Five Times Chloe Played Nurse To The JLA, tradução

Uma fic com a Liga, pra matar um pouco a saudade :D Chlollie implícito. O post é especialmente dedicado a Letícia, por ter feito o banner do blog. Obrigada Lele! (e coincidentemente, a fic tem o Bart pra você!)

Disclaimer: infelizmente, todos os personagens pertencem apenas a Warner e a DC Comics

Boa leitura e comentem!

Five Times Chloe Played Nurse To The JLA é uma fic da pompeypearly

Bart

“Não tenho certeza de quem eu deveria ficar mais brava – Oliver por deixar você nesse estado ou você por escutá-lo.” Chloe atirou uma garrafa de água e um pacote de salgadinhos pra Bart.

“Tudo pelo bem maior, ‘licious!” Naquele momento ele estava deitado no sofá da Watchtower aproveitando a atenção que recebia. Sabia que Chloe cuidaria dele não importando o quanto ela queria repreendê-lo. Bart era um dos garotos dela e ela faria qualquer coisa por eles. Isso, e ele tinha certeza que o flerte dele sempre suavizava a raiva dela.

Chloe aproximou-se de Bart com seu kit de primeiros socorros e uma grande bacia com água quente. “Você sabe melhor que isso, Bart. Você devia cuidar mais de si, especialmente seus pés.” Ela ajoelhou na frente dele e começou a arrumar suas coisas.

“Eu tentei, mas as coisas têm estado meio malucas.”

Chloe gentilmente removeu os tênis de corrida dele e lentamente tirou suas meias. Ele sibilou com a dor quando o tecido saiu, partes das meias já encharcadas com sangue e um fluido aquoso.

“Jesus, Bart! Como que você conseguiu chegar até aqui?” Chloe olhou o pé cheio de bolhas na frente dela. As feridas estavam inflamadas, algumas delas haviam progredido um pouco mais do que apenas feridas sangrentas.

“Acredite, não foi fácil.”

Chloe colocou os pés dele na bacia e começou a lavar seus pés gentilmente, tentando não retrair-se em solidariedade quando ele puxava os pés, desconfortável. “Já chega, eu vou dar uns bons chutes no traseiro do Oliver.” Ela disse quando ele gritou.

“Eu teria feito isso de qualquer jeito.” Ele admitiu.

“Não significa que eu tenho que gostar disso.” Ela gentilmente secou os pés dele antes de começar a aplicar um creme anti-séptico. “E você vai ter ir ao Emil pra ele dar uma olhada nisso amanhã.”

“Não posso. Tenho que voltar pra Keystone, tenho trabalhado muito com os outros e acabei deixando as coisas lá de lado.”

“Um dia não vai machucar Bart, você não estará na sua melhor forma até que seus pés comecem a curar.” Ela colocou algumas bandagens sobre as feridas e começou a enfaixar os pés dele. “Você vai ficar aqui esta noite. Transformei um dos cômodos num quarto e você vai descansar esses pés.”

“Um quarto? Finalmente admitindo que você trabalha demais?”

“Nunca.” Ela começou a fechar seu kit. “Mas estou falando sério sobre você descansar, Bart. Sem sua velocidade você é humano como todos nós, e eu não quero que nada aconteça com você. Empregados demais da LuthorCorp reconhecem seu rosto.”

“Isso significa que você é minha enfermeira pessoal nessa noite?”

“Eu ficarei com o sofá, mas só pra me certificar que você não vai se mexer. Mas juro que se qualquer insinuação sexual sair dessa sua boca rápida, você vai precisar de mais do que faixas no seu pé.”

“Você tem minha palavra Linda. Eu não iria querer irritar minha própria Florence Nightingale!”

Ela sorriu pra ele. “Então, está com fome?”

Ele a olhou totalmente incrédulo. “Você sabe com quem está falando, certo?”

Chloe não podia evitar de rir da cara que ele fazia. Ela se levantou e pegou seu telefone e um menu de tele-entrega. “Comida chinesa parece bom?”

“Não se esqueça dos rolinhos primavera extras!”

Às vezes ser a enfermeira particular de Bart era fácil demais, mas isso não mudava o fato de que ela teria uma conversa séria com Oliver pela manhã.

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AC

Chloe estava sentada em seu pequeno Yaris pelos últimos quinze minutos esperando o time sair do armazém. Ao lado dela estava seu laptop com a planta do armazém na tela. Normalmente ela estaria sentada segura e confortável na Watchtower guiando seus garotos à distância. Mas dessa vez era necessário que ela estivesse no local. Bart e Clark não puderam se juntar a Oliver e Victor dessa vez, eles estavam lidando com uma crise em Metropolis que não podia ser abandonada. E só Deus sabia onde Dinah estava.

AC havia desaparecido há uma semana. Ela tinha finalmente achado alguma coisa na sua pesquisa quatro horas atrás e o localizou nesse armazém decadente. Aparentemente as aparências enganavam e esse era na verdade um laboratório da LuthorCorp.

Chloe esperava que AC estivesse bem, não seria a primeira vez que ele tinha sido capturado e que faziam experimentos com ele. Havia um medo fixando-se dentro dela, fazendo com que seu estômago revirasse. Se AC não tinha saído até agora então havia uma boa chance de eles estarem o privando de água, o que explicava as enormes garrafas no banco de trás e no porta-malas do carro.

Ela já tinha acessado as plantas do prédio e parecia que a LuthorCorp tinha aprendido sua lição no que se referia a AC. Não havia um sistema de irrigação instalado, apenas um sistema com Halon para o caso de incêndios. Essa era a outra razão pra ela estar ali – fornecer bebidas a AC quando eles o tirassem de lá.

Chloe começou a tamborilar no volante impacientemente. Olhando pra seu laptop Oliver e Victor estavam rapidamente se aproximando da unidade em que Chloe acreditava que AC estava sendo mantido. O silêncio no rádio estava matando-a. Era em vezes assim que ela desejava ter uma habilidade, ou ao menos a visão de raio-x do Clark.

Ela observou quando o time dela derrubou dois guardas na porta. Eles enfrentariam outros três quando conseguissem entrar naquele lugar. A segurança era alta lá, alguém estava obviamente tentando aprender a partir dos encontros anteriores com a LJA.

Houve um som de luta vindo do fone de ouvido. Ela disse sua reza usual para que seus amigos saíssem bem de lá até ouvir que estava tudo bem.

“Nós o pegamos, ‘tower. Ele está muito mal.” Victor disse pelo comunicador.

Olhando pro seu computador ela analisou as plantas mais uma vez. “Se vocês saírem agora deverão se livrar dos guardas do prédio. Parece que vai levar algum tempo pra eles chegarem até vocês já que Cyborg causou um defeito nas fechaduras eletrônicas. Se apressem.”

O que era apenas uma questão de minutos pareceu uma eternidade. Chloe não tinha percebido, tinha prendido o ar até ver os três homens saírem do prédio. Ela saiu desajeitada do carro e abriu a porta de trás, tirando de lá as garrafas de água.

Victor recostou um fraco AC no carro. Partes da pele dele descascavam, e o que não estava claramente desidratado estava machucado. Durante sua estadia seu corpo tinha sido completamente maltratado. Chloe abriu o primeiro galão e começou a jogar a água em todo o corpo dele. O que pareceu com um grunhido de alívio veio da garganta de AC.

Entregando a Oliver e Victor um galão pra cada ela pegou uma garrafa de água potável e segurou contra os lábios dele. “Vamos AC, você precisa beber isso.”

A garganta dele começou a trabalhar furiosamente enquanto ele deixava a garrafa vazia.

“Por quanto tempo eles não te deram água?” Chloe perguntou enquanto os garotos esvaziavam as garrafas em AC.

“Três dias.” A resposta de AC veio num sussurro rouco.

“Vamos, vamos te tirar daqui.” Victor e Oliver o ajudaram a entrar no carro da Chloe.

“Nós encontraremos com vocês depois.” Oliver disse a ela antes de ir até sua moto.

Certificando-se que AC estava ok, Chloe sentou no banco do motorista e deu partida no carro. AC estava deitado no banco de trás e tinha recuperado o suficiente de sua força pra abri outra garrafa e começar a beber intensamente.

“Você tem uma escolha AC, tem um motel a uns quinze minutos daqui e podemos te colocar na banheira até que você se sinta melhor, ou uma viagem de quarenta minutos até o lago mais próximo.” Ela olhou no seu retrovisor. Ele já parecia bem melhor. A pele dele ainda estava rachada mas a cor estava voltando.

“Motel. Eu vou nadar mais tarde.”

“Ok. Tem outra garrafa embaixo do meu banco. Só continue bebendo.” Ela pisou mais fundo no acelerador. Talvez se ele convenientemente ignorasse alguns sinais eles chegariam ao motel em dez minutos.

AC lhe ofereceu um pequeno sorriso. “Obrigado.”

No fim das contas Chloe levou onze minutos pra chegar ao motel. Oliver e Victor não estavam em lugar nenhum. Provavelmente ainda estavam lidando com o laboratório. Ela tinha a impressão de que aquele prédio não estaria de pé pela manhã.

Chloe ajudou AC até o quarto, por sorte ele era capaz agora de suportar mais de seu peso porque não tinha jeito de ela conseguir sozinha.

“Bart vai surtar.” AC murmurou com um sorriso enquanto se sentava na ponta da banheira. Chloe começou a preparar o banho e AC se ajustou na banheira com a ajuda dela. Enquanto a banheira enchia, ela também abriu o chuveiro, a água caindo nas costas de AC. Ele se recostou nos azulejos frios e relaxou.

Chloe pegou sua última garrafa de água da bolsa e entregou pra ele. “Então porque exatamente o Bart vai surtar?”

“Você e eu num quarto de motel.” Ele sorriu enquanto agradecidamente pegava a garrafa de Chloe. “O carinha vai ficar doido.”

Chloe riu. “Só... não o provoque demais, ok? Vou ali no carro. Acho que tenho mais algumas garrafas no porta malas.”

“Eu acho que absolutamente te amo agora.” AC afundou um pouco mais na água.

Chloe riu ao sair do banheiro e fechou a porta atrás de si. AC estava fazendo piadas, então ele estava se recuperando. Seu humor melhorou enquanto ela caminhava feliz até o carro. Quantas mulheres podiam dizer que tinham um homem lindo dizendo que as amam, só por causa de algumas garrafas de água? Por mais doidos que fossem, ela amava seus garotos.

 

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Victor

Tudo que Chloe podia ver de Victor eram seus dois pés saindo de um bando de fios. A Watchtower estava recebendo uma enorme revisão já que o departamento de P&D das Indústrias Queen havia desenvolvido novas atualizações. Chloe praticamente implorou pra Oliver pra deixar que ela e Victor fossem os primeiros a escolher.

Quando as entregas foram feitas ela ligou pro Victor imediatamente, resistindo a tentação de abrir as caixas e instalar as coisas sozinhas. Havia prometido a Victor que esperaria por ele chegar de viagem e assim eles poderiam mexer em seus brinquedos novos juntos. Tinha precisado de toda sua força de vontade pra manter essa promessa, mas ela conseguiu.

“Terminamos!” Veio o grito triunfante. Os pés começaram a se desvencilhar do labirinto de fios e Chloe estava lá pra cumprimentar Victor com uma cerveja em mãos.

“Um brinde a gastar o dinheiro de outra pessoa em brinquedos novinhos em folha.” Victor disse, batendo sua garrafa na dela.

“Ao departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do Oliver. Que eles nunca descubram sobre as coisas que roubamos.” Chloe disse com um sorriso.

“Sabe, tecnicamente nós não o roubamos. Todos trabalhamos pro Oliver, então pense nisso como uma troca interdepartamental.

“E com o que vamos retribuir nossos bens recém descobertos?” Ela perguntou antes de tomar um gole de sua bebida.

Victor pensou por um segundo. “Feedback do consumidor.”

“Parece justo.” Chloe riu. “Então que tal começarmos nossa comemoração e pedirmos pizza?”

“É um bom plano.” Ela foi até a cozinha. Pegou os menus da gaveta e escolheu o da pizza. “Sabe, sem o Bart aqui provavelmente podemos comer uma cada.”

Um grito a tirou de seu sonho recheado com queijo. Victor estava de volta entre os fios mas dessa vez havia um pequeno rastro de fumaça saindo de onde ele estava.

“Victor?” Chloe podia sentir o pânico aumentando e correu pro lado dele.

“Estou bem. Um dos circuitos queimou.”

Chloe deu um suspiro aliviado quando ele começou a se libertar. Lhe ofereceu uma mão mas ele recusou, ao invés disso mantendo a sua perto do peito. “Pensei que tinha dito que estava bem.”

“Estou, é só uma queimadura pequena. Sem problemas.”

“Você tá brincando com a minha cara? Qual é o problema de vocês, garotos?!” ela o puxou pela manga da camisa até a cozinha e o forçou a se sentar em um dos banquinhos. “Me deixa dar uma olhada.”

Victor estava certo, a queimadura era pequena, mas até mesmo a menor das queimaduras podia infeccionar e doer como o inferno.

“Você sabe que eu me recupero fácil.” Ele disse a ela. Chloe o ignorou e encheu uma vasilha com água fria e acrescentou alguns cubos de gelo. Ela colocou a vasilha na frente dele e lhe lançou um olhar indicando que ele deveria colocar sua mão ali se soubesse o que era bom pra ele. Ele sibilou quando a queimadura fez contato com a água.

“Você vai deixar essa mão aí por pelo menos dez minutos, Vic.” Ela pegou seu kit de primeiros socorros debaixo da pia e o colocou ao lado da vasilha. Ela pegou seus curativos e sentou ao lado dele.

“Está formando bolhas.” Ela notou. “Você sabe que terá que ver o Emil, não sabe?”

Victor suspirou. “Podemos pelo menos comer aquela pizza primeiro?”

Chloe suspirou e balançou a cabeça. “Está bem. Mas você vai comer no carro.” Se esses garotos continuassem desse jeito, Chloe jurava que teria que fazer faculdade de medicina.

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Clark

O toque de seu celular acordou Chloe do melhor sono que teve na semana inteira. Com os olhos ainda fechados ela tateou em busca do telefone até ter o pequeno dispositivo vibrante em mãos.

Ela apertou o botão de aceitar chamada “Lois, eu não vou pagar sua fiança. Estou quebrada.”

“Chloe, é o Oliver!” Seus olhos abriram-se rapidamente, seu corpo inteiro repentinamente alerta. Adrenalina era uma coisa maravilhosa.

“O que aconteceu?” Ela perguntou saindo da cama.

“É o Clark. Teve uma explosão, ele estava perto... e... tinha kryptonita na bomba, Chloe.”

“Ah Deus!” Parecia que seu estômago despencara até seus pés. “Ele está...?” Ela não conseguia se forçar a dizer as palavras.

“Não, mas não é nada bom Chloe. Emil está do outro lado do mundo mas você está perto. Bart deve aparecer aí com ele a qualquer minuto. Tem uns estilhaços que não conseguimos tirar aqui, tem muitos seguranças, tínhamos que tirá-lo daqui.”

“Ok, eu estou no Talon. Vou pegar meu kit de primeiros socorros. Tome cuidado, Oliver.”

“Te vejo assim que o resto de nós puder sair daqui.” Ele desligou. Chloe mal teve tempo de pegar seu grande kit de dentro do armário do banheiro antes de Bart passar correndo pela porta. O jovem herói estava tendo dificuldades com o peso de Clark e o colocou no sofá de Chloe.

Chloe estava contente que Lois tinha ido visitar o General, porque senão isso teria requerido muitas explicações. “Tem quanto tempo que ele está assim?”

Tirando seu casaco, Clark estava com seu uniforme completo do Borrão, partes dele queimadas pela explosão. Chloe começou cortando a camiseta pra dar uma olhada em suas feridas. “Cinco minutos talvez.” Bart estava andando de um lado pro outro no apartamento, claramente nervoso.

“Bart, preciso que pegue uma vasilha na cozinha.” Disse enquanto pegava um par de pinças e um pouco de gaze do seu kit. Ela viu dois cortes profundos, um fraco brilho verde emanando das feridas.

Bart colocou a vasilha na mesa ao lado de Chloe. “Tentamos tirar tudo.”

“Quando eu terminar você vai ter que se livrar disso, Bart. Levar o mais longe possível.” Ela disse alto. Na sua cabeça, ela repetia um mantra pra não passar mal. Nunca tinha sido muito boa perto de sangue. Você pensaria que depois de todos esses anos sendo parceira de super-heróis ela seria menos sensível.

Chloe respirava pela boca enquanto usava as pinças na ferida perto da cintura dele. Ela encontrou o estilhaço de kryptonita facilmente e gentilmente o tirou. Ela colocou na vasilha que Bart lhe deu antes de olhar pra ferida no ombro. Bart pegou a vasilha e correu da sala, retornando cinco segundos depois sem a kryptonita.

Chloe repetiu o mesmo procedimento de antes, mas não estava tendo o mesmo sucesso. Sabia que estava ali, ela podia ver o brilho mas suas pinças não conseguiam pegar.

“Ele não parece muito bem, Linda.”

“Tem uma caneta-lanterna no kit, pega pra mim e ilumina a ferida.” Ela estava usando o segundo par de pinças pra manter a ferida aberta. Quando Bart iluminou a ferida ela teve uma visão um pouco melhor. “Está bem fundo. Me dê...”

Chloe mordeu o lábio concentrada, nem mesmo terminando sua frase. Viu o estilhaço e a pinça conseguiu pegá-lo. Ela puxou firmemente e sentiu-se relaxar um pouco.

“Eu consegui!” Ela tirou e praticamente atirou a pedra na vasilha. Não teve que dizer a Bart o que fazer, ele simplesmente correu como na primeira vez e voltou igualmente rápido.

Chloe observou Clark. A respiração dele ainda era fraca e errática, mas as feridas pareciam ter parado de sangrar. Ela se levantou e pegou uma toalha limpa no banheiro e a molhou antes de voltar.

“Ele vai ficar bem?” o velocista perguntou.

“Ele deve ficar, mas ele se curaria bem mais rápido se tivesse sol. Vai levar alguns minutos pra ele se recuperar. Veja.” Ela apontou pra alguns dos menores cortes no torso de Clark que já tinham curado. Usando a toalha ela começou a limpar o local onde as feridas haviam estado.

“Vou ligar pro Oliver, eles vão querer saber disso.”

Chloe terminou de limpar as feridas de Clark que se curavam rapidamente diante de seus olhos. “Clark? Como você está se sentindo?”

Seus olhos abriram lentamente e se fixaram no rosto dela. “Chloe?”

“Bart te trouxe aqui, tinha um pouco de kryptonita dentro de você por causa da explosão. Você está bem? Eu tirei tudo?” Ela perguntou, tentando ajudá-lo a se sentar.

“Estou ótimo. Preciso ver se Oliver não matou ninguém.” Ele se levantou abruptamente e usou sua super velocidade pra fora da sala, a força dele ao levantar fazendo com que Chloe caísse de bunda.

“De nada.” Ela murmurou pra si mesma.

“Eu acabei de ver Clark saindo daqui correndo, certo?” Bart perguntou, espiando pela porta com apenas a cabeça dentro.

“Sim. Talvez na próxima vez eu deixe um pouco de pedra lá dentro. Posso talvez conseguir um ‘olá’ ou ‘obrigado’ desse jeito.”

Bart correu até ela e a ajudou a levantar. “Ele aprecia o que você faz, ‘licious. É só que algumas vezes...” Chloe podia vê-lo procurando alguma palavra.

“É só que algumas vezes ele é um idiota, Bart. Não se preocupe, estou acostumada com isso. Agora vai, Oliver provavelmente está esperando você.”

“Nós apreciamos você, Linda, não se esqueça disso.” Ele lhe deu um beijo rápido no rosto. “Eu te acho incrível!”

Chloe sorriu quando ele saiu da sala. Enquanto limpava ela balançava a cabeça. Apesar da frieza, da ignorância de Clark, ou qualquer termo emo que ele quisesse usar, ela ainda estaria ali pra ele.

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Oliver

Naquela noite, Chloe tinha falado com Oliver durante sua patrulha como Green Arrow e tinha sido bem tranqüilo até Oliver se deparar com um assassino que usava facas. Foi pouco depois de confirmar que tinha desarmado o atacante e visto se a quase vítima estava bem que Oliver encerrou a patrulha.

Ele disse que estava bem, mas algo parecia fora de lugar. Ultimamente, Chloe tinha se acostumado a conversar até o sol nascer, os dois proporcionando respostas rápidas e sarcásticas e um pouco de flerte sutil. Mas nessa noite havia sido diferente, Oliver abruptamente desconectou seu link de comunicação deixando Chloe atônita. Ela tentou ligar pro celular dele algumas vezes, mas não teve resposta.

“Tem algo errado.” Ela pegou a bolsa e foi até a porta.

As ruas estavam relativamente vazias nessa hora da manhã e Chloe ficou grata por isso. Ela chegou a Torre do Relógio de Oliver em minutos e rapidamente subiu pra seu apartamento.

Chloe empurrou a grade do elevador pro lado e olhou pra sala. “Oliver?”

“Chloe ?”

Ela olhou o sofá no meio da sala. Oliver estava empoleirado no canto dele com um kit de sutura na frente dele e uma agulha na mão direita.

Normalmente Chloe teria sido incapaz de olhar pra ele considerando que ele estava usando apenas uma cueca. No entanto, vê-lo tentando dar os pontos sozinho na ferida em sua coxa estava capturando toda sua atenção.

“Jesus, Oliver, porque você não me falou que estava machucado?”

“Porque sabia que viria correndo pra cá. Mas parece que não devia ter me preocupado com isso.”

Parando pra jogar sua bolsa numa cadeira próxima e tirar a jaqueta, ela olhou pra ferida. Estava localizada na parte de cima de sua coxa, tão no canto que quase era na bunda dele. “Não acredito que está tentando dar esses pontos sozinho. Por mais ágil que você seja Ollie, nem você pode se contorcer desse jeito.”

Ela estava certa. Ele tinha tentado nos últimos sete minutos achar uma posição em que ele pudesse dar os pontos na sua coxa. Ele suspirou quando Chloe tirou a sutura e as pinças da mão dele e o forçou a se deitar no sofá com um empurrão. Oliver cedeu às exigências não-verbais dela. Simplesmente não valia a pena, o maxilar dela estava travado e os olhos determinados. Ela estava completamente no modo Watchtower agora e ele não queria esse foco nele. Uma Chloe com raiva era uma Chloe assustadora.

“Você nem mesmo usou um anestésico local, não é? Estava tentando ser um mártir?”

“Eu mal consegui pegar a agulha pra usá-la.”

“Quer que eu use um pouco?” Ela perguntou.

“Não, só faça isso logo.”

Ela balançou a cabeça, Chloe sabia que era melhor não discutir, Oliver podia ser tão teimoso quanto ela e pedir pela anestesia significaria admitir que ele realmente não poderia ter feito isso sozinho.

Ele ignorou a dor aguda quando a agulha penetrou em sua pele. “Não é tão profundo. Você teve sorte.” Ela disse enquanto dava o primeiro ponto usando dois pares de pinças, assim como Emil a ensinara.

“É, não estou me sentindo muito sortudo no momento.” Ele cerrou os dentes quando a agulha penetrou novamente. “Mas tenho que dizer que ter a Enfermeira Sullivan na discagem rápida certamente tem suas vantagens.”

Ela não podia acreditar que ele estava flertando com ela enquanto ela dava pontos em sua perna. “Sabe, nós avisamos Emil sobre a possibilidade de uma situação dessas acontecer. Há uma razão pra eu ficar atrás dos meus computadores.”

Se ao menos Chloe soubesse o porquê de ele não ter ligado pra Emil. Era tão constrangedor que ele encolheu-se enquanto pensava no acidente. Chloe se permitiu acreditar que a ferida tinha sido no seu embate corpo-a-corpo e ele não iria corrigi-la. O que Chloe não sabia era que ele sofreu esse machucado enquanto tentava sentar em sua moto. Ele nunca se esquecia de ver se sua balestra estava bem guardada, mas pensar em flertar um pouco mais com Chloe o distraiu. Não havia dúvidas em sua mente que Emil teria sido capaz de dizer que a ferida foi causada por uma flecha, não por uma pequena faca.

“Então é isso que precisa pra você se juntar a nós no mundo real?”

“Ei! Eu estou no mundo real.” Rindo um pouco ela começou outro ponto, feliz com a sincronia que a permitia puni-lo pela acusação.

“É por isso que Lois me liga toda hora me acusando de fazer você trabalhar demais?”

“E desde quando você se incomoda com a Lois te ligando?” Ela perguntou com um sorriso sabe-tudo.

“Eu e Lois... foi há muito tempo atrás, Parceira. Tudo que recebo dela agora são ameaças e ressacas.” Ele olhou pra ele, franzindo a sobrancelha concentrada enquanto terminava outro ponto. “Bom jeito de se desviar da pergunta, por falar nisso.”

“Só mais um e eu acho que terminou. Mas acho também que você deveria ir olhar isso pela manhã.”

“Chloe.” Sua voz era mais grave, avisando-a que ele não era facilmente distraído.

Chloe começou a trabalhar no último ponto. “Sabe, talvez essa seja uma conversa pra quando você estiver ao menos usando uma calça.”

“Acho que agora é uma boa hora.” Ele virou sua cabeça o máximo possível pra olhar pra ela. “Lois não é a única preocupada com você.”

“Bom, Bart sempre foi um pouco sensível quando se trata de mim. Deus sabe o porquê.”

“Eu acho que entendo. E não é só o Bart. Eu estou preocupado também.”

Ela suspirou enquanto terminava o ponto. “Nenhum de vocês precisa se preocupar, eu estou bem. Sempre fui dedicada assim ao meu trabalho.”

Enquanto ela terminava, Oliver se acomodou melhor. “Não estou negando isso. Apenas acho que seria bom pra você tirar um tempo pra si mesma. Aproveitar um pouco a vida.”

“Eu realmente não sei de onde você tirou isso. Você sabe que a Lois não sabe tudo sobre o que eu faço. Não leve o que ela te diz tão a sério.” Ela pegou as gazes sujas de sangue e atravessou a curta distância até o banheiro.

Oliver levantou, seguindo-a e mancando um pouco. “Está bem. Acreditarei em você se você me responder uma pergunta. Quando foi a última vez que você apenas sentou com seus amigos comendo besteira e assistindo um fime?”

“Ollie, eu aprecio o que você está tentando dizer, mas realmente não tem porque se preocupar. Está tudo bem, eu te prometo.” Ela jogou as gazes no lixo e começou a lavar as mãos.

Oliver entrou no banheiro e ficou atrás dela, colocando as mãos em seus ombros. “Eu acho que isso respondeu minha pergunta.”

Ela suspirou e olhou o reflexo dele no espelho. As sobrancelhas franzidas em seu rosto enquanto olhava pra ela concentrado não o deixavam menos bonito, tudo que faziam era provocar uma sensação inquietante dentro dela. “Eu não gosto desse olhar. Você não vai fazer algo idiota agora, vai?”

“Acho que já passou da hora de organizarmos seu horário, Chloe. Amanhã mesmo eu vou chamar o time e nós vamos encontrar um jeito de te dar um dia inteiro de folga por semana.”

“Você não pode fazer isso!”

“Ah, eu acho que você vai descobrir que eu posso.” Ele disse sorrindo. O plano já estava se formando em sua cabeça e ele gostava dele.

Ela olhou pro rosto dele no espelho, os olhos travando nos dele. Ele era inacreditável! “Você não pode me obrigar a tirar folga. Eu tenho que estar disponível vinte e quatro horas por dia - o time precisa de mim!”

“Ah, eu posso fazer você tirar folga. Se você não fizer planos com a Lois ou outros amigos, você vai passar seu dia comigo.” Era tanto por ele quanto por Chloe e ele não tinha problema em admitir o quão egoísta ele era. Gostava da companhia dela e nunca sorria tanto como quando ele estava perto dela. O flerte nas últimas semanas provavelmente havia sido menos que inocente.

Chloe girou em seus saltos, quase caindo nos braços dele. Tentando ficar o mais alta possível ela olhou pra ele diretamente e tentou fazer com que ele olhasse pra baixo. Tinha funcionado no passado com Clark, ela apenas esperava que funcionasse com Oliver também. “Então você pode fazer o que, Ollie? Me obrigar a me divertir?”

Ele relevou a hostilidade dela. Ela nunca havia aceitado críticas pessoais muito bem e as defesas dela estavam erguidas. Ele gentilmente tocou seus ombros. “Não posso te obrigar a se divertir, Chloe, mas acho que uma folga é uma boa idéia. Você cuida do time inteiro. Sem um tempo você vai simplesmente ficar exausta, e aí qual bem você faria pra nós?”

Ela não respondeu. Ele a observou apoiar-se numa perna e depois trocar pra outra, seu cérebro tentando achar um jeito de contornar sua proposta.

“Que tipo de time nós seríamos se não cuidássemos de você também?”

“Suponho que seria um jeito de me certificar que ao menos um de vocês não se meta em encrencas.”

Oliver sorriu triufante e começou a gentilmente conduzir Chloe pra fora do banheiro. “Tá vendo, você está começando a entender!”

Quando eles chegaram no sofá Chloe ajudou Oliver a se acomodar confortavelmente nas almofadas, preocupada com seu machucado. “Você não tem que pensar nisso como tirar folga, pense como ficar de babá. Imagine todas as encrencas das quais você pode me afastar se passar esse tempo comigo.”

Ela sentou ao lado dele e pegou sua mão. “Sabe, você está certo. Quero dizer, quantos heróis podem dizer existe um perigo de atirarem em sua própria bunda!”

As sobrancelhas dele arquearam surpresas e ela meramente lhe deu um sorriso enorme. Com um grunhido ele afundou as almofadas. Ela sabia, e nunca deixaria ele se esquecer disso.