou seguro. E nós dois estamos aqui,” ele murmurou, “juntos.”

Ela o beijou suavemente uma vez, e depois de novo, ainda fazendo seu melhor pra ser gentil mesmo ao pressionar seus lábios contra os dele mais firmemente. Não queria machucá-lo, mas era difícil se conter quando esteve tão perto de perdê-lo.

“Eu te amo,” ele sussurrou, gentilmente a puxando pro seu colo.

Chloe congelou quando foi puxada pro colo dele e olhou pra ele, “eu não quero te machucar,” disse, afastando a cabeça pra olhar pra ele.

“Eu sei.” Ele abriu os olhos e a olhou atentamente. “Eu só… preciso te abraçar agora.” A voz dele era cansada.

O peito dela apertou ainda mais e ela acenou com a cabeça, envolvendo o pescoço dele com os braços e gentilmente, cuidadosamente se aproximou mais dele, “eu te amo,” ela sussurrou ao encostar a testa na dele.

Oliver deslizou os braços ao redor dela e recostou a cabeça na dela, gentilmente fazendo carinho em suas costas e então, lentamente deitando no sofá.

Ela passou os dedos pelo cabelo dele gentilmente, com medo de tocar qualquer outra parte do corpo dele e machucá-lo, “por quanto tempo eu estive inconsciente?” sussurrou depois de um longo silêncio.

“Tempo demais,” ele respondeu, cuidadosamente a puxando pra mais perto.

Franzindo um pouco as sobrancelhas, ela virou a cabeça e deu um beijo na testa dele antes de envolver seu pescoço com os braços e o abraçar, com cuidado pra não pressionar seu peito, “me desculpa.”

“Está tudo bem, Chloe. Está tudo bem agora.” Ele encostou a testa na dela, mantendo os olhos abertos para se certificar de que ela realmente estava ali com ele. De que não era apenas outro sonho.

Ela abriu os olhos e olhou pra ele, passando os dedos em sua bochecha gentilmente enquanto o observava, tentando ter certeza de que ele estava bem.

Oliver sustentou o olhar dela, os dedos subindo e descendo gentilmente pelo seu braço. “me desculpa,” ele sussurrou.

Chloe franziu as sobrancelhas e sacudiu a cabeça, “você não tem nada pelo que se desculpar.”

“Eu devia ter te dito antes. Como eu me sentia.”

O rosto dela ficou triste e ela desviou o olhar, depois sacudiu novamente a cabeça antes de olhar pra ele, “eu não deixei você fazer isso.”

Ele levou a mão até a bochecha dela, acariciando-a gentilmente com o polegar. “Está tudo bem.”

“Eu estava com medo,” ela disse suavemente, “de admitir, tornar as coisas reais... Me desculpa.”

“Eu sabia,” ele murmurou, beijando-a suavemente.

Chloe retribuiu o beijo, e então suspirou, “Apenas fico feliz por poder te dizer de novo.”

“Eu também, Professora,” ele sussurrou, o peito apertando quando o apelido que inventara pra ela escapou.

Ela sorriu um pouco, “deviamos tirar outra folga, antes do próximo grande inimigo do Clark aparecer.”

O entusiasmo e afeto nos olhos dela eram quase demais pra se lidar. “É? Onde você quer ir?”

“Não me importo,” admitiu, balançando um pouco a cabeça, “algum lugar sem banshees, ou Zod, ou Lois e Clark por falar nisso,” ela disse, sorrindo um pouco mais.

“Gosto desse plano,” ele disse. “Qualquer lugar que você queira. Eu te levarei.”

Chloe colocou os braços ao redor do pescoço dele e concordou, “algum lugar em que seja só nós dois,” ela sorriu com culpa pra ele, “e prometo não surtar por causa de uma colher dessa vez.”

Lágrimas encheram os olhos dele inesperadamente e ele concordou rápido, inclinando-se e beijando o pescoço dela afetuosamente, esperando que ela não tivesse visto nada.

Mas ela viu, e tremendo um pouco, acariciou a nuca dele, “o que foi?”

“Nada,” ele sussurrou.

Chloe sentiu seu pescoço molhar com as lágrimas quentes dele, “Ollie,” ela disse preocupada, colocando um dedo sob o queixo dele e erguendo sua cabeça gentilmente.

“Apenas foram umas horas muito longas.” A voz dele era forçada. “É só isso.”

Ela secou as lágrimas em sua bochecha, o coração apertado ao vê-lo daquele jeito, “porque não nos deitamos por um tempo, você precisa descansar e eu posso colocar um pouco de gelo nas suas costelas.”

“Fica comigo?”

“É claro,” ela respondeu baixinho, sorrindo um pouco, apesar de seu peito estar dolorosamente apertado, sabia que as coisas não estavam bem, sabia que ele não estava bem. Alguma coisa tinha acontecido, algo grande, algo que o mudara.

Concordando, ele deu um beijo no colo dela. “Vamos,” chamou.

Chloe tremeu um pouco e depois se afastou e levantou, todos os pequenos beijos e toques dele estavam a afetando como se não estivesse com ele há muito tempo, quando na realidade, tinha sido apenas por alguns dias, ou algo assim, não tinha certeza de quanto tempo ficou inconsciente, tanto Ollie quanto Clark não tinham lhe dado uma resposta direta, “vamos,” ela falou, estendendo as mãos pra ele.

Oliver olhou pra ela, os olhos cansados, assombrados. Ele deslizou a mão na dela e se levantou, mal sendo capaz de esconder uma careta.

Ela se encolheu quando ele fez uma careta e apertou a mão dele de leve, “você vai precisar de uns remédios também.”

“Talvez só um pouco de Tylenol ou Advil.” Ele se inclinou e beijou sua testa.

Franzindo as sobrancelhas, ela o observou, roçando o polegar na mão dele, “tem certeza que não quer algo mais forte?”

“Tenho,” ele respondeu. “Não quero dormir agora.”

“Mas você parece exausto,” ela lhe disse, começando a andar pra trás lentamente e o puxando com ela.

“Pareço tão mal assim, hã?” Ele sorriu um pouco, caminhando com ela sem hesitar.

“Muito mal,” ela admitiu, sorrindo um pouco, “deixe-me pegar o gelo no freezer,” ela falou, soltando a mão dele e indo até o pequeno freezer, que tinha mais gelo do que qualquer outra coisa, eles eram úteis entre ela e Ollie.

Oliver teve que se controlar pra não segui-la até a pequena área de cozinha. Começaria a parecer suspeito se ele se recusasse a deixá-la sair dos lugares sem ele. Ele esfregou o rosto com as mãos. Isso seria bem mais difícil do que parecia.

Chloe franziu as sobrancelhas ao abrir o freezer, “deve ter tido alguma queda de energia,” ela disse e depois balançou a cabeça negativamente, “mas os geradores não deveriam permitir a queda de energia afetar a Watchtower.”

“Tenho certeza que tem uma explicação,” ele disse, retraindo-se um pouco.

Ela suspirou um pouco, concordou e começou a voltar pra ele, carregando uma garrafa de água que tirou da geladeira, “parece estar funcionando agora, os pacotes de gelo devem congelar em breve.”

Ele estendeu a mão pra ela sem dizer nada, ainda chocado pelo fato dela parecer exatamente igual à última vez que a vira.

Pegando a mão dele, ela a apertou de leve e então deu um beijo em seu ombro, “vamos, você precisa se deitar.”

“Espera,” ele disse, colocando a mão no rosto dela gentilmente e a olhando com atenção.

Chloe congelou, olhando pra ele e arqueando um pouco as sobrancelhas para o olhar no rosto dele, não sabia por que, mas aquele olhar fazia seu estômago dar cambalhotas.

“Eu te amo,” ele sussurrou, olhando intensamente nos olhos dela.

Ela soltou o ar que nem tinha percebido que estava segurando e sorriu um pouco, “eu também te amo.”

Ele inclinou a cabeça e a beijou, suavemente no começo, mas depois com um pouco mais de urgência.

Chloe quase suspirou aliviada ao sentir a urgência dele e envolveu seu pescoço com os braços, retribuindo o beijo com igual urgência.

A outra mão dele entrelaçou-se ao cabelo dela como fizera da primeira vez que eles se beijaram, não muito longe de onde eles estavam.

Ela ficou na ponta dos pés o máximo que podia, apoiando-se nos ombros dele enquanto o beijo se intensificava.

Sem aviso, ele a levantou, colocando as pernas dela ao redor de sua cintura enquanto a beijava urgentemente, ignorando a dor que sentia.

Ela arfou contra a boca dele, “Ollie,” disse sem fôlego, “você está machucado.”

“Eu não me importo,” ele respondeu.

Mordendo os lábios, ela considerou por um momento e então prendeu as pernas ao redor dele, beijando-o com força e intensidade, precisava dele tanto quanto ele parecia precisar dela.

Oliver deu alguns passos pra trás, puxando-a pra perto dele e a beijando com urgência mais uma vez, as mãos deslizando pra dentro da blusa dela.

Chloe gemeu baixinho contra a boca dele com o contato, sentia-se como se ele não a tocasse há muito tempo.
Ele se mexeu um pouco e depois foi até as escadas, segurando-a firmemente enquanto ia até o pequeno quarto.

Ela interrompeu o beijo e respirou fundo, movendo a boca até seu maxilar e pescoço enquanto colocava a mão entre eles, sabendo que ele não a deixaria cair, e começando a tirar a calça dele quando chegaram no topo da escada.

Oliver a carregou até o quarto, deitando-a gentilmente sobre os lençóis e colocando seu corpo sobre o dela, beijando-a mais uma vez e deixando que seus olhos fechassem.

Chloe fechou os olhos e o abraçou cuidadosamente, abrindo as pernas instantaneamente pra que ele pudesse ficar mais perto dela.

Ele estremeceu um pouco, seu corpo instantaneamente reagindo à proximidade dela. Ele inclinou a cabeça, beijando seu colo e seu pescoço carinhosamente.

Ela ergueu uma mão e a colocou em sua nuca, “Eu senti sua falta,” sussurrou, e depois franziu um pouco a sobrancelha, sem saber exatamente porque estava dizendo aquilo.

Oliver congelou por um momento, e então ergueu a cabeça pra olhar pra ela. “Sempre sinto sua falta quando não estamos juntos,” ele sussurrou.

Chloe relaxou um pouco com as palavras dele e sorriu, roçando o nariz no dele.

Ele beijou o canto da boca dela carinhosamente, e depois seus lábios, deixando os olhos se fecharem mais uma vez, nem mesmo ouvindo seu celular tocar no instante seguinte.

Ela não ouviu também, o sentiu vibrar no bolso de trás dele, contra sua perna, “Ollie,” ela murmurou contra seus lábios, abrindo os olhos, “telefone.”

“Hmm?”

Chloe ergueu seu torso tanto quanto podia com ele deitado em cima dela e deu um beijo em sua testa antes de pegar o celular do bolso de trás dele, sorrindo pra ele e depois parecendo confusa ao não reconhecer o aparelho, mas sabia que Oliver mantinha ao menos três celulares ligados o tempo todo então não ligou pra isso, olhando o número, “é a Dinah,” lhe disse tranquilamente, entregando o celular pra ele.
O peito dele apertou um pouco quando ele pegou o celular dela, olhando pra ele por um momento e depois suspirando suavemente, deixando a cabeça pender sobre o colo dela. Ele a beijou ali de leve e então saiu de cima dela, pressionando o telefone contra a orelha ao se levantar. Seu coração já estava batendo um pouco mais rápido.

Mordendo os lábios, Chloe franziu um pouco as sobrancelhas e se sentou, observando Oliver.

“Onde você está?” Dinah perguntou do outro lado da linha.

“Metropolis,” ele lhe disse, sentindo os olhos de Chloe nele.

O maxilar de Dinah travou instantaneamente, “porque?”

Oliver fechou os olhos por um momento e depois olhou de volta pra Chloe, lhe dando um pequeno sorriso, saindo pela porta e andando pelo corredor antes de dizer qualquer outra coisa. “Estou trabalhando.”

Chloe estranhou ainda mais quando ele saiu do quarto, até onde sabia, não havia nada que ele falaria com Dinah que ela já não soubesse. Seu estômago afundou um pouco mas ela sacudiu a cabeça, se impedindo de pensar demais sobre isso e chegar às conclusões erradas.

“No que?” Dinah exigiu saber.

“Essa não é uma conversa pra se ter no telefone,” ele disse baixo.

“O que está acontecendo, Oliver?”

“Acabei de te dizer. Não no telefone, Dinah.” Ele esfregou o rosto com as mão cansadamente.

“Quando você vai voltar?”

“Não tenho certeza,” admitiu suavemente.

“Ótimo,” Dinah disse, “vou ligar pro Bart, porque se você acha que eu vou ficar sentada aqui e esperar você decidir dizer o que quer dizer na minha cara, espero que saiba que está enganado.”

“Você não pode vir aqui.” A voz dele instantaneamente endureceu.

“Você não pode me dizer o que fazer,” ela lhe disse, e então a linha ficou muda.

Oliver imediatamente discou o número de Bart, passando uma mão pelo cabelo enquanto xingava em voz baixa.

Bart olhou seu celular por um segundo enquanto tanto o nome de Dinah quanto o de Oliver apareciam na tela ao mesmo tempo, “ah, tenha dó...” ele murmurou antes de fechar os olhos e clicar na tela, fazendo uma careta e levando o celular à orelha, sem ter certeza de quem tinha atendido, “alô?”

“Preciso de uma carona pra Metropolis,” Dinah lhe disse.

Assustando-se, Bart fez outra careta, estava torcendo pra ser o Oliver, Dinah meio que lhe dava arrepios. “Certo, logo estarei aí.”

“Obrigada. Te vejo daqui a pouco.”

***
Chloe olhou pra cima quando Oliver entrou no quarto novamente, parecendo frustrado, “o que foi?”

Ele sacudiu um pouco a cabeça. “Ela está tendo problemas com um cara,” ele disse. “Por uma razão que eu desconheço, ela parece achar que eu posso ajudar, mas ah...”

“Ah,” Chloe inclinou a cabeça um pouco pro lado. “quem é esse cara?”

“Um grande imbecil,” Oliver respondeu sem olhar pra ela.

Chloe olhou pra ele por mais um tempo antes de sacudir a cabeça, “Ollie, o que está acontecendo?”

Ele olhou por cima do ombro pra ela. “Me desculpa,” falou. “acho que estou um pouco acabado essa noite.” Ele estendeu a mão e a colocou no rosto dela.

Ela manteve os olhos nos dele, mas não se recostou no toque dele, “algo está acontecendo, alguma coisa grande e ninguém está me dizendo o que é e eu quero saber porque.”

Oliver se mexeu na cama de forma que ficasse de frente pra ela. Ele buscou seus olhos. “você confia em mim?” perguntou.

Chloe sacudiu um pouco a cabeça e foi se levantando, “você sabe que confio, Oliver, mas isso não é sobre confiança,” ela se virou pra olhar pra ele quando estava de pé, “o que aconteceu enquanto eu estive inconsciente?”

“É sobre confiança.” A voz dele era baixa. “Eu prometo que existe uma razão pra eu não ter te contado tudo, e é uma boa razão. E eu vou te contar, Chloe. Só que ainda não.” Ele engoliu seco, olhando pra baixo.

Ela respirou fundo e esfregou o rosto com a mão, “é muito ruim?”

“Não é bom,” ele admitiu, mal dando pra ouvir sua voz.

“Alguém está...” ela prendeu a respiração, “alguém morreu? Por causa do Zod?”

“Não,” Oliver respondeu rapidamente, olhando pra ela e sacudindo a cabeça. “Todos estão bem, Chloe.”

A expressão dela ficou neutra e ela o encarou, “é alguma coisa comigo então, não é?”

Ele se levantou, indo até ela e colocando as mãos em seus ombros. “Chloe, me escuta. Eu te amo,” ele sussurrou. “ E eu vou te contar quando for a hora certa. Preciso que você confie em mim nessa. Por favor.”

Ela respirou fundo e desviou o olhar por um momento e então concordou, o maxilar travando um pouco mesmo, mas ela o forçou a relaxar, “eu sou a única que não sabe?”

Oliver engoliu seco, fechando os olhos por um momento. “Sim,” admitiu.

Pressionando os lábios um contra o outro, ela concordou com a cabeça e o observou, tudo que tinha que fazer era encontrar a Lois.

Ele deslizou os braços ao redor dela, descansando o queixo no topo de sua cabeça. “Eu te amo tanto,” murmurou.

Chloe fechou os olhos, o abraçou e suspirou, trazendo-o mais pra perto, mas com cuidado pra não machucá-lo, “Eu também te amo.”

Ele deu um beijo em sua testa, culpa o preenchendo. Não tinha certeza de quanto tempo conseguiria esconder tudo dela. Mesmo que fosse pra seu próprio bem.

Capítulo 4

5 comentários:

  1. Eu adorei este cap.
    E não consigo ficar com raiva do Ollie, muito pelo contrario, tenho dó, dos dois.
    Sempre digo isso, não saber acaba com uma pessoa.

    Não sei se é por ela não lembrar, mas me sou solidária a ele, que ficou com toda a dor.

    E é tão lindo os dois juntos, os toques e tal...

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  2. Sempre que eu leio essa fic, eu penso "Não pode ficar melhor" Mas aí vem outro capítulo e... *_______* é cada um melhor que o outro!
    Essa fic é maravilhosa, e olha só o momento em que o terceiro capítulo foi chegar ao fim! >D *MORRI*

    Mônica/Shann

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  3. Essa fic é maravilhosa.... fica melhor a cada capítulo... parabéns pela excelente tradução Ivy, e pela escolha...

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  4. Isso não vai dá certo. Quando a Chloe descobrir! O problema não é nem a Dinah, pois se passaram seis anos, mas sim ele não dizer logo a verdade.

    Curiosa para saber como a Chloe vai saber. Ollie conta? Dinah conta? Ela descobre sozinha?

    Muito ansiosa para o próximo capítulo.

    E parabéns Ivy, a escolha foi perfeita e a tradução está 10!!!!

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  5. essa fanfic é lindaaaaaaaa demais e realmente só melhoraaaaaa

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