terça-feira, 1 de junho de 2010

Extraordinarily Ordinary, Capítulo 9

Juro que a intenção era postar o final hoje. Mas ultimamente não tenho tempo nem pra dormir direito, então traduzir ficou mais complicado. Assim que der, eu posto o capítulo 11 :D
Lembrando: essa fic é da
BlueSuedeShoes e os personagens infelizmente não são dela, nem meus, nem de ninguém que não seja a DC Comics e a Warner.
Boa leitura. E comentem depois, please ;D

(desculpem pelos erros, não deu tempo de revisar direito)

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-9-

Quando Chloe voltou a si, ela estava numa estranha sala branca, amarrada à uma cadeira com uma TV na frente dela.

A situação despertou algo nela, como se seu cérebro estivesse lutando pra lembrá-la de algo importante.

Onde ela estava? E porque diabos alguém a seqüestraria?

Então de repente ela percebeu que com sua ligação ao Borrão e também sua suposta ligação ao Arqueiro Verde, havia cento e uma razões pra alguém sequestrá-la.

Mas onde estou? Chloe se perguntou. A tela diante dela a deixava nervosa. Eles vão fazer uma lavagem cerebral em mim? Chloe imaginou loucamente.

“Fico feliz em te ver acordada, Torre de Vigilância.” Chloe se assustou quando uma mulher apareceu na tela. “Estava começando a me perguntar se você chegaria a voltar a si.”

“Quem é você e porque estou aqui?” Chloe perguntou, lutando contra as amarras.

A mulher a respondeu friamente. “Pode parar com a encenação.”

“Que encenação? O que está acontecendo? Quem é você?”

A mulher a estudou atentamente. Então, depois de algum tempo, ela falou de novo, “Então você tem amnésia. Interessante. Achei um erro surpreendente seu voltar para seu apartamento quando devia saber que estaríamos monitorando tudo por lá.”

“Do que você está falando?” Chloe exigiu saber.

“Não se preocupe, Torre de Vigilância. Você terá tempo de sobra pra lembrar enquanto esperamos seus amigos virem atrás de você.”

A Agente Waller encerrou a transmissão do vídeo e virou-se para o homem que estava com ela.

“Quero dois guardas com ela e ao menos três do lado de fora. Se eles a levarem bem debaixo dos seus narizes como da vez passada, Deus me ajude, cabeças vão rolar.”

O homem a assegurou que nada daria errado e saiu rapidamente.

Waller recostou-se novamente na cadeira, curiosa com a aparente amnésia da qual Sullivan sofria. Waller tinha originalmente pensado que os relatórios do hospital eram um artifício, um jeito de Sullivan ter uma desculpa pra se esconder em algum lugar e ficar longe do radar deles. Aparecer em seu próprio apartamento, no entanto... bom, apenas servia pra mostrar que nem sempre há um plano por trás de cada movimento no tabuleiro de xadrez.

Ela se acomodou na cadeira e esperou seus oponentes fazerem o próximo movimento.

­

De volta a Torre de Vigilância, Oliver tinha uma forte convicção de que havia algo errado. O sinal rastreador de Chloe ainda estava ativo, e mostrava que de fato os agentes da Chequemate a levaram.

Dinah acabou conseguindo se livrar do agressor, salvando-se de também ser capturada, mas não a tempo de salvar Chloe. Oliver gostaria de ter ficado com raiva dela, mas sabia que não era culpa dela. Além do mais, ela já parecia mal demais sentindo culpa. E se Chloe estivesse ali, e ele que tivesse sido seqüestrado, ela nunca teria ficado com raiva de ninguém. Ela teria calmamente formado um plano como sempre fazia e deixado todos tranquilos.

“Como pode eles não terem desativado o sinal dela?” Victor finalmente vocalizou a pergunta que estava na cabeça de todos. “É simplesmente descuidado demais. Eles são mais espertos que isso.”

Oliver olhou fixamente pro ponto que piscava na tela. “Eles querem que a gente vá atrás dela.”

Bart o olhou. “O que? Porque? Achei que ela fosse o alvo principal da última vez. Eles conseguiram o que queriam então, não é?”

“Já jogou xadrez, Bart?”

“Não mesmo. É um jogo lento demais. Porque?”

“Porque,” AC respondeu por Oliver, “parte do jogo é tomar o máximo possível de peças do outro jogador.”

“Que, tipo ‘colecionar todas elas’ ou algo assim?”

“Acho que a idéia é exatamente essa,” Oliver disse, olhando pra todos eles, tentando não pensar no que isso significava pra eles sem a Torre de Vigilância pra guiar essa missão.

“Clark vem?” Dinah perguntou.

“Ele já tem as mãos cheias o suficiente com Lois, infelizmente. Ela está de olho nele o tempo inteiro e concordamos que não é uma boa idéia contar pra Lois que a prima com amnésia dela foi seqüestrada por uma organização secreta do governo, se pudermos evitar isso. Ele virá se surgir uma chance, mas caso isso não aconteça teremos uma baixa.”

“Duas baixas,” Bart lembrou. “Contando Chloelicious.”

Oliver o encarou, e Bart parou nervosamente.

“Desculpa.”

“Olhem, eis como iremos fazer isso. Victor, você pode visualizar um mapa do prédio a qualquer instante, certo?”

“Com certeza.”

“Ótimo. Quero que você vá primeiro e nos ajude a andar por lá.” O maxilar de Oliver travou enquanto Victor concordava. Esse era pra ser o trabalho da Chloe.

Chloe, horas depois, estava no processo de formular um plano só dela. Porém, não começou desse jeito. Começou com o pensamento solitário, Deus do céu, o que eles querem comigo?

E então, lentamente, várias peças finalmente se encaixaram.

Ela se sentia um pouco idiota, na verdade, considerando o tempo que levou pra ela perceber o que estava bem na sua frente.

Tudo levava a isso: A relação misteriosa de Oliver com Clark, que incluía ele estar a par dos segredos de Clark. O jeito superprotetor dele. O fato de que não somente ele percebeu imediatamente quando ela saiu, mas claramente entrou em pânico por causa disso.

E ela não tinha se deparado com o Arqueiro Verde naquela mesma noite? De que outra forma ele saberia que deveria procurá-la? Era evidente que foi isso que aconteceu. Ele não tinha simplesmente dado de cara com a única garota em milhas aleatoriamente no meio da noite.

Havia as coisas pequenas também. Sua altura, por exemplo. A covinha no queixo.

O cheiro de couro.

É por isso que todo mundo está escondendo coisas de mim, por isso eles estão receosos que eu entre em choque ou reaja mal.

O Arqueiro Verde disse que trabalho com ele. Como eu poderia fazer isso e ser a assistente pessoal de Oliver Queen – sendo que nesse último eu trabalharia o dia inteiro se fosse verdade – sem alguém notar?

Chloe revirou os olhos. Pelo amor de Deus, ele me chama de ‘Parceira’, dentre todas as coisas!

Uau. Demorei bastante, ela pensou exausta. Lentamente também fez sentido a razão pela qual eles a capturaram. Não estavam interessados nela. Descobriram de alguma forma sua relação com o Arqueiro. O Arqueiro disse alguma coisa quase exatamente igual, também. “Não é seguro aqui fora pra você. Há pessoas que sabem sobre nós e te usariam pra chegar até mim. Eu não quero você andando por aí sozinha até se lembrar de nós.”

Ela era a isca.

Bem, então, ela pensou inflexivelmente, simplesmente terei que sair daqui antes que ele entre em alguma encrenca por mim.

Ela olhou pros dois homens de pé, ambos parecendo bastante entediados.

Não são exatamente o melhor que eles tinham, são? Ela arqueou uma sobrancelha. Ok, bom, posso ser mais uma jornalista do que uma atriz, mas certamente posso inventar alguma coisa num instante aqui.

Ela lembrou que no Talon quando foi atacada, ela quase derrotou um dos valentões. Ela era mais forte do que aos dezoito, e seus instintos a guiaram mais do que qualquer outra coisa. Ela lembrava-se de saber alguma coisa sobre defesa pessoal. Ela foi forçada a aprender isso depois de um tempo, mas aparentemente suas habilidades ficaram mais aguçadas com o passar dos anos.

Ou assim espero, de todo modo. Provavelmente terei que me guiar quase que inteiramente por instinto aqui.

Ela virou a cabeça pro homem mais perto dela, que estava sentado contra a parede, os cotovelos apoiados casualmente nos joelhos.

“Então,” ela disse, “o que uma garota tem que fazer pra conseguir um gole de água por aqui?”

“Cale a boca,” ele rosnou brevemente.

“Que?” ela perguntou inocentemente. “Você tem idéia do tanto que a boca fica seca depois de tanto tempo desacordada assim? É só um copo d’água.”

Ele não respondeu, então ela suspirou dramaticamente.

“Vocês dois são companhias horríveis, sabiam disso? Porque não me contam alguma coisa sobre vocês? Como os nomes, pra começar?”

Ela olhou de um para o outro, mas ainda assim ninguém respondeu.

“Tímidos? Tudo bem. Eu costumava ser tímida, também... bem, não, acho que nunca fui tímida, mas meu melhor amigo era. Muito tímido. Dolorosamente até. Ele costumava tropeçar apenas por estar no mesmo lugar que a menina que ele gostava. Na verdade isso era porque ele era seriamente alérgico ao colar que ela usava – o que é uma coisa bem esquisita pra se ter alergia, não acham? – mas enfim, ele nunca realmente deixou de ser tímido também. Acho que é simplesmente parte da essência da pessoa. Além do mais ele foi criado numa fazenda por pessoas muito educadas, então aposto que tem muito a ver com isso, também. Eu gostava dos pais dele. Eles eram sempre muito gentis comigo, e a mãe dele, meu Deus, ela fazia os melhores –

“Se eu pegar sua água, você fica calada?”

Chloe concordou, sorrindo pra ele. Ele foi até o parceiro e murmurou alguma coisa que ela não conseguiu ouvir. Ela usou a oportunidade pra determinar com qual tipo de nó ela estava lidando ao redor dos pulsos. Tinha passado uma boa parte dos seus anos de ensino médio aprendendo como escapar de algemas e cordas, e ela só podia agradecer a Deus ter sido seqüestrada depois de se lembrar dessa parte de sua vida.

Quando o primeiro cara saiu supostamente pra pegar sua água, o segundo se levantou e andou até ela, arma em punho.

Chloe arqueou uma sobrancelha pra armar. “Bom, isso não é muito amigável,” ela brincou.

Ele revirou os olhos em resposta.

Chloe sorriu.

“Porque você está tão feliz?”

“Você não tem idéia de como essas cordas estavam esfolando meus pulsos.”

próximo

Um comentário:

  1. Muito bom a Chloe juntando as coisas.
    Aquele furo no queixo entrega Oliver fácil(sempre achei)

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