terça-feira, 24 de agosto de 2010

Refusing Acceptance, tradução

Deixando um pouco de lado toda a questão da quantidade de epis da Chloe, o final (feliz ou não) de Chlollie em SV e tudo mais porque nas fanfics não tem nada disso :D Mais uma com spoilers da décima. Essa na verdade, foi a primeira que eu li sobre o tema. É a primeira fic que eu traduzo da slytherinpunk, e eu não sei porque, afinal eu adoro todas :D Só tem um pequeno problema: pra visualizar a fic original, é preciso ter conta no Live Journal e é preciso também que a Slytherinpunk tenha você add.
Essa tem mais dois capítulos, que se não me engano são menores que este.
Boa leitura e comentem ^^

Título: Refusing Acceptance
Autora:
slytherinpunk
Classificação: PG

Resumo:
Poucas coisas na vida de Oliver eram incertas… A intensidade do amor deles não era uma delas.
Spoilers: Baseada nos spoilers da décima temporada das entrevistas da Comic Con.
Disclaimer: Os personagens, como era de esperar não nos pertencem :

(1/3)

Não há amarras. Não há mutantes psicóticos cortando-o com objetos agudos como métodos de tortura – Só um médico num pequeno quarto que não cheira a produtos químicos e carne queimada, mas algo mais próximo de um hospital estéril e limpo. E não há um falatório misterioso ecoando pelas paredes, só um baixo ‘beep’ pra informar que seus sinais vitais estavam estáveis.

O esclarecimento de seu atual estado foi ficando desanuviado na medida em que ele fica mais consciente do que acontecia ao seu redor, ele havia sido resgatado…

Espiando com os olhos que lentamente se abriam, ele piscou duas vezes por causa da luz brilhante e intrusiva que momentaneamente o cegara, seus olhos enchendo-se de água de forma desconfortável enquanto ele  tentava se ajustar à luz tão agressiva que era tão contrastante com o buraco escuro ao qual ele tinha sido levado. Uma risada sarcástica escapa dos lábios dele com a ironia, apesar de seus melhores esforços para reprimi-la. Ele não devia estar achando graça nisso, mas não conseguia evitar.

Chloe havia o chamado de homem-toupeira da última vez que se falaram, momentos antes de ela dizer que o amava. Um sorriso largo apareceu em seus lábios enquanto as palavras dela se repetiam em sua mente e ele piscou rapidamente, tentando clarear a visão pra que pudesse vê-la. Ele estava louco pra vê-la e não somente porque queria repetir suas últimas palavras olhando pra ela.

A visão dele começou a ficar mais precisa, os cantos ainda um pouco borrados, mas ele podia reconhecer a figura na ponta da cama dele.

Oliver riu baixo e rouco, a garganta seca de horas de desidratação, “Acho que você está aqui pela comida, huh?” Ele tossiu, tentando limpar a garganta.

Clark lhe deu um meio sorriso em retorno, “Eu perdi meus poderes quando o poder do livro de Rao levou meus iguais pra reconstruir nosso planeta.”

Oliver acenou compreensivamente, mesmo sem entender completamente a situação, “Me causa de su cosa, Escoteiro.” Ele se forçou a sentar, pra ver atrás da grande forma que era Clark, querendo ver a loira que sem dúvida não tinha saído de perto dele desde que o resgataram.

Uma mão segurou seu ombro esquerdo, parando-o e ele virou pra encontrar Emil ao seu lado “Vai com calma, Oliver… você passou por maus bocados e seu corpo precisa de tempo pra se curar. Não apresse nada.”

Oliver tentou ao máximo não rir, até parece que ele iria com calma. Havia uma linda mulher com um sorriso maravilhoso e uma necessidade fisíca insaciável por ele, e ela o amava. Que se danem algumas costelas quebradas, ligamentos fraturados e um ombro quebrado; ele iria arrebatar o corpo dela e fazer amor com ela por várias horas, assim que a tivesse em seus braços, com ou sem permissão de um médico pra atividade física. E se Emil e Clark não saissem do quarto, bom, ele não podia se importar menos com o fato deles assistirem.

Clark olhou pra Emil, e Oliver notou a conversa silenciosa que ocorria na sua frente. Aparentemente negócios primeiro.

Clark abriu a boca gradualmente, escolhendo com cuidado suas palavras e Oliver leu sua linguagem corporal perfeitamente; os dois estavam tensos com alguma coisa.

“Oliver… você tem alguma idéia do porque foi sequestrado?”

O quarto mudou pra um silêncio desconfortável que dava arrepios na pele de Oliver como um aviso, seus instintos imediamente percebendo que havia algo errado.

“Não…” Ele olhou de um para o outro. “Mas vocês deviam saber que não é só um cara assustador. Ele tem um time de aberrações mutantes com um fetiche por facas e coisas afiadas.”

Clark quase escondeu seu sobressalto, quase. Era óbvio demais e Oliver sempre era capaz de dizer quando Clark se sentia culpado.

“Porque?” Oliver notou que Emil parecia igualmente nervoso. “Você conhece o mais novo vilão?”

Clark sacudiu a cabeça, “Não… Eu-“ Respirando, Clark olhou pelo canto do olho pra Emil mais uma vez antes de continuar. “Eu não estava lá quando você foi… Resgatado. Eu acabei de recuperar meus poderes. Minha prima Kara me levou até o Sol, para que eu pudesse absorver os raios e minha força pudesse voltar e foi aí que eu…” Os olhos azuis dele foram pra Emil mais uma vez antes de ele continuar. “Fiquei sabendo o que aconteceu com você.”

As sobrancelhas de Oliver se estreitaram, confusas, “Ok… Se você não me resgatou, então quem foi?”

Os olhos de Clark o trairam mais uma vez quando ele olhou pro médico pela terceira vez consecutiva e Oliver virou pra encontrar Emil olhando pro chão profundamente concentrado.

Oliver riu, totalmente surpreendido por aquela reviravolta, “Emil, você foi bem além do seu dever. Como você me encontrou?”

Emil não olhou nos olhos dele, “Eu não encontrei você, a Torre de Vigilância encontrou. Ela ligou pra mim quando você desapareceu.”

Oliver não podia lutar contra o sorriso orgulhoso que forçou seu caminho até seus lábios, ele não a amava somente por sua beleza, ele a amava por sua mente brilhante, e essas eram apenas duas razões de muitas. “Torre chamou a cavalaria, eh?”

Outra onda de silêncio preencheu o quarto e dessa vez a hesitação de seus amigos fez o interior de Oliver se revirar em resposta. Ele se reajustou na cama apoiando-se no lado esquerdo, pra não machucar as costelas quebradas no direito ao tentar sentar.

Clark lhe lançou um olhar de simpatia, mas algo em Oliver dizia que não era por causa dos machucados que tomavam a maior parte dele. “Oliver, tem… Tem algo que você precisa saber.”

Oliver sentiu como se seu coração tivesse afundado com as palavras de Clark. Não precisava do olhar de pena de Emil pra saber que não queria que Clark terminasse a frase.

“Deixe-me contar pra ele,” veio a voz áspera sentada atrás de Clark numa cadeira fora da linha de visão de Oliver. A terceira voz pertencia a última pessoa que ele esperaria visitá-lo num hospital. Carter Hall se levantou, saindo detrás da sombra de Clark.

Clark olhou pra ele com ceticismo, “Sem ofensas, mas não acho que será mais fácil vindo de você.”

O antigo guerreiro que carregava uma clava não ficou nem pouco intimidado. Com suas mãos nos bolsos, ele acenou com a cabeça em direção a cama de Oliver, “O garoto merece ouvir de alguém que já passou por isso antes.”

O olhar de Clark tornou-se vazio e tanto ele quanto Emil se afastaram enquanto Carter se aproximava.

Oliver prendeu a respiração ao erguer os olhos pra encontrar os de Carter, notando a profunda tristeza que se fixava em seu olhar e Oliver sentiu sua garganta fechando, tornando mais difícil pra ele respirar com cada passo que Carter dava pra frente.

“Como você está, garoto?” Carter perguntou, mas seus olhos âmbar apenas continuaram a falar sobre uma compreensão solidária que Oliver não entendia de onde vinha.

Oliver olhou pra Clark, que manteve os olhos no chão, e depois se virou pra Emil, que estava olhando pra janela distantemente. Sua atenção voltou-se pra Carter e ele acenou com a cabeça e engoliu o nó que se formava em sua garganta e o impedia de responder.

Carter pressionou os lábios um contra o outro, “Olha… o que o doutor e o Superboy estão tentando te dizer é que ela procurou por você.” Carter olhou por cima do ombro como se quisesse se certificar que os outros dois não iriam interrompê-lo. “E quando ela não conseguiu te encontrar, quando ninguém conseguiu… Ela roubou o capacete do Dr. Destino atrás de respostas.”

Oliver sacudiu a cabeça desafiadoramente, “ela não-“

“Ela amava você,” Carter o interrompeu.

Oliver encolheu-se com as palavras dele, “Me ama,” ele o cortou. “Ela me ama.”

Carter o olhou com uma expressão compassiva. “Ela amava você e quando descobriu onde você estava, ela trocou de lugar com você.”

A respiração de Oliver veio cada vez mais acelerada enquanto a máquina ao lado de sua cama começou a bipar erraticamente, alertando que o coração dele disparava em seu peito. “Porque eles iriam querê-la? Não importa,” Oliver sacudiu a cabeça e estreitou os olhos para o homem de aço. “Porque você não está lá fora salvando-a?”

A expressão congelada de Clark logo se tornou uma de dor, “Oliver… eu não tinha meus poderes. Não podia fazer nada.”

“Você tem seus poderes agora – faça alguma coisa agora!” Oliver gritou, a pressão sanguínea subindo com sua voz.

“Não posso, Oliver,” a voz de Clark falhou. “Ela se foi.”

“Então a encontre!” Oliver grunhiu através dos dentes cerrados.

Clark olhou pra baixo, incapaz de olhar pra ele enquanto repetia as palavras, “ela se foi, Oliver.”

Oliver respirou fundo e piscou várias vezes pra evitar as lágrimas, “Não diga isso.”

Clark fechou os olhos, como se assim pudesse escapar da realidade, “É verdade.”

Oliver procurou atrás de si e pegou seu travesseiro, jogando em Clark com o máximo de força que conseguiu reunir, imediatamente procurando o próximo objeto pra atirar. Ele fez força demais, e fez uma careta quando o ombro quebrado pulsou em agonia.

“Eu sei que é difícil de ouvir. Ela foi minha melhor amiga por mais de nove anos.”

O sal fez seus olhos arderem quando as lágrimas começaram a cair e ele negou com a cabeça em protesto, “Ela não está… Não. Ela não pode estar.”

Clark respirou fundo. “Eu sei que é difícil aceitar, mas –“

Oliver apenas o olhou com desprezo, “Não.” Ele pegou a agulha e o soro em seu braço e começou a tirá-los. Manteve os lábios pressionados um contra o outro pra não deixar um grito escapar quando a dor atingiu seu corpo.

Emil correu até ele imediatamente. “Oliver, você precisa ficar com o soro, você estava desidratado.”

Oliver tentou afastar Emil com o braço bom, “Ela precisa de mim, e vocês todos ficam sentados aí sem fazer nada!”

Carter se inclinou, fazendo pressão na clavícula de Oliver, os dedos no ombro quebrado, e Oliver retraiu com a dor. “Dê um sedativo pra ele,” Carter disse ao médico, os olhos nunca deixando o rosto de Oliver. “Ela se foi garoto.” 

Oliver se debateu, tentando afastar o homem pesado dele, quebrando outra costela no processo, “Ela não se foi.”

Carter pressionou mais, deixando Oliver acuado com a dor enquanto Emil aparecia com uma agulha. Ele suavemente injetou o sedativo e se afastou, e Oliver sentiu seus músculos relaxarem contra sua vontade sob a pressão de Carter.

“Sinto muito, garoto,” Carter disse suavemente, as últimas palavras que Oliver conseguia lembrar antes de seus olhos se fecharem.

Seu corpo relaxou e sua cabeça pesou quando ele começou a ficar inconsciente, uma imagem dela brilhando com a luz que vinha do vidro colorido em um lugar escuro no canto de sua mente enquanto seu cérebro cedia à medicação. Ele a observou se virar lentamente em seus braços e ficar na ponta dos pés, os braços dele ao redor dela e puxando-a pra mais perto enquanto seus lábios se encontravam no primeiro beijo deles. Não um beijo de despedida.

__________________________

Oliver nem se deu ao trabalho de olhar quem tinha entrado correndo no quarto, invadindo e fazendo os papéis voarem. Continuou a arrumar sua mala, sem se incomodar em receber o convidado que não era bem vindo. Não havia falado com nenhum deles desde que saiu do hospital há algumas semanas atrás. Ao invés disso ele passou seu tempo todo na Torre de Vigilância, tentando descobrir alguma pista, alguma rastro que pudesse seguir, apenas falando com Victor quando precisava de um arquivo a ser hackeado, ou uma senha a ser obtida.

“Então é verdade.”

Oliver enfiou uma camiseta preta na mala com brutalidade. “O que é verdade?”

“Que você está indo embora,” Clark indicou a mala quase cheia. “Victor disse que você o deixou no comando e mandou fazer um documento pra proteger a Liga.”

Ele colocou sua última peça de roupa na mala e a fechou, “Eu vou encontrá-la.”

Clark suspirou, “Oliver… Eu sei que você ainda não quer acreditar que ela–”

Oliver girou em seus calcanhares e o olhou zangado, “Não. Diga. Isso.” Ele avisou através dos dentes cerrados.

Clark olhou pra baixo, “Porque você não pode simplesmente aceitar? Você só vai se machucar mais não lidando com isso agora, Oliver.”

Oliver passou por ele e colocou sua mala perto da porta, ao lado de outra que carregava seus equipamentos e artilharia. “Ela nunca parou de procurar por mim quando eu desapareci. Ela sabia que eu estava vivo. Ela abriu mão de si mesma por mim. “ Oliver engoliu a angústia que transparecia em sua voz e a transformou em determinação. “Eu saberia se ela tivesse sido levada de mim. Eu sentiria.”

Respirando fundo ele tentou impedir seus ombros de tremerem. “E eu não sinto. Eu seria capaz de sentir se ela estivesse… mas eu não sinto.”

Os olhos de Clark suavizaram-se com pena, “Quando você acordou no hospital você não sabia que ela tinha sido levada.”

“Ela está viva, Clark. Ela está viva e precisa de mim,” Oliver colocou sua jaqueta de couro preta e se virou pra encará-lo, esperando que de alguma forma ele entendesse. “Eu irei encontrá-la.”

Clark deu um passo à frente tentando pedir pra ele ser racional, “Você não pode simplesmente ir embora, Oliver. Você tem responsabilidades, as pessoas precisam de você. Essa cidade precisa do Arqueiro Verde.”

Oliver balançou a cabeça e pegou as malas, não o surpreendia que Clark não entendesse porque ele precisava fazer aquilo. Poucas coisas eram incertas na vida de Oliver; seu dinheiro, sua moralidade, sua identidade secreta, e sua segurança. Mas a intensidade do amor deles não era uma delas. Ele faria qualquer coisa pra tê-la de volta.

Jogando uma das malas por cima do ombro, ele usou a mão livre pra abrir a porta e deu seu primeiro passo pra fora da torre de vigilância, como um homem diferente do que era antes, um homem disposto a arriscar tudo. Ele não se incomodou em olhar por cima do ombro pro homem ignorante atrás dele, “Bom, Oliver Queen precisa de Chloe Sullivan.”

Continuação - Linger

8 comentários:

  1. Nossa, amei!!!! Não vejo a hora de ler os próximos capítulos... Amei, amei, amei... Obrigada pela tradução...

    Sofia

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  2. Nossa Ivy... maravilhosa... Thanks

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  3. Ivy!!!!
    Que maldade!!!!Postar só um cap...hehehe
    Quero saber o que acontece.

    Linda.
    Que agonia, que tortura fizeram com Ollie até contar.Coitado.
    E tadinho do meu Ollie.

    Adorei a tradução e espero a continuação pra...amanhã?hahaha

    "'Bom, Oliver Queen precisa de Chloe Sullivan.'"

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  4. aiiiiiiiii

    eu ameiiiiii o Carter falando com o oliver,
    "garoto" eu adoro o Carter e a Shayera!!!My God to achando que as coisas vão ser muito parecidas com isso...

    lindaaaaaaaaaaa

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  5. e o clark muiiiiiiiiito conformado por sinal aff

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  6. Eu vou postar o próximo cap. em breve. Na verdade, os outros dois caps já estão traduzidos, mas como eu só entro de férias quarta que vem e não vou ter tempo de traduzir nada até lá, preciso deixar esses porque senão o blog fica sem posts no fim de semana. :D

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  7. Tishaaaa...Esse é o Clark. Uma eterna cara de paisagem. Se conforma com tudo.

    Ivy, tudo bem. Eu aguento esperar...hahaha
    Ah, tb tenho uma pra começar a postar \o/

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  8. Eterna cara de paisagem realmente descreve o Clark. Hahahahahaha!

    E nossa, o que foi isso? Não tinha lido essa. Ainda bem que só estou lendo agora, quando as continuações já estão postadas. xD

    Falo mais no outro post. Hihihihi...

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