quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Til Kingdom Come (1/10)

 

E depois de algum tempo eu volto a traduzir uma Multichapter. E mais precisamente, uma multichapter baseada na décima temporada, eu simplesmente não resisti. Ainda não posso falar muita coisa da fic porque esse capítulo é basicamente uma introdução e não explica muita coisa sobre o contexto, mas é muito boa :D

Título: Til Kingdom Come
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Disclaimer: Os personagens pertencem a Warner e a DC Comics
Resumo: Baseada em Lazarus, futuro AU, envolvendo as consequências da troca que Chloe faz por Oliver.
Spoilers: Spoilers de Lazarus e Shield e especulações sobre a décima temporada em geral.

(1/10)

Ele se encolheu, depois gritou quando o homem o atingiu com o taser mais uma vez, dor e medo passando pelo seu corpo inteiro. Tudo doía. Ele nunca sentiu tanta dor em sua vida inteira. Finalmente a eletricidade parou e seu corpo estremeceu, a cabeça pendendo em direção ao peito. Seu estômago doeu quando vomitou mais uma vez, as mãos se fechando em formato de bolas atrás da cadeira a qual ele estava preso. Eles o matariam.

Tinha certeza de pelo menos isso.

E quando ouviu os passos se afastando dele e foi forçado a se levantar, sendo empurrado, um saco em sua cabeça. Esbarrou em alguém, tropeçando um pouco, mas fazendo seu melhor pra continuar andando.

Ele sentou na cama, arfando em busca de ar quando seus olhos abriram, suor brilhando em sua testa. Seu coração estava disparando violentamente contra o peito.

“Chloe,” ele sussurrou, seu estômago afundando.

Dinah se mexeu ao lado dele na cama, mas não acordou mesmo quando o telefone começou a tocar.

Esfregando o rosto com uma mão, deixou escapar um suspiro trêmulo, seu braço se esticando pra pegar o telefone ao rolar pra fora da cama. O pressionou contra sua orelha, piscando rapidamente pra olhar pro relógio. 3:26 AM. “Alô?”

“Oliver,” Clark falou no outro lado da linha, “Eu a encontrei.”

Ele congelou, o ar ficando preso na garganta. “Estou indo pra aí,” ele sussurrou um momento depois, desligando o telefone sem dar ao outro homem uma chance de responder.

***
Menos que vinte minutos mais tarde, graças a Bart, Oliver Queen estava andando apressado pelos corredores do Metropolis General, seus olhos vermelhos e vidrados. Ela estava viva? Ela estava machucada? Cristo, porque ele nem ao menos perguntou ao Clark se ela estava bem? Se amaldiçoando internamente, ele atropelou duas enfermeiras, uma assistente e foi até a mesa. “Chloe Sullivan, onde ela está?”

A enfermeira olhou pra ele, seus olhos arregalando ao reconhecê-lo instantaneamente, “Quarto 614, Sr. Queen.” Disse depois de procurar.

Ele virou rapidamente, indo até o elevador, o coração disparando pesadamente. Ele socou o botão várias vezes e quando o elevador não apareceu rápido o bastante pra ele, foi até as escadas, subindo dois degraus de cada vez. Seis lances de escada, uma escada de hospital em menos de dois minutos.

Clark olhou de onde ele estava, sentado ao lado da cama de Chloe, os olhos dele estiveram nela o tempo inteiro até aquele momento, ele olhou pra Oliver por um segundo e depois de volta pra loira, “ela está bem.” Disse, a voz mais grossa que o normal, “ela teve uma concussão, mas vai ficar bem.”

Oliver respirou fundo, congelando na porta e olhando pra ela, lágrimas nublando seus olhos. “Chloe,” sussurrou.

Relutantemente, Clark chegou sua cadeira pra trás e levantou antes de se afastar e dar espaço para o outro homem. “disseram que ela deve acordar em breve.”

“Vou te dar um tempo com ela,” Clark disse em voz baixa, os olhos permanecendo em Chloe por mais um tempo antes de ir até a porta, havia visto o que Oliver tinha se tornado quando Chloe desapareceu e sabia que era muito provavelmente bem mais difícil pra Oliver do que era pra ele. Deu um tapinha no ombro do amigo, gentilmente o forçando a dar um passo a frente pra que ele pudesse passar pela porta. Ele precisava de um pouco de ar. E precisava ligar pra Lois.

Engolindo seco, Oliver lentamente foi entrando no quarto, prendendo a respiração ao se mover pra mais perto da cama. Sentou na cadeira que Clark tinha deixado. Não tirou seus olhos dela. Estendeu o braço e cobriu a mão dela com as suas, tremendo. Ele estava a tocando.

Os dedos dela mexeram, quase como se ela quisesse colocá-los ao redor da mão dele.

Oliver levantou a mão dela gentilmente, a aninhando em seu rosto e fechando os olhos por um instante. “Acorde,” ele sussurrou.

Chloe não se mexeu por um momento e depois, lentamente, virou a cabeça na direção dele e abriu um poucos os olhos, “Ollie?” Ela sussurrou, a voz grossa.

Ele levantou bruscamente a cabeça ao ouvir o som da voz dela e se encontrou olhando em seus olhos. “Chloe.” Sua voz falhou.

Os olhos dela arregalaram um pouco ao olhar pra ele e um segundo mais tarde, ela se inclinava e o envolvia fortemente com os braços, “você está bem,” sussurrou, fechando os olhos.

Por um momento, ele não conseguiu se mexer, mas depois retribuiu o abraço, enterrando a cabeça no pescoço dela enquanto lágrimas escorriam em seu rosto. “Deus,” sussurrou.

Ela o abraçou tão forte quanto podia, seus próprios olhos se enchendo de lágrimas quando ela virou a cabeça e deu um beijo na testa dele, seu peito apertado ao lembrar o que tinha acontecido, sobre ele ser levado, sobre tentar encontrá-lo, depois o Clark aparecendo, e depois era um grande vazio, mas isso não importava, ele estava ali.

“Eu sinto muito,” ele sussurrou. “Eu sinto muito, Chloe.” Ele estremeceu nos braços dela, um soluço fazendo sua voz falhar.

“Não sinta,” ela disse de volta, os lábios ainda contra sua testa, “você está bem, isso é tudo que importa.”

Os braços dele a apertaram mais um pouco. “Você está bem?”

“Estou bem,” ela o assegurou, inclinando gentilmente a cabeça dela e encostando sua testa na dele. “Estou bem.”

Oliver estendeu a mão, colocando o rosto dela entre as mãos e fechando os olhos.

Ela se inclinou na direção do toque dele e fechou os olhos também, roçando o nariz no dele e depois dando-lhe um beijo suave. Ficou com tanto medo de eles terem o matado, tanto medo de nunca mais poder vê-lo.

Não havia hesitação quando ele a beijou de volta, roçando também o nariz no dela. Não entendia. Não sabia como ela estava de volta depois de todo esse tempo, como ela sobreviveu. Como ela estava preocupada com ele.

Chloe levou a mão até rosto dele ao beijá-lo, roçando o polegar na bochecha dele ao fazer isso.

Outra lágrima deslizou pelo rosto dele ao sentir o toque leve. Sua cabeça girava enquanto ele a beijava de volta com urgência mal contida. Uma mão gentilmente deslizou no cabelo dela e ele tremeu de novo. “Chloe.”

Ela sentiu a lágrima dele no polegar e seu peito apertou, “Eu te amo,” murmurou pra ele sem hesitar. Era tudo que ela queria fazer depois que ele desapareceu, tudo que ela pedia, ter uma chance de dizer que o amava olhando pra ele ao menos uma vez.

Oliver apoiou a cabeça no colo dela, fechando os olhos mais uma vez. “Eu também te amo.” Sussurrou. Tanto que doía fisicamente. Deus, como ele tinha sentido falta dela.

Chloe fechou os olhos e pressionou os lábios contra o topo da cabeça dele, fechando os olhos e suspirando levemente ao segurá-lo.

Ele deslizou os braços ao redor dela mais uma vez, puxando-a mais pra perto e não a deixando ir. “Eu te amo,” ele murmurou. “Não me deixa.”

Ela franziu um pouco a sobrancelha, mas não questionou, apenas o abraçou mais uma vez, “Não vou a lugar nenhum.” Prometeu.

Ele beijou sua pele gentilmente, as mãos firmemente pressionadas contra as costas dela, sentindo seu calor mesmo através de sua roupa de hospital. Ela estava ali.

Não sabia como, ou por que.

Mas ela estava ali. Viva.

Real.

Chloe o abraçou por um longo tempo, depois abriu os olhos lentamente, franzindo um pouco a sobrancelha ao notar tudo ao seu redor e seu estômago afundou um pouco ao se lembrar do capacete. Não exatamente se lembrava de usá-lo, vagamente lembrava-se de uma conversa com Clark antes de pegá-lo, e depois tudo ficou preto.

Algo devia ter dado errado.

“Ollie?” ela sussurrou, finalmente se afastando, mas apenas o bastante pra olhar pra ele, “porque eu estou no hospital? Foi o capacete?”

Oliver se forçou a respirar fundo, olhando pra ela e buscando seus olhos. “Você não se lembra?” sussurrou.

Ao ouvir isso, ela congelou, balançando a cabeça numa negação e pela primeira vez, observando a aparência dele. Ele parecia... Mais velho. Mais cansado que o normal. “Lembro que você desapareceu, depois de ir até Brownstone atrás do capacete e… nada depois disso.”

O ar ficou preso na garganta dele mais uma vez e ele imitou seu gesto de negação, vacilando em dar uma explicação. “Não tenho certeza,” falou. “Tudo que sei é que você tem uma concussão.”

Ela franziu as sobrancelhas e fez que sim com a cabeça, buscando por um instante os olhos dele e depois pressionando os lábios um contra o outro, “quem me trouxe pra cá?”

“Clark.” Ele gentilmente colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

“Ah,” ela concordou, inclinando no toque dele, “Sabia que não levaria muito tempo pra ele me encontrar.”

O peito dele apertou dolorosamente com as palavras dela e ele tentou sorrir, mas não exatamente conseguia. “Eu deveria chamar os médicos. Dizer que você acordou.”

“Espera,” ela disse, inclinando a cabeça pra olhar pra ele, “como você conseguiu escapar? Aquele homem, ele disse que iria atrás de todos nós...”

Quando ele falou novamente, sua voz era cansada. “Essa é... uma longa história. E eu prometo te contar tudo, mas realmente acho que um médico precisa dar uma olhada em você e se certificar que você está bem.”

Ela deixou um suspirou escapar e depois concordou, o peito apertado ao pressionar os lábios um contra o outro e desviar o olhar. Sabia que qualquer que fosse a longa história, não era boa.

“Olha pra mim,” ele murmurou.

Relutantemente, ela o fez, os olhos cheios de dor mesmo enquanto ela tentava mascará-la. Podia não saber o que aconteceu, mas pelo jeito que ele agia, parecia que ela quase tinha o perdido.

“Eu estou bem.” Ele engoliu seco, colocando o rosto dela entre as mãos mais uma vez e a beijando suavemente. “Estou bem, Chloe. E não vou a lugar nenhum.”

Chloe correspondeu ao beijo e segurou a mão que ele tinha sobre sua bochecha, concordando, “ok.”

Ele hesitantemente se levantou, ficando na ponta da cama dela e encostando a testa na dela por um bom tempo antes de se esticar e pressionar o botão pra chamar uma enfermeira.

Uma enfermeira, seguida por Clark, apareceu no quarto segundos depois e Chloe se afastou um pouco de Oliver, mas continuou a segurar sua mão.

O peito dele apertou ao ver Clark ali mais uma vez, e ele travou os olhos nos do outro homem sem palavras.

Os olhos de Clark se estreitaram e por mais que ele não tenha gostado do jeito que Chloe segurava a mão de Oliver já que Oliver estava envolvido com Dinah, soube instantaneamente que algo não estava certo.

Chloe, no entanto, apenas olhou pra baixo e se mexeu na cama, esperando completamente Clark começar a falar sobre como ela não deveria ter usado o capacete.

“Srta. Sullivan, como você está se sentindo?” a enfermeira perguntou gentilmente, lhe oferecendo um sorriso.

Confusa, foi a primeira resposta que lhe veio a mente, mas ela apenas sorriu um pouco pra enfermeira e acenou positivamente com a cabeça, “bem, só um pouco de dor de cabeça.”

“Da concussão,” ela respondeu. Se aproximou, esticando-se e pegando a mão livre de Chloe, pressionando seus dedos no pulso de Chloe pra verificar sua pulsação.

“Foi muito ruim?” Chloe perguntou, não podia ter feito mais que desmaiado e caído no chão, mas talvez o fluxo de informações tivesse algo a ver com isso.

Clark olhou pra Chloe e depois pra Oliver, numa pergunta silenciosa.

A enfermeira sorriu novamente, escrevendo alguma coisa em sua prancheta. “Você vai se recuperar rapidamente. Mas eu vou chamar o Dr. Grant,” ela disse a Chloe, indo até a porta.

Oliver engoliu seco e discretamente fez que não com a cabeça pra Clark.

“Obrigada,” Chloe disse a enfermeira antes de se virar pra Clark, notando a expressão estóica em seu rosto, “antes que você diga alguma coisa,” ela falou, “eu estava apenas tentando encontrar o Ollie e sabia que você já tinha lidado com coisas demais então quis tentar fazer sozinha antes de envolver mais alguém.”

“Eu sei,” Clark sussurrou, balançando levemente a cabeça e se aproximando da cama. “Está tudo bem, Chloe.”

Chloe franziu as sobrancelhas para a reação dele e olhou pra Oliver, confusa antes de olhar de volta pra Clark, não entendia porque os dois estavam agindo daquele jeito, mas havia algo errado. “A Lois tá bem?”

Oliver prendeu a respiração Sequer tinha pensado em Lois. Olhou pro Clark com preocupação, arqueando as sobrancelhas.

“Ela está bem,” Clark lhe garantiu, trocando o apoio dos pés, “ela estará aqui logo.”

Ela relaxou um pouco e acenou com a cabeça, ainda olhando os dois, “e os outros?”

“Todos estão bem,” Oliver murmurou, beijando a mão dela gentilmente sem realmente pensar nisso.

Deixando o ar escapar, ela visivelmente relaxou contra os travesseiros e acenou mais uma vez com a cabeça, o que quer que eles não estavam contando pra ela podia esperar, desde que todos estivessem seguros. Os Kandorianos se foram, Ollie estava de volta e ela não tinha sofrido nada mais que uma concussão por usar o capacete.

O que quer que fosse, não podia ser tão ruim assim.

Capítulo 2

9 comentários:

  1. Ah que legal que vc vai traduzir essa fic, é LINDAAAAA
    Tá a gente chora, mas vale a pena ler é perfeita !!
    Vilm@

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  2. Me diga que eles irão ficar juntos no final da fic! >D

    Não deu para entender muito bem...como você disse, foi uma introdução...mas já senti que essa fic terá um clima relativamente tensu...pra começar com o relacionamento do Oliver com a Dinah ¬¬

    Só não reclamo mais, porque confio na sua escolha =) e o que é uma história de amor sem obstaculos? =X

    Ansiosa pela continuação \o/

    Mônica/Shann

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  3. ela é linda mesmo, VIlm@ ^^ emocionante do início ao fim :D

    Mônica, esse capítulo não explica quase nada. Na verdade, não explica NADA. hahahaha Mas o próximo já explica algumas coisas. Tudo que eu tenho a dizer, especialmente sobre a relação Dinah/Ollie é que a Dinah pode te surpreender :D E sim, tem final feliz ^^ Mas como você mesmo disse, o que é uma história de amor sem obstáculos?

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  4. Aiii...Oliver e Dinah!
    Coitado dele, todo desesperado pra chegar nela.
    Pelo jeito passou um belo de um tempo hein?

    Clark bonzinho.

    Bem, um primeiro cap, daqueles de deixar a gente super curiosa, né?
    Quero mais.

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  5. Roberta, o Ollie nessa fic está meio perdido(ok, não meio perdido... completamente perdido) :D mas com o tempo ele fica melhor ^^
    Particularmente, eu adorei o Clark nessa fic. Do começo ao fim, ele vai ser um ótimo amigo tanto pro Oliver quanto pra Chloe. E vários personagens vão aparecer também :P

    Vou postar o outro em breve, acho que ainda nesse fim de semana ^^

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  6. Verdade... finalmente o clark está 'bem' em uma fic... essa história é realmente maravilhosa, tem cap[itulos muitooooooo emocionantes por vir...

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  7. eu li alguma coisa, no meu inglês very bad rs assim que me disse, e realmente as coisas tendem a ficar diferentes...

    e as autoras são bem coerentes afinal Dinah é o obstáculo, é legal que elas não ignoram...

    só acho este cap uma safadeza oculta kkkkkk

    Lêh

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  8. Acabei de ler e adorei!!!!

    Ansiosa pelos próximos capítulos!!! Adoro fics longas.

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  9. O que o Ollie tava fazendo com aquela baranga ? u_u SADSHADUA
    Bom, vou ler o segundo capítulo agora...

    Mas parabéns pela tradução. :D

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