terça-feira, 1 de junho de 2010

Extraordinarily Ordinary, Capítulo 10

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-10-

“Cara, acho que estão a mudando de lugar.”

“O que?” Oliver perguntou a Victor pelo comunicador. Eles tinham se infiltrado com sucesso no prédio sem alertar ninguém – ou menos era o que esperavam.

“O sinal do GPS dela está se movendo.”

“Isso não faz sentido,” AC argumentou. “Porque eles a tirariam de lá?”

“Eu não sei, mas ela não está mais naquela sala. E há apenas um instante um dos dois traços de calor que estavam com ela saiu de lá.”

“Que?” Oliver perguntou.

“Bem, pra onde eles estão a levando?” Dinah interrompeu.

“Eu – espera – eu não tenho certeza se estão mesmo. Ela está se movendo rápido o bastante pra estar correndo agora, e eu não acho que ela está com alguém.”

“O que você quer dizer com ela não está com ninguém?” Oliver exigiu saber.

“Acho que ela está escapando!” Victor disse animadamente.

“Essa é a Mamacita que eu conheço!” Bart disse alegremente.

“Arqueiro, ela está indo pro corredor sul. Tire-a de lá. Cuidaremos de qualquer segurança que aparecer em seu caminho.”

“Você acha que ela irá com você?” Bart perguntou

Tudo em Oliver queria gritar que sim, mas a verdade era que ele não tinha certeza.

“Ela irá,” Dinah respondeu calmamente. “Ela confia nele.”

Oliver gostaria de ter visto a expressão no rosto da Canário pra tentar entender o que diabos a fazia ter tanta certeza disso, mas não perguntou nada. “Estou indo até ela. Lembrem-se, entramos, pegamos a Torre de Vigilância, saímos. Isso não é uma missão de reconhecimento ou algum tipo de derrubada. Não sabemos nem o mínimo suficiente sobre esses caras pra fazer qualquer outra coisa que não tirá-la daqui.”

“Ei, relaxa, amigo. Nós sabemos,” Bart disse com um sorriso, derrubando um segurança antes que o mesmo pudesse ver o que estava por vir.

Chloe parou na esquina do corredor. O peito dela subia e descia pesadamente enquanto ela respirava sofregamente, a cabeça pulsando, e seu coração disparado dentro do peito como se tentasse escapar de suas costelas.

Ótimo plano, Chloe, ela pensou irritada consigo mesma enquanto comprava algum tempo. Certo, você acabou com os valentões idiotas, mas você pensou em onde você estava ou em como você conseguiria sair desse maldito... LABIRINTO?

Ela xingou baixinho enquanto se preparava pra virar a esquina do corredor, onde sem dúvida haveria mais seguranças.

Quando ela foi deixada apenas com um segurança naquela sala, ela tirou vantage da confusão dele e chutou a arma pra longe da mão dele, em seguida passou por ele correndo antes que ele pudesse prever o que aconteceria. Derrotar os três do lado de fora da porta tinha sido bem mais difícil, mas felizmente, ela teve o bom senso de levar a arma do seu primeiro captor. Aqueles três foram rapidamente seguidos pelo cara que foi pegar a água, e ela também lidou com ele rapidamente, mas isso a desgatou mais do que ela queria admitir. Ela não tinha certeza se podia aguentar mais.

Ah, cala a boca, sua molenga, ela ordenou a si mesma. Pense como Lois. O que ela faria agora? Provavelmente citaria o General, reclamaria sobre não estar usando roupas íntimas apropriadas pro caso de sequestro, e aí daria umas porradas e obteria alguns nomes.

“Certo,” ela disse em voz baixa. “Pulando pra última parte já.”

Ela passou pela esquina, preparada pra derrubar qualquer um que cruzasse seu caminho.

... menos ele.

Oliver quase não conseguia conter seu alívio quando ela colidiu com ele. Chloe quase gritou, surpresa.

Ele segurou seus ombros. “Relaxa, sou –”

Mas ela lançou os braços ao redor dele, o abraçando como se não visse outro humano há anos. “Ah, graças a Deus. Oliver!”

Oliver começou. “Você se lem—”

Ela balançou a cabeça. “Não. Descobri.”

“Ei, você a encontrou?” Vic perguntou no comunicador, claramente tendo visto os sinais deles colidirem um com o outro.”

“Sim, ela está comigo.”

“Isso é o que eu gosto de ouvir,” Bart regozijou-se.

“Vamos sair logo daqui,” AC respondeu.

“Isso mesmo,” Oliver disse. Ele olhou pra Chloe, que tinha enterrado o rosto no peito dele.

“Quando eu sair daqui, vou fazer uma fronha feita de couro pra dormir à noite,” ela riu exausta.

Oliver riu. “Certo, Parceira, estamos indo.”

Foi brutal, e duas vezes Chloe pensou que eles estavam lascados. Clark apareceu mais no final, finalmente capaz de sair de perto de Lois pra vir e ajudar.

E mais uma vez nossos heróis enganaram os vilões, Chloe pensou sarcasticamente. Quando eu recuperar minha memória, vou arranjar uma vida menos clichê... ou talvez mais clichê... Não sei muito bem qual.

Ela sacudiu a cabeça, exausta. Oliver estava meio que a carregando pela porta da Torre De Vigilância.

Certo. Oliver. O Arqueiro Verde. E Bart, e Victor, e AC, e Dinah, e é claro, Clark.

“Ai!”

Oliver a olhou com preocupação. “Que foi?”

“Dor de cabeça.” Ela murmurou, levando uma de suas mãos até suas têmporas. “Estou tendo essas dores agudas aleatórias.”

O time a olhou cautelosamente.

“Ela precisa ir pro hospital, Oliver,” Dinah disse em voz baixa.

A cabeça dele virou bruscamente na direção dela.

“O médico disse nada de choques. Tenho praticamente certeza de que esse dia inteiro é considerado um choque.”

“Eu a levarei,” Clark disse, dando um passo a frente. “E depois eu tenho que voltar pro México antes que Lois sinta a minha falta.”

Antes que Oliver pudesse protestar, Clark desapareceu com Chloe nos braços, deixando nada a não ser uma rajada de vento em seu lugar.

“Vou descobrir que história ele vai inventar pra eles,” Bart disse de repente antes de desaparecer também.

“ELES SEMPRE TEM QUE FAZER ISSO?” Oliver gritou frustrado quando os papéis caiam no chão por causa da segunda rajada de vento.

Dinah apenas revirou os olhos e olhou pro teto. “Vai pegar sua moto, Feijão Verde, e ver como ela está. O resto de nós irá se desintoxicar e cuidar de algumas feridas de batalha.”

Oliver notou pela primeira vez que Victor estava cuidando de um inchaço na cabeça, e que o braço de AC estava sangrando. Dinah se virou e foi cuidar do braço de AC enquanto Victor arranjava um pouco de gelo pra si.

“Vocês estão–”

“Estamos bem, Ollie,” Dinah disse rispidamente enquanto pegava um pano e pressionava-o contra o braço de AC. O rosto dele ficou vermelho ao observá-la. “Vai cuidar da Chloe.”

Oliver concordou e foi pegar roupas comuns antes de sair.

No hospital, a dor de cabeça de Chloe estava ficando pior. O médico lhe deu um sedativo, que devia começar a fazer efeito logo, mas no momento a mente dela era um novelo de imagens, uma poça enlameada de lembranças lutando pra chegar a parte principal de sua mente.

Com um gemido, ela colocou a cabeça de volta no travesseiro. Os médicos disseram que sua concussão se curou anormalmente bem e anormalmente rápido – mas eles acharam o retorno de todas as lembranças dela do ensino médio incomum, e achavam que talvez isso fosse tudo que ela conseguiria. Eles suspeitavam que ou o resto das células cerebrais dela estava danificado demais pra recuperar o resto, ou ela estava reprimindo coisas. Chloe ouviu um deles perguntar a Clark se ela passou por algo traumático nos últimos anos.

Clark não respondeu.

Ela não ia deixar isso acontecer. Ela lembraria de tudo mesmo se isso a matasse.

Ela lutou contra sua consciência, determinada a se lembrar quem realmente era. Encontrar com o Arqueiro Verde no castelo... despertou alguma coisa. Ela percebia isso. Era a mesma sensação que teve na outra noite em que ele a encontrou, mas ela estava lutando pra agarrar-se às imagens que vagavam insultuosamente diante dela.

...

Não é essa a parte em que você aparece e me salva?”

. . . . .

“Você quer isso mais do que quer Clark?”

. . . . .

“Eu não posso assistir você se casar com o homem errado.”

. . . . .

Casar com você foi o pior erro da minha vida.”

. . . . .

“Algo em mim acalma o monstro dentro dele.”

“Falando como a próxima vítima do Davis, garanto que seu plano tinha sérias falhas.”

. . . . .

“Isso é bom. Você está aceitando seu lado kryptoniano. Não sobrou mais nada humano em você.”

. . . . .

“Você me salvou, Chloe, tanto o mito quanto o homem.”

. . . . .

Os olhos de Chloe fecharam-se exaustos na medida em que o sedativo confundia seus sentidos.

Oliver, no entanto, estava bem acordado. Bart o informou da história que Clark contou aos médicos de que Chloe foi assaltada, o que explicava as feridas (mas infelizmente não as marcas em seus pulsos causadas pela corda,) e que o choque a fez entrar em pânico.
Oliver sacudiu a cabeça olhando pro teto quando Bart o contou sobre o que o médico disse sobre as circunstâncias incomuns da cura de Chloe e das lembranças seletivas.

Era possível que a recuperação rápida dela teve alguma coisa a ver com sua antiga habilidade causada por pedras de meteoro? Talvez, mas talvez curar-se rápido demais foi algo ruim. Talvez—

Ele se distanciou do pensamento. Não havia nada que ele podia fazer sobre isso e ele não devia ficar remoendo a possibilidade.

Todos os outros estavam otimistas. Porque ele também não podia estar? Devia tentar ao menos pelo bem dela.

Oliver colocou as mãos nos bolsos e olhou pra parede. “Vai pra casa, Bart. Eu ficarei com ela.”

Bart olhou pra Oliver com um quê de preocupação. “Ei, todos os médicos disseram que ela está bem. Ela está apenas abalada. Eles ficaram surpresos por ela não ter mencionado nenhuma dor de cabeça até então.” Ele deu um tapinha no ombro de Oliver. “Não se preocupe tanto. Faz você parecer um medroso.”

Oliver se moveu pra bater na cabeça de Bart, mas antes que pudesse, Bart já não estava lá. Ele riu cansado e se virou em direção ao quarto de Chloe. Exausto, ele olhou pra mulher adormecida. Oliver não rezava muito, mas naquele momento ele ajoelharia se ajudasse.

Deus, nós dois sabemos que eu sou muito mais do tipo ‘faça algo sobre isso’ do que ‘peça isso a Deus’, mas agora, uma ajudinha seria útil. Então se você tiver um tempo livre qualquer hora dessas, eu seria muito grato.

Ele tirou um pequeno objeto do bolso e o examinou. Ele estava surpreso que Chloe o tivesse guardado. Ele o descobriu quando foi atrás de Dinah no Talon depois de Chloe ter sido sequestrada. Estava ali, no criado-mudo de Chloe no meio de um amontoado de coisas: uma caneca com um pouco de café seco no fundo, um colar, um daqueles mini-buquês de colocar no braço, velho, o despertador...

Com um pequeno sorriso ele o colocou na mesa ao lado da cama dela e foi sentar na cadeira perto da janela.

Uma enfermeira apareceu. “Senhor? Sinto muito, mas você não pode–”

“Posso ficar se quiser. Paguei por pelo menos um terço desse hospital a essa altura,” ele disse calmamente, recostando a cabeça e fechando os olhos.

A enfermeira nervosamente saiu, presumivelmente pra perguntar ao seu superior se devia ou não deixá-lo ali.

Oliver percebeu enquanto começava a cair no sono que talvez ele não pudesse ter certeza se Chloe chegaria a recuperar totalmente a memória, mas ele sabia de uma coisa: ele não iria desistir dela. Ela havia descoberto o bastante pra que ele pudesse contar quase toda lembrança que eles deviam ter juntos. E depois eles podiam trabalhar em mais algumas novas até que ela confiasse nele e pensasse nele como amigo novamente.

próximo

4 comentários:

  1. uma coisa que achei interessante foi o clima entre Dinah e AC. bem q os produtores poderiam aderir a essa idéia e tirar de vez a chance de um dia Oliver ficar com a Dinah...

    *-* Tô tão ansiosa pelo final!
    Go Chlollie!

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  2. Falando em AC...

    Estava lendo umas fanfics sobre Chloe & AC.
    Eu achei tão bonitinhas!!!!!!rsrsrsrsrsrsrs

    Também li um fanfic Chlollie onde o Oliver era um kriptoniano primo do Clark!!!!!rsrsrsrsrs

    Grécia - Smallville Brasil

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  3. kkkkkkkkkkkk

    boa, a Dinah é uma santa e o bart é brasileiro kkk

    quero ver o final, adoro essa fanfic

    bjs

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  4. o único jeito de eu gostar da Dinah é assim mesmo, em fics. Nossa, no dia que eu li sobre a separação deles nas HQs eu dei um sorriso enoooooooooooorme.

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