Holding a Heart 1/2

Titulo: Holding a Heart 

Autora: Roberta Clemente

Nota: Essa fic é mais uma grande e importante parte da história Chlollie que não vimos em Finale.

Resumo: E quando o momento que tem tudo para ser perfeito é colocado em espera?

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A comemoração por terem livrado o mundo da escuridão, por Clark ter finalmente abraçado seu destino não durou mais que um dia.Quando Oliver pisou em sua cobertura em Star City, Chloe o esperava com um enorme sorriso no rosto, o maior que ele já tinha visto e se odiou por ser ele o responsável por ter que tirá-lo de lá.

Mas precisava dizer a ela que entre derrotar Darkside, seu agentes e afastar o planeta que se chocaria com a Terra, haviam perdido Tess e agora Lex andava mais uma vez entre eles.

Depois de um longo abraço, depois de um longo beijo de alivio tudo o que Chloe queria dizer era o quanto sentia a falta dele e que eles teriam um filho.

Seu peito parecia pronto para explodir de necessidade de dividir com ele aquele momento. Quando depois de um olhar hesitante as palavras saíram pela boca dele “Tess está morta”

Por segundos intermináveis Chloe não soube o que dizer. Foi como levar uma rasteira, literalmente, sentiu o corpo vacilar por um instantes com o choque. E como se uma pagina tivesse sido virada, o momento passou, de novo.

“Eu sinto muito Oliver” foi só o que ela conseguiu dizer ao ver o olhar arrasado dele. E mesmo que simples era verdadeiro. Ela abraçou Oliver apertado sentindo também a perda de uma amiga e companheira. Teve seus momentos com Tess, mas do jeito delas, se entendiam muito bem.

Oliver se sentiu pesado, cansado. Como se para cada bom momento dois ruins o acompanhasse. O universo parecia relutar em deixá-los em equilíbrio As vezes era frustrante lutar de volta. Única coisa que amenizava ou pessoa que acalmava seu coração e que o motivava estava em seus braços agora. Sua companheira, sua mulher, sua esposa.

Ficou tantas vezes perto de perdê-la. Flag, Esquadrão Suicida, VRA, Dessad... E Darkside. Ainda doía pensar no que poderia ter feito enquanto infectado. Poderia ter machucado Chloe ou pior. O que os salvou foi uma pequena ponta de consciência e controle que o mandou se afastar e que parecia controlada quando perto dela. Mesmo infectado pela Escuridão seu coração ainda a amava mais que tudo.

A noite foi completamente diferente do que Chloe pensou ou imaginou. A alegria deu lugar a tristeza. Passaram a noite nos braços um do outro, mas para conforto e consolo. Fizeram amor, mas foi intenso e não despreocupado. O lembrete de que o que aconteceu poderia ter sido com um deles trouxe a necessidade de estar juntos. De tocarem, sentirem um ao outro como fosse possível.

Na manhã seguinte Chloe foi acordada por seu estomago, que há duas semanas havia criado vida e vontade própria. Só que agora Oliver estava ao seu lado e não mais pelo o mundo sozinho. Então levantar correndo não era mais uma opção. Não se ela quisesse evitar ter que dar mil explicações.

Para sua sorte Oliver exausto não sentiu ou escutou nada nos quarenta e cinco minutos seguintes que Chloe ficou trancada no banheiro, enjoada e chorando. Aquele era o pior momento do dia, quando se sentia miserável e desejava ter Oliver ao seu lado. E agora, ele estava a alguns metros, estaria ao seu lado se ela quisesse, era só chamar. Era injusto ter que esconder que estava grávida.

Só parou de chorar quando conseguiu se convencer de que aquele não era o momento certo. Não daria a noticia mais importante de sua vida em meio a tristeza e morte.

Voltar a Metropoles não foi como das outras vezes, para nenhum dos dois. O motivo, as circunstancias marcavam aquela volta como um sacrifício. Oliver vivia um conflito interno com a volta de Lex e morte de Tess e Chloe que só queria ficar na cama por semanas com o marido tentava reunir forças para controlar o próprio corpo e confortá-lo.

Enterrar Tess doeu em cada um, por motivos diferentes. Todos os membros da Liga apresentaram-se para o funeral, tendo ou não ligação com ela. Naquele momento não importava, ela era um deles. Tess morreu fazendo o que sempre sonhou, salvando o mundo a sua maneira.

O coração de Chloe estava pequeno. Voltar aquele cemitério despertava lembranças dolorosas. Deixou Jimmy e parte dela lá anos atrás e agora deixava uma amiga. Mas não podia não notar as diferenças.

Se antes a imagem de Oliver se afastando ficou em sua cabeça, agora tinha a mão dele apertada a sua o tempo todo, lembrando de que ele estava ali, ao seu lado. De que passariam por aquilo juntos e não separados.

Oliver havia mudado, ela havia mudado. Os dois eram as melhores versões de si mesmos e estavam juntos. Ele era o melhor marido que ela poderia imaginar e o amava mais que tudo, tinha muita sorte. Mesmo sendo aquele um momento de despedida orgulhava-se do homem de pé ao seu lado. Seu filho teria o melhor pai do mundo.

“Hei, você está bem?” Oliver pergunta passando o braço na cintura dela quando vê as lágrimas escorrendo pelo rosto de Chloe.

Chloe imediatamente o abraça. Não tinha percebido as lagrimas, não eram de tristeza, mas não conseguiu dizer isso. Pareceria egoísta demais. “Sim, estou” ela sorri apertando os braços na cintura dele enquanto caminhavam de volta para o carro.

“Sabe... A primeira pessoa que deu uma segunda chance a Mercy foi você” Oliver esfrega a mão no braço da esposa.

Chloe franze a testa confusa enquanto olha para ele.

“É. Quando deixou que ela a ajudasse a restaurar o sistema da Watchtower. Você confiou nela, mesmo depois de tudo e foi isso que a trouxe para o nosso lado” os olhos dele eram agradecidos e orgulhosos.

Chloe sorri, mas não diz nada. Na época não soube por que, se devia, mas confiou em Tess. Só depois, quando precisou sumir teve a certeza de que tinha acertado. Não podia não ficar feliz e sorrir mais com isso.

Só que os dias seguintes foram difíceis. Chloe substituiu Tess na Watchtower de Metropoles o que a ajudou em seu plano de esconder de Oliver seus enjoos matinais. Seria a desculpa perfeita se depois de alguns dias não estivesse esgotada. Dormia pouco, trabalhava demais e a hora de revelar seu segredo não chegava.

Único consolo era de que a cidade estava calma com seu novo guardião, o Superman e Lex trancado em um manicômio, sem memória alguma. Eles teriam alguns anos para se preparar para a real volta dele.

Mas diferente de antes, quando nunca se negou a enfrentar e lutar, Chloe quis ir embora. Deixar tudo e simplesmente fugir com Oliver. Então depois de um encontro com Emil teve uma ideia e começou a treiná-lo em segredo para tomar seu lugar em Metropoles.

“Quando você vai contar a ele Chloe?” Clark pergunta assim que coloca os pés na Torre e vê Chloe trabalhando freneticamente.

Ela se assusta em sua cadeira, fechando os olhos por um segundo quando o vento chega junto com a pergunta de Clark, a única pessoa do mundo que sabia seu segredo.

“Nunca te disseram que não se deve assustar mulheres grávidas?” ela pergunta levantando de sua cadeira. Sabia que estavam só os dois e era seguro.

“Me desculpe” Clark se encolhe envergonhado.

“Tudo bem” ela olha solidária para o melhor amigo, ainda sem se acostumar com a roupa azul e vermelha. As coisas começaram a normalizar quando ele e Olive tiveram uma briga para provar quem usava a roupa mais colada. Foi a primeira vez que riram todos juntos desde a morte de Tess e depois disso o luto começou a passar.

“Você vai continuar distraída pela minha roupa? Ou vai me responder ?Quando vai contar a Oliver que está esperando um filho?” Clark ergue uma sobrancelha colando as mãos na cintura.

“Me desculpe... Eu ainda não acredito que sua mãe fez seu traje, você sabe que vai ser assunto quando todos souberem certo?” Chloe provoca.

“Eu sei, mas tudo bem, por que isso é o que mães fazem Chloe... Mães” e ele força dando passos firmes na direção dela.

Chloe revira os olhos antes de deixar os ombros caírem em derrota. “Eu sei” odiava quando Clark estava certo, mas desta vez tinha que admitir, ele tinha razão, precisava contar.

“Então?” Clark segura os ombros dela e espera uma explicação.

“Eu quero que o momento em que contar seja o mais feliz da vida dele, como foi da minha quando descobri que estava gravida. Quero que fique marcado por isso, e que ele se lembre só disso e não do que está nos rodeando há semanas” ela desvia o olha irritada e se afasta.

“Não sou iludida, não mais, de que minha vida pode ser normal. Eu escolhi essa vida e sei os prós e contras, mas disso” Chloe coloca as mãos sobre o ventre. “eu não abro mão, por que meu bebê não tem nada a ver com as escolhas que fiz. Ele vai ter a própria história e ela não vai começar no luto”

Clark olha para Chloe com carinho, carinho que há muito tempo ela não via nos olhos do melhor amigo e que tinham voltado a fazer parte da vida deles desde que ela voltou. Ela espera alguma palavra, ou argumento, mas ao invés disso Clark a toma nos braços e a conforta, como se a entendesse.

“Só não deixe o momento passar ok?” ele aconselha quase embalando Chloe.

“Ok” ela concorda, mais uma vez.

“Sei que você é forte, mas a cada dia que passa está mais claro de que tem alguma coisa diferente com você”

Chloe se afasta dos braços dele com a testa franzida. “Mesmo?”

Clark ergue as sobrancelha fazendo bico. “Talvez se você pegasse um sol não pareceria tão pálida.”

Chloe o estuda por um segundo e o conhecia bem demais para cair naquela desculpa, por mais que fosse verdade, que estivesse pálida. “Clark?” o tom é de aviso.

“Oliver pode ter passado no Planeta hoje e me sondado” Clark desvia o olhar, nervoso por ter entregado o amigo.

“Sondado, sobre o que?” ela se preocupa.

“Sobre você estar de novo apegada a Watchtower e Metropoles.” Clark explica olhando em volta. “ e se você parecia infeliz” ele termina dando de ombros.

Chloe sente o estomago revirar de repente. Não queria nem por um segundo passar a impressão errada a Oliver. Queria deixá-lo despreocupado de tudo até que as coisas melhorassem. Reconhecia que para esconder a gravidez teve que se afastar, mas não achou que fosse tanto a ponto de ser notado e estava passando muito tempo ali por que queria ir embora logo. Mas é claro que só ela sabia disso.

Ela olhou de volta para Clark, respirando rápido e decidida. Não esconderia mais, se o momento certo não chegava faria o momento ser o certo. Oliver não merecia ficar no escuro tirando conclusões erradas e ele definitivamente merecia a mesma felicidade que ela quando pensava que eles teria um bebê.

“Pelo olhar...” Clark deixa Chloe preencher o resto.

“Eu vou contar e agora” ela morde o lábio ansiosa.

“Quer uma carona?” Clark dá um passo a frente e Chloe recua.

“Não, não. Nem pensar, meu estomago já acordou e ele não precisa de uma volta na centrifuga azul e vermelha” ela ri dando alguns passo sem rumo, em busca da sua bolsa. Depois de encontrar ela vira para Clark que está de braços cruzados sorrindo dela e para ela. “me deseja boa sorte?” ela respira fundo.

“Não que vá precisar, mas...Boa sorte Chloe” as palavras e sorriso dele são sinceros.

Chloe coloca a bolsa no ombro e sai pela porta dupla em busca de seu marido. Não pararia e nada a impediria até dizer que guardadinho em seu ventre há um mês estava o bebê deles. Gritaria ao mundo em seguida que o amava e que eles eram uma família agora.

CONTINUA...
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Holding a Heart - Girl Named Toby

Breathe in, hold it hold it
Go on, begin
To let go, cause there's no
Reason

I'm turning myself
Into somebody else
Calm down calm down calm down

I'm holding a heart here in my hand
Hey, hey, hey
My own work of art here where i stand
Hey, hey, hey

Give in, its so hard to start
Live in my skin
The bruises are useless
Against it

I'll try all i can
To find a soft place to land
Come down come down come down

I'm holding a heart here in my hand
Hey, hey, hey
My own work of art here where i stand
Hey, hey, hey