quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Criminal

Oi gente!Então, estava tentando continuar minha fic(Flames) e dei uma travada, e nada melhor pra desempacar do que começar um texto novo. Então escrevi esse rápidnho ontem. Espero que não esteja muito rim, já que foi feito meio que nas coxas...Ah, comentem! Boa leitura!!


Titulo: Criminal
Autora: Roberta
Classificação: PG-13
Completa: Sim
Nota: O nome da fic e a música no texto é da cantora Fiona Apple
Resumo: Depois que Oliver descobre sobre as armas de kriptonita, a partir da cena em que Chloe descobre os containers vazios no episódio "Conspiracy"

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Criminal


Antes que qualquer um pudesse dizer alguma qualquer coisa de novo, usar qualquer argumento, Chloe abandonou o confronto, dando as costas para Oliver e indo em direção ao seu carro estrategicamente escondido.

Ele observou por um segundo, apertando a mandíbula e até cogitou simplesmente deixá-la ir, mas ainda não estava satisfeito, nem perto disso. Algo o empurrava para ela, algo sem explicação e com certeza mais forte que ele mesmo. Se aquela lhe dando as costas não fosse Chloe ele faria o mesmo e desistiria, mas não podia, ela não era uma mulher qualquer. Mas por que ela tinha feito aquilo com ele, usado a confiança que ele tinha nela?

Em poucos passos largos ele a alcançou, segurando seu pulso, a tirando por completo de seu caminho, o mais fácil, o da fuga.

- O que você está fazendo? – Chloe protesta com uma careta enquanto olha surpresa para ele.

-Você vem comigo! – Oliver ordena, não deixando espaço para negociação. Ele leva Chloe pelo braço pelo estacionamento abandonado.

-Meu carro! – ela tenta.

-Mando alguém buscar, ou melhor, compro um novo, você não parece se importar em gastar meu dinheiro. – ele provoca quase que inconscientemente.

Chloe sente aquela provocação como um tapa na cara, mas esconde, engole e segue em silencio.
Sem muito cuidado ele a coloca no banco do passageiro de seu carro e sai de lá com ela. O mais rápido possível, cantando pneu, antes que Tess ou seus capangas voltassem.

Metropoles estava longe, Smallville mais ainda. Chloe havia escolhido um lugar fora do alcance de Clark e sua nova família, então isso significaria uma longa volta para a cidade grande com alguém que parecia disposta a arrancar sua cabeça e colocar em uma bandeja

Oliver queria perguntar, mas não sabia como, ou o que. Queria gritar com ela, mas não sabia se tinha o direito, então tentando manter o controle da situação ficou em silencio, jogando esporádicos olhares de reprovação para o lado dela.

Chloe não parecia se importar, ela mantinha a postura ereta no banco, olhando para fora, para o caminho e Oliver deixa escapar um suspiro frustrado.

O silencio e os olhos acusatórios dele eram mais do que ela podia suportar naquele momento. Vinha tentando se convencer de que o que tinha feito tinha feito por um bem maior, mas sabia que de qualquer forma aquilo estouraria em suas mãos ou em seu rosto, de qualquer jeito não sairia ilesa. Manteve a postura desde que fora descoberta, mas por dentro estava em frangalhos.

Começava a escurecer e o silencio era insuportável. Chloe sentia o pescoço endurecer depois de uma hora olhando para o lado de fora e Oliver os cotovelos queimar tamanha força que ele usava para segurar o volante.

A um passo de ceder e admitir qualquer culpa, contanto que aquela tortura acabasse Chloe encheu os pulmões de ar e finalmente olhou para ele.

-Oliver...

-Fome? – ele se adianta. Deixando Chloe surpresa.

-O que? – ela pergunta, quase não entendendo aquela pergunta tão simples.

-Eu estou com fome e você? – ele pergunta sem olhar para ela.

-Eu comeria alguma coisa e definitivamente tomaria um café – ela esboça um sorriso que ele não vê.

Sem avisar Oliver faz uma curva e Chloe se segura no lugar. Ele estava furioso, era claro, na maneira como se recusava a olhar para ela, como estava visivelmente rígido na direção e definitivamente no modo como dirigia.

Sentados frente a frente em um bar escuro qualquer de estrada Oliver e Chloe não conseguiam fazer contato visual. Todas as vezes que sem querer seus olhares se cruzavam eram repelidos, fazendo de qualquer coisa ao redor um alvo.

Oliver encarava o bar atrás de Chloe, tentando achar algo de bom, mas principalmente forte nas prateleiras, enquanto ela batia os dedos na mesa e olhava para eles.

Depois de um minuto interminável um garçom se aproximou e parou do lado deles. Chloe se adiantou. Uma xícara de café e alguma coisa bem gordurosa para comer consertariam ou quase, as coisas. Ela se endireitou na cadeira e abriu a boca para falar:

-Eu quero uma...

-Dose de wisk, duas, do melhor que você tiver – Oliver toma a frente, olhando para Chloe em seguida com um sorriso forçado no rosto.

Ela olha para ele com olhos cerrados, mas não discute, entrando na dele ela olha para o garçom que a encarava para se certificar de que aquele era o pedido dela mesmo.

-Duplo! – ela veste o sorriso mais falso que consegue e o serve para Oliver, que revira os olhos e desvia para o lado de novo.

Ela sorri balançando a cabeça. Então seria esse o tratamento que ela receberia depois de cometer o maior pecado de todos.

-Por que não me joga no chão e me apedreja logo? – ela diz cruzando os braços sobre o peito, mantendo o tom de voz baixo.

-Drama? – ele ri antes de olhar para ela – Não combina com você. – ele olha fundo nos olhos dela e Chloe mantém o olhar.

-Não é drama. É praticidade – ela sorri. – Eu posso ver daqui a fumaça saindo da sua cabeça Oliver. Diz o que quer dizer logo e acabamos com isso. – ela se inclina para frente, em uma postura desafiadora.

Oliver coça o nariz incomodado com a audácia dela. Ele solta uma risada e coloca as duas mãos espalmadas sobre a mesa, e quando se inclinava preparado para dizer o que ela queria ouvir dois copos são jogados sobre a mesa por um garçom temeroso de se aproximar demais e ser arrastado para aquela briga que se formava diante dele.

Os dois voltam às posições anteriores, se jogando contra o encosto da cadeira. Oliver pega o copo e da um gole, Chloe joga o liquido garganta abaixo de uma vez sem fazer careta. Ele e o garçom observam espantados.  Ela se irrita quando encontra os olhos dos dois sobre ela.

-O que? – ela não espera por uma resposta, só empurra o copo na direção do garçom que entende o gesto.

Sozinhos de novo Oliver examina Chloe, queria entender o que se passava na cabeça no coração dela. Confiava demais nela. Sua vida, sua empresa e se recusava a acreditar, a aceitar de que tinha cometido um erro. Precisava de um motivo.

-Por que? – ele pergunta baixinho.

Chloe olha para ele assustada, mas ao mesmo tempo aliviada. Ela toma uma respiração e desfaz os braços cruzados.

-Por quê? Por que achei que podia. – ela diz, simples assim e quando vê a confusão no rosto dele retoma. – Achei que este era meu dever, minha parte nisto... Encontrar uma solução, um caminho e simplesmente fazer, sem perguntas ou satisfações. – ela da de ombros... – Mas estava enganada, eu sou só a atendente, a telefonista.

Oliver ri balançando a cabeça.

-Você está brincando comigo, não está? – ele se apóia na mesa e chega mais perto dela. – Você tem todo o controle aqui, Chloe. Você tem o acesso a todo o meu dinheiro, minha vida, não existe um segredo meu que você não saiba... Eu confiei tudo a você.

-E mesmo assim você acha que eu te roubei – ela diz entre os dentes.

-O que você pensaria no meu lugar? – ele pergunta erguendo os ombros e os deixando cair em seguida.

-Eu não sei o que pensaria no seu lugar, mas sei que te daria o beneficio da duvida... Como te dei várias vezes. – a voz dela sai fraca, carregada de magoa.

-Chloe. – Oliver esfrega a nuca, começava a se sentir um idiota.

-Eu passo dias trancada naquela Torre, não troco de carro há anos...Deus, eu divido um quarto e cozinha, uma cama, com Lois... Você acha mesmo que e faço ou fiz alguma coisa por...dinheiro?  - Chloe implora por uma resposta sincera dele, mesmo temendo.

-Não! – ele responde com a voz mais suave.

-Eu não sou como as mulheres que passaram por sua vida e sua cama Oliver – ela tenta controlar o queixo que insiste em tremer, estava saindo de sua zona de conforto e não gostava disso.

-Você não é nada parecida com as mulheres que eu conheci. Na verdade você me intriga. Quando penso que te conheço, como mais ninguém conhece, você me surpreende e eu não sei o que esperar. – ele desabafa e seu peito se aperta quando ela desvia por um segundo o olhar quando ele termina.

Chloe umedece os lábios e ri olhando para baixo. Ele não confiava nela. Não esperava por isso, mas doeu.

-Você não confia em mim! – ela diz olhando nos olhos dele, com a voz fraca e a expressão evidente de magoa no rosto. Já não conseguia mais esconder.

Oliver segurou o ar no peito. Não esperava o olhar de traição que recebeu dela e ele fez seu coração parar por um segundo. O que estava acontecendo com ele? Em uma situação normal diria na cara dela que não, que não confiava nela, mas agora só queria puxar Chloe para seus braços e lhe dizer para esquecer tudo.
Quando percorreu a mão pela mesa para alcançar a de Chloe ela retirou, puxando o celular do bolso, digitando algumas vezes, com a expressão dura de volta ao rosto e em seguida jogou sobre a madeira, para ele.

-Essa é o saldo da minha conta, única conta, é tudo o que eu tenho. Claro, sem contar o carro que a essa altura deve estar depenado. – ela ergue os braços, se rendendo.

-Nada mal – ele diz depois de passar os olhos rapidamente pelo telefone a sua frente, tentando mostrar não se importar muito. E ele pode ver o peito de Chloe subir e descer em uma fúria crescente.

-Deve ser por que não tenho tempo de gastar, entre salvar seu traseiro de se afundar em álcool e salvar o meu de arqueiros desequilibrados que tentam me matar só por falar com você – ela joga nele. –Tem também um bando de alienígenas tentando escravizar o mundo, mas quem está contando? – ela da de ombros, amargurada, depois deixa o corpo cair de novo sobre o encosto da cadeira.

-A desculpa de salvadora, Chloe, mesmo? – Oliver se permite discordar dela. -Todos nós estamos tentando impedir o futuro catastrófico de acontecer, cada um a sua maneira, mas estamos lutando a mesma batalha.

-Eu sei!E eu fiz minha parte, aquelas armas eram a minha parte – ela devolve.

-Você continua a se subestimar, sua parte nessa guerra é muito maior que isso, você sabe muito bem que quem vai nos liderar no fim do mundo... é você. – o olhar dele se perde entre irritação e orgulho.

Ela não responde, por um momento não encontra argumento para continuar. Esboçando um meio sorriso ela olha nos olhos dele e pede em silencio pra que ele entendesse o que ela não podia falar.

Mais uma pessoa que gostava olhando pra ela daquele jeito ela não suportaria. Não quando tudo parecia incerto, tudo menos a confiança dele nela.

Oliver tentava ler o olhar dela, mas por mais que a conhecesse, ainda tinha lugares nela que sua presença não era permitida, então ficava no escuro, tateando em procura de respostas. Sabia que ela não estava roubando seu dinheiro, tinha entendido há muito tempo, mesmo não admitindo, mas precisava saber por que ela não confiou nele seu plano.

Cansada e frustrada por não ser compreendida, por Oliver não enxergar nela uma garota que tem medo, puro e simples medo de se abrir, se entregar, Chloe deixou os ombros cair depois de cortar o contato visual.

O silencio foi quebrado pelo barulho no salão, que de repente passou a existir. O som das risadas e da conversa animada contrastava com o clima tenso entre eles. Com se eles estivessem observando o mundo por uma vidraça ou o contrário.

Então perceberam, estavam em um bar karaoque. A atenção dos dois foi imediatamente para a voz desafinada de um homem aparentemente embriagado no palco que só agora eles enxergaram.

Chloe franziu a testa quando o homem tentou sem sucesso alcançar uma nota alta. Mas achando um pouco de graça ela sorriu timidamente. Não queria voltar para a briga, estava exausta e sem argumentos, preferia aquela visão bizarra a mais um olhar de decepção de Oliver.

-Ele é bom, não? – diz o garçom, retirando Chloe de sua bolha e colocando mais uma dose de wisk na frente dela.

-Um talento perdido – ela concorda com o espanto em seu rosto, olhando para Oliver em seguida, como quem diz melhor não contrariar. E é lembrada de que não é merecedora de olhar nos olhos dele quando depois de um sorriso fraco ele desvia.

Engolindo seco ela se arrasta para fora de sua cadeira. Oliver olha para ela, mas espera.

-Já volto – ela diz sem olhar para ele sem esperar uma resposta, saindo.

Oliver observa em silencio e seu estomago dói quando Chloe some no meio do salão. Um medo inesperado que ela pudesse ir embora invade seu pensamento.

Ele esfrega a nuca tentando relaxar, se forçando a relaxar. Só queria ter escolhido um lugar melhor para parar com ela. Aquele barulho, aquela voz arrastada, aquela musica estava deixando seus pensamentos mais atrapalhados ainda.

Assim que ela acabou Oliver soltou um suspiro aliviado. Agora esperaria Chloe voltar para acertar as coisas, eram dois adultos, adultos até demais, pelo menos ela, para ficarem se atacando em vez de conversar.
Talvez por isso Chloe tivesse feito o que fez. Tinha sido forçada a crescer, a ser a adulta que resolve os problemas dos outros. Quando ela voltasse de onde quer que tenha ido eles conversariam como dois adultos.
Outra música começou e Oliver fez outra careta, esfregando a mão na testa. Não era tão ruim quanto à anterior, mas ainda preferia o silencio.

-Essa é para um homem muito desconfiado que conheço – a voz de Chloe ecoou pelo salão.

Oliver ergueu a cabeça e seus olhos não podiam acreditar no que estavam vendo. Não podia ser. Chloe no palco, com um microfone na mão olhando para ele com um sorriso descarado na cara.

Ele piscou algumas vezes para se certificar de que sua mente não estava lhe pregando uma peça. Mas era ela mesma, e linda, como nunca tinha visto antes. Sem o grosso casaco que estava antes, mostrando uma regata preta e bem apertada, revelando as formas perfeitas de sua cintura.

Mas mais que isso, o olhar dela era algo que Oliver só tinha visto quando estavam juntos entre quatro paredes.

-Tenho sido uma garota muito má. Fui descuidada com um homem delicado... E este é um mundo muito triste. Quando uma garota magoa um garoto só por que ela pode – ela canta, com a voz suave, segurando delicadamente o microfone e olhando Oliver.

Ele engole seco quando entende a letra escolhida para ele, mas deixa o queixo cair quando se da conta da voz aveludada dela. Estava em choque com essa versão de Chloe e depois de olhar em volta, controlando o sorriso ele não conseguiu mais tirar os olhos dela, que a cada verso se soltava no palco.

-não me diga para negar isso, fiz mal e quero pagar meus pecados– ela canta subindo o tom, se preparando para o refrão, com um sorriso malicioso no rosto, direcionado a ele. – O que preciso é de uma boa defesa. Por que me sinto como uma criminosa. E eu preciso me redimir com aquele contra quem eu pequei... Por que ele é tudo o que conheci de amor – Chloe sem timidez alguma mostra sua voz, que vai ganhando força conforme a musica vai evoluindo.

Ganhando força e fãs, pra quem ela continuou, ignorando agora a presença de Oliver. Ela cantava pra pessoas aplaudindo abaixo dela como se contasse a eles a briga com seu namorado desconfiado.

-Oh, me ajude, mas não me fale para negar isso. Eu tenho que me limpar de todas as mentiras até que eu seja o suficiente para ele.  – ela lança um olhar rápido, acompanhado de um sorriso para ele que a olha balançando a cabeça e mordendo os lábios.

Estava apanhando das palavras dela, mas não podia negar, ela estava maravilhosa em cima daquele palco. Visivelmente relaxada, sorrindo e se divertindo. E incrivelmente sexy.

Chloe cantando, se movendo para ele, com aquela voz de deusa, foi uma das visões mais sensuais que já teve na vida, talvez perdendo para ela mesma, nua em uma cama com ele.

Mas ela queria lhe passar uma mensagem e ele ouviria com atenção. Mesmo se quisesse, não conseguiria tirar os olhos dela, que dançava no centro do palco, movendo os quadris lentamente ao ritmo da música, com os olhos fechados e a cabeça despreocupadamente jogada para trás enquanto algumas palmas a guiavam.

-Me dê espaço para pôr a lei e me deixe ir. Eu tenho que criar um jogo para fazer eu amante ficar. Então o que diria um anjo? O diabo quer saber. – ela tem a voz empostada enquanto direciona seu olhar mais intimo para ele, atrás de todos, olhando, analisando ela, a espera de algo.

Oliver morde seu sorriso mais sincero e balança a cabeça, respondendo a ela, entendendo. Ela queria não ser pela primeira vez pressionada, queria que pelo menos uma vez, as coisas acontecessem no ritmo, no tempo dela. Ela queria proteção antes de se expor.

Ainda em contato ele levanta, jogando quase todas as notas da carteira na mesa e caminha entre as pessoas, até ela, sem deixar os olhos dela.

-Eu preciso me redimir contra aquele contra quem pequei... – ela sorri para ele em entendimento. – Por que ele é tudo o que conheci de amor – ela sussurra.

Oliver olha de lado para ela, sorrindo e ela espera. Só depois que o sorriso dele se alarga, que ele não resiste ela sai de trás do microfone e caminha para a beirada, pra ele.

-Você não me disse que cantava – ele joga conversa fora dando de ombros. –Tem mais alguma habilidade que não conheça?

-Bem, algumas – ela provoca, jogando charme sentando na beirada.

-É mesmo? – ele pergunta segurando ela pela cintura para trazer ao chão.

-Eu sou incrivelmente flexível, mas acho que você já sabe disso! – ela sorri quando seu rosto fica a alguns centímetros do dele. Ela olha o sorriso divertido dele e agradece o presente. – Eu sinto muito Ollie! – ela se desculpa, desarmada.

-Tudo bem. Só... não faça de novo, não me deixe de fora, confie em mim, como eu confio em você – ele sussurra roçando o nariz no dela.

-Eu confio! – ela responde, sussurrando também, de olhos fechados, alisando o rosto dele com a ponta dos dedos.

Ela sente o rosto dele se mover contra o dela, concordando com ela. Em entendimento eles tinham conseguido se encontrar de novo. E se procurando os lábios famintos um pelo outro selaram o acordo. Em um beijo macio, carinhoso e cheio de compreensão.

-O que você acha de uma viagem ou pra ficar mais interessante, uma fuga? – ela pergunta de repente, afastando o rosto para olhar para ele.

-Depende!Você vai cantar pra mim de novo? – ele se faz de difícil, mas a verdade é que tinha se encantado pela visão dela cantando.

-Claro – ela ri na boca dele antes de cobrir de novo com a sua.

Ele aperta os braços em volta da cintura dela quando uma voz estridente os faz perceber ou lembrar onde estavam. Fazendo uma careta ele olha para ela.

-Que tal fugir agora? – ele pergunta erguendo uma sobrancelha.

Chloe da um passo pra trás, entrelaçando os dedos nos dele, puxando Oliver em direção a porta enquanto olhava maliciosamente nos olhos dele.

-Já te disse que você fica sexy com um microfone nas mãos? – ele brinca a seguindo.

-Já te disse que sou incrivelmente flexível? – ela pergunta em outro tom, séria, olhando para ele por baixo.

-Dizer?Você vai ter que mostrar.

-Meu casaco! – ela para.

-Esquece, esquece tudo, o casaco, o dinheiro, eu te dou tudo, contanto que a gente chegue ao carro logo – ele implora, agarrando a cintura dela quando eles se aproximaram da porta.

Chloe ri e se rende quando sente os lábios dele contra seu pescoço. A viagem para casa não seria mais dolorosa como achou que seria.

Não sabia o que era, na verdade não queria saber o que ela e Oliver eram, o que estavam fazendo. Era algo além da compreensão dele, dela. De um jeito meio torto e inexplicável se entendiam.


FIM

13 comentários:

  1. Aiii, adorei a fic ! Muito fofa, e super bem escrita !
    Parabéns, de verdade. :D

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  2. wow... simplesmente perfeita!!!!!!!!!!!! amei!!!!!!!!!!!

    Parabéns Roberta...

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  3. Ae, Roberta!
    Adorei do incio ao fim...e a musica? Super Chlollie, até baixei pra ouvir \o/ E tenho certeza que, com a voz da Allison, ficaria ainda mais linda! #)

    Mônica/Shann

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  4. Oh, obrigadaaa!!

    Valeu meninas.
    Fiquei super na duvida se postava ou não. Escrevi ontem e editei só duas vezes. Sou uma doida que edita mil vezes antes de postar.
    Mas fico feliz que gostaram.

    Obrigada!!!

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  5. Monica!!
    Postamos quase juntas, não vi seu comentário.

    hahahaha...sempre quis escrever algo que a Chloe cantasse, até por que a Allison canta tb, a voz dela é uma graça.
    Ai achei que dava pra dar uma viajada nessa história e coloquei.

    Baixou, gostou?Adoro a Fiona, adoro as letras dela e achei que essa musica era perfeita.
    Valeu!

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  6. Roberta Parabéns, os detalhes e a fidelidade aos personagens ->PERFEITO.
    Acabo de te elegar minha escritora Chlollie favorita! \o/
    Vilm@

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  7. Que lindaaaaa!!
    Nossa, que honra!!!Emocionei Vilm@
    Muito obrigada, de coração.
    Isso só me incentiva a escrever cada vez mais.
    Obrigada!!!

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  8. A fanfic é linda, super emocionante...com certeza valews a viajada...
    eu gosto muito desta música, ficou perfeita pra fic sem contar que ela tem um pegada dark, que deixa sem fôlego.. bad girl

    o Ollie uma lindeza, até com raiva ele é perfeito...poucas pessoas escrevem o Ollie com raiva, (das fics que eu li)mas qd escrevem fazem muito bem...eu gostei porque ele sabe ser mal quando cutucam a ferida dele, e sem contar eu amo qd o Ollie tah com raiva pq ele acaba demostrando o quanto ele ama...

    bem eu fiz uma fic sobre Roulette, baseado nos sentimentos do Ollie em Requiem...se puder ler ;) é super curtinha...

    http://www.fanfiction.net/s/6319595/1/Roulette_Sensacoes

    abraçãaaaaaaaao
    ;)

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  9. Muito boa Roberta !! Aah como eu gosto de ver o Ollie com raiva , sabe se impor !! e Chloe de bad girl cantando ?? wowwww !! sempre quis ver ela assim com mais frequência. Parabéns Roberta !!

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  10. Perfeito. :D

    Eu adoraria ter visto uma cena dessa, explicando como foi o final de Conspiracy e o quê os levou as férias em Escape. E eu imagino algo assim acontecendo.
    A Chloe adora o Oliver e ele fica louco com ela. lol
    Adorei.:D

    Dani.

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  11. Ótima fic
    Adoro um bom romance Chlollie
    Só não consegui ver a música pq não está mais disponível

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  12. Demais! Adorei
    Adoro a Allie cantando, imaginei a cena

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