Linger, tradução (continuação de Refusing Acceptance)

 

Esse é um capítulo realmente curto, mas foi particularmente especial de traduzir. Espero que gostem :D
(só lembrando: eu deixei o link original logo abaixo, mas pra visualizar a fic é preciso ter uma conta no Live Journal e também é preciso que a SlytherinPunk tenha você add.)
Boa leitura e comentem! ^^ 

Título: Linger
Autora: slytherinpunk
Classificação:  R - por temas adultos e linguagem.
Resumo:  Continuação de Refusing Acceptance
Spoilers: Baseada nos spoilers da décima temporada das entrevistas da Comic Con.
Sequência de:  Refusing Acceptance
Disclaimer: Os personagens, como era de esperar não nos pertencem

(2/3)

Quando ele sonha, ele sonha com ela. Apesar de algumas vezes ele chamar esses sonhos de pesadelos, porque não são nada mais do que uma provocação cruel do que a realidade poderia ter sido pra eles. Eles o assombravam por trás das pálpebras fechadas, quando ele estava mais vulnerável e incapaz de se proteger.

Algumas vezes, os sonhos o lembram de memórias. Não só porque ela está nua e por cima ou por baixo dele. Não é por causa da respiração falha dela e a pele lisa. Não é nem pelo jeito que ela geme o nome dele enquanto ele está dentro dela pelo que ao mesmo tempo parecem horas e não dias o bastante. Mas sim pela ligação que ele sente enquanto sua memória faz jus a cada detalhe dos encontros deles.

Ele sente seu estômago dar um solavanco na primeira parte de pele exposta dela, e sua respiração ficando mais rasa com cada toque enquanto as mãos dele deslizam pelo corpo dela. As técnicas delas eram perfeitas, desde os beijos e as lambidas escandalosamente lentas até como e quando ela arqueia o corpo na direção dele. É como se tudo isso fosse real, e a parte que machuca mais é quando ele acorda, é saber que uma vez, aquilo foi real.

E outras vezes, ela é uma visão vestida de branco, caminhando até ele em sincronia com a música suave ao fundo, enquanto o sol lança um brilho caloroso nela. Ela tem esse sorriso no rosto dela, o que ela sempre dava pra o fazer saber que sabia o que ele estava pensando, e essa versão dele do sonho não podia fazer nada além de sorrir de volta pra ela, completamente inconsciente de que essa cena vai sumir diante dos olhos dele antes que qualquer um dos dois pudesse dizer “Sim.”

Porque ele sempre acorda antes deles trocarem os votos, e ele sempre acorda entorpecido e abalado, suando frio numa cama desconfortável de um motel barato onde o sempre riquinho, bilionário, Oliver Queen nunca seria encontrado, e tudo isso é parte da realidade em que a única troca da qual ela fez parte foi aquela que salvou a vida dele com o custo de ele perder ela.

Ele ri da ironia agora. Ele consegue. Ele estava a procurando por mais de quatro semanas, e o mais próximo que tinha chegado dela era um vídeo do sacrifício dela e um mutante não muito cooperativo que apenas cuspiu na cara dele, nem um pouco relutante em dizer que ela estava morta.

O filho da mãe está todo roxo e ainda nem um pouco intimidado, não importa quantos ossos Oliver quebre, ou quantas flechas passem perto das artérias vitais dele. Sua resposta não muda. Pior, ele ainda tem a audácia de dizer isso com aquele sorriso assustador no rosto.

E Oliver é forçado a engolir sua raiva e suprimir a vontade de matar aquele filho da puta. É necessário tudo de si pra ele não ir até o cara e arrancar seu pescoço, e ele tem que se afastar, o corpo inteiro tremendo com ecos de ira, e ele cai no depósito atrás dele por suporte.

Ele se amaldiçoa por deixar o bastardo o inquietar tão facilmente, porque não consegue deixar de pensar em quão simples e rápido seria acabar com a existência desse pedaço de merda, e ele tem certeza que ninguém sentiria falta dele. Havia duas coisas o impedindo: o fato de que essa coisa parecia que poderia até gostar disso, e o fato de que ele teria sangue em suas mãos sem resposta e sem estar mais perto de Chloe.

Ele ainda pode sonhar com ela, mas essa era a realidade.

Ele não desiste. Ele sabe que ela ainda está viva. Ela permanece em seus pensamentos e em seu coração e por agora, isso teria que ser o bastante.

Continuação - Hourglass