Uma fic da Roberta hoje, minha tradução vai ficar pra semana que vem, ou pra esse fim de semana, embora eu ache improvável. Que vocês gostem dessa fic tanto quanto eu gostei. E não se esqueçam de comentar depois, se possível. ;)
Titulo: Hallelujah
Autora: Roberta Clemente
Classificação: PG - 13
Categoria: 9º Temporada
Casal: Chloe/Oliver
Spoilers: Não
Capítulos: 1
Completa: Sim
Nota: O nome da FIC é uma musica da cantora Gin Wigmore. E no final dela tem a letra de uma do cantor Solomon Burke, chamada "Can't Nobody Love You''
Resumo: Um pequeno resumo de como eu imagino que pode ser Oliver e Chloe daqui um tempo. Como a relação deles agora reflete no futuro deles, individualmente.
Tonight, And the Rest of My Life
Ele é perfeito! Não conseguia parar de repetir mentalmente.
Proporção divina realmente existia e estava personificada diante de seus olhos. Braços, pernas, olhos, boca, nariz e orelhas, cada centímetro parecia ter sido moldado à mão de tanta perfeição. Nunca deixaria de achá-lo... Perfeito.
Dormindo calmo e tranqüilo, como se o mundo complicado do lado de fora daquele quarto não existisse fazia dele mais especial ainda, quase mágico... Mágico! Palavra que melhor definia o mundo depois que ele entrou em sua vida. Como se no instante em que o olhou pela primeira vez o mundo magicamente tivesse se tornado outro. Como se um pó mágico tivesse caído sobre seus olhos, fazendo tudo mais intenso, colorido, vivo e feliz.
Os que até então julgava perdidos passaram a valer à pena. Começou a procurar o lado bom de cada um, mesmo quando tudo lhe forçava a achar que não era possível... Precisava acreditar que o mundo que deixaria para ele estaria melhor do que quando o recebeu.
Nunca pensou ser possível sentir amor tão grande como o que sentia por ele. Não pensou ter nascido para sentir algo assim. A vida tinha lhe mostrado e deixado bem claro que se quisesse amar teria que se esforçar mais que todos e nunca tinha encontrado forças para isso. Nunca tinha valido tanto a pena como valia agora.
Tinha sido até ali uma vida toda de solidão e perdas, perdas que fariam qualquer um se entregar e desistir. Mas a vida lhe recompensou por ter caminhado sozinho por anos com o maior dos amores. Nenhum se igualaria a ele.
Contemplando o ressonar leve e despreocupado de seu filho agradeceu por não ter desistido da vida quando quis. Se imaginasse dois anos antes que teria a felicidade, que existia tal felicidade, não teria perdido tanto tempo.
Mas agradeceu por ter seu caminho com o de Chloe Sullivan entrelaçado. Ela mudou sua vida, lhe deu uma vida para se agarrar. Não importa o que aconteceu entre eles depois, o que importa é que ela teve a paciência de uma artesã para consertar sua alma cambaleante e isso ele nunca esqueceria.
E agora olhando Connor dormir no berço Oliver se sentia completo. Sua vida não tinha sido em vão, agora tinha um propósito e mal sabia na época que só precisava de paciência para deixar o universo lhe guiar até ele.
- Oi garotão! Eu vou te proteger, sempre! – diz Oliver para o filho enquanto é encarado pelos olhos curiosos dele.
Chloe abriu os olhos como se escutasse o despertador, mas ao erguê-los até o relógio que marcava 1:00 AM percebeu o silêncio do quarto, só ela e o leve barulho do ar condicionado.
Rodou na cama esticando os braços e sentou alongando o pescoço, depois fazendo a cabeça girar em cima dele. Levantou e de olhos ainda fechados deixou a camisola de cetim branco tocar os calcanhares. Enquanto isso notava a calma incomum da noite.
Algum tempo atrás estaria ajudando a “Liga” com tiroteios, assaltos ou com uma invasão de vilões intergalácticos qualquer, mas agora passava as noites como qualquer pessoa “normal” ou aparentemente normal.
O ultimo ano tinha sido mais um de mudanças, mas estava habituada a elas. Desde o colegial a rotina e o tédio não faziam parte de sua vida. Nenhum ano era parecido com o outro.
Mas nos últimos meses em especial tinha se permitido querer coisas além do que o mundo precisava. Pensou no que ela queria para variar e descobriu que ainda tinha sonhos e ambições. Então desceu de sua Torre e foi viver com o resto da humanidade.
As recompensas logo apareceram. O prêmio de repórter do ano pendurado em sua parede era prova física disso. Redescobriu a paixão pelo jornalismo, escrever, algo que fazia parte de seu DNA, mas que aceitou cedo demais a deixar de lado. Começou do zero e em pouco tempo já tinha se encontrado.
Se livrando do pensamento viciante de que ainda era estranho viver uma vida de civil, andou despreocupada pelo quarto, até parar diante do grande espelho vertical.
Sua imagem às vezes lhe surpreendia, quase chocava. Estava diferente e não era só pelos cabelos agora nos ombros, mas seus olhos. Seu olhar estava diferente, maduro, tinha perdido o ar de menina, mas mais que força seu olhar tinha um brilho e vida que há dois anos não estavam lá.
Podia creditar parte disso a um playboy muito charmoso que conhecera anos atrás e que se tornou seu melhor amigo.
Sem perceber quando salvou Oliver Queen se salvou também. Mal sabia ela que aquele homem aparentemente ou momentaneamente perdido lhe resgataria de se isolar do mundo e graças a ele se permitiria sonhar de novo.
Seu coração que achava estar vazio e endurecido para a vida voltou a bater. Com ele aprendeu que merecia ser feliz, que merecia do mundo todas as chances que dava a ele todos os dias, que merecia amar e ser amada. E graças Oliver agora vivia um novo amor.
Vivendo um amor novo e uma carreira nova em um apartamento novo. Os últimos meses haviam sido mesmo de muitas mudanças na vida de Chloe, mas os melhores de sua vida.
Se sentindo leve e de bem ela sai do quarto em busca de sua vida nova. Chloe caminha descalça pelo corredor a procura dela. De longe ela olha em volta e ri quando percebe que o silêncio e escuridão eram falsa representação das noites na cobertura do relógio.
Sem encontrar Oliver, Chloe sabia onde procurar. O outro quarto do apartamento. Ela empurra discretamente a porta e encontra uma cena digna de um retrato ou de um comercial.
Oliver de pé no meio do quarto com Connor deitado em seu peito... Chloe se permite admirar seus dois grandes amores enquanto Oliver embala Connor.
Não conseguia expressar em palavras como era bom ver Oliver e Connor juntos. Até tentou por algumas vezes, mas nem em seu vasto vocabulário de jornalista encontrou alguma que servisse.
Mas se precisasse explicar o que via diria que era paixão. Dela por eles e de Oliver por Connor. Ele encarava o filho como se tentasse se encontrar nos traços dele.
Verdade que ele tinha só três meses, mas era muito parecido com Oliver. O cabelo que a cada dia ficava mais e mais loiro, o rosto quadrado, nariz pontudo e os olhos apertados.
Oliver lhe deu mais que sonhos, ele lhe deu também uma história. Deixou de ser coadjuvante para ser a protagonista de sua própria vida. Virou mulher e mãe. Sua missão agora era ser a melhor versão de si para que um dia seu filho possa se espelhar nela e buscar a felicidade que ela tem.
- Ele é seu, juro! – afirma Chloe, chamando a atenção de Oliver.
- Tem certeza? Ele é muito bonito – brinca Oliver.
- Tá brincando? Ele é sua cópia – confirma Chloe enquanto caminha até eles – Esse furo no queixo não me deixa mentir – completa Chloe encostando a cabeça no peito de Oliver e passando o dedo no furo do queixo de Connor.
- Ele tem seus olhos verdes – corrige Oliver, apertando um pouco o abraço em Chloe.
Chloe sorri por encontrar nos olhos de seu filho algo seu, enquanto cheira o rosto dele. Connor reage a ela, mas continua calmo, bocejando algumas vezes e encantando mais os pais.
- Eu não quero nunca mais me separar dele – sussurra Chloe colocando a mãozinha de Connor na boca e beijando.
-Acho que Clark pode cuidar de Metropolis mais algum tempo e as Indústrias... Quem se importa? – diz Oliver dando de ombros e tirando um sorriso de Chloe.
-Ah, nós somos daqueles pais, não? Mas quem pode nos culpar? Olha só pra ele.
- Ainda preciso olhar para ele a cada hora, pra ter certeza de que é verdade. Que ele existe e que você está aqui – desabafa Oliver, em um tom sonhador.
- Nós estamos aqui – afirma Chloe quando recebe um beijo na testa – Nós três, não é Connor? – sussurra para ele que pisca algumas vezes sonolento com um meio sorriso, por escutar a voz da mãe.
Abraçados os três permanecem. Até Connor adormecer de novo, dessa vez nos braços quente de seus pais. Embalado, amado e protegido. Enquanto pudessem, enquanto tivessem forças as maldades do mundo ficariam do lado de fora das janelas e portas.
Depois de alguns minutos em silêncio, velando o sono inocente dele, já no berço, Oliver e Chloe deixam o quarto. Depois de girar a maçaneta Oliver impede Chloe de voltar ao quarto, segurando a mão dela.
Ele se aproxima dela olhando para os lados, meio misterioso, enquanto Chloe esperava curiosa.
- Daqui a pouco, uma hora talvez, ele vai ficar com fome não? – pergunta
- Sim! – responde Chloe, cautelosa e ainda curiosa.
- E nós vamos ter que levantar de novo, não é?
- Bem, na verdade só um de nós e como você já veio, preferia te poupar da maratona paternal – esclarece Chloe com um sorriso solidário.
-Eu não me importo Chloe... Mas enfim, achei melhor esperarmos acordados, se não...
-No que você está pensando? Ollie? – pergunta Chloe com uma das sobrancelhas erguidas e meio de lado.
Ele espera um segundo e ri.
- Vem comigo – diz levando Chloe pela mão pelo corredor.
Oliver leva Chloe até a sala, iluminada pela luz que entrava pelas vidraças. Ele a deixa no centro e caminha até o aparelho de som que ficava no canto, enquanto Chloe esperava.
- Um minuto de calmaria, até que o pequeno herdeiro fique faminto e o apartamento pegue fogo de novo – explica Oliver escolhendo um CD e olhando para ela com a face assustada. Chloe ri, concordando.
- Música? Não me diga, “At Last”? – brinca Chloe
Oliver olha pra ela com a testa franzida. E Chloe fica sem graça.
- É “At Last”, não é? – pergunta olhando meio por baixo – É bonita, vi em um filme... – tenta consertar.
Oliver caminha pra ela, balançando o controle remoto do som e aperta o botão. Chloe para de falar quando escuta os primeiros acordes do violão.
Can't nobody love you like I'm loving you, baby
Cause they don't know how to love you like I do
- Solomon Burke – fala Chloe cobrindo o rosto com as mãos.
- Você acha que eu sou tão clichê assim? – questiona Oliver jogando o controle no sofá.
- Não! Você não é nada clichê! – responde sorrindo.
Oliver concorda balançando a cabeça positivamente. Então olha nos olhos dela.
- Aceita dançar comigo Chloe Queen Sullivan? – pergunta oferecendo a mão direita para ela.
-Claro – aceita Chloe colocando a mão esquerda sobre a dele.
Can't nobody love you like I'm loving you, baby
Cause they don't know how to love you like I do
Oliver beija gentilmente a aliança de Chloe e a toma nos braços. Perdem-se nos olhos um do outro por algum tempo e em pensamento agradeceram ao universo pela vida juntos.
I'm gonna love you in the morning love you late at night
Girl, I ain't gonna stop loving til you tell me everything's alright
Depois de dois anos não precisavam mais de palavras, sabiam muito bem o que se passava no coração e mente um do outro... Então depois de um beijo Chloe encosta a cabeça no peito acolhedor de Oliver e se deixa ser levada por ele, ao som daquela linda canção.
Can't nobody love you Like I'm kissing you, little girl
Cause they don't know how To kiss you like I do
Canção que dançaram no dia que disseram sim um para o outro e que dançariam pela vida toda. Pois ela nunca deixaria de ser verdade. Não encontrariam ninguém que os amasse como um amava o outro.
And let me tell you Can't nobody talk to you
Like I'm talking to you right now Cause they don't know how
To talk like I do, now listen
Sam bought you cake and ice cream And he called you cherry pie
Ray Charles called you his sunshine But you never mind
I ain't let nobody let love you Like I'm loving you right now
Cause they don't know how To love you like I do
No, they don't know how To love you like I do
Fim
Ai q lindoooooo! fofo d +
ResponderExcluir*-*
Óóóuuunnn... Que foooofo. Não tinha lido essa.
ResponderExcluir^^
Oiiii.
ResponderExcluirQue bom que gostaram.
Um texto pequeno mais que tinha que mostrar pra vocês.
Meu sonho para o final Chlollie em Smallville.
Adoraria ver Chloe voltando para o jornalismo e com uma familia com Ollie.
Eles já são a familia um do outro e com um baby seria perfeito.
Obrigada meninas \o/
nusssssssss
ResponderExcluir"Chloe se permite admirar seus dois grandes amores"
Chloe e Oliver putamente evoluidos
adorei srrsrs
Linda, Roberta, linda!
ResponderExcluirE super romantica, toda a mulher merece um Oliver Queen #)
Monica-Shann
Oi meninaaaaaas.
ResponderExcluirAh, estava romantica quando escrevi essa fic, pequenininha por que foi o tempo que durou o romantismo...hahahaha
Ah, essa era a minha imagem pra Chlollie, em um fim de Smallville. Os dois evoluidos e crescidinhos, juntos, sempre juntos.
Monicaaa!Tb acho. Tinha uma teoria de que toda mulher merecia um Lucas Scott, mas agora acho que todas merecem um Oliver Queen, isso sim.
Obrigada meninas, pelos comentários!
senti mta falta no final de SV ver os 3 juntos
ResponderExcluirmto lindo, amei