sábado, 4 de setembro de 2010

I'll Explain Everything When it's Friday - Capítulo 8

Aqui vai mais um capítulo. Esse foi um dos mais fáceis de traduzir pq tem poucas transições de um dia para outro. Entretanto, porém, contudo, todavia, é bem dramático lá pelo fim. Só lembro da minha ansiedade pela continuação. Desculpa fazer isso com vocês. xD

Boa leitura. ;D

[Personagens e história não nos pertencem.]

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-- 8 --

16 de Outubro de 2008 (Dia 148)

Chloe suspirou e abriu os olhos, vendo Oliver sorrindo para ela da mesa de centro. “Isso é muito desconcertante.” Chloe disse se sentando e recebendo seu beijo de bom dia.

“Sei o que você quer dizer.” Ele sorriu e estendeu a mão para ela. “Então para ter certeza de que você não vai ligar a cafeteira essa manhã...” Ele a levou até a cozinha e ela sorriu ao ver dois copos do Starbucks no balcão.

“Porque exatamente levamos 148 dias pra fazer isso?” Ela perguntou tirando a tampa do copo dela para colocar açúcar e creme.

“Humanos são muito estranhos, nós gostamos de repetição, gostamos de rotina, não gostamos de mudança.” Oliver sacudiu os ombros e bebeu do seu copo.

“É, mas vendo por outro lado, a definição de insanidade é repetir a mesma ação e esperar um resultado diferente.” Chloe pontuou bebendo seu café. “E é basicamente isso que eu tenho feito nos últimos 148 dias.”

“Hoje vamos mudar isso tudo.” Oliver sorriu para ela.

“Já posso até sentir, hoje vai ser diferente.” Chloe suspirou contente e caminhou até o quarto para trocar de roupa. Quando ela saiu vestida para o dia Oliver estava sentado à mesa lendo o Haiku. “Então, isso ainda é um poema ruim.” Ele sacudiu o papel.

“Ou a chave para tudo.” Chloe sacudiu os ombros ao pegar seu casaco.

“Para onde você está indo?” Oliver se levantou confuso.

“Bem, Lois não vai roubar aquela lista até as duas, então ainda tenho um tempo para passar. Julia é uma garota muito legal então eu prefiro que ela não seja expulsa e aquele ciclista ainda vai correr para o meio da rua.” Chloe pontuou. “E eu preciso ir até o Pino.”

“O garçom?” Oliver pegou sua jaqueta.

“Se Lex conseguir chegar para o almoço antes que eu possa juntar todas as peças, não vai adiantar, vai?” Chloe sorriu.

“Vou estar no Pino.” Oliver sorriu e se inclinou para beijar Chloe.

“Café?” A voz de AC perguntou enquanto ele se arrastava para a cozinha.

“Hum, não.” Chloe sacudiu a cabeça e checou se tinha suas moedas. “Tenho algumas coisas pra resolver, mas volto mais tarde.”

AC gruniu e entrou na cozinha. Chloe e Oliver não perceberam até ser tarde demais e ele já tinha ligado a cafeteira. A tomada explodiu. “Caramba.” AC estava completamente acordado agora enquanto tentava apagar as chamas, e as luzes piscaram e se foram. Chloe foi até o corredor, cortou o papel de parede expondo o registro, ligou o interruptor e virou com um olhar atônito para Oliver.

“Deus odeia aquela cafeteira.” Chloe disse.

“Aparentemente.” Oliver sorriu e se inclinou para beijá-la. “Tenho um garçom pra trancar no freezer.” Ele sorriu antes de sair.

AC jogou no lixo os restos da cafeteira e olhou para Chloe confuso. “Vocês são estranhos pela manhã.” AC bocejou. “E que beijo foi esse?” Ele perguntou acenando para Chloe e para a porta por onde Oliver tinha acabado de sair. “Quando isso começou?”

“Uns 60 dias atrás.” Chloe sacudiu os ombros.

AC franziu a testa. “Há 60 dias estávamos no Brasil.” Ele disse confuso.

“Pra você.” Chloe murmurou.

“Você está realmente estranha esta manhã.” AC sacudiu a cabeça.

“Volta logo pra cama, trago Starbucks pra você quando eu voltar.” Chloe prometeu, indo para a porta, e desceu as escadas sorrindo. Ela correu até o registro quando o fiscal terminou de analisar o carro em frente ao carro da Julia. “Bom dia.” Chloe sorriu enquanto colocava as moedas no registro.

“Bom dia.” O fiscal disse, indo para o próximo carro.

“Bom dia Julia.” Chloe falou por sobre o ombro quando Julia saiu correndo do se apartamento e escada abaixo acenando freneticamente. “Diga ao Jeremy boa sorte com o trabalho.”

“Obrigada.” Julia andou mais devagar quando viu que o registro tinha sido alimentado. “Vou dizer.” Ela disse confusa da rua antes de se virar e voltar para dentro.

Chloe sorriu e respirou o ar fresco da manhã enquanto relembrava do Haiku. Ela chegou à esquina junto com o ciclista. Ela esticou o braço, segurou a jaqueta dele e o puxou de volta bem quando a BMW virou a esquina com velocidade. “Ok, Brian. Isso tá ficando ridículo.” Chloe disse quando o cara prendeu a respiração e percebeu o que poderia ter acontecido. “Você precisa me prometer que vai começar a prestar atenção, porque eu não vou estar ao seu lado pra ajudar o tempo todo.” Chloe sacudiu a cabeça e caminhou em direção ao carrinho de café.

“Ei!” Ele a chamou. “Como você sabe meu nome?”

Chloe estava pagando pelo café quando recebeu uma mensagem do Oliver, ‘Garçom no gelo.’ Ela sorriu, respondeu a mensagem e se dirigiu de volta à Fundação, enquanto Julia estava desejando a Jeremy boa sorte no seu primeiro dia. Ela sorriu e acenou para eles antes de subir as escadas e ir para seu apartamento. Assim que ela abriu a porta, ela escorregou pelo chão e gritou surpresa, e Bart correu e a segurou antes que ela caísse.

“Sinto muito mesmo...” Ele começou.

“Ótimo.” Chloe sorriu genuinamente para ele. “Você usou o vaso! Vou checar as salas lá embaixo, diz ao AC que eu trouxe o café dele.”

“Mas a água...” Bart falou confuso.

“Tem uma válvula atrás do vaso, ela desliga a água.” Ela gritou por cima do ombro. Ela desceu as escadas correndo e entrou na Fundação Ísis tentando se localizar. “Sala de estar, sala de jantar, cozinha...” Ela imaginou a planta do apartamento em cima. “Então isso significa que o banheiro seria aqui.” Ela se virou e sorriu. No canto da sala tinha um monte de caixas que ela não tinha analisado ainda ficando encharcadas com um vazamento vindo do teto. “Perfeito.”

“Sinto muito Chlo.” Bart disse de trás dela, fazendo careta quando viu as caixas encharcadas. “Eu esqueci completamente do vaso.”

“Você fez bem.” Ela virou para ele sorrindo. “Perfeito. Obrigada.”

“Você está sendo sarcástica?” Bart perguntou lentamente.

“Eu sei que não faz muito sentido, mas você fez exatamente o que eu queria que fizesse.” Chloe o assegurou.

“Você queria que eu alagasse o apartamento e estragasse o seu trabalho?” Bart franziu a testa.

“Mais ou menos, prometo que vou explicar tudo quando for sexta-feira.” Chloe disse a ele. “Por enquanto você podia ir buscar os rapazes pra ajudar a tentar salvar o que pudermos disso?”

“Claro.” Bart disse. “O que você quiser que eu faça.” Ele subiu as escadas correndo enquanto Chloe puxou as caixas para longe do vazamento e colocou uma lixeira para aparar a água.

Oliver voltou uma hora depois e entrou no escritório só para parar na porta. Para todo lugar que ele olhava havia papéis, pendurados no teto, em cima de mesas e se acumulando no chão. “Bom. Bart usou o vaso.” Oliver sorriu. “Já teve sorte?”

“Nada.” Chloe suspirou rasgando duas páginas no meio. “Pelo menos ainda não. Você pegou o filhotinho?”

“Comprado e entregue.” Oliver balançou a cabeça entrando no escritório e se abaixando para ajudar.

“Não vou nem perguntar sobre o filhotinho.” AC disse. “Mas se vocês pudessem dizer o que estamos procurando, seria mais fácil saber se achamos.”

“Já disse, não sei bem o que estamos procurando.” Chloe disse. “Mas talvez eu saiba quando acharmos.”

“Obrigado, isso ajudou bastante.” AC suspirou.

“É pra isso que estou aqui.” Chloe sorriu para ele. Ela pensou por um segundo e puxou um pedaço de papel do bolso. “Vejam se algumas dessas palavras fazem sentido pra vocês.” Ela passou para AC o Haiku e ele o leu confuso. Ele sacudiu a cabeça e passou para Victor, que franziu a testa e passou para Bart.

“Que diabos é isso?” Bart perguntou passando de volta para Chloe.

“Não sei.” Chloe suspirou. Era isso que realmente a estava matando, depois de 148 dias sabendo tudo, não saber algo a estava deixando frustrada.

“Que tal uma pausa para o almoço, pessoal?” Oliver ofereceu e todos se apressaram para se levantar e sair dali.

“Valeu, cara.” Bart deu um tapinha nas costa do Oliver enquanto Victor e AC discutiam sobre comida Indiana ou Chinesa, já indo para a porta.

“Você tá bem?” Oliver se sentou no chão ao lado de Chloe.

“Não sei. O que é que estou fazendo?” Chloe acenou para os papéis. “Não sei o que estou procurando, não vou nem saber quando achar, se achar.”

“Você vai achar.” Oliver a puxou contra seu peito. “Você vai achar e você vai consertar isso.”

“Sua fé em mim é completamente injustificável, sabia disso?” Chloe pontuou se aconchegando contra ele.

“Nah.” Ele sacudiu a cabeça. “Você já provou a si mesma vária vezes. Você só está se sentindo um pouco cansada, um pouco desesperançosa.” Ele esfregou as costas dela. “Sabe do que você precisa?” Ele olhou para ela e pegou algo de trás das costas.

Os olhos da Chloe brilharam. “Tiramisu?”

“Um pra cada.” Ele disse pegando as caixas e dando uma a ela junto com uma colher.

“Vou desvendar isso.” Ela sacudiu a cabeça. “Eu vou.”

“Esse é o espírito.” Oliver disse. “Vai parecer mais fácil amanhã, ou hoje, ou... você sabe o que quero dizer, quando os papéis nas caixas não estiverem encharcados e grudados uns nos outros.” Chloe sorriu e balançou a cabeça.

16 de Outubro de 2008 (Dia 155)

Oliver rolou na cama e franziu a testa ainda dormindo quando suas mãos encontraram o colchão vazio. Ele abriu os olhos e olhou para o relógio. Eram 23:48, ele e Chloe tinham ido para a cama às 22:00 naquela noite depois de falhar ao tentar salvar Lex de um atropelamento que ela não previu. Tendo estado mais preocupada com mortes mais incomuns, ela se esqueceu de prestar atenção para as mais mundanas.

Oliver colocou as calças e caminhou até a sala de estar, que estava vazia. Ele suspirou e desceu a escada para os escritórios. Ela a encontrou sentada no chão, analisando os papéis das caixas pela ducentésima vez. “Alguma coisa?” Ele perguntou sentando no chão ao lado dela.

“Nada.” Ela deixou os papéis caírem no chão. “Nem uma única coisa que signifique alguma coisa pra mim. Não entendo, eu realmente pensei que isso fosse funcionar, que isso fosse certo. Pensei que McClane e Powell tinham acertado em algo, mas acho que era só mais beco sem saída.” Ela repousou a cabeça no ombro do Oliver. “Aquela lista que pegamos da Lois não nos disse nada exceto nomes de Corporações Fantasmas. Eu ainda não entendo o Haiku, e não tenho idéia do que ele tem haver com tudo, mas eu posso recitar ele dormindo, e as caixas, essas caixa estúpidas...” Chloe as chutou com força, fazendo com que elas desabassem ao chão.

“Então começamos tudo de novo, de volta ao básico.” Oliver sacudiu os ombros. “Vamos expandir para fora de Metrópolis se for preciso. Vamos-“ Chloe ergueu uma mão.

“Shh.” Ela disse a ele.

“O quê?” Oliver olhou em volta enquanto ela encarava a parede com a visão levemente desfocada.

“Tem algo lá, bem na ponta da língua e eu não consigo pegar.” Ela se levantou e começou a andar, murmurando para si mesma, revisando tudo de que podia pensar, tentando descobrir o que desencadeou essa sensação, aquela sensação de ‘quase descobrindo’. Ela parou e encarou o chão ao lado do Oliver. “As caixas, Oliver.” Ela virou para ele excitada. “As estúpidas, malditas, belas caixas.”

“O que têm as caixas?”

“Nós estávamos fazendo tudo errado.” Agora Chloe já estava pulando. “Bem, não errado, só de trás pra frente, ou de dentro pra fora.”

“Estou boiando aqui, Chloe.” Oliver sorriu para ela.

“Era…” O relógio do Oliver bipou indicando a hora, era meia-noite e a visão da Chloe se apagou, e então ela acordou e sorriu.

16 de Outubro de 2008 (Dia 156)

“As caixas.” Chloe gritou enquanto Oliver estava na frente dela segurando um copo de café.

“Sim, o que tem as caixas, já estou morrendo de curiosidade.”

“Só se passaram uns seis segundos.” Chloe fungou tomando um gole do café.

“Pra você.” Oliver pontuou. “Você não se deu conta de que eu acordo uma hora antes de você na Torre do Relógio? Eu tomo banho, eu me visto, eu te compro café e então eu venho pra cá.”

“Ah.” Chloe sorriu timidamente. Por alguma razão ela sempre imaginou que quando o relógio marcava meia-noite Oliver simplesmente voltava para sua posição na mesa de centro de frente para ela, assim como ela voltava para o sofá.

“As caixas.” Oliver instigou.

“Certo.” Ela pulou do sofá e se dirigiu à porta e então parou, voltou e foi até a cozinha, pegou a cafeteira e jogou no lixo, correu até o banheiro e fechou a água e então voltou para a sala. “Desculpa, vem comigo.” Ela falou para Oliver e desceu as escadas. Ela entrou correndo no escritório e congelou. “Merda, será que você poderia correr lá fora e interceptar o office-boy enquanto eu alimento o registro?”

“Você está me matando com essas caixas.” Oliver disse. “Não pode logo me dizer?”

“Mas tudo depende do mistério.” Chloe sorriu. “Vai salvar o ciclista.” Ela o empurrou pela porta e procurou moedas pela mesa e pelas gavetas. Ela alimentou o registro e se virou, vendo Julia descer as escadas correndo. “Ei.” Chloe sorriu e acenou, e então percebeu que este poderia ser o último dia, este poderia ser o dia de que Julia lembraria ao acordar na sexta-feira. “Chloe Sullivan, me mudei aqui para o lado, eu dirijo a Fundação Ísis. Eu fui pegar uma coisa no meu carro e vi que já tinha expirado, espero que não tenha problema.” Ela estendeu a mão para Julia apertar.

“Não, isso foi ótimo, obrigada.” Julia sorriu. “Aqui, deixa eu te pagar.” Ela colocou a mão no bolso. “Por falar nisso, meu nome é Julia.”

“São só algumas moedas.” Chloe recusou. “Me paga um café qualquer dia.”

“É, tá bom.” Julia sorriu para ela e seu sorriso cresceu quando Oliver chegou perto delas.

“Pronto.” Ele disse envolvendo os braços na cintura da Chloe. “Ei.” Ele acenou para Julia.

“Oi.” Julia respondeu e olhou para Chloe dando o olhar universal das garotas para ‘belo partido’. Chloe só sorriu. “Nos vemos outra hora, ok? Vamos tomar aquele café qualquer dia.”

“Claro.” Chloe balançou a cabeça enquanto Oliver a arrastava de volta para dentro do prédio.

“Ok, explicação, caixas, agora.” Oliver disse depois de fechar as portas. “Por favor, me tire da miséria.”

Ela sorriu e correu para o canto onde as caixas estavam empilhadas e pegou a do topo. “Estávamos certos, as caixas são importantes.” Ela abriu a caixa, jogou todo o conteúdo no chão e foi até o Oliver. “Mas não o que tem nelas, mas elas, na verdade.” Ela colocou a caixa na mesa e apontou para a logo estranha no lado. “Onde você pegou essas caixas?” Chloe perguntou. “Elas são suas, não minhas.”

Oliver olhou para a logo e franziu a testa, não era de nenhuma de suas companhias, mas era familiar. “Ah meu Deus, pegamos do laboratório.” Oliver se virou para Chloe. “Por alguma razão assumimos que o laboratório seria todo computadorizado, mas eles tinham montanhas de arquivos impressos que não esperávamos encontrar, então não tínhamos como trazer. Bart achou as caixas em algum lugar do laboratório e nós as usamos.”

“Que laboratório?” Chloe foi até o computador e o ligou.

“San Antonio.” Oliver disse e Chloe pegou todas as informações que pôde achar sobre o laboratório de San Antonio.

“Ok, de onde ele pegou, elas estavam no lixo? Estavam em algum escritório?” Chloe digitava rapidamente.

“Não sei, foi Bart que pegou.” Oliver disse e Chloe se virou e o encarou. “Eu deveria ir acordar ele e perguntar, não é?”

“É, e traz meu café.” Chloe gritou, enquanto Oliver já subia as escadas.

Dez minutos depois Oliver voltou arrastando Bart atrás dele. Ele ainda não estava completamente acordado. “O que diabos está havendo?”

“Ok, preciso que você acorde agora.” Chloe disse a ele. Bart balançou a cabeça. “Seis meses atrás, em San Antonio, vocês derrubaram um 33.1.”

“Foi.” Bart balançou a cabeça. “A explosão foi épica.” Ele sorriu.

“Ok, você era o encarregado de salvar os registros.” Chloe o lembrou. “Você pegou umas caixas do laboratório pra guardar os papéis.” Bart balançou a cabeça lentamente. “Preciso que você me fale das caixas.”

Bart franziu a testa, ele estava acompanhando até ali. “Ok, elas eram quadradas, feitas de papelão, montadas pra guardar coisas.” Chloe o olhou feio. “Sinto muito, eram caixas, o que você quer saber?”

“Onde no laboratório você as encontrou? Estavam no lixo? Tinha coisas dentro que você precisou jogar fora?”

“Elas só estavam lá em uma prateleira do armário de suprimentos.” Bart disse. “Foi a coisa mais fácil de achar naquele lugar. Eu me virei e lá estavam as caixas. Achar fita pra montá-las, isso foi difícil.”

“Elas não estavam montadas?” Chloe perguntou. “Estavam abertas?” Bart balançou a cabeça. Chloe sorriu e se virou para o computador.

Bart olhou para Oliver. “Posso voltar pra cama agora?” Oliver balançou a cabeça. Ele se virou e subiu as escadas, encontrando com AC e Victor que estavam descendo.

“O que foi?” Oliver perguntou a eles.

“Sua cafeteira tá na lixeira.” AC falou para Chloe.

“E não tem água no seu banheiro.” Victor disse.

“Vocês têm o banheiro de vocês do outro lado do corredor com a água de vocês, não têm?” Chloe perguntou. “E uma cafeteira novinha também?” Ela não tirou o olhar do monitor.

“Bem, é, mas foi Oliver quem comprou, então é estranhamente complicada e não sabemos como funciona.” AC disse. “O que você está fazendo?”

“Ela tá trabalhando. É um novo conceito que vocês poderiam experimentar qualquer dia.” Oliver disse a eles e pegou uma nota de 20 do bolso. “Vai comprar um café.” Ele disse para AC e então se virou para Victor. “E por que você não usa seu próprio banheiro?”

“Não preciso ir ao banheiro.” Victor olhou para Oliver como se ele fosse louco e foi até a Chloe.

Oliver sacudiu a cabeça. “Então por que você... deixa pra lá.”

Victor olhou o monitor mais de perto. “San Antonio? Nós já demos um jeito nesse lugar há alguns meses, não foi?”

Algo saiu da impressora e Chloe pegou. Ela olhou a lista e então jogou as mãos para cima e ficou girando, fazendo uma dança improvisada.

“O que é isso?” Victor assistiu Chloe atônito enquanto ela cantava ‘descobri’ repetidamente.

“Acho que isso seria uma dança da vitória.” Oliver disse cautelosamente.

“Pode apostar que é.” Chloe sorriu para ele. “Abasteça seu jato e prepare o castelo, porque amanhã vai ser sexta-feira, baby.” Ela se esticou e beijou Oliver bem nos lábios e então se virou e subiu as escadas correndo.

“Pra onde você está indo?” Oliver riu dela.

“Temos que ir, eu descobri.” Ela falou por sobre o ombro.

“Encontrou o quê, exatamente?” Victor perguntou. “E que beijo foi esse?”

“Explico tudo quando for sexta-feira.” Oliver disse a ele. “Vai chamar o Bart, temos trabalho a fazer.”

Chloe checou o prédio novamente com os binóculos e anotou a hora que os guardas passaram pela entrada frontal. Ela passou as anotações para Oliver. “Explica de novo, por que estamos aqui?” Ele perguntou a Chloe.

“As caixas que o Bart achou eram de transporte. Então eu cruzei os dados de cada lugar que o laboratório de San Antonio fazia transportes com os nomes na lista da Lois.”

“Que lista?” AC perguntou confuso e eles o ignoraram.

“Encontrei um resultado, toda semana o laboratório de San Antonio mandava quatro caixas do que eles diziam ser suprimentos de escritório para as Industrias Macon, que é uma corporação fantasma que a LuthorCorp usa pra lavar milhões de dólares, que estava na lista da Lois, mas não tínhamos um endereço porque eles nunca se registraram no Better Bussiness Bureau*.”

“Então você pegou o endereço das informações de transporte do San Antonio.” Oliver acompanhou a história.

“E aqui estamos.” Chloe sorriu.

“Mas por quê?” Bart perguntou. “Eu entendi como você achou este lugar. Bem, na verdade não, mas sinta-se livre pra não explicar de novo. Mas por que estamos aqui?”

“Não sei.” Chloe sacudiu os ombros.

“Estamos procurando por algo?” Victor perguntou.

“Não sei.” Chloe sacudiu os ombros.

“Você sabe de alguma coisa?” AC perguntou.

“Eu sei que temos seis minutos antes que aqueles guardas voltem.” Chloe acenou para eles a seguirem. Os rapazes todos suspiraram e seguiram Chloe até a entrada. Ela acenou para Victor dar um jeito na porta e eles ficaram ao redor esperando impacientemente.

“Parados.” Uma voz disse atrás deles e Chloe se virou praguejando. “Se afastem da porta.”

Todos colocaram as mãos para cima. “Alguma idéia?” Oliver perguntou pelo canto da boca. Chloe sacudiu a cabeça e ele respondeu balançando a cabeça dele. “Olha, isso tudo é um terrível mal-entendido.” Ele deu um passo à frente e Chloe ouviu o estalido da arma antes de ver a bala.

Quando as pessoas diziam que em situações intensas o tempo passa mais lentamente, Chloe sempre pensou que só estavam loucas ou em choque, até ela mesmo viver isso. Ela viu Bart pelo canto do olho, se movendo agonizantemente devagar e ela instintivamente sabia que isso não estava certo. Bart só se movia devagar quando era a vez dele de lavar os pratos ou na hora de tomar banho, não quando as pessoas estavam atirando. Ela pôde ver cada pé dele tocar o chão e percebeu que era a percepção dela que estava estranha e não a velocidade do Bart quando ela viu a bala entrar no peito do Oliver antes que o Bart estivesse na frente dela. O tempo voltou ao normal quando o sangue espirrou no rosto da Chloe. Bart se tornou nada mais do que um borrão, desarmando o guarda e Victor o derrubou. Oliver tropeçou para trás e bateu contra Chloe, derrubando os dois no chão.

“Me ajuda.” Chloe chamou AC, que tirou Oliver de cima dela. “Deita ele.” Ela tirou o cabelo do rosto e respirou fundo. “Não, ah Deus.” Ela pressionou a ferida, desejando que o poder dela funcionasse, mas ele tinha sido falível desde toda a coisa com Braniac. “Por favor, funciona, agora, preciso que funcione agora.” Ela chorou.

“Chloe.” AC se ajoelhou ao lado dela. “Temos que chamar uma ambulância.”

Ela balançou a cabeça e Oliver suspirou e tossiu. “Ambulância não.” Ele sacudiu a cabeça. “Não posso explicar.”

“Oliver, não consigo te curar.” Chloe ergueu as mãos. “Não está funcionando. Não posso.”

“Hospital não.” Ele tossiu e os olhos dele fecharam.

“Chloe?” Victor perguntou. “O que vamos fazer?”

“Eu não...” Ela percebeu que todos estavam olhando para ela esperando o próximo passo, que ela tinha acabado de tomar o cargo de líder. “Ok.” Ela se levantou e respirou fundo. “Deixa comigo.” Ela pegou o telefone e percebeu que suas mãos estavam tremendo tanto que ela não conseguiu digitar na primeira vez. Ela se acalmou e tentou de novo. “Clark...” Ela se virou e explicou o que aconteceu. Trinta segundos depois ele estava lá, encarando o corpo de Oliver Queen. “Não pude chamar uma ambulância, ninguém pode saber que estamos aqui.”

“Ele levou um tiro, Chloe. Vão fazer perguntas de qualquer forma.”

“Eu sei disso, só...” Chloe implorou com o olhar. Era raro Chloe tirar vantagem das habilidades do Clark, mais raro ainda ele ter uma chance de ajudá-la, então ele não argumentou, só pegou Oliver e saiu correndo.

“Vamos.” Chloe levou os rapazes de volta para o carro para se dirigirem para Metrópolis. “Você não.” Ela colocou uma mão no peito do Bart. “Preciso que você pegue o documento verde da última gaveta na minha mesa e leve para o hospital.”

“Tá.” Bart balançou a cabeça lentamente.

Quando eles chegaram ao hospital, Clark já tinha deixado Oliver, que tinha sido levado para a cirurgia. “Eles não me dizem nada, não vão te dizer nada.” Clark disse a ela. “Tentei explicar que ele não tem família, mas...”

“Não se preocupe.” Chloe sorriu tristemente. “Eu cuido disso.” Bart chegou alguns segundos depois com o documento verde e Chloe foi até o balcão. A enfermeira olhou o documento por um minuto e então chamou um médico.

“O que tá acontecendo?” Bart perguntou.

“Não sabemos.” AC disse enquanto o médico conversava com Chloe por mais alguns minutos. Ela balançou a cabeça e caminhou de volta para os rapazes respirando erroneamente.

“Ele tá mal.” Chloe explicou. “Aparentemente a bala o acertou no lugar exato para causar o máximo de dano. Atravessou o intestino e perfurou um pulmão. Ele tem uma hemorragia e os rins dele estão falhando.”

“Qual é o prognóstico?” Victor perguntou.

“Não é bom.” Chloe disse com lágrimas caindo dos olhos. “Eles não vão saber ao certo até ele sair da cirurgia, mas o médico disse que isso pode levar até cinco horas.”

“O que fazemos?” Bart perguntou.

“Esperamos.” Chloe foi até uma cadeira e se sentou.

“Como você...” Clark olhou para a enfermeira. “Como você conseguiu que eles te dissessem tudo isso?”

Chloe deu a ele a pasta verde e ele olhou o conteúdo. “Procuração Médica?”

“Fizemos há algumas semanas.” Chloe enxugou as lágrimas, mas isso não ajudou, mais lágrimas continuavam caindo. “Nós sabíamos que se alguma coisa acontecesse, um de nós precisaria ser capaz de tomar decisões médicas.” Ela fungou. “Oliver tem uma pra mim, e nós dois juntos temos para AC, Victor e Bart. Nunca pensei que fossemos ter que usar, muito menos duas semanas depois de termos feito.”

Clark encarou Chloe por um segundo e percebeu o quanto ele perdeu nas últimas semanas. Ele pensou que com a Chloe trabalhando para Oliver, o relacionamento deles ficaria mais tenso, que eles não seriam mais tão próximos como uma vez foram, mas ele acabou de perceber o quanto isso era verdade. O fato de que Oliver tinha controle sobre o estado médico da Chloe, o fato de que Chloe nunca pediu ou ao menos pensou no Clark. “Ele vai ficar bem.” Clark colocou um braço em volta da Chloe e era quase como se ele estivesse dando permissão para que ela se soltasse. Ela desabou, chorando no ombro dele e mesmo enquanto tentava consolá-la, não podia evitar pensar que ele estava um pouco por fora. Havia algo entre Chloe e Oliver que ele ainda não entendia completamente.

Cinco horas depois, Bart estava caindo no sono quando Chloe pulou de pé e correu para o corredor. Eles olharam e viram o médico saindo lentamente pela porta. Antes que ela pudesse perguntar alguma coisa ele sacudiu a cabeça lentamente. Chloe caiu no chão, o ar sugado para fora de seus pulmões, como se os ossos e músculos dela tivessem se transformado em gelatina. “Não.” Ela sacudiu a cabeça. “Não, isso não está certo, isso não pode estar certo.” Chloe sussurrou.

“Sinto muito.” O médico disse tristemente. Ele explicou que havia muitas complicações por causa do ferimento da bala e que eles fizeram tudo o que podiam, mas não foi suficiente. Chloe, porém, não ouviu nada disso, não importava. Nada mais importava. Não em um mundo onde Chloe foi levada à beira da insanidade, revivendo o dia de novo e de novo, tentando tão esforçadamente fazer tudo certo, tentando tão esforçadamente salvar um homem que não trouxe nada ao mundo além de dor e sofrimento, que não trouxe nada mais do que dor e sofrimento para Chloe, só para perder alguém como Oliver no meio de tudo.

“A polícia vai estar aqui em alguns minutos.” O médico disse desajeitadamente.

“Polícia?” Clark perguntou.

“É procedimento padrão em casos com tiroteios.” Ele disse. “Sinto muito, mais uma vez.”

O médico saiu. “Victor.” Clark olhou preocupado para ele e ele saiu do transe em que estava.

“Eu sei.” Ele pareceu se recuperar de repente, deslizando os braços por baixo de Chloe e a carregando. “Temos que ir.” Ele explicou a ela.

“Não.” Chloe sacudiu a cabeça. “Não podemos deixar ele aqui, não podemos deixar ele sozinho.”

“A polícia está vindo, Chloe. Não temos nada pra dizer pra eles.” Victor explicou para ela lentamente. “Temos que ir.”

“Ele vai ficar só.” Chloe argumentou.

“Vamos voltar para buscá-lo.” Victor disse. “Vamos pensar em alguma coisa amanhã.”

Chloe de repente olhou para Victor, surpresa, como se tivesse acabado de acordar. “Amanhã?” Ela perguntou lentamente. “Amanhã.” Ela sussurrou para si mesma e então acabou. Não estava mais chorando, não estava mais fazendo nada além manter um olhar vazio para frente, uma expressão estranha de esperança e pesar em seus olhos.

“Vamos.” Victor falou puxando Chloe para fora do hospital.

“Vocês acham que ela está bem?” AC perguntou. Quando eles voltaram para o apartamento da Chloe, a colocaram no sofá. Ela estava fora de si, murmurando sozinha e encarando a parede.

“Não acho que nenhum de nós está bem.” Victor pontuou virando sua segunda dose de whisky.

“Não, eu sei, mas tem algo realmente errado.” AC olhou para Chloe de novo, que ainda estava murmurando sozinha enquanto Bart limpava o sangue das mãos dela.

“O que ela está dizendo?” Victor perguntou.

“Começa de novo.” AC disse a ele. “Ela só fica falando ‘começa de novo’. Repetidamente.”

“Chloe?” Bart limpou o resto de sangue das mãos dela. “Vou limpar seu rosto agora.” Ele levou lenço até a bochecha dela e ela abriu os olhos e franziu a testa e fechou os olhou de novo.

“Começa de novo, vamos, começa de novo.” Ela sussurrou.

“Chloe.” Victor foi até ela. “Chloe, olha, todos estamos chateados...” Ela de repente se virou para ele.

“Tudo bem.” Ela sorriu tristemente para ele através das lágrimas. “Vai ficar tudo bem.”

“Sim, vai, mas...”

“Só espere até meia-noite.” Ela disse a ele. “Então ele vai voltar.”

“Chloe.” Clark interrompeu. “Ele não vai voltar. Ele morreu.”

“Não, ele vai voltar amanhã. Lex morreu hoje, foi envenenado no almoço, esqueci do garçom, então ele vai voltar.” Ela disse a eles. “Ele vai voltar depois da meia-noite.” Eles se olharam confusos. “Ele vai voltar.” Chloe os assegurou antes de fechar os olhos. “Começa de novo, começa de novo, começa de novo.” Ela murmurou novamente.

“Alguém devia ligar para a Lois.” AC disse. “Vai virar notícia logo, ela não deveria ficar sabendo assim, e eu acho que a Chloe precisa de ajuda.”

“Deixa comigo.”

Lois chegou lá três horas depois e Victor tentou explicar o que aconteceu, mas já que ele não estava certo do que aconteceu, tudo o que pôde dizer foi que Oliver tinha levado um tiro e estava morto, e parecia que a Chloe tinha ficado louca. “Ela acha que ele vai voltar?” Lois perguntou. “Ela disse que ele vai voltar depois da meia-noite?”

“Pois é, mas ela não explica o que isso significa.” Victor disse.

“Não entendo o que aconteceu. Não entendo o que vocês estavam fazendo lá. Por que ela estava com vocês?” Lois pegou o whisky que Victor ofereceu a ela e então ergueu a cabeça quando pensou em algo. “Ela estava trabalhando para ele.” Lois percebeu. “Oliver era o chefe misterioso, não era?” AC balançou a cabeça.

“Momento da verdade, hein?” Bart perguntou ao entrar na cozinha enquanto Clark ficou na vez para tomar conta de Chloe. Todos viraram para ele confusos. “Um minuto para meia-noite.” Ele acenou para o relógio.

“Você sabe que ele não vai realmente voltar, não sabe?” AC perguntou.

“Ela parece bem certa disso.” Bart pontuou. “E coisas estranhas têm acontecido.”

“Caso você não tenha notado, eu tenho certeza de que a Chloe ficou louca.” Victor estourou. “Que por falar nisso, confia em mim, eu entendo a inclinação voltada à insanidade, porque estou há uma dose de ficar louco também.”

“Calma.” Bart ergueu as mãos.

“Ele salvou a minha vida.” Victor pontuou. “Se não fosse por ele, eu provavelmente estaria... Não quero nem pensar onde eu estaria.”

“Nós sabemos.” AC assegurou. “Ele fez o mesmo por nós.”

“Dez segundos.” Bart disse calmamente e todos se viraram para o relógio, e então para Chloe, que estava com os olhos o mais apertados que podia.

“Começa de novo, começa de novo, começa de novo, começa de novo.” A voz dela estava mais alta agora, mais desesperada, imploradora, quando o relógio bateu meia-noite.

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próximo

6 comentários:

  1. que curiosidade pra saber o finaaal! rs ai como eu amo esses dois.. parabéns pelo blog! eu amo!

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  2. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...Começa de novo.
    Como diria uma amiga minha..."For the love of God"
    Mas tenho certeza de que vai começar...Ollie vai acordar na cama dele e vai esperar Chloe com um café na mão.

    Agora, como eu gosto da Liga inteira. Amo Bart!
    Adoraria vê-lo na nova temporada.

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  3. OMG que medo
    Ai ai ai
    não tenho mais unhas pra roer ^^
    Vilm@

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  4. Esses cliffhanger me deixa curiooooooosa.
    Vontade de correr atrás de spoiler, mas vou esperar a Nathalia.

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  5. juuuuuuuuuuuro que preciso muito saber o que acontece depois hahaha, curiosidade superr!

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  6. Natalia, que tradução maravilhosa!!! Essa é uma das melhores fics que eu já li... estou esperando os dois últimos capítulos...

    Parabéns!!!!

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