quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Hourglass, tradução

 

Resumo: Ele estava preso no limbo, esperando por ela.

A parte final de Refusing Acceptance. Sinceramente, essa foi uma das fics que eu mais gostei de traduzir nos últimos tempos :)

Boa leitura e comentem! :D

Título: Hourglass
Autora:
slytherinpunk
Classificação: G

Partes Anteriores: Refusing Acceptance e Linger;
Spoilers: Baseada nos spoilers da décima temporada das entrevistas da Comic Con.
Disclaimer: Os personagens, como era de esperar não nos pertencem

(3/3)

Ele está preso no limbo por esperá-la durante tanto tempo; imaginando como seria estar com ela novamente e se livrar desse purgatório. Esperar não mais se resumia a andar por aí sem rumo em sua busca, nem ficar confinado a sonhos e lembranças que sempre resultavam nela desaparecendo junto com a consciência dele. Pra ele, o tempo parou quando ele acordou sem ela, e ele estava ali, parado naquele momento infinitamente vasto desde então; esperando o tempo prosseguir enquanto esperava por ela.

Apesar de ter feito mais do que sentar e esperar.

Ele seguiu toda e qualquer pista até a toca do coelho, tentando cuidadosamente não se perder ou ficar consumido com ela em sua busca. Se ele se perdesse, como é que ele poderia encontrá-la? – Ele tinha que ir com calma e com disciplina. Tinha que se forçar a superar a escuridão que tão facilmente podia se aproveitar de sua vulnerabilidade e preenchê-lo com desesperança e raiva. Toda noite ele adormecia imaginando se havia algo a mais que ele poderia ter feito; se mais um osso quebrado teria feito a diferença. Atormentava a si mesmo com perguntas até que tivesse outra pista que o levaria até ela. E nada tinha resultado até agora.

Ela estava na frente dele, mas ele ainda se encontra parado no tempo, porque é como se tudo ao redor dele tivesse desaparecido, e ele não parece conseguir se mover até ela. Imaginou o reencontro de forma diferente; correndo um para o outro até que estivessem na segurança e no abrigo dos braços do outro.

Mas ele não consegue fazer seus pés moverem. Ele apenas olha pra ela, seus olhos não se focando em cada arranhão na pele dela, ou no cabelo embaraçado e nas roupas desgrenhadas. Seus olhos castanhos apenas a olham inteiramente, mas com uma cautela desconfiada; incerto se estava na verdade dormindo, ou vendo uma miragem.

Ele respira fundo, porque assim como o tempo parou com o desaparecimento dela, ele parou de respirar ao vê-la. Sua pele parece queimar sob o olhar dela; aquecida e queimando sobre seu coração assim como quando o General Kandoriano deixou sua marca no peito dele.

Piscando algumas vezes, ele não sabe se fica feliz ou não quando ela não desaparece da sua frente quando reabre os olhos. Mas apesar de suas dúvidas, a presença contínua dela faz seu peito se encher com sentimentos confusos e sua garganta se fechar, impedindo-o de chamá-la. Ele tenta engolir o nó na sua garganta, piscando pra parar com as lágrimas que brotavam de seus olhos, porque ele ainda não tem certeza se ela é a Chloe dele.

Porque ela não correu até ele ou chamou por seu nome?

Ele curva os dedos até que eles afundem em sua pele enquanto se pergunta porque ela não procurou refúgio em seus braços.

Ela revela um pequeno sorriso, um fraco, que dá a ele como se pedisse desculpas.

Passando a língua pelos lábios, ele olha pra baixo, estimando a distância em passos entre eles, considerando suas opções.

Menos de 2 metros e ele poderia estar abraçando-a. Ou abraçando a si mesmo numa camisa de força, porque a essa altura, ele não duvidaria que tinha ficado louco.

Ele ergue os olhos, focando-se pra tentar ver através da ilusão dela, “Você é real?” Oliver finalmente consegue dizer com um meio soluço e uma voz despedaçada.

O peito dela se ergue enquanto ela respira profundamente, suprimindo um tremor que passava por seu corpo e sua voz estremece delicadamente, “Você não quer me beijar e descobrir?”

As palavras dela o libertam como uma flecha disparada de um arco e antes que ele pudesse se conter, seu braço está ao redor dela, apoiado em suas costas e a esmagando contra seu peito enquanto sua outra mão se entrelaça ao seu cabelo; mexendo desesperadamente nas mechas leves  com seus dedos, enquanto ele inclina a cabeça dela pra trás para seu ataque. Seus lábios não erram o alvo; estão nos dela com força total e excelente mira, sentindo nada além dos lábios suaves dela encontrando os dele com uma necessidade urgente e inexorável.

E ele pode sentir sua ampulheta se mexer, o bloco de areia seguindo a corrente e indo para seu horizonte de vidro, finalmente impelindo o tempo pra frente.

Oliver respira aliviado; ela é real.

4 comentários:

  1. Agonia!Essa é a palavra que melhor traduz o que senti lendo está fic.
    Não sei se é por que meu maior medo na vida é alguém sumir, sem saber se está vivo ou não.
    Mais medo de perder, da morte é medo da incerteza.
    E por isso senti tanto pelo Ollie.
    Mais aliviada por Chloe estar em segurança fiquei por acabar o tormento dele.

    Amei, linda Ivy!!
    E já vou me preparar pro final do mês.

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  2. o reencontro foi épico
    “Você não quer me beijar e descobrir?”

    ai ai Chloe que alívio

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  3. Nossa, que linda...
    Ai, tento não pensar muito na Season Premiere, mas mal posso esperar.
    Essa foi uma das melhores fics que li das que são baseadas nos spoilers da 10ª temporada.
    Boa escolha, Ivy. Como sempre. =D

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