terça-feira, 21 de setembro de 2010

Flames

Olááá!!!Mais uma fic minha. Essa é a mais longa que já escrevi, na verdade ainda estou escrevendo. Espero que gostem. Se gostarem ou não, comentem...Ah, sempre esqueço de dizer. Os personagens não me pertencem(quem dera), ok?Boa leitura!!!!
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Titulo:Flames
Autora: Roberta Clemente
Classificação: R
Categoria: 10º temporada
Spoilers: Não
Nota: O nome da fic é uma música da banda VAST





PARTE 1


Chloe acordou quando escutou seu nome ser chamado. Sentou na cama assustada, olhando para os lados, procurando a voz tão familiar que lhe chamava e não encontrando nada além do escuro.

No primeiro instante estranhou e não reconheceu o lugar. Seu coração ainda disparado aumentou o ritmo. Aquele não era seu quarto e definitivamente não era sua cama. Aos poucos seus sentidos foram se equilibrando. Era o apartamento, quarto e cama de Oliver. A Torre do relógio era o oposto do apartamento da Talon, confortavelmente silenciosa. Sem o costumeiro barulho vindo de canos velhos ou da maquina de café.

Adorava a cobertura, mas ainda não tinha conseguido se acostumar em acordar em outro lugar que não fosse seu apartamento minúsculo, seu quarto quase cozinha, sua cama ouy metade que lhe era de direito.

Depois de se situar, olhou mais tranqüila em volta, ao seu lado, onde sabia que encontraria Oliver dormindo, abraçado ao travesseiro. Parecia um garoto. Lindo e cheio de vida.

Contemplou as costas largas dele e seguiu dando beijos leves até deitar a cabeça na dele, colocando o braço por cima do dele, deixando o coração voltar ao ritmo normal. Oliver reagiu ao seu corpo se mexendo, mas não acordando.

Permitiu-se sentir o calor do corpo dele e agradeceu como fazia todas as noites. Por ele estar ao seu lado, seguro e não perdido. As lembranças dos dias em que teve certeza de que nunca mais veria Oliver vivo eram tão fortes que sempre invadia seus pensamentos. A incerteza de não saber era pior que qualquer medo que já tinha sentindo na vida.

Perder Oliver era um pesadelo recorrente que se recusou a reviver. Reuniu forças de onde nunca julgou ter e não descansou até encontrar e trazê-lo para casa, a salvo, para ela.

Observá-lo dormir tão calmo era gratificante. Foi até o inferno atrás daquele homem e iria de novo se preciso. Havia salvado o homem que amava e se sua vida não durasse nem mais um minuto já teria valido a pena.

Ainda era noite e Chloe se sentindo mais calma e segura de novo percebeu que ainda faltava um bom tempo para que o dia amanhecesse e mesmo mais tranqüila seu sono a abandonara a própria sorte.

Uma possibilidade era acordar Oliver, mas ele dormia tão confortável e tranqüilo que não teve coragem de interromper o sono dele só por que havia perdido o seu. Não era justo, por mais divertido que fosse te-lo acordado com ela.

Verdade também era que ainda estava incomodada com o sonho, ou, seja lá o que fosse que tivesse acontecido. Era quarta noite seguida que isso acontecia. Então se contentou com a árdua e deliciosa missão de velar o sono de Oliver, seu Oliver. Ela puxa o lençol, cobrindo os dois.

-Eu te amo! – sussurra apertando o abraço.

À tarde Chloe tinha as mãos sobre o teclado, os olhos na tela plana a sua frente, mas não se mexia nem enxergava o que estava a sua frente.

Sozinha na Torre de Vigilância. No silencio pode se permitir viajar. E foi para longe, muito longe. Em encontro de alguém que não via há muito tempo e que de tempos em tempos sentia muita saudade. Nos momentos mais difíceis ou importantes.

Sua distração lhe impediu de ver Oliver entrar, de vê-lo lhe fitando por alguns segundos, e de se aproximar, parando atrás dela.

Só com o beijo suave que recebeu no ombro Chloe acordou de seu devaneio. Se assustando por um segundo, encolhendo os ombros e depois relaxando com o carinho em seguida.

-Oi Ollie! – murmura fechando os olhos.

-Oi! – responde Oliver sussurrando em sua orelha.

-Entrando sorrateiramente? Achei que deixasse isso para as noites de patrulha – provoca
Chloe. Enquanto Oliver continua com a boca em sua orelha.

-Me fiz presente, tentei ser visto, mas você estava longe – responde ele.

De repente Oliver gira a cadeira de Chloe, fazendo-a ficar de frente para ele. Ela se segura nos braços da cadeira e ele a encara sério. Ela fica em silencio esperando.

– Pensando em alguém? – questiona Oliver com uma das sobrancelhas erguidas.

Chloe revira os olhos achando graça do ciúme, ou da encenação de ciúmes de Oliver. Depois seus olhos se entristecem. Não tinha por que esconder, muito menos dele.

-Sim! Minha mãe! – responde ela dando de ombros, meio sem graça – O que me faria não notar um loiro, muito charmoso, de quase dois metros quando ele entra no recinto?– completa sorrindo.

Oliver ergue o queixo dela com o dedo indicador e com o dedão o aperta, de leve. A impedindo de desviar o olhar, o fixando no dele. Que era de pura compreensão.

-Saudades? – pergunta gentilmente.

-Eu não sei! Mas me peguei pensando nela – responde Chloe com um olhar de menina. Que Oliver adorava ver nela.

-Se quiser posso te levar para visitá-la – oferece Oliver.

-Não! Ela me pediu para ficar longe e eu vou respeitar esse ultimo desejo. – recusa Chloe, virando a cadeira de volta a posição que estava antes.

Oliver a gira de novo, deixando Chloe contrariada.

-Eu sei como é sentir saudade dos pais, você não me engana, pois esse olhar eu sempre vejo quando olho no espelho. Só que você tem a chance que eu não tenho. Por tanto!Se decidir que quer ver sua mãe... é só dizer e eu te levo até ela – oferece Oliver, sério, como ainda não tinha ficado.

Chloe sorri com a oferta. Claro que ofereceria para qualquer um, faria o que fosse por qualquer amigo, mas sabia que pra ela era diferente, o cuidado com ela era maior do que com os outros. Sentia-se protegida como nunca tinha se sentido antes.

-Certo! Obrigada! – agradece Chloe com os olhos brilhando.

Desarmado Oliver balança a cabeça positivamente. Achando que Chloe fosse recusar já preparava mentalmente os argumentos, mas para sua quase surpresa ela estava desarmada.

-Certo! – confirma Oliver acenando com a cabeça.

Combinados Chloe muda de expressão. Feliz por ele estar ali com ela, no meio da tarde.
Ela enfia os dedos no cabelo arrepiado dele e sorri.

-E você o que está fazendo aqui?Não me lembro de ter mandando nenhum alerta, S.O.S, sinal de fumaça ou coisa assim! – pergunta Chloe mordendo o lábio inferior em seguida, o que chamou toda a atenção de Oliver para sua boca.

-Estava no meio de uma reunião, mas não conseguia prestar atenção naquele bando de chatos engravatados – ele pausa para suspirar – fiquei olhando pela janela, tentando adivinhar o que você estaria fazendo, vestindo... Então antes que perdesse o próximo bilhão, aqui estou eu – se explica encaixando o rosto no dela.

-Sei! A aventura está sempre no visinho?

-Não sei! Nunca tive visinhos assim como você! – afirma Oliver cobrindo o sorriso de
Chloe com um beijo.

Estavam mais próximos do que nunca, começaram a passar noites na casa um do outro, a se telefonar no meio do dia, planejar saídas e a conversar, nada mais era proibido para eles, diziam sempre o que sentiam e pensavam.

Eram cúmplices, duas pessoas que tinham encontrado um no outro uma saída, uma válvula de escape, até que isso começou a mudar. Tudo depois que Xeque-mate levou Oliver para chegar a Chloe. Quando correram perigo real de ficar um sem o outro descobriram que era mais do que pensavam ser e quando a guerra contra os kandorianos bateu a porta Oliver já não conseguia esconder que o que sentia era amor.

Ao retornar não conseguiram voltar a aquele relacionamento de antes, onde não havia laço, compromisso, sentimento. Já se amavam demais e não podiam, não queriam voltar atrás.

Chloe aproveita sua recompensa por ser uma boa garota, aceitando o que Oliver lhe propôs sem discutir. Um beijo carinho e sem pressa, do jeito que mais gostava, quando ele segurava seu rosto entre as mãos. Depois do beijo Oliver encosta a testa na dela e suspira, contrariado.

-Não acredito que vou passar tantos dias fora, justo agora que ficou bom – lamenta dando pequenos beijos nela.

-Ainda vai estar quando voltar – o tranqüiliza Chloe.

-As coisas mudam tanto e tão rápido que...

-Shu!Não fala, atrai – adverte Chloe, divertida.

Oliver concorda sorrindo. Eles se olham mais uma vez, agora por um tempo mais longo. Chloe adorava fitar aqueles olhos de garoto e Oliver amava a beleza dos grandes olhos verdes dela.

-Passa essa noite comigo, Ollie? – pede Chloe

-No meu apartamento ou no seu, Sra. Green? – pergunta Oliver, charmoso.

Ele tira toda a concentração de Chloe que deixa a cabeça cair pra trás numa risada, depois uma gargalhada. Oliver passa um braço em volta da cintura dela e a tira da cadeira.

-Pronto! Missão cumprida – diz Oliver satisfeito – Fiz você sorrir!

Chloe aperta o sorriso, revirando os olhos, tentando não deixá-lo muito orgulhoso. Mas não tinha como, o credito era todo dele. Por fazer tudo ficar um pouco melhor.

Enquanto caminhavam para porta abraçados, meio que dançando, ela fecha os olhos. No mesmo passo eles chegam à enorme moldura da porta da Torre de Vigilância. Oliver pressiona um beijo contra seus lábios e sai, deixando a lembrança de seu gosto para trás.

Na manha seguinte Chloe acordou sem sobressaltos, abrindo os olhos em seu apartamento depois de um longo suspiro O quarto tomado pelo sol estava claro como se fosse meio dia. E era quase.

Ai sim, ela deu um pulo, sentando depois de olhar o relógio ao lado de sua cama marcar 11:20. Procurou Oliver para lhe dar uma bronca por ter deixado que dormisse tanto, mas encontrou o outro lado da cama vazia. Olhou em volta e não encontrou nenhum sinal de que ele ainda estivesse lá.

Franzindo a testa uma pontada de tristeza lhe invadiu. Passariam tantos dias sem se ver que queria ao menos se despedir. Mas quando encontrou um bilhete no travesseiro riu, lembrando da conversa entre eles na noite passada, em que concordaram que bilhetinho na cama, deixado sob o travesseiro só acontecia em filme e alem disso, era muito cafona.

Mesmo assim, cafona ou não, os olhos dela brilharam. Se enrolando no lençol enquanto o desdobrava e caminhava para a cozinha.

“O mundo ainda será o mesmo quando acordar, por isso não me odeie por não ter te acordado. Notei que anda com o sono um tanto agitado nos últimos dias, por isso deixei que descansasse mais um pouco... E para que não me acuse de sair fugido preparei seu café (extra forte) e fiz algo para comer. Ok! Abri e coloquei no balcão para você comer. Estava atrasado por que tive que encontrar um vôo de ultima hora para poder deixar meu avião a sua disposição. Sem pressão, é claro!... Uau, isso ficou uma carta, então, me ligue qualquer coisa e... Eu meio que... acho que te amo!(lide com isso)”


Chloe que já estava parada diante do balcão há muito tempo, enquanto se perdia nas palavras de Oliver. Olhou para ele e sorriu. Em cima estava sua cafeteira, na metade, que normalmente era o que exigia para ela, uma caixa de cereais, seu preferido, uma garrafa de leite e uma tigela. Tudo muito bem distribuído e ajeitado sobre o balcão, incluindo o guardanapo enrolado e uma flor descansando sobre ele.

Chloe se achou incapaz de comer depois daquilo, não conseguia parar de sorrir. Oliver sabia como ser galanteador educado, cuidadoso e perfeito, com tão pouca coisa... Então se forçou a relaxar os músculos do rosto e comer, nem que fosse por consideração ao gesto.

Enquanto mastigava os cereais abriu de novo o bilhete. Sua atenção foi toda para as ultimas palavras. “te amo” e “lide com isso”... Trouxe Oliver para casa e era claro em sua mente e em seu coração que amava aquele homem, mas ainda não tinha dito pessoalmente isso a ele. Deveria ter dito nas noites passadas e jurou que a próxima vez que falasse com ele diria e repetiria quantas vezes fosse preciso.

Menos de uma hora depois estava no elevador e em minutos na Torre de Vigilância, como fazia todas as manhas. E teve a nítida sensação de que não estava sozinha. Na ponta dos pés andou até sua mesa e tirou de uma gaveta sua arma.

Percorreu o andar de baixo com a arma em punho, apontando para os lados. Chamou por Clark para ter certeza e não recebeu resposta. Sua ultima alternativa era o andar de cima. Então subiu também na ponta dos pés e olhou canto por canto. Não havia ninguém na Torre alem dela.

Olhou confusa para os monitores. Nenhuma quebra de segurança tinha sido encontrada. Nada estava fora do lugar, e a sensação havia ido embora. Estava sozinha e segura. Mas aquela sensação de ter alguém com ela fora tão real, que não poderia deixar passar, não de novo.

Mais calma Chloe pode pensar, refletir e como um flash reconheceu aquela sensação. De não estar sozinha, de ter uma presença, de estar ligada a alguém. Foi assim que se sentiu quatro anos atrás. Sensação que durou apenas algumas horas, mas que nunca mais esqueceu.

Num impulso correu de novo para a sua mesa e digitou sem parar em seu teclado. Só parou quando a sua frente estavam todas as informações de Moira Sullivan. De anos atrás até os dias atuais, fixas medicas e avaliações psicológicas.
Chloe franziu a testa, confusa quando examinou tudo e não encontrou nenhuma mudança na ficha. Moira continuava do mesmo jeito que Chloe a deixou. Catatônica, quase em estado vegetativo.

Então o que sentiu quando entrou na Torre, o que vinha sentindo quando dormia, não tinha explicação. Ainda!

Empurrou o teclado e levantou frustrada. Queria tanto entender o que estava acontecendo com ela, mas sua mente não se organizava para isso. Estava perdida, estagnada, sem saber para onde ir.

Aproximou-se da tela onde estava a foto de sua mãe, buscando na imagem dela algum consolo. Tinha se acostumado à ausência dela, mas às vezes sentia muito a sua falta. Uma mãe agora, um colo, um conselho, faria toda a diferença.

Chloe sentia muito por tudo o que tinha lhe acontecidos nos últimos anos, mas se ser uma infectada teve seu lado ruim, também teve o bom. Alem de salvar Lois e Clark, ser uma infectada lhe proporcionou alguns momentos com a mãe. Por algumas horas teve sua mãe, e a certeza de que era amada, de que não tinha sido simplesmente abandonada, deixada para trás.

Por mais que estivesse crescida e amadurecida, ainda era difícil aceitar que perdeu a mãe por causa da maldita kriptonita. Então preferiu mandar este pensamento injusto embora antes que começasse a culpar quem não tinha culpa. Sentou em sua mesa de novo, respirou fundo e começou a fazer o que tinha que fazer. Atualizou o sistema da Torre em segundos e esperou, só demoraria mais dois.

E nesse tempo não conseguiu mais relaxar. Sabia que nada era fácil, nada acontecia por acaso em sua vida, com ou sem explicação. Estes eventos não ficariam nisso, sem saber por onde começar se resignou a esperar.


CONTINUA...




10 comentários:

  1. Betinha
    eu quero um Oliver pra mim...snif snif
    To gostando muito
    *A cena em que Chloe acorda a noite e fala "eu te amo"
    *A cena do bilhete/carta, linda demais
    *A cena da Chloe no Pc procurando informações sobre a mãe, muito legítima essa parte!!!
    adorei
    :D

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  2. Oiii!

    Eu tb quero, já pedi um de natal e estou esperando o dia 25 de dezembro pra ver se ganho...hahaha

    Que bom que está gostando!!!\o/
    Tem mais, muito mais por vir!
    Valeu!!!

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  3. ahhh, eu quero ler a continuação logooo :D

    Adorei como sempre adoro suas fics, Roberta ^^

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  4. hahahaha...tá no escuro, né?

    Ah, valeu Ivy!
    Vou postar logo!!!

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  5. Ah devo dizer o seriado smallville me fez fã de chlollie, mas são as fics que aumentam meu amor por esse casal.
    e eu tb quero um Olieeeeeeeeeeeeeeeeeee


    Vilm@

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  6. Meu Gezuis, tenho sido uma boa menina o ano inteiro para ver se o Papai Noel me dá um Oliver de presente.

    Roberta

    Ótima fanfic, esperando a continuição.

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  7. Vilm...Quem não quer?
    E é verdade, as fics ajudam que é uma beleza.

    Karina, valeu, amanhã eu posto cedinho a continuação.

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  8. Roberta... Parabéns... fic maravilhosa... ai, o bilhete foi TUDO!!!!!!!!!!!

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  9. Roberta, é a primeira Fic sua que eu leio. Parabéns, vc é super sentimental. E eu adoro a Moira. *-*

    A Leh, que acompanha as minhas Fics recomendou vc. ;p

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  10. Oiii.
    Nossa, não vinha aqui há um tempo, voltei pra reler o começo.

    Sofia!Muuuuuito obrigada!

    A Manhã do Céu Escuro(adorei o nome), muito obrigada tb. A Lêh é uma fofa!
    E que bom que gostou!...É, sou toda sentimental..haha...Tb adoro a Moira!!
    Volte sempre, espero que esteja acompanhando.
    E onde estão suas fics?Elas são sobre o que?

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