sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Flames - Parte 4

Mais uma sexta, mais um episódios de Smallville. E enquanto isso...mais uma parte da fic. Lembrando que os personagens não me pertencem, ok?...Ah comentem!!!...Boa leitura!!!!

________________________________________________________________________

Titulo: Flames
Autora: Roberta Clemente
Classificação: R
Spoiler: Não
Nota: O nome da FIC é uma música da banda VAST.

PAARTE 1 PARTE 2 E 3


PARTE 4


Quem teria levado Chloe no meio da noite, e sem que pudesse notar?Oliver se perguntou de minuto em minuto enquanto trocou de roupa e enquanto andou pelo apartamento refazendo ou tentando refazer os passos de Chloe.

Quanto mais olhava para o vestido no chão do quarto, mais ficava confuso. Ela saiu sem levar nada, nem ao menos a roupa que vestia. Seu coração aumentava de ritmo quando tentava imaginar o que teria acontecido. Alguém a levou.

Quando corria em direção a porta o celular laranja dela tocou em sua mão. Oliver parou imediatamente, levando o telefone a orelha sem ao menos olhar o visor.

-Chloe? –a voz de Oliver é ansiosa.

-Oliver? – pergunta a voz masculina do outro lado.

-Quem é? – pergunta Oliver nervoso e tentando não gritar.

-Dr. Emil. Liguei para Chloe para ter certeza de que ela não tem uma irmã gêmea – se explica rapidamente.

-Como assim? – pergunta Oliver sentindo o coração bater na garganta.

-Estou na Torre de Vigilância. Há meia hora o sistema acusou mudança de atividade de uma meta-humana chamada Ann? – questiona.

-Moira! – sussurra Oliver com a voz apertada e fechando os olhos.

-E há cinco o prédio em que ela está foi invadido por uma loira... – ele pausa meio surpreso com o que parecia estar vendo. Melhor você mesmo ver, estou mandando para o computador dela.

Oliver chega ao computador o abrindo e ligando rapidamente. Ele tecla algumas vezes e o vídeo que Emil manda se abre na tela. Com imagens de segurança da clinica em que Moira estava internada há anos.

Sua garganta quase dói quando ele vê Chloe, sua Chloe, a mulher mais controlada que conhecia completamente fora de si. Agredindo uma enfermeira e avançando pelos corredores vestindo sua camisa cinza que tinha deixado no banheiro.

Ele quis correr e tirá-la de lá o mais rápido possível, mas não conseguia parar de olhar. Chloe parecia ter desenvolvido uma força sobre-humana, ela derrubou dois seguranças usando apenas uma cadeira e avançou sem tomar nota do que fazia. Nada a pararia.

-Deus Chloe!O que você está fazendo? – pergunta ao vento.

Sem esperar para saber Oliver saiu correndo de seu apartamento. Precisava chegar até ela antes que fizesse alguma besteira irreversível. Antes que a policia aparecesse, Chloe não parecia disposta a se entregar.

Com Emil lhe dando apoio da Torre Oliver dirigiu o mais rápido que pode até a extremidade de Star City, onde ficava a clinica onde ele mesmo colocou Moira. Tentou se concentrar no caminho estendido a sua frente quando Emil informou que Chloe tinha sido cercada no corredor leste por praticamente todos os seguranças do prédio.

Era como se estivesse ligado ao piloto automático. Cruzava as ruas da cidade sem realmente enxergá-las. Como isso foi acontecer? Tentou falar com o diretor do lugar antes que a machucassem, mas não conseguiu. Acelerou ultrapassando todos os limites de velocidade quando Emil disse que ela estava lutando com eles.

Só conseguiu respirar quando depois de cinco minutos ela foi rendida, depois de brigar muito e aparentemente sem maiores conseqüências. Nos últimos quilômetros fez junto com alguns carros de policia que se dirigiam para o mesmo lugar. Teria que contornar este problema, mas no fundo do seu coração este não parecia ser o maior deles.

Chloe estar sob as ordens de Moira lhe tirava a calma, uma onde de pânico ameaçava subir sua espinha. Quando isto aconteceu à primeira vez ele não pode fazer nada mais que dar seu apoio de longe, escondendo Moira. Não tinha uma relação muito próxima com Chloe e isso logo passou. Agora...

Quase saindo de Star City, em uma estrada afastada e praticamente escondida ficava a clinica. Protegido atrás de muitas árvores, o antigo e luxuoso prédio. Lugar calmo agora tumultuado por sirenes de carros de policia.

Oliver enxergou um dos seus carros no meio das viaturas e quando parava o que dirigia atrás dos outros, viu Chloe passar pela porta principal, sendo escoltada por dois policiais. Algemada ela era levada pelos braços para fora, ele abre a porta do carro e sai sem fechá-la.

Ao se aproximar percebe que Chloe é indiferente aos que a rondam, as dezenas de policiais que a encaram tentando adivinhar quem seria aquela mulher descontrolada Ela mantém a cabeça erguida, olhando para frente como se não enxergasse ninguém, nem mesmo ele.

-Chloe! – chama Oliver quando é impedido de continuar avançando por uma mão em seu peito.

-Você a conhece? – pergunta o policial.

-Vocês a machucaram?Ela está bem? – pergunta Oliver sem responder à outra e sem tirar os olhos de Chloe que é colocada dentro de um dos carros.

-Nós a machucamos?Hum! – ironiza o senhor carrancudo.

-Vocês não podem prendê-la. Ela não sabe o que está fazendo! – tenta explicar Oliver agora olhando para o homem a sua frente.

-Rapaz, eu não sei quem é você, ou quem é a gata selvagem, mas ela agrediu os funcionários do lugar e os policiais que a prenderam – ele explica frio – daqui ela vai pra uma cela ou pra uma camisa de força.

O policial parecia quase feliz em dizer aquelas palavras, Oliver pode jurar ver um sorriso se formar rapidamente no rosto dele. Chloe não teria chances.

Sua chance seria o diretor do hospital. Que ele identificou parado a porta do prédio olhando para Chloe, chocado, tentando entender como aquela mulher pequena e aparentemente indefesa conseguiu invadir sua clinica, quase chegando a uma de suas pacientes. Sua humildade teria que ser colocada no bolso e teria que usar seu nome.

Chloe balançava o corpo ligeiramente para frente e para trás dentro do carro quando Oliver abriu a porta. Ela não se alterou quando ele agachou do seu lado e depois de suspirar chamou seu nome:

-Chloe! – chama baixinho.

Ela continuou balançando o corpo, sem expressão nenhuma no rosto, só uma impaciência controlada. Oliver morde o lábio inferior nervoso e então passa as mãos por debaixo dos joelhos dela e coloca as pernas dela para fora. Tudo devagar, não queria assustá-la.

-Deixa eu ver você. Eles te machucaram? – pergunta Oliver esperando não receber resposta, mas insistindo mesmo assim, com esperanças de que pudesse trazê-la de volta.

Com os pés dela no chão ele a examina. As pernas geladas pela temperatura da madrugada estavam sujas e os pés pretos, por andar descalça, machucados pelo mesmo motivo.

-Não! – ela responde rápido e baixo ignorando o sangramento no canto da boca.

Oliver levanta a cabeça surpreso, mas encontra o mesmo rosto sem expressão, o mesmo olhar perdido. Ela olhava para ele, mas não o enxergava. Continuava a se balançar e olhar para o nada.

Oliver sentiu o coração apertar em desespero, aquela não era Chloe, sua Chloe. Ele engole seco, tentando manter-se firme diante das palavras dela

-Ok!Você sabe quem eu sou? – pergunta com a voz presa.

-Eu preciso falar com minha mãe!Ela está me chamando – diz Chloe ignorando a pergunta e olhando para o prédio atrás de Oliver.

-Chloe!Chloe! Me escuta – chama a atenção dela Oliver, quando percebe que ela começava a ficar agitada. – Eu sei que ela te chamou, mas você tem que confiar em mim.

Ela desvia o olhar e o coloca nele, pela primeira vez o enxergando de verdade. Oliver sorri rapidamente e coloca as mãos em volta do rosto dela.

-Amanhã eu te trago de volta e você vai poder falar com ela, mas agora, toda a policia de Star City quer colocar as mãos em você – explica ele tentando ser claro. Ela franze a testa e ele continua. – Então você escolhe, ou me deixa te tirar daqui e amanhã voltamos ou você tenta e vai parar na cadeia... Sem ver sua mãe – completa rezando para ela escolher a primeira opção.

Chloe pisca algumas vezes encarando Oliver, depois o prédio de onde o chamado de Moira vinha. E por algum motivo ela conseguiu entender que mesmo há alguns metros só dela a distância era enorme. Nunca a deixariam chegar a ela, não depois do que ela fez. O mais seguro e lógico era ir com Oliver.

-OK! – ela sussurra concordando. Oliver enche o peito de ar, aliviado.

-OK!Então vamos!Vou te levar pra casa – diz Oliver ficando de pé e levantando Chloe.

O mesmo policial que abordou Oliver se aproximou com a chave das algemas na mão. Oliver se manteve firme.

-Não sabia que tinha voltado a cidade Sr. Queen – diz ele visivelmente contrariado e deixando claro que sabia quem era e a influencia de seu nome sobre a situação.

-Sim! – responde Oliver sendo breve, não queria ser desafiador, por mais que gostasse a situação exigia toda a sua humildade ou seria Chloe a pagar por isso.

Chloe ainda estava algemada, com os braços para trás e vulnerável a aquele policial irritado e humilhado, louco para ter algumas horas sozinho com ela.  Oliver esperou enquanto ele encarava Chloe passando os braços envolta dela e trazendo para debaixo de sua ‘asa’ protetora.

Balançando a cabeça o veterano policial de Star City liberou Chloe e se afastou. Oliver tentou levá-la rapidamente, mas Chloe travou, mancando da perna direita. A primeira expressão mais intensa no rosto dela desde que Oliver chegou foi de dor.

Oliver tira sua jaqueta, coloca envolta dela e a pega nos braços, tinha pressa em sair dos olhares inquisidores. Antes que o diretor mudasse de idéia e resolvesse dar queixa, antes que o policial ignorasse a falta de queixa e levasse Chloe presa ele praticamente fugiu com ela de lá.

No caminho de volta para a cobertura ele olhou para ela imóvel ao seu lado seguidas vezes. O olhar perdido de Chloe era torturante. Tinha vontade de chacoalhá-la até que ela voltasse ao normal, mas se conteve. Pela primeira vez na vida preferiu pensar com a cabeça de Clark Kent. Seria menos passional e mais racional, pelo bem de Chloe, mesmo isso sugando dele toda a capacidade que não tinha de se manter calmo.

Oliver tirou Chloe do carro e correu com ela para sua cobertura. A pressa de tirá-la da vista de todos se transformou em urgência. Subiu no elevador com ela agarrada ao seu pescoço. Oliver queria acreditar que era por que confiava nele, mas a verdade era que Chloe estava seguindo um instinto natural de sobrevivência, se protegendo.

Ela se deixou ser levada até o quarto. Oliver a examinou mais uma vez quando chegaram lá, Chloe parecia vinda de um acidente, pernas sujas até os joelhos, camisa amassada como se tivesse sido tirada de uma garrafa, cabelos bagunçados e alguns cortes pelo rosto. Mesmo assim ela continua linda, mesmo parecendo um bicho acuado.

-Você... quer, se limpar? – balbucia Oliver, olhando os pés pretos e machucados dela.

-Não – responde rápido, sem deixar margem para mais conversa e se aninhando no travesseiro.

Oliver concorda com a cabeça e observa Chloe fechar os olhos e como se apertasse um botão de liga/desliga adormecer. Ele senta na poltrona de baixo da janela e depois de alguns minutos de silencio levanta dando um pulo.

Ele atravessa o quarto e tranca a porta, colocando a chave no bolso em seguida. Vigiaria o sono de Chloe, mas não daria sopa para o azar. Dando passos para trás ele volta à poltrona, deixando o corpo ainda tenso cair sobre ela.

Como as coisas podem ter mudado tanto em tão pouco tempo? Como a noite deliciosa que estava tendo com ela se transformou neste pesadelo? Estava dormindo ainda e quando acordasse Chloe seria sua Chloe? Perguntava-se Oliver enquanto velava o sono de Chloe.

Com os cotovelos nos joelhos ele a olhou por horas, esfregando a testa algumas vezes quando se irritava com a recusa do sol de se colocar no céu. Nunca torceu tanto para o nascer de um dia quanto aquele.

O três metros entre uma parede e outra começaram a perder medida conforme Oliver ia de um extremo ao outro. O sol já ganhava força e Chloe continuava a dormir na mesma posição, sem ter mexido um músculo desde a madrugada.

Quando estava a um instante de tentar acordá-la, quando já não agüentava mais a espera ela se mexeu, Oliver congelou. Congelou esperando enquanto ela girava na cama esticando os braços e voltava à mesma posição.

Chloe abriu os olhos devagar depois de se espreguiçar. Tinha dormido demais, mas lembrança da noite passada estava viva em sua mente. Logo tomou consciência de onde estava e as imagens maravilhosas dela e Oliver naquela cama lhe invadiu. Estava tão feliz e leve por ter finalmente se declarado, aberto o coração como nunca tinha feito antes.

De repente uma fome incrível cresceu em seu estomago. Talvez a felicidade seja assim. Ainda mais depois de horas de sexo incrível com quem se ama. Ela rolou na cama rindo e sentiu o coração saltar quando deu de cara com Oliver parado de pé olhando para ela, assustado.

-Deus Ollie! – ela senta na cama colocando a mão no peito e rindo, sem perceber a expressão congelada dele.

-Chloe, é você? – pergunta Oliver, com a voz fraca.

Chloe para de rir e olha para os lados, em confusão.

-Acho que sim... – ela baixa os olhos para as pernas e seu rosto muda.

Oliver se joga na cama e puxa Chloe para seus braços. Ele a envolve como se nunca mais fosse deixá-la sair. Chloe se agarra a ele lutando para entender o que estava acontecendo e vê os nós dos dedos machucados. Ela estica a mão para se olhar.

-Ollie?O que está acontecendo? – pergunta Chloe sem certeza se gostaria de escutar a resposta. – Por um acaso eu fui dar uma caminhada...na floresta? Tem floresta em Star City? – ela ri nervosa

Oliver sem saber o que dizer ou como dizer, espera um pouco. Até ela não se agüentar e se soltar dele, lhe mandando um olhar que valia por mil palavras. Como se soubesse o que estava acontecendo, mas não quisesse dizer e precisasse dele para isso.

O coração de Oliver se aperta mais uma vez. Não era justo com Chloe, não depois de tudo o que ela passou se descobrir uma infectada de novo. A vida nunca fora justa ou fácil para ela.

-Eu acordei e você tinha sumido... – ele respira fundo. – Me matou de susto por não te  encontrar, Chloe.

Chloe engole seco, juntando as coisas. Os sonhos estranhos, as sensações e agora isso, tudo se confirmava. Seus olhos brilhavam atrás da parede de lágrimas que se formava e não cabendo mais ela as derruba.

-Não acredito que isso está acontecendo de novo comigo! – explode Chloe, levantando e quase gritando quando pisa firme no chão. Em segundos as dores atacaram seu corpo, ela encolhe a perna e as lagrimas parecem ganhar mais motivo para descer por seu rosto. Oliver segura suas mãos. – Esperava que fosse outra coisa, mas acho que tentei me enganar, no fundo eu esperava, eu sabia...

-O sono...

-Era minha mãe, não era?

-Sim, te encontrei no lugar em que ela está. Ao que tudo indica, ela está acordando! – ele tenta mostrar algo bom daquilo tudo

Com resultado. Chloe esboça um primeiro sorriso. Aquele rosto delicado e machucado se iluminou com a possibilidade de um reencontro. Era comovente.

-Eu quero ver minha mãe Ollie! – desabafa Chloe, com pesar na voz.

Ele concorda com a cabeça, enquanto passa as mãos nos braços dela, num gesto para tentar acalmá-la.

-Eu sei!Moira não pode mais ficar lá, não é seguro!Então eu vou buscá-la enquanto você fica aqui – ele fala e espera a reação dela que abre a boca para debater. – Sim senhora, depois de colocar toda policia de Star City louca, é melhor ficar.

Chloe encolhe os ombros, envergonhada, mesmo não se lembrando. Da outra vez que isto aconteceu quase matou Lex, duas vezes, então sabia do que era capaz quando estava sob as ordens de Moira. E Oliver estava certo, ela já revelara a localização da mãe, se expor mais só atrapalharia.

-Ok! – concorda

-Tome um banho, limpe os machucados e erga a cabeça. Não vai querer que sua mãe lhe veja assim, vai? – ele passa a mão em uma mecha de cabelo dela e pisca.

-Não!... Nem acredito que vou ver minha mãe, falar com ela – sussurra Chloe de olhos apertados e sorrindo.

-Só mais alguns minutos te separam de um abraço e um beijo da sua mãe – diz Oliver beijando de leve os olhos dela.

-Que bom que está aqui, que bom que é você aqui – afirma Chloe aceitando o carinho.

-Te amo!

-Também te amo!


CONTINUA...

7 comentários:

  1. *___________________*

    emocionante!!!
    adorei

    ResponderExcluir
  2. Não tá brava não, né?
    Neste ponto uma amiga minha ficou brava, por judiar demais da Chloe...hehe

    Valeu Letícia!!!Valeu mesmo!!!Emocionar é um dos objetivos, fico feliz de saber que acertei!!

    ResponderExcluir
  3. não to brava não, na boa chlollie fã é um pouco masoquista...se não, não seria chlollie fã...
    um draminha aqui com um pouco de diversão faz bem,
    sem contar a Moira neh veih tah na fic...bom demais

    ResponderExcluir
  4. Ah o Ollie é sempre fofo nas fics
    To adorando Ro!!
    ^^
    Vilm@

    ResponderExcluir
  5. Que bom Leticia!!\o/...verdade, somos todos um pouco.
    Pois é, a Moira!...Pois bem!

    Vilm....Ollie é um fofo em qualquer lugar...hehehe

    Valeu meninas!!

    ResponderExcluir
  6. Meu Deus essa fic é maravilhosa...

    ResponderExcluir
  7. O engraçado é que, Chloe e Olliver aqui são sentimentos e muito mais além. Emocionante demais. Com a tia Moira no controle então, tudo de bom.

    ResponderExcluir