Flames - Parte 8

Como prometido mais uma parte. Ok, não foi ontem a noite como prometido, mas algumas(poucas) horas depois. E antes que fiquem bravas, não é muito grande...Mas espero que gostem, os personagens não são meus e façam a autora feliz, comentem. Ok?Boa leitura!

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Titulo: Flames

Autora: Roberta Clemente

Classificação: R

Spoiler: Não

Nota: O nome da FIC é uma música da banda VAST.

PARTE 1 PARTE 2 E 3 PARTE 4 PARTE 5 PARTE 6 PARTE 7

PARTE 8

Parado na porta ele deixa o corpo se apoiar no batente e olha para ela na cama. Chloe o encara de volta, em silencio por algum tempo. Não precisavam de palavras. Ela lhe implorava por algo, qualquer coisa. E Oliver sorria como quem guarda um segredo.

-Quer jantar comigo Chloe Ann Sullivan?

-Fora?

-É!

-Quero!

Do mesmo lugar Oliver observa Chloe levantar e caminhar para o banheiro. Não sem antes lhe mandar um caloroso sorriso.

A noite morna estava perfeita para deixar o carro na garagem e caminhar. Chloe e Oliver nem perceberam o tempo passar do momento em que saíram da Torre do Relógio até que chegaram ao restaurante estrategicamente colocado em uma das margens do rio que cortava Metrópoles. Pequeno, acolhedor e com o melhor vinho da cidade.

-Tenho que confessar. Seu gosto por vinhos ainda é o melhor – Chloe elogia, depois da mais um gole no vinho tinto.

-Obrigado!Eu me esforço para me manter na ativa – ele ergue a taça.

-Imagino os anos de pratica, aperfeiçoamento!Devem ter sido duros – ela aperta as sobrancelhas, fingindo.

-Você não tem idéia. – é a vez de ele fingir sofrimento.

Chloe gargalha como há semanas não fazia e Oliver se encanta, como se estivesse ouvindo pela primeira vez

-Jimmy bebia...leite! – Chloe se arrepende imediatamente depois de falar.

-O que? – Oliver tenta não cuspira o vinho em sua boca. Ele seca qualquer gota que pudesse ter escapado e olha incrédulo para ela. – Leite?

-É! – ela aperta os olhos e os cobre com a mão. –Ele me mataria por estar dizendo isso, mas sim.

-Quem diria. Jimmy Olsen? Estou chocado! – Oliver não perde a oportunidade de provocar. – Imagino os jantares de vocês.

-Eu adorava Jimmy, mas leite? Eu gosto...no meu cereal! – Chloe deixa a cabeça cair para trás enquanto eles riem. Uma ponta de culpa por achar graça.

Oliver fica feliz por Chloe falar de Jimmy tão à vontade, pela primeira vez.

-Lois bebia cerveja. Não importava o lugar  – ele contribui para a conversa.

-Essa é minha prima! – Chloe se diverte.

-Assim ficava difícil mostrar meu conhecimento, você pode entender

-Sei!A única a cair no conto do bilionário fui eu? – ela olha para ele de lado, séria.

Oliver não responde, ele morde o sorriso abusado e olha para o alto. Chloe balança a cabeça e deixa o olhar ir para longe. Ela observa o lugar, a baia, a noite agradável, até chegar na companhia, que espera por seu olhar com um sorriso.

-Obrigada!

-Pelo que? – Oliver pergunta, se inclinando e tomando a mão dela

-Por isso, por está noite, por tudo. – seus olhos se fecham por alguns segundos, ainda cansados de tudo.

-Nada do que eu fizer vai chegar perto do que você fez por mim, Chloe!Você me salvou. – ele engole seco quando se lembra. Seria sempre grato e eternamente devedor.

-Se você acha que o que fez por mim, esse tempo todo não foi o mesmo, você está se subestimando, Ollie. – ela suspira, com o olhar suave e sincero.

Oliver segura com as duas mãos a de Chloe. Ele a leva a boca, beijando a palma, sem tirar os olhos dos dela. Ele a mantêm lá e Chloe a percorre pelo rosto forte dele. Ela amava aquele rosto, as formas geométricas e perfeitas dele. Ela amava Oliver.

Depois de algumas horas de conversa, descontraída ou séria, eles foram embora. Caminhando pela margem do rio, de volta a Torre do Relógio. De mãos dadas, como qualquer casal.

-Será que amanhã, assim, existe a possibilidade de ter um replay daquelas panquecas? – Oliver arrisca.

-Sabia que iria fica com vontade. Eu sabia! – Chloe aponta o dedo para ele.

-Confesso que, quando não temi pelo estado da minha cozinha, eu desejei algumas panquecas – ele argumenta divertido, mas vê Chloe reagir de forma contrária. Murchando.

-Sobre isso, sua cozinha. Acho que já está na hora de voltar pra casa.

Oliver sente o coração apertar, quase doendo com aquelas palavras.

-O que?

-Ollie, você me recebeu na sua casa, me deu abrigo quando precisei, mas não quero ficar mais do que devo.

-Como assim? – a voz e expressão dele são de confusão. Oliver para ela a sua frente.

-Sei que somos um casal, oficial, mas você é um homem de espírito livre, não quero tirar isso de você. – ela coloca seu argumento de cabeça baixa, segurando a ponta do casaco dele.

Oliver engole seco. Seu coração acelerado lhe dizia que tinha deixado à hora certa passar. E que agora teria que usar as palavras certas para não parecer um desesperado tentando consertar a situação. Tinha passado o dia com a idéia na cabeça, mas Chloe fora mais rápida que ele, na direção contrária, para sua infelicidade.

-Você tem razão! – ele segura gentilmente os braços dela. – Eu sempre fui livre, mas extremamente solitário, Chloe. A vida de festas, mulheres, bebedeiras, foi boa... Mas não significa que eu quero isso para sempre.  – ele observa os olhos dela enquanto fala, presos ao seu. – E mesmo que não quisesse, você me pegou, você me entendeu como ninguém e me vi de repente, companheiro de alguém, pela primeira vez.

Chloe segurou a respiração. Escutava seu coração batendo acelerado no peito, aumentando de ritmo a cada palavra.

-Ollie!... – ela sussurra sorrindo.

-Eu não sou bom em declarações Chloe – ele interrompe, com a voz tensa.

-Não, você está indo muito bem. – ela o incentiva.

-Eu iria dizer quando chegássemos à cobertura, mas você resolveu que quer ir embora e eu não posso deixar sem dizer... – Ele olha fundo nos olhos dela. – Quer morar comigo?

Chloe silencia. Duvidando do que tinha acabado de escutar da boca de Oliver. Oliver Queen, o homem mais incrível que conhecia, o herói, o homem, o homem que amava e não conseguia mais viver sem, pedindo para morar com ela. O ritmo de seu coração estava no limite do suportável, mais um pouco acharia que estava tendo um ataque cardíaco.

Mas saído do nada um pensamento persistente chegou a ela, tirando de seu rosto o sorriso mais suave e prazeroso que tinha dado.

-Ollie.

-Se você estiver preocupada com os possíveis poderes. Chloe, eu não vou te deixar. – ele argumenta, acertando em cheio o pensamento dela, o medo dela.

Chloe se afasta, dando alguns passos até a margem.

-Eu não te disse, mas em silencio, eu... Estou com medo, sempre tive esse medo de perder o controle, a sanidade. – ela respira fundo, com dificuldade.

-Ei!Você não vai perder a sanidade – a voz de Oliver revela sua surpresa. Mas esconde seu medo igual.

-Você não sabe, ninguém sabe.

Oliver anda até ela, segurando seu queixo.

-Ninguém sabe, exato. – ele se acalmou, por ela.

Aos poucos, ao toque, ao som da voz acalentadora de Oliver, Chloe se acalmou. Seu coração desacelerou. Aquele turbilhão começou a passar, revelando diante de si, um homem apaixonado.

-Você me ama tanto assim, que se arriscaria a morar com uma mulher que pode acordar biônica? – ela pergunta simplesmente, implorando em seus olhos por uma resposta sincera.

-Sim! – sem hesitar. – Eu te amo, não importa como. E você pode pensar o que for, mas eu sou só um cara que quer acordar com a mulher por quem é apaixonado.

Chloe pensa por um segundo ou dois. Ela tem medo, por ela e principalmente por ele, mas...

-E você diz que é ruim com declarações? – ela sorri.

Oliver olha para ela, incerto da mensagem mandada por aquele sorriso delicioso.

-Isso significa?

-Que eu aceito morar com você, Oliver Jonas Queen! – ela sussurra, deixando a cabeça cair para trás e se aproximando dele.

Oliver sorri na boca dela, enquanto toca o rosto dela com o dedo indicador. Depois com a mesma mão ele percorre o rosto até afundar os dedos nos cabelos macios de Chloe e a boca na dela. Selando o compromisso. Queria passar o resto de seus dias com ela, sua maior conquista na vida.

Chloe nunca tinha se aberto tanto para alguém na vida, nem sabia ser capaz de tanto. Mas nem por um segundo se arrependia de ter deixado Oliver ultrapassar seus muros. Era cuidada, amada, desejada, como nunca fora antes. Agora subindo mais este degrau com ele, se sentia entusiasmada, ansiosa. Com borboletas de uma apaixonada no estomago. Sentia-se viva.

CONTINUA...