I Want You 3/4

Olá!Antes um recado. Alguns devem ter lido todo o meu blábláblá sobre ter tido que reescrever a ultima parte da fic. Pois bem, a ultima parte virou penúltima e eu acrescentarei mais uma a fic. Espero que não fiquem bravas comigo. Estou terminando a ultima e se der posto hoje mesmo...Então e isso, sem mais...Ah, comentem \o/ e boa leitura.

Tiluto: I Want You

Autrora: Roberta Clemente

Classificação: R (mas não se prenda a isso)

Spoiler: Não

Nota: Contem partes de Absolute Justice e Warrior, mas com versões alternativas.

Resumo: Oliver se vê perdido quando percebe que não vê mais Chloe como antes.

1/4 2/4

3/4

Estiveram tão perto, esteve tão perto de ter Chloe. Sentiu o gosto, a textura da pele dela, soube como Chloe Sullivan se comportava quando excitada. Conheceu partes dela que até dias atrás nunca imaginou existir e agora se pegava desesperado para ver mais uma vez.

Saiu de lá achando que se ela não o quisesse seria uma azar dela e só dela. Que faria o que sempre fez, partiria para outra sem nem olhar parar trás. Mas momentos depois, quando se viu sozinho percebeu que estava se enganando. Não conseguiria olhar pra frente se ela não estivesse lá. Se negava a deixar Chloe para trás.

Ok. Era oficial. Chloe Sullivan tinha transformado ele, Oliver Queen, em uma garota. Que perdia o sono e não conseguia pensar em nada que não fosse outra pessoa. Isso por que eles nem tinham ido em frente. Era patético, mas como esquecer aquele beijo e aquele olhar?

Foi rendido assim que aqueles enormes olhos verdes olharam para ele como ninguém tinha olhando antes...Nunca encontraria uma mulher como ela, que o conhecesse tanto e que não se assustasse com isso, com seus milhares de defeitos e muito menos com aquele sorriso perfeito.

Oliver se percebeu sorrindo quando lembrou do sorriso dela e esbravejou apertando o copo na mão. Uma garotinha, era uma garotinha. Só lhe faltava o diário e urso de pelucia.

Quis culpá-la por isso. Por ser tão cuidadosa, tão linda, tão forte, tão perfeita. Mas parcela da culpa era de John e com certeza de Carter. Se não fosse por eles lhe mostrando o que estava claro bem diante de seus olhos, continuaria cego e feliz. Pois não estaria vivendo privado de sono, esbravejando e descontando em um copo.

Aquele copo era irritante. Levantou no ar e por um segundo não o jogou lá de cima. Mas a imagem de Chloe enfurecida com ele por ter mandado para o hospital um pedestre o impediu. Chloe ficaria furiosa. Ele riu e então virou todo o conteudo do copo lá de cima. Era um copo grande e ele mal tinha tocado na água. Torceu pra que alguém se molhasse. Afnal, a miséria adora companhia.

Já chega!Ele era adulto e não permitira que seu sono fosse perturbado deste jeito. Iria para a cama e ficaria lá até que conseguisse dormir no minimo cinco horas. Voltou para dentro da cobertura mais confiante quando escutou as engrenagens do elevador funcionar. Congelou no lugar.

Era ela. Única pessoa autorizada a entrar, única pessoa com passagem livre. Unica pessoa a quem confiou sua casa como se fosse ele. Ela estaria ali a qualquer momento.

Oliver tentou se mexer e não conseguiu. Era agora, o momento que passou a semana esperando. Colocou as mãos no único lugar que podia, os bolsos da calça larga e esperou. Ela viria a ele com uma emergencia do tipo apocaliptica e saberia que tinha sido despensado ou ela sairia daquele elevador sorrindo e ele saberia que ela também o queria.

Do meio da sala observou o elevador parar e a porta se abrir devagar, devagar demais. Com um movimento calmou e visivelmente cauculdo Chloe puxou a porta e caminhou para fora dele. Batendo os saltos no chão de marmore.

Olive tentou não ser óbvio, mas não conseguiu descaradamente percorrer os olhos por ela. Só podia ser brincadeira ou de propósito. Aqueles saltos pretos que deixavam as pernas dela firmes, de propósito. Aquela saia começando dos joelhos, justa, apertada contra as formas redondas dos quadris, também de propósito. 


Engoliu seco quando chegou a blusa de seda roxa, de alças finas, revelando e combinando com as alças também finas da langerie que ela estava usando por baixo e disfarçou com um sorriso quando chegou ao olhar que ela lhe mandava. Se era pra matar que pelo menos usasse uma de suas flechas. Ela sabia onde estavam, seria mais humano.

“Oi” ele reage com um sorriso brilhante.

O olhar dela não muda. Ela continua a olhar dentro dele e Oliver reprime a vontade de se encolher. Então ele estufa levemente o peito. Um sorriso ameaça aparecer nos lábios dela e Oliver entende que ali não existia humor. Estava as cegas. Nem emergencia, nem sorriso largo. O que estava na mente dela era um enigma.

“Preciso da sua assinatura em um documeto” ela diz sem rodeio, mantendo o olhar.

Oliver concorda surpreso. “OK”

Chloe retira da bolsa algumas folhas e oferece a ele, que caminha até ela e estremece quando seus dedos tocam o dela. Ele olha do papel para os olhos dela e ela parece congelada naquela expressão.

Oliver sai a procura de uma caneta. Ele dá as costas para ela e deixa o ar escapar dos pulmões doloridos.

“Só isso?Nenhuma impressão digital ou escaner de retina?” ele pergunta de longe tentando quebrar a tensão.

“Não, a velha e boa assinatura” ela responde com um tom neutro.

Oliver concorda forçando um sorriso quando devolve os papeis assinados. Chloe os guarda e depois de olhar para ele de novo. Depois dos segundos mais longos da vida de Oliver ela cede deixando os ombros tensos cair.

“Obrigada” ela sorri em fim, relaxando.

Oliver então entende o que ela estava fazendo antes. Ela estava examinando, testando o comportamento dele sobre algo que só ela sabia. Era muito burro e ela era irritantemente inteligente. Sentiu que tinha fracassado no teste, o que não era justo já que não teve chances de saber o que estava acontecendo ou se preparar.

Teria que agir e rápido, reverter a situação se não quisesse que ela lhe desse as costas em um minuto.

“Boa noite Oliver” Chloe diz virando em direção a saida.

“Espera” Oliver segura o braço dela e solta no instane seguinte. “Você vai me dar as costas... De novo?” nem ele pode acreditar no que tinha acabado de dizer. A intenção era ser direto, mas nem tanto.

“O que?” ela dá um passo na direção dele e para. “Eu não te dei as costas”

Ela se defende e Oliver ri. Ela realmente estava tentando negar que tinha deixado de ficar com ele por que o queridinho Clark chamou?

“Mais ou menos isso que aconteceu” por mais que quisesse não podia acusá-la. Tinha que continuar, mas com calma. 

Quando Chloe revira os olhos ele continua. “Tudo bem Chloe, eu entendo. Você não consegue se separar dessa versão controladora”

Não. Ele não conseguia não dizer o que estava vindo a mente. Era Chloe, não conseguia mentir para ela. Mesmo irritando ao ponto de ver a raiva crescendo dentro dela.

Chloe umedece os lábios a procura de palavras. Ela ri nervosa colocando as mãos na cintura e Oliver se afasta colocando as mãos de volta aos bolsos.

“Eu não te dei as costas” ela repete. “Sabe, Oliver. Ser escravizada por um bando de alienigenas não é uma idéia atraente pra mim, então quando o assunto vem a tona, sinto muto se transar com você no sofá da Watchtower não é uma prioridade”

Oliver se sente um idiota. Claro que ela não colocaria nada entre ela e impedir que o fim do mundo acontecesse. “Você será nossa salvação, certo?” ele diz sorrindo fraco, olhando para baixo.

“Não sei, mas eu posso tentar” ela responde convicta. “Qualquer coisa pra evitar o meu e o seu fim”

Oliver ergue a cabeça diante daquelas palavras e encontra um sorriso delicado no rosto dela.

“Talvez depois que Clark tivesse ido embora... Mas você não ficou, ficou?” ela diz baixinho, dando levemente de ombros.

Oliver leva um soco no estomago. Ele se mexe nervoso, tentando raciocionar.

“Chloe, eu pensei que...”

“Pensou que eu estava fugindo. Por que eu sou uma viuva traumatizada, certo?” ela ri de si mesma. “O que faz todo mundo pensar que eu sou tão frágil assim?” ela tira a mão que segurava firme a alça da bolsa e joga pro ar.

Oliver começa a entender, mas não diz nada. Pela primeira vez ela falava sobre o assunto e como se sentia a respeito. E pelo olhar de matar dela parecia longe de ter terminado.

“É o que, meu tamanho?” ela pergunta rindo. “Ou eu tenho um neon apontado pra mim piscando ‘cuidado fragil’?...Talvez eu devesse sair etiquetada de casa”

Oliver ri. Mesmo irritada Choe era adoravel. Ela também ri e acalma.

“Não claro que não” ele discorda.

“Eu não tenho medo de sexo, Oliver. Eu gosto” ela admite arregalando os olhos rapidamente. “Eu gosto muito, como qualquer pessoa”

Ele concorda em silencio, balançando a cabeça.

“E não sou cega. Sei que todos estão me achando um porre ou questionando sériamente se fui substituida por um robo. Mas a verdade é que eu só queria um tempo. Um tempo sem drama, sem sentimentos, sem expectativas”

E foi assim que uma pergunta que Oliver tinha feito a si mesmo foi respondida. Chloe conseguia sair da cama todos os dias, ter forças. Se desapegando de alguns sentimentos.

“Eu entendo” ele relmente entende e compreende. Ele dá um passo na direção dela e ela sorri pra ele.

“Não sou contra diversão” ela umedece os lábios.

“Eu sei” Ele inclina a cabeça, resgatando a memória dela em seus braços aquela noite. Ele sorri e olha pra ela a tempo de pegar mais um rolar de olhos.

“Quando você me ofereceu diversão eu pensei que tinha encontrado alguém que pudesse...” ela hesita. “Eu pensei que a diversão viria sem preço. Livre de qualquer cobrança, mas eu estava enganada. Você não está pronto...Você não é essa pessoa.” Ela aperta o sorriso, ergendo uma sobrancelha  e dá um passo para trás, pronta para ir embora.

Oliver leva um susto com o rumo que ela deu as coisas. O que ela estava dizendo?Claro que ele estava pronto. Ele passou uma semana esperando ser esta pessoa para ela.

“Espera Chloe... Eu sou essa pessoa” Oliver diz alto e seguro o suficiente pra ela parar e olhar pra ele de novo, mas não pra achar que ele era um cara desesperado por um transa.

“Não!Você é o cara que quando não conseguiu o que queria, sumiu” ela diz simplemente. “E, depois do que aconteceu no ultimo ano não posso perder...” ela respirando fundo. “Não vou perder mais um amigo Oliver”

Oliver observa em choque Chloe entrar no elevador e fechar a porta. Observa paralisado o elevador descer e sumir. Não conseguia reagir a aquela declaração. Não conseguiu gritar que não sumiu, que não a tinha deixado, abandonado como tinham feito com ela. Não conseguiu dizer que só queria dar espaço a ela, que a respeitou até o ultimo minuto. Que passou os últimos sete dias pensando nela e só nela.

Próximo adjetivo para ele. Estupido, deveria ser esse seu nome do meio. Oliver Estupido Queen. Só alguém muito estupido sumiria do mapa depois de ter sido aparentemente rejeitado, deixando Chloe pensar que a culpa era dela.

“Estupido. Estupido. Estupido” Oliver repetiu caminhando para o quarto quando finalmente conseguiu sair do lugar.

Se nada tinha funcionado pra trazer seu sono de volta certamente levar um pé na bunda épico, de uma mulher que nem era sua namorada ou qualquer coisa parecida, funcionaria.Caso contrário se jogar da cobertura voltaria a ser uma opção. Precisava dormir. Precisava se desligar.

Sentou na cama e balançou a cabeça em descrença. Claro que não conseguiria dormir. Não merecia dormir, ter descanço depois de estragar tudo, depois de fazer Chloe pensar que perderia mais uma amigo. 

Respirando fundo ele tentou juntar os pedaços. O que faria agora? Tinha ido por um caminho sem volta. Não conseguia para mais de pensar nela. Chloe apareceu em seu radar como um ponto de luz e se transformou em um trem, lhe atropelando sem dó. Não seria mais o mesmo de duas semana atrás. Como trabalharia com ela escondendo a vontade de beijá-la?Como disfarçaria quando ela sorrisse do lado dele?...Estupido.

CONTINUA