Am I Gonna Be Alright? (NC-17)

Titulo: Am I Gonna Be Alright

Autora: Roberta Clemente

Classificação: NC-17

Nota: Estava escutando Ambulance que a Allie postou no twitter e me inspirei.

Resumo: O que faria Oliver se afastar de Chloe?

1/1

Aquela foi com certeza uma das semana mais longas da sua vida. Os dias se arrastaram de forma torturante e Oliver se culpou a cada segundo deles por ter fugido. Se sentiu um cretino, não conseguiu encarar ninguém enquanto ela esteve no hospital ou em casa se recuperando de algo que ele fez a ela.

Talvez aquela fosse a sua maldição. Machucar as pessoas a sua volta, danificar de alguma forma suas vidas com seus problemas e azar. Ter escapado daquela ilha deserta poderia muito bem ter sido o verdadeiro acidente da sua vida.

Oliver olhou mais uma vez para o copo cheio de uísque e não conseguiu beber. Por mais tentadora que a promessa do álcool fosse, aquela seria uma derrota e uma desonra a ela. A mulher que o resgatou de si mesmo e o colocou de pé novamente.

A lembrança dela o fez sorrir. Chloe Sullivan era uma mulher incrível, tão fascinante, forte e delicada ao mesmo tempo, seu coração acelerava no peito só com a lembrança da presença dela na sua vida, seu sorriso, seus olhos e saber que a feriu de qualquer forma o matava por dentro.

Não conseguia ainda entender muito bem esse sentimento repentino e totalmente novo.  Hiperventilava com a memória do sangue e machucados em seu corpo, mas se sentia vivo de novo em saber que ela o queria na sua vida. Desconfiava fortemente de que aquilo fosse paixão.

Mas tinha estragado tudo quando a envolveu na sua trágica história e passado e agora o melhor para ela era manter distancia dele. Era o melhor a fazer, mas por que tão difícil? Sete dias e mal podia se aguentar sem o som da voz dela e cheiro de café no ar. Não olhar para Chloe, sabendo que ela precisava dele era ainda pior.

Oliver esfregou os olhos e ficou de pé. Talvez uma nova tentativa de voltar ao trabalho ajudasse a afastar o pensamento da cabeça, do sentimento de que estava sendo mais uma vez o covarde que muitos achavam que fosse. Ele olhou em volta a procura do seu notebook e suspirou cansadamente quando se lembrou de que o tinha deixado no quarto.

Ele andou pesadamente até lá e demorou apenas um segundo para encontrá-lo descartado sob as cobertas. Oliver começou a voltar para o corredor, mas parou quando viu uma sombra se aproximando da porta. Ele ficou tenso no lugar e colocou o computador devagar sobre a cômoda no canto. Estava pronto para qualquer coisa quando Chloe surgiu diante dos seus olhos.

Ela deu passo hesitante e parou entre o batente da porta. Oliver congelou no lugar, surpreso e assustado. Era como se ele a tivesse materializado bem ali, de tanto pensar nela. Um sonho, uma vontade, um fruto da sua imaginação.

Foi a dor em seus olhos e sua postura defensiva que fez a bolha se romper e Oliver entender que ela era real. Chloe estava realmente ali... por ele? Deu um passo impensado na direção dela, mas parou quando viu uma mancha vermelha, viva, saindo do seu cabelo loiro, manchando seu pescoço delicado.

"Como você está?" ele perguntou em tom neutro, quase frio, se não fosse por seu corpo trêmulo.

Chloe estreitou os olhos enquanto o analisava. Quase sem acreditar nele. "Como eu estou? É isso?Como eu estou?"

Oliver se mexeu no lugar, desconfortável. "O que mais você quer que eu diga?"

"O motivo do seu desaparecimento pra começo.De não ter respondido as minhas ligações ou mensagens", Chloe deu um passo na direção dele. Estava ansiosa por respostas. Tanto que não aguentou mais esperar em casa por um sinal de vida. Não conseguia entender por que Oliver se afastou dela de repente e isso a esteve consumindo nos últimos dias.

"Eu estive ocupado", ele respondeu simplesmente e se arrependeu assim que as palavras deixaram sua boca. A surpresa e dor nos olhos dela o matou e sua garganta se fechou. "Eu..."

"Tudo bem." Chloe respondeu, querendo que um buraco surgisse debaixo dos seus pés e a arrastasse para qualquer lugar que não ali. "Eu não vou mais te incomodar". Ela desviou o olhar envergonhado e se virou para ir embora.

Oliver respirou fundo e antes que percebesse estava impedindo-a de ir. "Espera, Chloe", ele disse segurando o braço dela. Ele a girou para que pudesse olhar de novo seus olhos cheios de decepção.

Chloe esperou e diante da hesitação dele explodiu. "Por que? Você não me quer aqui, isso é obvio. Eu não sei o que fiz para me tratar assim, mas vou respeitar sua vontade e ficar bem longe de você", ela tentou puxar o braço, mas não conseguiu.

Demorou alguns segundos para Oliver se recuperar. Ele segurou o braço dela com mais força, não podia deixá-la pensando que o problema era ela. "Você não fez nada, Chloe. E eu não quero você longe de mim. Sou eu, que tenho que ficar longe de você", ele admitiu olhando nos olhos dela.

"Eu não entendo. Por que?", Chloe balançou a cabeça, confusa.

Oliver tocou gentilmente o rosto dela com a outra mão, inclinando-o levemente para o lado, seus olhos caindo sobre o hematoma. "Eu não te faço bem. Não é seguro me ter por perto. Olhe o que aconteceu com você."

Foi então que Chloe entendeu tudo. Ela fechou os olhos sem acreditar na própria cegueira. Passou dias tentando encontrar um motivo para o sumiço dele, mas no lugar errado. Como sempre pensou que de um jeito ou de outro tinha estragado as coisas, afinal essa era a sua sina.  Se apegar e destruir tudo de bom que encontrava.

"Não foi sua culpa, Oliver. Não foi você quem colocou a bomba naquele prédio", ela tentou fazê-lo ver a razão.

Foi preciso tomar medidas extremas para trazê-lo de volta ao homem que era, mas ainda havia resquícios de culpa que ela não conseguia tirar dele, por mais que tentasse. Só o tempo faria Oliver enxergar o homem incrível que era, o herói forte e maduro em que estava se transformando.

Ela esteve ao seu lado na caminhada e quando percebeu estavam tão próximos que não foi possível recuar. Eles eram tão parecidos. Podia ver a magoa e culpa nos olhos dele e se encontrar.

Só que essa cumplicidade veio acompanhada de sentimentos que nem mesmo ela podia entender. Seu estomago vibrava na sua presença e contraia na ausência. Quase surtou em casa sem noticias. Sem saber se ele estava bem, se estava com raiva de qualquer coisa que ela pudesse ter feito. Por isso correu até ele na primeira oportunidade que teve.

"Mas foi como se fosse. Você não teria ido até lá se eu não tivesse pedido sua ajuda." ele disse com amargura.

"Pois saiba que se não tivesse me pedido eu estaria muito mais machucada que isso. Daqui a alguns dias não vou ter mais nenhuma marca, mas se não tivesse confiado em mim...", Chloe se sentiu boba e suspirou, desviando o olhar para longe dele.

"Eu confio em você com a minha vida."

"Então qual o problema. Eu já me machuquei antes. Por tantas pessoas. Deus, eu morri uma vez por Lois e nós ainda somos uma família." Chloe deu de ombros.

" Você é tudo para mim e não suportaria te perder". Oliver confessou. "Te ver naquela cama de hospital, por minha causa, foi demais para mim."

Chloe piscou repetidas vezes, em choque. Ela pôde escutar o coração batendo forte dentro do peito quando ele segurou seu rosto nas mãos.

"Eu quis cuidar de você, te colocar nos braços e nunca mais soltar, mas quando me lembrei que você estava lá por minha causa. Eu surtei." Oliver afastou a franja dela do rosto e deu um passo mais perto.

"Ollie", Chloe sussurrou com os olhos presos nos dele.

"Eu passei dias sem entender o que estava sentindo. O que era essa confusão dentro de mim e quando olhei para você tudo fez sentido." ele disse com a testa colada na dela. Era um alivio poder estar com ela, toda a angustia simplesmente desaparecia.

Chloe colocou  as mãos na cintura dele e também fechou os olhos. Ela tentou controlar os próprios nervos, ainda mais agora que não sabia o que dizer ou como agir diante daquelas palavras, mesmo que fossem iguais ao seus pensamentos e sentimentos. Não poderia se imaginar sem ele.

Oliver respirou fundo e esperou uma resposta, qualquer uma, mas diante do silêncio de Chloe preferiu se afastar. Ele deu tirou as mãos dela e deu um passo para trás. "É melhor você ir".

Chloe engoliu com dificuldade, atordoada pela mudança. E não conseguiu se ir embora. Em vez disso se moveu até ele e ficou na ponta dos pés antes de alcançá-lo. "Cala boca, Oliver" e o calou com um beijo.

Demorou um segundo para Oliver reagir e corresponder o beijo. Ele passou os braços envolta dela e puxou Chloe para bem perto. Não podia acreditar no que estava acontecendo, mas era verdade. Os lábios dela estavam se movendo junto aos seus e o seu gosto era tão bom quanto imaginou que fosse.

"Eu te amo". Chloe disse entre um beijo e outro.

Oliver riu e a beijou com vontade renovada, com o peito cheio de uma emoção estranhamente boa. Suas mãos seguiram cada uma para um rumo e logo ficaram presas a nuca e quadril dela. De repente a vontade de tocá-la ficou tão urgente que ele não pôde se impedir de fazer um caminho longo de beijos pelo pescoço, até seu ombro descoberto, só para fazer o caminho todo de volta.

Um gemido deixou os lábios de Chloe quando os dele se arrastaram sobre sua pele cada vez mais quente. Ela fechou os olhos por instinto, se deixando levar pela sensação. Suas mãos encontraram sozinhas o caminho para debaixo da camiseta dele e antes que percebesse estava percorrendo os músculos rígidos das suas costas com as unhas.

Eles pararam e se olharam após Chloe empurrar a camiseta dele para longe. Com a respiração pesada, carregada de desejo. "Eu também te amo", Oliver conseguiu dizer, deixando o olhar cair dela para os seus lábios vermelhos. E em um segundo estava de novo com os seus colados neles.

Ele puxou devagar a blusa dela e só interrompeu o beijo quando precisou passar o tecido por suas cabeças. Não conseguia parar de beijá-la. Era mais forte que ele. Assim que a blusa se juntou a sua no chão ele tirou Chloe gentilmente do chão, caminhando com ela até a cama.

Chloe se segurou nele até estar deitada de costas. Oliver pairou sobre ela, deixando suas mãos escorregarem por suas curvas antes de olhar em seus olhos por um minuto inteiro e pegou uma leve reação quando seus dedos roçaram suas costelas, ele olhou para baixo e engoliu seco quando viu o hematoma grande ali.

"Você está bem?" ele perguntou com um tom leve na voz.

"Sim. Só um pouco dolorida" ela respondeu  com sinceridade, tocando o rosto dele para que olhasse de novo para ela.

Oliver assentiu, mas isso não foi suficiente para afastar ou diminuir sua preocupação. "Nós não temos que fazer nada".

Chloe respirou fundo e sorriu para ele. "Não temos, mas precisamos. Eu preciso de você, Oliver".

Ele sorriu a suas palavras e se inclinou para beijá-la antes de se afastar de novo. Oliver ficou de pé e se livrou rapidamente das roupas que ainda restavam. De joelhos no colchão ele correu as mãos pelas pernas dela, até chegar ao zíper da calça jeans que ela estava usando. Ele abriu o botão e deixou um beijo rápido em seu umbigo. "Você é tão linda". ele disse puxando a peça de roupa para fora do seu corpo, levando a calcinha preta de renda junto.

Chloe encheu os pulmões quando se percebeu nua diante dele. Era quase surreal, mas ao contrário do que se imaginaria fazendo ela moveu as pernas, separando-as levemente para ele, como um convite. Ele era tão lindo, imponente e o queria colado a ela o mais rápido possível. "Você vai ficar ai, longe de mim?Eu quero que me toque."

Ele a atendeu mais que prontamente. De forma quase felina ele se inclinou e percorreu a língua por seu corpo, fazendo Chloe arquear o corpo em reação ao seu toque. Oliver foi da sua fenda, estomago, pescoço e lábios em alguns segundos, levando Chloe a loucura. Ela gemeu e gargalhou quando ele a calou com um beijo profundo.

Ela estava a ponto de protestar quando sentiu seus dedos tocando-a, fazendo um caminho longo até onde ela ardia de necessidade. Chloe precisou interromper o beijo quando eles escorregaram para dentro dela. "Oh, deus!"

Oliver sugou a pele abaixo da orelha dela e continuou a mover os dedos para dentro e fora do seu corpo. Chloe era quente, apertada e incrivelmente sexy. Seus gemidos estavam deixando-o louco para estar dentro dela.

Chloe empurrou a cabeça contra o colchão e correu as unhas pelo peito dele, arranhando o estomago firme, até encontrar o que queria. Ela fechou as mãos envolta da ereção dele e abriu os olhos, procurando por ele. "Eu quero você dentro de mim".

Não foi preciso pedir novamente. Oliver retirou os dedos dela devagar e afastou sua mão gentilmente, segurando seu membro, posicionando-o em sua entrada quente. "Eu também te quero. Mais que tudo. E eu sinto tanto por ter me afastado de você. Eu não sou eu mesmo sem você por perto... Eu te amo e nunca mais vou sair do seu lado se você quiser". ele pediu, olhando nos olhos verdes dela e deslizou lentamente em seu calor após um sorriso de resposta.

Os dois seguraram o ar juntos enquanto faziam o caminho em direção ao outro. Se olharam, presos um no outro até que seus lábios se tocaram e se encaixaram em um encontro perfeito.

FIM

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