quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Persuasion of a Different Kind, tradução

Contém Spoilers de Persuasion. Na verdade, é a visão da Calie sobre como seria Persuasion (se o episódio fosse assim seria perfeito) ;D Os personagens não me pertencem e blá, blá, blá...

Um tipo diferente de Persuasão

“O que você fez?” Oliver perguntou com os dentes cerrados.

Clark soltou um suspiro alto e massageou o rosto. “Foi um acidente. Uma pedra preciosa de kryptonita está fazendo coisas que eu digo se tornarem verdade. Mais como realizando desejos.”


“E? Você desejou duas perseguidoras?” Oliver disse e apontou pra Lois e Chloe, que estavam desmaiadas naquela hora.

“Não,” ele sacudiu a cabeça, “Não foi assim.”

“Mesmo?” Oliver se inclinou e pegou seu arco do chão e o mostrou pro Clark. “Porque pra mim parecia que a Chloe estava prestes a colocar uma flecha no coração da Lois.”

“E como que ela aprendeu a fazer isso?” Clark perguntou rudemente, lembrando de se virar e ver sua melhor amiga na parte de cima do celeiro, flecha apontada pra Lois.

“Não vem jogar isso pra cima de mim. O que você desejou?”

Com um suspiro Clark sentou no braço do sofá. Ele olhou pra Lois, que no momento estava estirada no sofá, a cabeça virada pro lado num sono profundo. “Que Lois e eu pudéssemos ter um relacionamento mais tradicional. E que Chloe passasse mais tempo se preocupando comigo do que com todo mundo.”

Um lampejo de raiva passou por Oliver enquanto ele se lembrava de Chloe o afastando, proclamando que ela não podia se incomodar com ele e que precisava estar ao lado do Clark. “Você é realmente egoísta, sabia disso?” Clark virou a cabeça bruscamente e estreitou os olhos, mas Oliver não se intimidou nem um pouco. “Você finalmente está com Lois e ainda não está feliz. E por alguma razão, você espera que a existência da Chloe ainda gire em seu redor? Não vamos nos esquecer do fato de que você a abandonou como um amigo. Você tem muito a dizer sobre o que você acha que ela deve fazer, mas eu não te vejo fazendo nenhum esforço pra ir até ela pra algo além do que você precisa.”

“Não percebi você a apoiando tanto assim quando você estava por aí bebendo por um mês,” Clark respondeu. “Não acho que deveria estar me dando lição de moral.”

“Talvez não,” ele admitiu, lembrando-se do terrível mês. Ele estava envergonhado da maneira que tinha agido e ele sabia que não havia muito a fazer pra recompensar por sua desatenção, seu descuido. “Mas eu pelo menos posso dizer que fiz um esforço pra estar lá pra Chloe. O que é mais do que eu posso dizer de você.” Ele deu as costas pro Clark e olhou pra loira dormindo na poltrona. Por mais que ele agora soubesse o motivo dela ter dito o que disse, isso ainda não tinha apagado completamente a dor que as palavras dela causaram, dor pra qual ele não estava mesmo preparado. Foi bem depois de falar com o Clark sobre o comportamento estranho da Lois que ele somou dois mais dois e se apressou pra voltar pra Torre de Vigilância só pra encontrar a porta de onde ele guardava seus equipamentos aberta e seu arco sumido. Ele pegou a balestra, carregada com dardos tranqüilizantes, e correu de volta pra fazenda. Vinte minutos depois ele encontrou Chloe apontando uma flecha pra Lois. Ele as derrubou em segundos, com os tranqüilizantes.

“Pegue minhas coisas,” Oliver mandou e se abaixou pra pegar Chloe em seus braços.

“O que você está fazendo?” Clark perguntou quando ele se levantou, confuso pela visão de Oliver levantando Chloe.

“Estou tirando ela daqui antes que ela tente outra vez com Lois. Ou antes de você fazer mais pedidos. Além do mais, você realmente acha que ela pode me derrubar com uma flecha?” Clark não viu o jeito que ele riu de leve quando olhou pra mulher dormindo em seus braços. Desconsiderando como a situação podia ter sido mais séria e o fato de que Lois estava do outro lado da flecha, Oliver tinha que admitir que ele estava meio que orgulhoso.

“Ela teria atingido Lois?” Clark perguntou seguindo Oliver, arco, balestra e flechas nas mãos.

“Você estava lá, então acho que não,” Oliver disse simplesmente e andou em volta do seu carro até a porta do lado do passageiro.

“Não é o que quis dizer e você sabe disso. Você me disse que não era qualquer um que pode pegar seus arcos e usá-los.” Clark abriu a porta do carro de Oliver e se afastou. Ele esperou Oliver colocar Chloe no banco e colocar o cinto nela.

Depois de fechar a porta e se endireitar, Oliver virou pra encarar Clark. “Se você está perguntando se a flecha da Chloe teria acertado a Lois, definitivamente. Ela tinha mirado pra matar e eu posso te garantir que ela não ia errar. E se você está me perguntando se eu a ensinei a usar o arco então a resposta é sim.”

“Não acha que ela já está em perigo suficiente?” Clark desafiou.

“Chloe estará em perigo não importa o que aconteça. Você não pode controlar isso e eu também não. Mas ao menos eu posso lhe dar uma maneira a mais de se proteger e nisso ela não fica com a cara enfiada nos computadores, bloqueando o resto do mundo.” Ele se afastou de Clark e parou ao lado da porta. “Conserte isso. Porque se eu tiver que tranqüilizá-la novamente porque ela quer me matar por ficar no caminho dela, eu não vou ficar feliz.”

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Chloe gemeu e contraiu-se quando abriu os olhos.

“Bom dia, bela adormecida.”

Ela virou e procurou pela voz familiar. “Oliver?” Então ela lembrou. A conversa com Oliver, ela pegando o arco e a flecha dele, e dirigindo pro celeiro com a intenção de matar Lois. “Lois!”

Ela saltou pra fora da cama, mas as mãos dele nos ombros dela a impediram de fazer algo mais que sentar. “Ela está bem. Foi um tipo de pedra preciosa kryptoniana. Levou as palavras do Clark ao pé da letra. Ele disse que queria que você desse mais atenção pra ele e não pros outros. O resultado final foi você apontando uma flecha pra Lois.”

“Oh, Deus.” Ela cobriu a boca em choque. “Eu quase a matei.”

“Sim, mas Clark estava lá e ele não deixaria isso acontecer. E eu cheguei lá a tempo. E me desculpe por isso. Os dardos tranqüilizantes te deixarão com um pouco de dor de cabeça. Ela finalmente pareceu focar-se nele. “Como você se sente?”

“Você fez aquilo?” Chloe perguntou lembrando-se vagamente da dor no pescoço.

“Sim.” Ele a observou levar a mão pra nuca e depois retrair-se. Ele sentiu uma pequena pontada de culpa e levantou a própria mão, tirando as dela gentilmente do caminho, e esfregou a pele do pescoço dela suavemente apesar de saber que não iria diminuir a dor.

Ela encontrou os olhos dele e o encarou em silêncio enquanto ele gentilmente massageava seu pescoço. Saber que a vida de Lois estava a salvo e que tinha sido algum tipo de pedra kryptoniana que tinha a feito ficar louca tornava mais fácil se focar em outras coisas, como o que ela tinha dito pro Oliver. “Me desculpa, pelo que eu disse. Tudo mesmo. Eu não queria dizer nada daquilo.” A preocupação no rosto dele desapareceu, deixando sua voz livre de qualquer emoção.

“Tá tudo bem.” Ele tirou a mão do pescoço dela e se moveu pra levantar. “Não era você.”

“Eu sei.” Ela agarrou a mão dele para impedi-lo. “Mas você pensou que eu queria dizer aquilo e eu sinto muito por isso. Não abriria mão de nada disso, especialmente não pelo Clark. Quero dizer, Clark é importante pra mim, mas o resto do time também é, e você também é.”

“Chloe...” Ele sorriu gentilmente, e rezou para que não aparentasse tão forçado como ele sentia que era. “Tá tudo bem.” Ele pegou a mão dela e tirou do pulso dele. “Eu entendo. Você não tem que tentar me convencer. E eu sei muito bem que você conhece o Clark há muito mais tempo, não tem nada de errado com a amizade dele ser mais importante.” Mesmo que Clark tenha sido um total idiota com ela no ano anterior.

Ela observou ele se levantar e engoliu seco. Mesmo que ele soubesse que ela não queria ter dito nada daquilo e mesmo que ele dissesse que aceitava as desculpas dela, alguma coisa ainda não estava certa. “Mas não é assim. Quero dizer, Clark é importante pra mim, mas as coisas são diferentes agora.” Ele se virou lentamente para encará-la, e ela quase teve a impressão de que ele estava esperando. “Você sabe disso. Clark e eu, as coisas mudaram.”

Ele sacudiu a cabeça, afastando sentimentos que rasgavam a superfície com suas garras, querendo ser libertados da prisão que ele os colocou. “Isso não importa, Chloe.”

Ele se virou de novo e ela saltou da cama não familiar, a cama dele. “Não me diga isso. Não aja como se eu não lembrasse o que você falou.” Dessa vez quando ele olhou pra ela a máscara de calma que ele havia colocado tinha ido embora. Os olhos dele eram duros, o maxilar travado. E ele desejou que pudesse retirar o que disse. Ela o cegara mais cedo quando o afastara, pra sempre pelo que parecia na hora. Independentemente do que ele sabia agora, a lembrança dela tão calma e serena, o deixando de lado e depois dizendo o quanto Clark precisava dela...

Flashback

“Ele precisa de mim, Oliver. Em qual propósito maior eu posso ser útil do que devotar meu tempo ao Clark, provavelmente a pessoa mais poderosa nesse planeta? Estou feliz por fazer o sacrifício por ele. Tudo mais, todos os outros, bem, eles não importam.”

Ele a observou andando, desligando os equipamentos, nem sequer dispondo de um olhar de preocupação pra ele. No começo pareceu uma péssima piada, porque a idéia de que Chloe iria abandonar tudo pelo que ela trabalhou, tudo pelo que ela trabalhou com ele pelo Clark parecia ridícula. “Isso é ridículo. O que há de errado com você?”

“Nada.” Ela virou pra ele e deu de ombros. “Na verdade, pela primeira vez tudo está claro pra mim. Não há o que temer do meu futuro ou de onde eu pertenço. Eu sei agora. Meu futuro é com o Clark, ao lado dele, protegendo-o, ajudando-o. Ninguém mais importa, não quando sei que ele precisa de mim.”

“Precisa de você?!” Oliver exclamou com raiva. “Ele precisa de você quando é conveniente pra ele! Mas não o vejo estando ao seu lado quando você precisa dele!”

“Eu sabia que você não entenderia.” Ela sacudiu a cabeça e pegou a bolsa. “Mas eu realmente não tenho tempo pra conversar sobre isso, Clark precisa de mim.”

Nem mesmo uma desculpa, ou uma explicação que fizesse sentido. Ele agarrou o braço dela mais forte do que pretendia, a fúria borbulhando até a superfície e o cegando. “E quanto a mim? Você não acha que eu preciso de você aqui?” ela abriu a boca pra falar, mas ele pegou seu outro braço e a puxou contra ele. “Posso te garantir que o Clark não precisa de você metade do que eu preciso, Chloe, e eu sei que ele não se preocupa com você da mesma forma.”

“Sério, Oliver,” ela pressionou a palma da mão contra o peito dele e se afastou, “Não posso conversar, eu tenho que ir.”

Ele deixou as mãos dele caírem dos braços dela, chocado demais com a total desconsideração dela pelos sentimentos dele até para segurá-la. Foi como um tapa na cara que o deixara frio e vazio.

Fim do flashback


“Portanto não me diga que não importa quando obviamente importa. Porque dizer aquilo então?”

“O que mais eu poderia dizer?!” ele exclamou, finalmente perdendo as rédeas de suas emoções. “Você estava saindo por aquela porta! Eu achei que se talvez você entendesse você pararia por um minuto. Mal sabia que você não estava funcionando a pleno vapor.”

Ela escolheu ignorar o golpe e continuou. “Eu estou tentando entender agora. Estou tentando te dizer que não é mais só sobre o Clark e até ele deve saber disso.” Ele se virou de costas pra ela e ela sabia que ele não diria mais nada voluntariamente. “Então agora você vai agir como se isso não importasse? Jogar isso pra cima de mim?”


Ele girou a cabeça bruscamente, um pouco surpreso com ela sequer achar que era isso que ele tentava fazer. “Não é assim. É claro que importa.”

Ela não queria discutir com ele e suspeitava que não restava muito nela pra encontrar as palavras pra discutir. Ao invés disso, ela deu um passo à frente, hesitante, ainda mantendo os olhos nos dele, e envolveu seu pescoço com os braços, impulsionando-se na direção dele e enterrando o rosto no peito dele. Houve um longo momento em que o coração dela pareceu parar em seu peito e ela temeu que ele fosse se afastar, tirar as mãos dela do pescoço dele. No entanto, o momento terminou rapidamente quando ela sentiu os braços dele envolverem sua cintura e a puxar fortemente pra ele. Pela primeira vez ela suspirou aliviada.

Ele deixou os olhos se fecharem enquanto seu corpo o traía e relaxava contra o dela. Ele a puxou mais pra perto, mesmo que uma pequena parte dele ainda insistisse para ele afastá-la.

Ela se prendeu ainda mais ao pescoço dele, com medo de soltar e de alguma forma arruinar o momento entre eles. “Eu preciso de você também,” Chloe disse finalmente, com medo do quão exposta as palavras a deixavam e aliviada por isso estar esclarecido. “E o jeito que eu me sinto por você,” ela engoliu seco e fechou os olhos com força, “é diferente do jeito que eu me sinto pelo Clark.”

Ele não disse nada em resposta, mas a segurou mais forte, levantando-a até que apenas os dedos dela tocassem o chão e enterrou o rosto no pescoço dela. Ela suspirou quando a respiração quente dele acariciou seu pescoço e os lábios dele pressionaram de leve a região logo abaixo da orelha dela. “Esse foi um dia bem ruim,” Chloe admitiu. As mãos dele moveram-se pelas costas dela, acariciando gentilmente. “Você acha que alguém vai ficar com raiva por eu ter tentado matar a Lois?”

Ele sorriu no pescoço dela e resistiu à vontade de rir. “Eu acho que Clark se sente culpado o bastante, e Lois, pelo que ouvi, está tentando esquecer que ela chegou a tentar se casar com Clark.”

Chloe se afastou e olhou pra ele em confusão. “Ela estava usando um vestido de noiva, não estava?”

Ele fez que sim e se endireitou, deixando um dos braços em sua cintura mas levantando o outro para que pudesse tirar umas mechas de cabelo loiro da bochecha dela. “Ela estava. É claro que isso veio depois dela se demitir do Planeta e se mudar pra casa dele.”

Os olhos dela arregalaram-se em surpresa. “Uau. Claro, minha saída dos trilhos não foi nem um pouco menos maluca.”

“Não,” ele fez com que ela apoiasse o rosto na mão dele, acariciando sua bochecha com o polegar, “mas eu tenho que admitir, esquecendo o fato de que você quase matou a Lois, você ali, com a flecha apontada perfeitamente, foi bem mais excitante do que Lois se tornando dona de casa.”

Os dedos dele deslizaram pelo cabelo dela e ela logo o sentiu guiando sua cabeça pra trás. “Eu tive um bom professor.”

“Você teve um professor excepcional,” Oliver sussurrou rente aos lábios dela antes de pressionar os dele contra os dela.

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