domingo, 2 de janeiro de 2011

Love Over Time 1/3

Depois de muito tempo sem postar, aqui vai uma muito boa. São só três capítulos, mas é parte de um universo criado pela autora Calie15. Futuramente teremos a tradução das outras desse universo.

Talvez não dê pra perceber, mas eu traduzi essa fic de uma forma diferente, e pra ser sincera, não gostei muito do resultado. Então caso alguém também não goste, peço logo desculpas. =D As próximas traduções vão ser melhores, ou pelo menos como antes.

Boa leitura!

 [Personagens e história não nos pertencem.]

PG-13

Descrição: Deveria ter sido óbvio desde o começo, dois homens vindos do futuro...


-- 1 --

Chloe se esticou em sua cadeira, arqueando as costas até ouvir um estalo satisfatório. Metade do dia já havia passado e ela não tinha ouvido nada de ninguém, o que não era necessariamente uma coisa ruim. Por mais chato que fosse o silêncio, ele era uma espécie de bênção em sua linha de trabalho.

Levantando, ela se afastou de seu computador e se dirigiu através das portas duplas da torre em busca de algo para comer, sabendo que seus computadores continuariam o monitoramento na sua ausência.

Ela nem ouviu o barulho atrás dela quando as portas se fecharam.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Levantando-se rapidamente do chão em que eles foram de repente esparramados, dois jovens ficaram boquiabertos com o ambiente.

"Uôu," o loiro esguio murmurou. "Legal."

O segundo homem assentiu lentamente com a cabeça, o movimento fazendo o seu cabelo escuro cair nos olhos.

"É... o que é?"

"Você está falando sério? Você está, não está? Eu acho que a tua mãe te alimentou com mamadeiras de kriptonita."

"Eu fui amamentado com leite do peito."

"Sério? Quero dizer, sério? Desculpa, mas eu não quero ouvir sobre os seios da sua mãe. "

"Eu não estou falando dos-! Você é um idiota. Eu nem sei por que eu me incomodo em discutir com você. Isso nunca leva a lugar algum."

"O sentimento é mútuo."

"Então, onde estamos?"

"Pare aí mesmo," uma voz familiar chamou, fazendo os dois homens congelarem e olharem um para o outro, preocupados.

"Eu pensei que você tinha dito..." O moreno cochichou pelo canto da boca.

"Shhhhh!"

"Eu tenho uma arma apontada para os dois. O que vocês estão fazendo aqui?" Chloe avisou, erguendo a arma em sua mão para eles compreenderem perfeitamente a situação.

"Não!" O homem loiro exclamou ao virar-se e pôs as mãos para cima, olhos alargando-se em pânico. "Foi um acidente, eu juro. Olha, não queremos causar dano algum."

"Como vocês chegaram até aqui?" Chloe exigiu, estreitando os olhos e dando alguns passos para mais perto.

"Hummm". O homem loiro olhou para seu companheiro de cabelos escuros.

Chloe viu o segundo jovem, que ainda não tinha falado na frente dela, sacudir a cabeça rapidamente. "Foi um acidente."

"Nós juramos", o loiro acrescentou.

"Eu estou perdendo minha paciência muito rapidamente", ela alertou e sua ameaça fez o moreno morder o lábio, obviamente tentando não sorrir enquanto deu uma cotovelada no loiro. "Algo engraçado?"

"Não." O loiro sacudiu a cabeça. "Olha, você está me deixando nervoso. Não dá para baixar a arma?" Ela levantou uma sobrancelha para ele. "Ok, tudo bem. Olha, nós um ... Foi mesmo um acidente. Essa mulher ..."

"Uma mulher muito má", o moreno acrescentou prestativo.

O loiro assentiu com a cabeça em concordância. "Ela estava tentando voltar ao passado. Ela queria mudar as coisas. Nós não fomos capazes de detê-la, mas conseguimos pegar uma carona."

"Então vocês são do futuro?" Chloe perguntou com uma careta. "Certo".

"É tão difícil de acreditar?"

Chloe apertou os lábios, pensativa. "Quando?"

"Cerca de 25 anos à frente", respondeu o loiro. "Olha, nós temos que encontrá-la, ela está com o anel da Legião." Ele levou outra cotovelada nas costelas. "Olha, eu tenho uma arma apontada para a minha cabeça", ele rosnou com raiva.

"O anel da Legião?" Chloe sussurrou baixinho, momentaneamente abaixando a arma, e balançou a cabeça rapidamente erguendo a arma novamente.

"Sim, e se não a encontrarmos logo, quem sabe que tipo de dano que ela vai causar", o loiro disse, suplicante.

"Eu tenho uma idéia", o moreno resmungou.

"Quais são seus nomes?" Chloe perguntou. Os dois homens olharam um para o outro, e ela não pôde evitar a sensação de que eles não queriam compartilhar essa informação com ela.

"Eu sou Connor," o homem de cabelos loiros respondeu e em seguida, acenou para o seu amigo moreno. "Este é Elliot".

"Oi," Elliot ofereceu, com um aceno, mostrando um sorriso de menino.

Chloe estreitou os olhos novamente. Eles pareciam inofensivos, mas isso não significa muito. Se eles estavam dizendo a verdade e vieram atrás de uma mulher com a intenção de detê-la, Chloe tinha que saber que tipo de arsenal planejavam usar para fazer isso.

"Olha, nós realmente não temos tempo para isso", disse Connor, impaciente. "Eu sei que você não confia em nós, mas é preciso, porque se você não confiar, não há como saber o que ela pode fazer. "

Lentamente Chloe abaixou o braço, levando a arma para o lado dela. "Vocês chegaram aqui com ela?"

Connor suspirou aliviado. "Sim, mas ela atravessou antes de nós e quando nós batemos no chão, ela já estava longe."

"E vocês vieram para cá?" Chloe perguntou cuidadosamente, uma vez mais suspeitando. "Como vocês entraram?Melhor ainda, como vocês sabiam como chegar aqui?" Eles se entreolharam em silêncio, obviamente desconfortáveis com o interrogatório.

"Não podemos responder." Ela abriu a boca para argumentar, mas Connor continuou. "E não é que nós não queremos. Nós simplesmente não podemos. Não há limite para o que poderia mudar aqui e não é isso que queremos. Nós apenas queremos impedí-la de mudar as coisas."

Ela pareceu considerá-lo em silêncio. "Por favor. Eu juro. Você nunca teve segredos que quis contar a alguém, mas não podia?" Connor podia ver a luta de sair dela e ele deu um suspiro de alívio mentalmente. Ele acertou em tocar nos segredos que ela tinha sido forçada a manter, mesmo sendo um golpe baixo.

"Ela está atrás de quem?"

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Eles se sentaram em volta da mesa, olhando uns para os outros nervosamente.

"Clark pode ajudar", Chloe repetiu provavelmente pela quinta vez. "Se você estiver certo, e essa mulher estiver atrás dele, ele precisa saber."

"Dele e de Lois Lane", Elliot corrigiu.

"Eu sei, eu sei", Chloe assegurou. "Nós temos alguns amigos cuidando disso. Mas não podemos trazê-la aqui. Ela não-".

"Nós entendemos", Elliot disse com um tom um pouco mais acentuado do que ele queria. Empurrando a cadeira para longe da mesa, ele se levantou e caminhou em direção a uma das janelas.

"O que há de errado com ele?" Chloe perguntou e acenou para o homem dos cabelos escuros. Ele tinha sido bem espirituoso quando eles chegaram - meio bobo para o gosto dela, para falar a verdade - mas agora o seu comportamento mudou rapidamente.

"Eu acho que ele está finalmente percebendo o que pode acontecer." Elliot se virou, estreitando os olhos na direção de Connor. "Ele vai ficar bem."

"Você não está preocupado?" Chloe observou.

"Estou", Connor sacudiu os ombros em resposta. "Só sou melhor em disfarçar do que ele."

"Não é melhor em disfarçar ", Elliot interrompeu. "Apenas melhor em não lidar com as coisas que incomodam você."

"Chloe?!"

"Aqui Clark," Chloe chamou e os dois garotos se levantaram com a chegada dele. "Conheça Connor e Elliot".

"Oi", Clark disse inseguro e depois virou-se para Chloe. "Então, você disse que minha vida está em perigo?"

"Sim, vai entender." Ele franziu as sobrancelhas com a piada dela. "Estes dois parecem saber muito sobre nós. Eles sabiam como me achar, eles sabem sobre o anel da Legião e eles sabem sobre você." Chloe assentiu com a cabeça para Clark. "Tudo".

"Tudo?" Clark repetiu lentamente.

"Sim, patrimônio alienígena e tudo o mais", disse Connor casualmente. "Mas isso não importa. Quanto mais tempo perdemos falando sobre o que sabemos e quem somos, mais tempo ela tem lá fora e isso significa mais perigo para você e Lois."

"Porquê?"

Elliot suspirou. "Nós não temos tempo para isso! Ou vocês vão nos ajudar ou não. Se não, vamos seguir nosso caminho." O silêncio pesou no ar entre os quatro. "Tudo bem, vamos embora." Elliot moveu-se em direção à porta, só para se encontrar cara a cara com Clark.

"Não," Clark discordou. "Nós vamos ajudá-los. Se você está dizendo a verdade e estão tentando nos salvar, nós vamos ajudar. Então, com o quê estamos lidando?"

"Ela é uma assassina, hábil com armas e perita em toxinas." Chloe respondeu depois de pegar seu notebook e baixar o pouco de informações que tinha. "O nome dela é Jade Nguyen, conhecida como Cheshire. No nosso tempo ela está sumida, aparecendo aqui e ali por causa de um assassinato ou atentado. Parece que ela ainda está aprimorando suas habilidades." Chloe se virou para Clark. "Ela não tem nenhuma habilidade sobre-humana e não é alienígena - embora tenha, por algum motivo, unhas venenosas. O que quer que ela seja, ela é uma assassina certeira e com sua experiência em toxinas, digamos que ela poderia facilmente criar algo muito perigoso com kriptonita."

"Então, qual é o plano?"

"Nossos amigos viajantes do tempo aqui disseram que a impediram de roubar um pouco de Kryptonita no tempo deles, de modo que ela, aparentemente, decidiu fazer uma viagem ao passado para colocar as mãos em kryptonita." Chloe virou o rosto da tela. "Estou monitorando qualquer lugar dentro de um perímetro de quinhentas milhas que possa ter kryptonita. Se ela invadir um deles nós vamos saber. Entretanto, eu sugiro que você vá lá fora ver se você consegue descobrir algo do nada."

Clark balançou a cabeça, estudando cuidadosamente a figura de uma mulher asiática."Quantos anos ela tem?"

"Ela tem quinze anos no nosso tempo e estes dois dizem ter vindo de 25 anos à frente, então ela tem em torno de quarenta anos."

"Certo," ele se afastou da tela e olhou para Chloe. "E Lois?"

"Já resolvi isso. Ela tem olhos a vigiando o tempo todo, inclusive os meus."

"Certo, me avise se você descobrir alguma coisa." Clark se virou para sair, mas foi rapidamente interrompido por um dos rapazes.

"Deixe-me ajudá-lo", Elliott disse firmemente.

"Olha, eu realmente não acho que..."

"Eu posso, eu entendo." Elliot terminou o pensamento do homem mais velho, parando por um momento enquanto seus olhos procuraram algo pela sala até espiar um abajur de metal em um canto. Os outros na sala viram quando dois raios vermelhos familiares saíram de seus olhos, transformando o abajur em uma poça derretida.

"Você é..." O choque foi demais para Chloe até mesmo terminar o pensamento e, em vez disso, ela deu alguns passos hesitantes em direção ao abajur destruído.

"Kryptoniano," Elliot completou. "Há um pouco mais de nós no meu tempo. Não tão fortes como Kal-El, mas fortes o suficiente para o nosso próprio bem."

Connor suspirou e jogou as mãos para cima. "Inacreditável."

O olhar suspeito no rosto de Clark era evidente e Elliot se apressou para o assegurar. "Nós só queremos ajudar."

"Clark, basta levá-lo com você."

Clark virou-se para Chloe, que tinha finalmente superado o seu próprio choque. "Chloe..."

"Clark, ou você quer salvar Lois ou não."

"Tudo bem, vamos embora."

Antes que Elliot pudesse segui-lo Connor agarrou seu braço, virando ele de volta. "Abre essa boca grande de novo e eu juro que eu vou fazer você se arrepender."

"Grandes palavras, o que você vai fazer com elas?" Elliot desafiou.

"Eu estou surpreso por você perguntar."

"Ok meninos," Chloe se adiantou e pressionou a mão contra o peito de Connor, mas ele não se mexeu com o primeiro empurrão dela. "Se afastem! Agora!" Eles pareceram finalmente notá-la e viraram para ela. "Vocês não vão brigar na minha torre, entenderam?"

"Sim," eles responderam, simultaneamente, fazendo o que ela mandou.

Clark observou como os dois rapazes afastaram-se um do outro com as cabeças ligeiramente inclinadas.

Ele olhou para Chloe em admiração. "O que você fez?"

Chloe apenas deu de ombros e agarrou o braço do Connor. "Vamos."

~~~~~~~~~~~~~~~~

"Então, você e Elliot, vocês são amigos?" Chloe perguntou querendo conversar, espiando Connor pelo canto dos olhos.

Ele se virou para encará-la, achando que a mulher fria que tinha estado lá não estava mais, tendo sido substituída por outra muito mais gentil. Ele imediatamente se sentiu inclinado à responder. "Sim, desde que éramos crianças. Ele é um pouco cabeça-dura. Gosta de fazer as coisas do jeito dele," Connor deu de ombros. "Mas eu acho que o mesmo poderia ser dito de mim."

"E você," Chloe virou-se para o monitor e, em seguida, olhou para ele, "você pode fazer alguma coisa?"

Ele riu em resposta e balançou a cabeça. "Eu sei que você está fazendo. Você não vai arrancar nada de mim."

"Talvez da próxima vez." Voltando a atenção para seu trabalho Chloe suspirou. "Nada, já se passaram duas horas e ainda não parece ela tenha feito algo para encontrar kryptonita."

"Ela vai fazer," Connor assentiu. "Ela tem algo em mente."

"Sim, bem-" Suas palavras foram interrompidas quando as luzes do alarme começaram a piscar intermitentemente, seguido do estalar da energia elétrica sendo cortada, deixando a sala em silêncio. "Ah, não."

"O quê?" Connor perguntou ao se levantar e caminhar até Chloe, olhando ao redor. "O que foi?"

"Kryptonita," Chloe concluiu. "Eu tenho kriptonita aqui."

"Vamos." Agarrando a mão dela, ele a puxou para o lado da sala, pânico começando a crescer com a possibilidade de que Cheshire poderia ter encontrado eles. "Onde está o equipamento do Arqueiro-Verde?"

"O quê?" Chloe se virou para ele, distraindo-se momentaneamente do caos iminente.

"O equipamento do Arqueiro-Verde! Eu sei que você tem aqui. Onde fica?"

"Eu ... uh ..." Sacudindo a cabeça ela foi até o cofre e socou os códigos, fazendo as portas de correr revelarem um traje do Arqueiro-Verde e uma grande variedade de arcos e flechas. Rapidamente, Connor agarrou o equipamento, escolhendo um arco, algumas flechas e um arco pequeno.

"Abaixe-se", Connor sussurrou enquanto a puxou para o chão e preparou uma flecha. Estava tudo calmo, muito quieto.

"Eu sei que você está aqui," ele rosnou para o quieto salão . "Eu vou saber onde você está antes mesmo de você tentar algo."

Uma gargalhada encheu o espaço e Chloe olhou em volta na escuridão, tentando encontrar a mulher a quem pertencia.

"Talvez, mas eu tenho mais de vinte anos de experiência a mais do que você, garoto. O que que seu pobre pai faria se eu matasse o filho dele? Seu orgulho e alegria? Ou... talvez ele não se importasse. E se ele nunca conhecesse você? "

"Eu não vou deixar você fazer mal a Kal-El," Connor disse firmemente, escondendo o medo que estava percorrendo seu corpo. Se ela o matasse, ainda havia ainda uma chance de tudo ser corrigido no futuro, mas se ela matasse sua mãe...

"Talvez, mas eu tomaria a sua vida e a dela como um prêmio de consolação."

Não havia dúvida em sua mente naquele momento de que ela iria tentar atacar. Connor respirou fundo e prendeu a respiração.

O tiro ecoou pelo ar e Chloe se sobresaltou, nem mesmo pensou em cobrir a cabeça enquanto Connor lançou uma flecha. Porém ela não ouviu a bala acertar nada. Ela olhou para Connor e para seu próprio corpo, buscando ferimentos, mas não encontrou nenhum. Cheshire não deve ter falhado. Eles eram alvos fáceis sentados no meio da sala com a luz a janela acima brilhando sobre eles. Foi aí que ela percebeu que Cheshire não tinha errado, nem Connor. Ele acertou a bala de forma certeira.

Antes que ela pudesse admirar sua habilidade, ela percebeu algo se mover pelo canto do olho e naquele segundo, Connor jogou o arco para o lado e se jogou contra a mulher de verde. Vendo a oportunidade, Chloe correu para a saída, esperando que pudesse ficar longe o suficiente para chamar por Clark.

"Suas habilidades deixam muito a desejar."

Chloe parou ao som da voz da mulher, voltando-se para encontrar Connor no chão com uma arma apontada para sua cabeça.

"Não!" Seu grito assustado foi distração suficiente e Connor foi capaz de derrubar a arma da mão de Cheshire. A assassina deu uma cambalhota para trás, lançando-se no ar e para longe de Connor.

"Corra!" Connor exclamou e agarrou o arco e mirou em Cheshire. Ela desviou do primeiro tiro e ele teve chance de disparar um segundo quando o grito de Chloe deixou o dedo dele congelado no gatilho. Seu coração batia forte enquanto ele olhava para Cheshire utilizando Chloe como escudo, seu dedos venenosos se enrolando ao redor da garganta da loira.

"E agora Queen?" Cheshire exigiu com um sorriso arrogante. "Me dê a Kriptonita."

Queen. Chloe não podia acreditar que não tinha visto a semelhança - cabelo louro rebelde, composição corporal escultural, até a atitude. Isso só foi superado por seu conhecimento sobre o equipamento do Arqueiro Verde e sobre sua torre e pela habilidade com o arco e a flecha. Não havia muitas pessoas no mundo que conseguiam acertar uma bala com uma flecha. Oliver conseguia.

"Não," ele disse e sacudiu a cabeça. "Você sabe que eu não posso fazer isso."

"Sério?" Ela sorriu e mostrou as unhas na frente dela. "O que vai ser, Queen? Salvar o homem de aço ou sua própria existência? Sua família? Me dá a kriptonita e eu vou deixá-la ir."

Não havia nenhuma chance. Cheshire nunca a deixaria ir. Sem sequer responder, ele lançou a flecha.

Chloe sentiu as penas no rosto e uma leve brisa antes da mulher usando-a como um escudo gritar. Ela não perdeu tempo e se jogou no chão, ignorando a dor aguda no braço.

Nenhum deles sabia onde estava a kryptonita exceto por Chloe, e Cheshire estava determinada a matá-la por mais de um motivo. Connor sabia que tinha que tirá-la dali. Agarrando-lhe o braço, ele a puxou do chão. "Vamos. Vá embora. Você tem que sair daqui."

"Eu não posso," Chloe ofegou. Ela tentou plantar os pés no chão, mas suas pernas perderam as forças debaixo dela.

Apavorado, ele olhou para ela enquanto os olhos dela rolaram para trás da cabeça dela. "Não."

"Vai, sai daqui," Chloe murmurou. Se ele pudesse ao menos chegar até o Clark, ainda podia salvá-lo.

"Não." Connor colocou seu braço ao redor da cintura dela e a ajudou a atravessar o salão. Um tiro ecoou e ele se jogou para se protejer, seu corpo cobrindo o dela. Agarrando o arco que ele havia largado antes, ele carregou uma flecha, se virou e atirou.

Cheshire se levantou do chão, cambaleando para a frente. "Eu tenho certeza de que eu vou acertar você, eventualmente."

Connor carregou seu arco novamente, preparou para atirar, mas antes que ele tivesse uma chance, outra flecha cortou o ar, acertando Cheshire no braço.

Agarrando seu ferimento, Cheshire virou a tempo de ver o Arqueiro Verde pular da varanda com o arco retesado.

"Fica para a próxima," ela sussurrou antes de correr pela sala e atirar-se através da grande janela.

"Chloe."

Connor olhou na direção da voz distorcida, vendo o Arqueiro Verde se inclinar para a frente e cair ao lado da Chloe.

"Ollie," Chloe tentou recuperar o fôlego e imediatamente se arrependeu de tentar falar.

Sem se preocupar com a sua identidade, Oliver arrancou os óculos e empurrou o capuz para trás. "Chloe, o que você tem?"

"O veneno," Connor disse suavemente. "As unhas daquela assassina são venenosas. Deixe-me vê-la."

"Tire as mãos dela, isso é culpa sua." Oliver rosnou e apertou o braço ao redor dela.

"Eu posso salvá-la!" Exclamou, mas o brilho especulativo no olhos de Oliver revelou que ele pensava o contrário. "O veneno da Cheshire funciona em minutos. Eu não tenho muito tempo. Ou você confia em mim ou ela está morta."

Foi só quando viu a dor nos olhos do outro homem e as lágrimas aparecendo que Oliver se levantou e colocou Chloe no sofá, recuando quando o jovem se ajoelhou ao lado dela.

Connor se inclinou sobre ela, tocando a mão em seu rosto, apertando olhos e rezando para que, desta vez, funcionasse quando ele queria. Porém nada aconteceu. Não havia calor, ou a sensação de absorver o ferimento ou veneno. "Não." Ele balançou a cabeça e pôs a outra mão no rosto dela. Nada.

"Oh Deus."

Oliver virou-se ao ouvir a voz de Clark e engoliu seco. Havia outro jovem ao lado dele, mas ele mal notou.

"Chloe." Clark moveu-se para a frente, mas uma mão em seu braço o deteve.

"Espere," Elliott disse, o segurando. "Ele pode ajudá-la."

Ele poderia, mas não estava funcionando. Nunca funcionou, não quando ele precisava. Ela estava olhando para ele, seus olhos verdes tendo encontrado os dele. "Eu não consigo fazer funcionar," ele chorou. "Eu sinto muito." A mão dela tocou a bochecha dele e ele virou seu rosto para ela em resposta. A sensação do toque dela era a mesma, até o cheiro era o mesmo. Pela primeira vez desde que ele tinha chegado lá, ela olhou para ele como se lembrasse. Olhos gentis e amáveis, com um leve sorriso no rosto. Então lentamente a mão dela escorregou e seus olhos se fecharam."Não, não." Ele segurou o rosto dela novamente, agarrando-se a alguma chance de que funcionasse, tinha que funcionar. "Por favor, você não pode! Você não pode me deixar!"

Lentamente, Elliot foi à frente, colocando uma mão em seu ombro puxando-o para trás. "Connor".


"Não!" Connor exclamou, empurrando o braço do Elliot para longe e se virou fazendo cara feia para seu amigo, seus olhos vermelhos e irritados. "Que diferença isso faz? Quanto tempo eu tenho? Minutos!"

Elliot sentiu o peso do que estava acontecendo cair sobre ele. Ele sentia como se devesse dizer algo a seu melhor amigo, mas a perda de Connor era maior naquele momento. Balançando a cabeça, ele deu um passo atrás, olhando para Oliver Queen, notando a vermelhidão nos olhos dele e as lágrimas silenciosas. De repente, Oliver se afastou e foi em direção a seu arco.

"Não, Oliver." Clark insistiu, tentando lutar contra seu próprio sofrimento para parar seu amigo.

"Não me impeça, Clark." Ele pegou seu arco e flecha do chão, mas mão de Clark em seu braço o parou. "Eu não me importo com seu código ou sua honra ou o que quer que seja Clark. Eu vou matá-la. Eu vou colocar uma flecha bem no meio do coração dela e pendurá-la nas Torres Queen."

"Espere, espere!" Elliott gritou enquanto observava Connor, inclinado sobre o corpo de Chloe. "Chloe, ela é... Ela é a mãe dele. Se ela está morta, então ele também morre. Connor tem apenas minutos antes de deixar de existir." Ele olhou para Oliver Queen e abriu a boca, tentando encontrar uma maneira de dizer ao homem na frente dele o resto da notícia antes que fosse tarde demais.

Connor enterrou o rosto no pescoço dela, apertando-a contra ele. O universo poderia levá-lo, mas ele não ia soltar ela até isso acontecer. "Eu sinto muito, Mãe. Sinto muito. Eu deveria ter feito tudo diferente. Eu achava que sabia o que eu estava fazendo. Eu devia ter lhe contado ou para o papai ou para alguém. Eu te amo e você nem me conheceu."

Ele fechou os olhos com tanta força que nem sequer viu a luz que de repente começou a envolver ele e sua mãe. Ele pensou ter ouvido o seu nome - Elliot mais provavelmente - e começou a se afastar, e então ele sentiu, puxando-o, esvaziando-o. Imediatamente, ele segurou mais apertado e começou a implorar contra o pescoço dela, lentamente perdendo a consciência enquanto lembrava de um momento em que ele era muito mais jovem e tinha se machucado com um dos arcos do seu pai, com o qual ele não deveria estar brincando.

Ele estalou os dedos com força suficiente para deixar hematomas, então ela o carregou em seu colo enquanto se sentava no chão, estalando a língua e o calando gentilmente. Ele manteve seu rosto enterrado no pescoço dela, enquanto ela passava mão sobre o ferimento, fazendo desaparecer a dor.

"Mas o papai disse para não-"

"Papai disse para não curar a menos que fosse absolutamente necessário."

Ele balançou a cabeça para ela, calmo, agora que o ardor se foi. Ela limpou suavemente o rosto dele.

"Isso foi necessário porque o que o papai não sabe salva a você e a mim de ouvir um sermão de uma hora de duração sobre as responsabilidades de um arqueiro."

Ela sorriu para ele, olhos verdes e suaves, na opinião dele, rindo um pouco às custas do pai.

"Mas Connor, eu espero que tenha aprendido a lição. Pai lhe diz para ficar longe deles porque você vai se machucar. Nós não estaremos sempre lá para consertar tudo por você, bebê. Ok?"

Ele balançou a cabeça em resposta. E depois que ela deu um beijo na testa dele, ele se sacudiu para fora de seu colo.

"Tudo bem, vamos descobrir quando o Sr. Feijão Verde vai chegar em casa. Estou com fome."

Connor riu e saiu na frente dela, quase a atropelando quando correu para fora da sala.

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10 comentários:

  1. AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!


    ADOREI!!!!!!!!!! ADORO UNIVERSOS E FUTUROS ALTERNATIVOS!!!!!!

    Não entendo de traduções, pois o meu inglês é péssimo, mas gostei da tradução. Qual é a diferença? Tava tão empolgada com a história...

    QUERO MAIS!!!!!!!!!!

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  2. TB QUERO MAIS!!
    Nem costumo ler essas de Au mas essa me fisgou, adorei a história, é tão bom ler que Chlollie tem um futuro com direito a filho e tudo =D
    Ansiosa pela continuação!
    Vilm@

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  3. ahhh, eu já te disse o quanto eu fiquei feliz quando você falou que ia traduzir esse universo :D A fic é ótima, simplesmente ótima!

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  4. *Suspiros* Nossa, fiquei sorrindo feito boba lendo essa fic XD, ok...o cap teve o seu drama, mas...o flashback Connor/Chloe foi tão, tããão fofo #)

    SUPER ansiosa pela continuação, OMG! Quero ver a reação do Oliver e da Chloe XDDD

    Ps: Ótima tradução =D

    Mônica

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  5. Ah Nathalia... AMEI essa história, já estou ansiosa pela continuação e é verdade, Mônica, o flashback foi TUDO!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Sofia

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  6. Que fic emocionante!
    Connor dizendo que ama a mãe foi lindo!
    O Flashback tb, tão sutil e bonito ao mesmo tempo.

    Adorei!

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  7. acabou a tradução de distant echoes?

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  8. Ah, também amei a história!
    Mal posso esperar a continuação.

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  9. a tradução de Distant Echoes não acabou não ;D faltam 3 capítulos, que a Silvia deve postar em breve.

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  10. Aaaaaaaaaaaaah eu também AMOOOOOOOOO fics com tarvels times!!!! *____________* AMO AMO AMO essa fic, e ainda mais, pq tem fics separadas q complementam essa história, muito boa.

    Anônimo, não acabou não! Minha vida está tão doida q to sem tempo pra nada, nem pudi fazer minha mensaggem pro niver do blog! T_T se te contar q tenho cap traduzido faz tempo??? Só sem tempo de postar, como diria Al: STAY TUNED! ;)

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