domingo, 13 de junho de 2010

A Series of Firsts: Jealousy (tradução)

Finalmente tive tempo de terminar essa. Nas próximas semanas, vocês verão muito mais traduções da Nathalia do que minhas, e todas que eu postar por agora serão oneshots.
A Series of Firsts: Jealousy é da Calie1, e talvez ela poste mais três capítulos continuando, mas são basicamente independentes. Esse mostra o Oliver com ciúmes da Chloe, chegando no restaurante em que eles iriam comer e encontrando-a conversando com dois homens.
Boa leitura :D

 

Ele parou na entrada, interrompendo seu avanço na direção dela quando notou suas companhias. Ela estava sentada no banquinho do bar, olhando pro outro lado, o braço em cima do balcão, apoiando-se nele, pernas cruzadas na altura das coxas e um pouco viradas, permitindo que mesmo detrás dela ele pudesse ver a longa extensão de pele revelada pela bainha do vestido. Lois sentava na sua frente, espelhando a postura da prima. Ele não notou a cor do vestido de Lois nem que era mais curto do que o de Chloe ou que o decote era ainda maior. A única coisa da qual ele tinha consciência é da ausência de Clark e dos dois homens que pareciam estar fazendo o melhor que podiam pra encantar as duas mulheres no bar.

Isso o surpreendeu, ele eventualmente percebeu. Havia tanta coisa errada com a situação diante dele que ele não podia fazer pouco mais que apenas parar e olhar confuso.

Ela não o viu, afinal estava de costas pra ele. Lois também não, embora estivesse de frente. O bar estava cheio demais e Lois estava totalmente imersa na conversa, os lábios se movendo a um quilômetro por minuto, sorrindo e rindo. Se Oliver não a conhecesse ele teria jurado que ela estava flertando. Mas Oliver conhecia Lois, então esse não era o caso. O problema com Lois era que mesmo quando ela estava acabando com você como a implacável repórter que era, a mulher ainda fazia isso com um sorriso no rosto. Então não importava a situação, Lois sempre parecia estar flertando. Não era surpresa que ela atraísse atenção masculina.

Não, era o fato que de alguma forma, Chloe era parte disso. Não que por algum momento Oliver tenha acreditado que havia algo com que se preocupar. Chloe não era esse tipo de pessoa.

Não era que ele não confiava nela. Não foi isso que o fez parar, congelado, na entrada. Oliver confiava completamente nela.

Era algo irracional, absolutamente ridículo. Não tinha nenhuma base de sustentação. As razões eram no mínimo débeis. Ainda assim ele estava com os olhos castanhos colados às costas dela, estreitando-se levemente.

Era uma emoção que ele não tinha experimentado com Chloe. Era nova, era inesperada e era fora de controle antes mesmo de ele tentar ser razoável consigo mesmo. Ele já estava se amaldiçoando por seu estilo de vida exigente, pelo fato de que ele sempre estaria se atrasando, cancelando planos, adiando-os. Mulheres que ele deixou comendo poeira rapidamente se desiludiram e seguiram em frente. Foi o fim inevitável por causa da vida caótica dele que fez com que o medo surgisse de repente. Porque por mais que ela entendesse, por mais que ela o conhecesse, ela ainda estava ali sentada, esperando. Fadada a em algum momento olhar pro celular e procurar por ele ao redor e eventualmente, quando soubesse que ele não viria, ela iria seguir em frente também.

As unhas vermelhas tamborilaram a taça de vinho, as pernas trocaram, as coxas esfregando-se levemente quando ela se mexia. Daí ela virou a cabeça, permitindo a ele uma visão perfeita de ser perfil e ela riu para o estranho, os cantos da boca se curvando num sorriso.

“Ei!”

O forte tapa em suas costas o tirou bruscamente de seus pensamentos. Virando a cabeça ele viu Clark.

“O que você está fazendo?” Clark perguntou com preocupação. “Aconteceu alguma coisa?”

Oliver balançou a cabeça, ainda incapaz de falar, e voltou suas atenções pra Chloe, o coração disparando no peito enquanto o homem desconhecido se inclinava pra sussurrar no ouvido dela. Ela se afastou um pouco, aproximando-se mais do bar, mas ele não exatamente notou isso no momento.

“Ah Lois...”

Oliver virou a cabeça pra Clark. “Que?”

“Não posso levá-la a lugar nenhum.”

Oliver seguiu o olhar de Clark de volta as duas mulheres no bar. Olhando de volta pra ele, Oliver não podia evitar ficar levemente surpreso com o sorriso tranquilo no rosto dele. Ele parecia na verdade impressionado com a habilidade de Lois em atrair o sexo oposto.

“Vamos, estou com fome.”

Oliver observou Clark ir à direção delas, mas ficou pra trás pelo mais breve dos segundos, tentando recuperar algum controle sobre suas emoções. Não importava o quanto ele tentasse se convencer do contrário, ele ainda não conseguia se livrar daquele sentimento que o consumia.

Não importava que ele conhecesse Chloe há anos, soubesse dos segredos mais profundos e obscuros dela e que ela também soubesse os dele, que eles experimentassem situações de vida ou morte constantemente um ao lado do outro, superando. Não importava que ela soubesse que ele a amava e que ele soubesse que ela o amava. A questão era que eles já tinham feito de tudo juntos menos ser um casal de verdade, e ele achava isso a coisa mais difícil de se acostumar.

Sacudindo a cabeça ele seguiu Clark. Lois foi a primeira a vê-los, o rosto se iluminando e acenando animadamente. Ela pegou sua bolsa no balcão e desceu do banquinho. A cabeça de Chloe virou e ela o viu. O sorriso que estava no rosto dela lentamente sumiu e ele já sabia que não tinha sucedido em esconder suas emoções.

“Finalmente!” Lois exclamou e esmurrou Clark no peito. “Damas não gostam de ficar esperando.”

“Damas?” Clark perguntou confuso e olhou ao redor. Quando o cotovelo de Lois o atingiu, ele fez um show fingindo dor.

“Cuidado, Smallville.”

Oliver colocou a mão na cintura dela e deu um beijo em sua bochecha. Os olhos verdes dela o encararam, parecendo procurar em seu rosto algum tipo de resposta. “Pronta?”

“Sim,” ela disse suavemente e o permitiu conduzi-la pelo caminho.

Assim que eles saíram do bar, se aproximando da recepcionista, ela parou e se virou pra ele. “O que foi?” Lois e Clark pararam na frente deles, olhando pra eles confusos. “Vocês vão indo, estaremos lá num minuto.” Pegando o braço dele ela o puxou, passando pela recepcionista e indo pra fora. Girando, ela lhe lançou um olhar firme. “O que tá acontecendo?”

“Nada,” ele disse rápido, talvez rápido demais.

“Não me diga que não é nada. Você não consegue mentir pra mim, Oliver. E o fato de você estar fazendo isso me deixa preocupada.”

Não era realmente uma mentira. Ele não queria mentir pra ela. Tudo que ele queria fazer era deixar de lado os sentimentos confusos que ele escondia debaixo do tapete e esquecer disso, de tudo isso. “Não tem nada. Olha,” ele colocou a mão no ombro dela e a deslizou até o cotovelo, “vamos voltar pra dentro.”

“Oliver...”

Ele deixou a mão cair com o aviso dela e esfregou o rosto com as duas mãos, suspirando. Estremecendo, ele manteve uma mão no rosto, esfregando as têmporas enquanto tentava encontrar um jeito elegante de sair dessa situação em que se encontrava. “Podemos apenas deixar isso de lado?” Ele deixou a mão cair e esperou que ela tivesse notado sua súplica e esquecesse isso. Exceto que ele conhecia Chloe, e ela não esquecia nada. Ela estava provavelmente suspeitando do pior, quando era algo realmente insignificante e embaraçoso.

“Não, você está escondendo alguma coisa.” Ela parou e esperou. “Oliver, o que está acontecendo? Porque você não pode me contar? Quero dizer, você não confia em mim? Achei-”

Ele rosnou furiosamente. “Eu estava com ciúmes!” ele exclamou e apontou para o restaurante.

“Ciúmes?” ela perguntou confusa, olhando para o restaurante pensativamente e depois de volta pra ele. “Aqueles caras no bar? Porque? Quero dizer, estávamos apenas conversando.”

“Eu sei disso!” Oliver suspirou e esfregou novamente o rosto. Não era certo descontar suas frustrações nela.

“Você e eu, não somos nenhuma novidade, Oliver. Quero dizer, estamos fazendo isso há algum tempo,” ela disse gentilmente. “Não acha que é um pouco tarde pra ficar inseguro?”

Ela estava certa, e ele sabia disso, exceto que isso não ajudava em nada a acalmar os sentimentos negativos que surgiram no exato momento em que ele viu aqueles homens perto dela. “Eu sei disso.”

“E se fosse pra alguém ter ciúmes, não deveria ser eu? Quero dizer, você tem mulheres babando ao seu redor o tempo todo.”

Ele suspirou, inclinando a cabeça e olhando pro céu, porque ela estava certa novamente. “Eu sei.”

“Você sabe. Então o que é?”

Essa era uma excelente pergunta. Olhando novamente pra ela, ele fez uma careta. “Isso é novo. Mesmo que nós como um casal não seja novo, assumir publicamente é. Então de repente eu entro num restaurante e percebo que quando não estou perto outros homens estão olhando pra você e conversando com você.”

“Oliver, você está sendo ridículo.”

“Obrigado, Chloe.” Ele respondeu rispidamente. “Vamos.” Quando ele virou pra porta, ela colocou a mão no braço dele, impedindo-o.

“Não fique bravo comigo. Você é que está com ciúmes. Você está sendo irracional. Quando que eu te dei qualquer razão pra duvidar de mim?” Ela perguntou com expectativa. Quando ele não respondeu, ela tirou a mão de seu braço, colocando- a na cintura e arqueando uma sobrancelha.

“Nunca disse que você deu algum.”

“Então o que é?”

Era uma pergunta que até ele não conseguia responder. “Não sei.” Ele suspirou.

“Ollie...”

O tom suave da voz dela o quebrou e ele se encontrou dando um passo a frente, precisando sentir o corpo dela contra o dele. Lentamente ele deslizou os braços ao redor da cintura dela e a puxou pra perto dele. Para seu alívio ela não relutou, indo ao seu encontro desejosamente, envolvendo o pescoço dele com os braços. Quando os dedos dela começaram a acariciar seus cabelos o corpo dele lentamente começou a relaxar contra o dela. Fechando os olhos ele enterrou o rosto no pescoço dela. “Você sabe que eu nunca realmente tentei fazer dar certo com alguém.” Nem mesmo com a prima dela. Se ele fosse sincero consigo mesmo, Lois foi a única com a qual ele chegou perto de tentar, mas mesmo assim tinha sido apenas pela metade. “E eu nunca consegui isso.” Os dedos dela deslizaram em seu pescoço, parando no colarinho da camisa. “E eu nunca amei ninguém.” Os lábios dela eram suaves no pescoço dele enquanto ela pressionava um beijo gentil naquela região. “E por mais que nós estarmos juntos não seja novo, tudo isso é. E agora de repente estamos tendo um relacionamento em público e estou percebendo que outros homens vão olhar e dar em cima da mulher que eu amo.” E isso o assustava demais. Porque de repente estava ficando bem óbvio quanto poder ela tinha sobre ele, quão facilmente ela poderia machucá-lo, quebrá-lo. Isso o fazia a apertar ainda mais com os braços.

“Ah, Ollie...” ela segurou sua cabeça pela nuca, mantendo-o perto dela. Pressionando outro beijo no seu pescoço, ela suspirou. Afastando-se apenas o bastante pra olhar pra seu rosto ela sorriu, deslizando a mão em suas bochechas. “Você realmente acha que eu sequer olharia pra outra pessoa?”

“Eu sei.” Ele suspirou, já se sentindo ridículo. Apoiando a testa na dela ele roçou o próprio nariz no dela. “Apenas tente ser paciente comigo.”

“Enquanto você age como um homem das cavernas comigo?” Ele fez uma careta pra pergunta dela, mas ela apenas sorriu em resposta e deu um beijo na boca dele. “Eu te amo, você sabe disso, certo? Mesmo quando você age irracionalmente.”

“Eu sei.” Ele a beijou novamente, dessa vez demorando-se um pouco mais. “Eu também te amo-”

Com um sorriso suave ela se afastou e pegou a mão dele, apertando-a gentilmente. “Agora vamos lá pra dentro antes que Lois mande um esquadrão de busca.”

Ele a deixou o puxar de volta pro restaurante, mantendo a mão presa na dela enquanto ela passava pela multidão de clientes que esperavam. Claro que só porque eles conversaram não queria dizer que tudo ficaria bem. Olhos ainda presos às costas dela, ele resistiu à vontade de rosnar enquanto a pegava pela cintura e se aproximava dela, protegendo-a do mais recente idiota que a olhava fixamente. Ela, é claro, não fazia idéia, virando a cabeça e sorrindo suavemente. Dando um beijo na boca dela, ele deixou a mão deslizar em suas costas e depois descer um pouco, parando na curva possessivamente antes de apressá-la pra fora da multidão. No futuro ele não seria pego com a guarda baixa. Ele era Oliver Queen, o Arqueiro Verde, quão idiotas as pessoas tinham que ser pra pensar que podiam dar em cima de sua namorada e saírem ilesos?

3 comentários:

  1. Own, que lindo!
    Chlollie tem O poder, né?
    É incrível como quantas situações combinam com esses dois!
    Achei incrível e fiquei suspirando durante a fic inteira, Ollie com ciúmes é TUDO! *-*

    Mônica/Shann

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  2. Ollie com ciúmes é TUDO! [2]

    Tirou as palavras da minha boca.
    ^^

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  3. Ah, eu quero Chlollie com ciúmes. Olie com ciúmes.
    Que coisa mais cute do mundo!

    Amei a conversa dos dois, entre beijos e abraços.
    Linda, adorei.
    Vou ler de novo

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