Titulo: A Better Place
Autora: Roberta Clemente
Classificação: NC -17
Nota: Essa fic tem como base Roulette, com final alternativo. O nome da fic é uma musica da banda VAST
Resumo: E se antes de Oliver entender que Chloe salvou o herói, o mito, o homem tivesse cometido um ultimo erro?
9/17
Passando pelo espelho do quarto Chloe parou. Estava pronta, vestido florido e alegre indo até a altura dos joelhos, jaqueta jeans por cima a protegendo da noite fria e um par de botas estrategicamente escolhido. Mas não se sentia realmente pronta, não ainda.
As ultimas vinte e quatro horas talvez tivessem sido as suas melhores desde que colocou os pés em Independence. Andou pela cidade pela primeira vez, olhou realmente para o que a cercava, se interessou. Foi as compras, achou um vestido que gostasse e o vestiu especialmente para aquela noite.
Mas se sua mente desacelerou nas ultimas horas, agora ela tinha voltado a funcionar no ritmo normal e instantaneamente começou a se perguntar se o que estava fazendo era certo. Foram meses, podia mesmo se desapegar assim e olhar para frente?
Oliver chegaria a qualquer momento e ainda estava se olhando no espelho, ansiosa agora, quase em conflito. Frustrada ela fecha os olhos e depois de respirar fundo algumas vezes se olhou mais uma vez. Não podia se torturar para sempre, não mais. Um dia teria que superar e talvez aquele fosse o dia, o primeiro.
Depois de correr os dedos pelos cachos Chloe limpou a mente como pôde e sorriu, mais calma. Tirando sem presa da bolsa um batom também comprado naquele dia, colocou cor em seu lábios, dando vida a seu rosto e expressão. Então a campainha tocou. Só que em vez de fazer seu coração acelerar ela se sentiu mais calma e tranquila.
Se cumprimentando apagou a luz e atravessou o pequeno corredor em direção a porta. Seria isso e agora. Iria dar um tempo a si mesma e se divertiria com um amigo, seu único. Abrindo a porta deu de cara com ele. Oliver olhou para ela e lhe deu seu conhecido sorriso. E então seu coração acelerou.
-Ei. Espero não estar atrasado – Oliver diz olhando bem nos olhos dela.
-Não. Nós não temos hora marcada – ela não conseguia não sorrir de volta.
-Bom... Você está linda – ele tentou, mas seus olhos foram mais rápidos, correndo por ela.
-Obrigada – ela responde se segurando para não colocar o cabelo atrás da orelha como uma menina.
-Pronta? - Oliver pergunta depois de um segundo.
-Sim! - ela responde rápido, tirando a chave da porta. Oliver dá alguns passos pela pequena varanda em direção aos três degraus e ela pode ver atrás dele, estacionada no meio fio uma caminhonete vinho, um pouco antiga.
Oliver olha para ela curioso e segue seu olhar para a caminhonete que ele alugou naquela tarde. Sabia e esperava algum comentário dela. Tinha certeza de que ela acharia que foi de propósito.
-Em minha defesa, só tinham caminhonetes na loja – ele se defende.
-OK! Mas se você tiver um chapéu ai dentro eu retiro meu convite, mesmo nos acréscimos vaqueiro - ela provoca segurando o riso.
Oliver aceita assentindo cerrando os olhos.
-Achei que uma picape monster não combinaria com...suas botas – Oliver cruza os braços desviando o olhar para os pés dela.
-Oh, não. Você estaria confundindo Sullivan com Lane. Mesmo DNA, mas gostos completamente diferentes – ela percebe só um segundo depois que pela primeira vez trouxe o nome de sua prima até eles. Vendo que Oliver notou seu desconforto ela muda de assunto rápido. - E a bota foi por praticidade. Não quero terminar minha noite tirando lama dos pés. - ela termina encolhendo os ombros.
Oliver percebe, mas sente uma ponta de orgulho por ela passar por isso sem perder o brilho.
-Sei! - ele continua com os braços cruzados.
-OK!Eu posso ter escolhido também pelo tema... - ela se entrega, - Me processe. - e dá de ombros passando por ele em direção a caminhonete.
Com um sorriso torto Oliver observa Chloe. Quis tanto isso, que ela se soltasse ao seu lado, mas tinha a impressão de que acabaria perdido no meio. A noite seria um teste. Quanto tempo aguentaria só olhar e admirar?
Fizeram parte do caminho em silencio, precisavam se acostumar um ao outro. Chloe tentou ensinar o caminho para a fazenda abandonada onde estava acontecendo a feira, mas não foi realmente necessário, era como se toda a cidade estivesse indo na mesma direção, era só seguir o fluxo.
E de longe era possível ver o belo parque de diversões construído só para o evento. Chloe olhou fascinada para as luzes coloridas no horizonte, era lindo.
-Uau.
Começando a andar entre os stands e barracas ela ficou feliz por ter tomado a decisão de ir. Há muito tempo não saia, não via gente assim. Tentou, mas conseguiu se lembrar da ultima vez. Então caminhou ao lado de Oliver com um sorriso no rosto, cheia de expectativas. Aquela noite tinha tudo para ser divertida.
-Uau, eu não fazia ideia – Oliver diz olhando em volta.
-Eu sei. Também subestimei o tamanho – ela nem precisa que ele diga mais para saber.
-E importância – ele olha para ela, completando. E espera Chloe olhar para ele.
Ao mesmo tempo que era confortável saber o que o outro estava pensando também era...assustador.
-Você pode vir da incrível e ensolarada Star City e eu de Metropoles, mas Independence até que tem uma história – ela continua a caminhar, olhando para frente agora.
-Mesmo? - Oliver pergunta curioso.
-Sim. Independence recebe anualmente no Dia das Bruxas o festival Neewholla. Ela é a terra natal do escritor William Ing e todos arquivos dele estão aqui, adivinha onde? - ela pergunta, mas responde por ele e se diverte com seu sorriso - William Ind Center For the Arts. - ela termina com um sorriso brilhante.
-É impressionante! - ele diz sinceramente.
-Mas – ela deixa o entusiasmo baixar. - Não é suficiente e pra trazer dinheiro para a cidade e eles foram obrigados a criar a feira. Ela parece atrair mais atenção.
-Pelo menos eles souberam como se virar – Oliver olha em volta, para a grande estrutura.
-É verdade... E se de nada funcionar, eles podem usar o nome de Gareth Porter, grande jornalista que nasceu aqui. Eu não sabia, aposto que muita gente, como eu, gostaria de saber...
Oliver volta os olhos para ela e percebe. Chloe pesquisou, tudo o que ela disse veio de uma pesquisa. Se estivesse certo, a primeira desde que saiu de Metropoles. Não queria transparecer a alegria em saber, mas podia apostar sua empresa que estava sorrindo naquele momento.
-O que? Eu andei perguntado – ela se explica quando vê o sorriso bobo na cara dele.
Ele não diz nada, não queria correr o risco de extrapolar, de forçá-la de algum jeito, então ele continua e assentindo caminha ao lado dela. Olhando as barracas. Alguns minutos depois Chloe para.
-Oh meu Deus - seus olhos se abrem com a visão.
-O que? O que? - Oliver pergunta olhando em volta, quando seu olhos também veem.
Um stand inteiro montado com tortas. Elas estavam em todos os lugares, de todos os tipo, cores e formatos. Em um grande poster na parede improvisada e em um mascote vestido chamando quem passava.
-Estamos no céu? - Oliver pergunta admirando.
-Bem, no meu céu, teria uma barraca de café ao lado, mas posso dizer que este é um pequeno pedaço do céu– Chloe dá de ombros e olha para Oliver.
-Claro – Oliver sorri para ela. Pronta para ir ao paraíso? - ele pergunta apontando para o lado com a cabeça.
-Pensei que você não fosse perguntar. Vi algumas que quero experimentar – ela dá as costa para ele esfregando as mãos, caminhando em direção a barraca.
-Algumas? Quantas você pode comer? - Oliver franze a testa e então a segue.
Depois de muitos minutos discutindo a ordem em que as tortas deveriam ser experimentadas e qual seria a primeira saíram de lá cada um com uma torta e uma garrafa d'água nas mãos. Oliver com uma de cereja e Chloe com um clássico segundo ela, de chocolate.
A procura de um lugar para se sentar andaram em silencio entre as dezenas de mesas de madeira que ficavam em um campo aberto. O silencio era confortável, surpreendentemente confortável e Oliver não sabia se deveria fazer a pergunta que estava se fazendo desde que ela saiu do seu quarto um dia antes. Ele olhou para ela antes de umedecer os lábios.
-Posso te fazer uma pergunta? - ele pergunta, meio incerto e espera.
-Outra? Claro! - ela responde facilmente.
-Por que?... Quero dizer, o que?O que te fez mudar de ideia quanto a mim? - ele olha para ela e Chloe está olhando para o chão agora. - Até dois dias atrás você não parecia se importar em deixar claro de que minha presença aqui, não era bem vinda – ele diz suavemente, sem acusar.
Chloe sabia que mais cedo ou mais tarde a pergunta surgiria aquela noite. Mas se para outras tantas que também se fazia não tinha a resposta, para aquela em especial ela tinha, era só ter uma dose coragem extra para dizer, para se expor um pouco.
-Eu... me lembrei de Clark – ela diz baixinho.
Oliver não diz nada.
-Me lembrei que por mais que eu o amasse, que fosse meu melhor amigo, a teimosia dele em se recusar a enxergar as coisas como elas eram e agir... as vezes me tirava do sério – Chloe aperta os lábios.
Oliver balança a cabeça entendo um pouco, então ri olhando para o alto.
-Eu sei como é!
-Mas me lembrei de você também – ela encolhe os ombros, desviando o olhar para sua torta.
-De mim? - surpreso seus olhos voltam rápido para ela. Se sentiu nervoso de repente. Não sabia se queria ser colocado ao lado de Clark Kent.
-É!Me lembrei que mesmo com o botão de autodestruição apertado, mesmo depois de chegar ao limite você voltou atrás – ela para quando percebe que Oliver parou de andar para poder ouvi-la.
Ele não sabia o que dizer, então quando percebeu estava parado entre as pessoas que passavam por eles.
-Você voltou a ser quem você realmente é Oliver. Quem nasceu para ser! E isso, digamos que... me inspirou - ela olha nos olhos dele e sorri.
Alguns segundos se passam até que ela desvia o olhar e passa por ele, indo em direção a uma mesa vazia. Oliver a acompanha com o olhar. Paralisado, com o coração acelerado e um sorriso bobo no rosto. Como não tinha reparado nela antes, nesta mulher incrível?
Sem pressa Oliver chega a mesa e se senta, de frente para ela. Ele não pode não olhar para ela, não pode não ler seu olhar e ver o grande esforço que ela tinha feito para se abrir com ele e como ela era sincera.
-Por mais que eu goste de ser sua inspiração e eu gosto, acredite. O mérito de me trazer de volta, de me tirar do modo bomba relógio, é seu Chloe.
-Não. Eu poderia ter te colocado dentro de uma betoneira, ter tirado todo o seu dinheiro, mas não teria adiantado se não tivesse enxergado a si mesmo. O mérito é seu – ela tira a importância de seu ato cutucando a torta com o garfo.
-Você se dá pouca importância, mas ok. Eu entendo, acho que entendo o que quer dizer e fico feliz que esteja vendo que tudo isso não é você - ele se segura para não pegar a mão dela que estava a alguns centímetros da sua.
-Acho que não quis ficar presa nessa ideia. Eu não sou assim, nunca fui – ela diz entre um suspiro, sentindo ainda o tão familiar aperto no peito que a acompanhou por meses. Aperto de quem se sentiu magoada por tempo demais.
-Eu disse que você era uma de nós Chloe. Nós também erramos e encontramos nosso jeito de voltar ao caminho certo. Você também está dando o seu jeito – ele sorri orgulhoso.
-Digamos que você contribuiu para isso – ela admite. Colocando o cabelo atrás da orelha e juntando todas as fibras de seu corpo para ter coragem. - Obrigada por não jogar um caminhão em mim.
Ela olha para ele por baixo e sorri suavemente e Oliver sente o coração bater forte contra o peito.
-De nada, professora – ele diz assentindo e sorrindo satisfeito.
Chloe retira a mão da mesa, feliz por ter passado por isso, inteira e por Oliver não ir além do que ela podia suportar. Olhando para sua torta ela solta o ar que estava preso e pegando um pedaço generoso coloca na boca, dando aquele tópico por encerrado.
Por mais que quisesse conversar, esclarecer tudo Oliver aceitou mais aquele pequeno passo. Era claro e visível que Chloe ainda tinha o coração partido, forçar poderia mais danificar do que consertar...
Então espera e prefere aproveitar a noite. Ele tira os olhos de sua torta eolha para ela, Chloe estava em silencio há muito tempo, ele estranha a careta que ela fazia enquanto mastigava. Se divertindo com a dificuldade que ela parecia ter para engolir ele oferece água a ela.
-Ajuda? - ele tira a tampa da garrafa dela.
Chloe aceita e dá um gole generoso, talvez o gosto melhorasse se a textura mudasse. Mas nem com a boca inundada aquela torta melhoraria. Fazendo força ela engole e faz careta dando um segundo gole.
-Espero que Independence tenha um plano b. Por que se depender desta torta.
-Mesmo?Ela parece saborosa – ele olha de novo para a sua em descrença.
-Ela não passa de um rostinho bonito, acredite – Chloe empurra seu prato para longe.
Oliver ri para ela e sua cara de frustração. Não podia evitar, mas ela parecia ainda mais adorável contrariada. Ele olha em volta e depois para ela de novo.
-Acho que vi uma barraca de pizza...
-Por favor – ela pede, sem se envergonhar.
-Eu já volto – ele levanta rindo.
-E uma porção de fritas... Bem gordurosa... Por favor? – ela grita, empurrando a torta que ele deixou para trás junto com a sua, bem longe.
Equilibrando os pedido dela e mais algumas coisas Oliver caminha a procura da mesa deles. Olhando em volta e em como as pessoas pareciam animadas, passando por ele rindo e correndo riu de si mesmo.
Seus olhos foram atraídos para o palco ao fundo e para a grande pista a sua frente, onde dançavam ao som tipico que a banda local tocava. Nunca, nem um milhão de anos poderia se imaginaria indo tão longe para buscar uma amiga. Riu mais quando imaginou as piadas que Victor faria se ele mostrasse uma foto.
Mas arrependimento nem passava perto de sua mente. Não se arrependeu de ter ido atrás dela. Chloe estava fazendo valer a pena. Ela já se parecia com a antiga Chloe e ele não mentiria, estava adorando ficar ao seu redor, na verdade estava cada vez mais ansioso para chegar mais perto. Mas ao mesmo tempo fazia força para se manter distante, manter suas mãos nervosas de vontade de tocá-la longe.
Surpreendida Chloe se assustou quando um pedaço gigante de pizza foi colocado a sua frente, seguido de um porção de batata, pipoca e um refrigerante que mais parecia estar servido em um balde. Ela riu e olhou Oliver se sentar carregando a mesma quantidade de comida para ele.
-O que? - Oliver pergunta quando se arruma na cadeira de madeira e vê o olhar estranho dela. - Faltou alguma coisa?
-Não – ela responde balançando a cabeça. Em silencio ela pega uma batata e coloca na boca.
-Sabe, até que eu gosto desta cidade. Você fez uma boa escolha quando trocou Smallville – ele se arrepende imediatamente.
-Eu não escolhi trocar Smallville ou Metropoles, não era meu plano – ela diz friamente, com o olhar preso a comida.
-Eu sei, me desculpe – ele engole seco.
Chloe imediatamente balança a cabeça, forçando um sorriso que não atingiria seus olhos nem com muito esforço, não quando sentia tanta falta de casa.
-Mas Adele pode ser a razão de você estar sentado aqui agora – ela diz baixinho, ainda sem olhar para ele.
-Mesmo? - ele pergunta agradecido pela tentativa dela de amenizar a tensão.
-É. Minha intenção era a cidade vizinha, que era até onde o ônibus que eu estava ia. Mas eu não tomava um café há horas e não podia aguentar nem mais um quilometro sem causar um acidente na estrada – ela arregala os olhos para ele antes de continuar e Oliver sorri para interpretação dela. - Então sai em busca de alivio e perguntei a primeira simpática senhora que passou na minha frente onde ficava o café mais próximo. Ela me levou até Larry – ela encolhe os ombros.
-Quer dizer que Adele foi a culpada – Oliver cerra os olhos.
-Mais ou menos isso – Chloe confirma afundando uma batata no molho. - no meio do caminho eu disse que não tinha onde ficar, ela me apresentou como uma velha conhecida e o milagroso emprego no café era meu.
Oliver apoia os cotovelos sobre a mesa, analisando a postura despreocupada dela. Chloe não percebia o quanto transparecia em seu olhos a bondade que ela carregava. Adele simpatizou com ela imediatamente e não era de se surpreender.
Notou que enquanto andavam pela feira a todo instante ela era cumprimentada por alguém, provavelmente clientes que ela serviu nos últimos cinco meses. Ela não parecia perceber, talvez por estar tão machucada, mas era querida.
-Nem posso imaginar por que ela fez isso – Oliver riu internamente.
-Nem eu – ela ergue os dois ombros e coloca mais uma batata na boca.
Assentindo e se divertindo com essa inabilidade de se enxergar Oliver não diz nada.. Mesmo que na maioria das vezes fosse uma porta aberta ao sofrimento aquela era uma encantadora qualidade, a humildade. Um dia diria a ela como era cativante... agora tinha medo de parecer falso.
A aquela altura já estava mais fácil conservar. Chloe conseguia olhar para Oliver sem se lembrar a cada minuto do que tinha acontecido há dois dias entre eles ou se lembrava não tinha mais aquela vontade incontrolável de enfiar a cabeça no primeiro buraco que encontrasse ou simplesmente correr.
Mais tarde, andando lado a lado, Chloe olhou para ele discretamente enquanto Oliver falava animadamente sobre uma experiencia em uma cidade parecida com Independence que ficava perto da Excelsior. Era impossível não ser afetada pelo sorriso dele, sabia que também estava sorrindo e não era por causa da história.
Estava mais que consciente dos olhares que Oliver atraia, principalmente da parte feminina do publico, mas era a maneira despreocupada dele que a impressionava. Ele era imponente, grande sem parecer arrogante. E de repente se perguntou, por que ela?
-Bem, já que minhas histórias estão te entediando eu sei o que vai te animar – Oliver muda de assunto bruscamente.
-O que? - ela acorda de seus pensamentos e volta um passo, ficando de frente para ele.
Oliver responde apontando com a cabeça para trás dela. Chloe vira a cabeça e não vê nada mais que o palco e escuta nada menos que a musica alta e as risadas que vem da pista. Ela olha para ele de novo sem entender. O sorriso afetado no rosto dele a faz entender imediatamente.
-Não! - ela nega veementemente.
-Por que não? - ele pergunta inocentemente.
-Por que eu não vou me arriscar quebrar um pé? Eu cresci em Metropoles e lá não tem quadrilha – ela faz careta olhando de novo para trás, tentando identificar o tipo de dança.
-Não seja preconceituosa Sidekick, e nem é quadrilha – ele não dá tempo a ela de negar. Motivado pela incerteza em seu olhar agarra a mão dela e a leva.
-Oliver.
-Onde está seu senso de aventura? Pensei que fosse mais corajosa que isso - ele provoca quando estão a poucos metros da pista.
-Você está me chamando de covarde? - ela olha feio para ele não mais puxando a mão da dele.
-Talvez? - ele responde se divertindo quando os dois param no centro.
Chloe olha em volta mordendo o sorriso nervoso que teimava em se formar em seu rosto. A banda tocava ma versão country do que ela logo identificou como sendo Matboxtwenty. Não era nada ruim, até divertida, mas dai dançar no meio de todo mundo...
-Eu não sei. Isso é muito parecido com um filme – ela ri olhando para ele.
-Qual? - ele pergunta curioso.
-Sweet Home Alabama nos processaria por plágio - ela ergue uma sobrancelha.
-Como a musica? - ele pergunta franzindo gravemente a testa sem entender a dica.
Chloe revira os olhos. Claro que ele não saberia de que filme ela estava falando. Ele tinha testosterona demais no corpo para isso.
-Deixa pra lá. Melhor você não me fazer passar vergonha Barysshinikov – ela aceita erguendo as mãos unidas.
-Olha só!Pra quem não queria aceitar – Oliver ri segurando firme a mão dela.
-Posso ser da cidade grande, mas ainda sou uma garota do Kansas. Sr. Queen – ela sorri para ele dando um passo a frente.
O sorriso dele aumenta com a confiança dela. Se esquecendo de tudo e todos a sua volta ele dá um passo, se aproximando dela sem tirar os olho dos dela. Podendo dar um tempo a si mesmo coloca a mão em sua cintura perfeita e Chloe segura seu braço.
É claro que quando começaram a dançar não era nada parecido com o resto. Todos pareciam profissionais, mas eles não se importaram, eles tinham o próprio ritmo. Oliver até tentou imitar alguns casais rodando Chloe, mas só serviu para tirar gargalhadas dela.
-Qual é Sullivan, me ajude – ele pede brincando.
-Nem uma semana aqui nos faria dançar assim – ela se defende.
-Eu sei, eles não dão folga, não é? - Oliver olha em volta acalmando.
-Tudo bem. Acho o nosso jeito melhor que o deles – ela diz sorrindo.
Oliver olha para ela e seu coração acelera com a proximidade e intimidade. Assentindo ele sorri, então sem querer mais impressionar ele dança com Chloe em seus braços. Lento e confortável. Chloe sentia a pele esquentar de baixo das mãos dele e tão rápido não podia se importar menos em estar no centro e ter olhos sobre eles.
De repente estava mais difícil respirar e Oliver sentiu a vontade de beijá-la crescer e ficar quase insuportável. Ela estava a apenas alguns centímetros e tinha a sensação de que se tentasse não seria rejeitado. Chloe olhava tão intensamente para ele que sua mente começou a se esvaziar aos poucos e foi puxado em direção a ela, como um imã.
O coração de Chloe começou a bater violentamente contra o peito e ela se preparou, queria desesperadamente ser beijada por ele, de novo. Não resistiria nem fugiria, então só esperou, mas quando pensou em fechar os olhos a musica mudou e ela foi puxada pela mão para trás.
-Hei querida, é assim que dança na cidade grande? - Adele pergunta rindo para ela.
Chloe leva um segundo para se recuperar, ela olha para Adele que a puxa para mais longe onde um linha de mulheres está se formando e de volta para Oliver. Ela se encolhe em frustração e recebe dele o mesmo olhar.
-Oi. - Chloe só consegue dizer isso.
-Vamos lá. Ele te espera – Adele dá uma leve cotovelada nela e para ao seu lado.
Chloe sorri com a certeza de que está vermelha. Oliver está ao lado de Herry, realmente disposto a fazer aquilo, ele olha para ela com um olhar de desafio. Chloe desvia quando a musica rápida começa e aceita balançando a cabeça em rendição.
Adele segura a mão de Chloe lhe guiando e elas começam a se aproximar de seus pares do outro lado. Mas quem está de frente para Oliver é Adele e não ela. Olhando por cima do ombro em desdem Chloe aceita a mão de Henry e eles começam a dançar enquanto Oliver leva gentilmente a esposa dele.
Chloe podia negar qualquer coisa, menos de que estava se divertindo. Se despiu ou se desapegou de suas magoas por uma noite e aceitou o que viesse. Oliver, aquela noite. Só podia se arrepender por ter perdido tanto tempo se torturando.
Os casais começaram a trocar de pares e Chloe deixou Herry procurar sua mulher e esperou por Oliver, mas sua mão foi tomada de forma nada gentil por outra pessoa. Quando se deu conta outra apertava sua cintura de forma grosseira e ela nem precisou olhar para cima para saber quem era.
-Oi Sullivan – Larry puxa Chloe com um sorriso no rosto.
Chloe sente o cheiro de cerveja invadir seu nariz e ela empurra Larry, mas ele aperta os dedos dolorosamente em sua carne e agarrar sua mão.
-Me solta ou eu deixo seu outro olho roxo – ela se mexe tentando se soltar, a procura de Oliver, mas ele não está por perto, nem ele nem Adele.
-O minimo que você podeira fazer é dançar comigo depois de me deixar assim – ele se inclina, claramente bêbado.
Chloe consegue empurrá-lo e quando Larry dá um passo para trás um punho fechado vai de encontro ao seu rosto, o jogando direto no chão. Surpresa Chloe olha para o lado e vê Oliver transtornado ir para cima dele. É tudo tão rápido que ela leva um segundo para reagir e segurar Oliver pela jaqueta.
-Não Oliver – ela tenta puxá-lo, mas Oliver é muito mais forte.
-Eu disse que acabaria com você – Oliver diz cego de raiva, puxando o homem pela gola. Se antes ele não fez nada agora ele cumpriria a promessa de acabar com ele.
-Oliver – Chloe segura o braço dele e se coloca o quanto consegue entre os dois. Larry estava quase desmaiado. - Por favor - ela pede tentando acalmá-lo.
Oliver tira os olhos dele e olha para ela. A suplica em seus olhos o segura e ele acalma. Chloe suspira e pega sua mão na dela. Queria levá-lo dali, tirá-lo dos olhos assustados em volta deles.
Entrelaçando os dedos nos dele ela não parou até eles estarem de volta ao estacionamento. Ela só para realmente quando estão de frente a porta do motorista da picape que Oliver alugou.
Preocupada com o silencio dele ela olha para trás. Ele ainda estava nervoso, evitando seu olhare. Seu peito aperta com a visão. O olhar dele era um mistura de frustração e decepção. Ela dá um passo a frente, sem soltar a mão da dele. Tocando gentilmente seu rosto tenso com a outra mão ela o faz olhar para ela.
-Está tudo bem... Você me leva pra casa? – ela diz com um sorriso singelo.
Ele umedece a boca, nervoso. Ainda estava furioso. Queria seriamente quebrar todos os ossos de Larry por tocar nela, de novo, mas não queria causar problemas, nem decepcionar Chloe. Sem muita certeza ele concorda, sem dizer nada. Não era sua culpa, mas tinha a sensação de que tinha estragado a noite.
CONTINUA...
Nota2:Sei que demorei para postar a continuação, mas acho que compensei pelo tamanho, certo? Se sim, se não...Comente!!E obrigada!!
NÃÃÃOOOO, Adale... Agora não!!!! :(
ResponderExcluirBem merecido para o Larry! Bem feito... aff! Ele acabou com o clima...
Roberta, demorou um pouquinho, mas valeu a pena. Continuação logo, por favorzinho!!!!!
GIL
kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirQuis dizer AdEle!!!
Mas que foi uma enorme bola fora, foi... Poderia ter esperado um pouquinho, né?!! Foi um balde de água fria...
GIL
hehehehehe acho que até eu errei no nome da mulher. Acho que é Adela.
ResponderExcluirÉ, ela interrompeu =/
E Larry merecia outro soco, do Oliver agora... motherfucker
Pode deixar loguinho a continuação. Acho que agora não vai ter ninguém empatando, ai a chance do negócio rolar é grande =D
Valeu Gil ;)
Beta, ameeeeeeeeeeeeeei esse capítulo!
ResponderExcluirAdorei o Larry apanhando do Oliver!!!!!
Concordo com a Gil, foi uma tremenda bola fora da Adele.
Ri muito quando o Oliver disse: "Em minha defesa, só tinham caminhonetes na loja" . Deu pra imaginar a carinha do Oliver nessa cena , aliás consegui imaginar tudinho.
Achei tão cute os dois "tentando" dançar e depois vem aquele momento super romântico, fofo e chega a Adele pra jogar um balde água fria na gente, rs!
Verdade, Beta. Demorou um pouquinho mais valeu muuuuuito a pena esperar. É continuação logo por favorzinho[2]
Pelo AMORE Betinha\o/ você arrasou !!!!! Eu quero mais !!!!
ResponderExcluirAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA....
Surtei com essa parte : Oliver olha para ela e seu coração acelera com a proximidade e intimidade. Assentindo ele sorri, então sem querer mais impressionar ele dança com Chloe em seus braços. Lento e confortável. Chloe sentia a pele esquentar de baixo das mãos dele e tão rápido não podia se importar menos em estar no centro e ter olhos sobre eles.
De repente estava mais difícil respirar e Oliver sentiu a vontade de beijá-la crescer e ficar quase insuportável. Ela estava a apenas alguns centímetros e tinha a sensação de que se tentasse não seria rejeitado. Chloe olhava tão intensamente para ele que sua mente começou a se esvaziar aos poucos e foi puxado em direção a ela, como um imã.
O coração de Chloe começou a bater violentamente contra o peito e ela se preparou, queria desesperadamente ser beijada por ele, de novo. Não resistiria nem fugiria, então só esperou, mas quando pensou em fechar os olhos a musica mudou e ela foi puxada pela mão para trás.
GAAAAAAAAH vou matar a Adele!!!! Deu vontade de pular nela e dar um puxão!(agora não sua estraga prazeres) Hahahahaha
Poxa e a parte dele chamando ela pra dançar o diálogo e as caras que ambos fazem ... PERFEITO Betinha imaginei tudo !!!!
Mew, você manda bem demais Betinha!!!!!
Fiquei com vontade de quero mais e mais e mais, mais mais....
GREAT !!!
Parabéns Betinha.
Bjs
Anne
Clariceeeeeee \o/
ResponderExcluirNão podia deixar Oliver passar vontade né? =D
Ah, imagina que fofo ele numa caminhonete?Awn
Adela mais odiada que Larry hahahahaha
Anne!! *-*
Vc viu só, eu estava romantiquinha quando escrevi hahaha
To falando, acho que vcs queriam que o soco fosse pra Adele hahaha
Que bom que gostou e conseguiu imaginar tudo =D
Valeu meninaaaaaaaaaaaaaaaas!E tem mais, logo.
O frio tá forte, mas eu vou escrever o proximo.
Ah tem uma cena que eu esqueci de comentar bem no início dessa istória Betinha, que é quando o victor liga pro Oliver pra avisar como estar indo sobre a missão de observar Chloe e talz e o Oliver atende o celular e Victor diz:
ResponderExcluirOlá pra você ,também estou bem e a missão de ontem foi um sucesso e estamos todos bem e inteiros caso queira saber.
Mew, eu rir muito com essa cena, você captou muito bem a dinamica entre esses dois personagens e fez melhor ainda; passou isso admiravelmente pra nós nessa fic.
Por isso que eu digo sem medo, você estar SIM entre as feras que escrevem fic Chlollie \o/
Ansiosa pela parte 10
Olha fazia tempo que uma fic não me prendia e deixava assim viu Betinha?
Ahhhhh, eu gosto do Victor, com Ollie então =D
ResponderExcluirSempre quis vê-lo com a Chloe também.
Obrigada Anne!!Eu obseeeeervo e tento deixar parecido =)
Ah, Larry idiota tinha que aparecer pra estragar o momento!!!! Embora, eu deva admitir que adorei o Ollie completamente transtornado defendendo a Chloe... ADOREI!!!!!
ResponderExcluirRoberta, eu já disse que AMO essa história? Acho que sim... mil vezes :DDDD
Amo cada capítulo e não vejo a hora de ler o próximo!!!!!
Ele estava devendo, né?Um soquinho no Larry! =D
ResponderExcluirAi vc me perdoa??rs
hehehe algumas, mas pode dizer, ligo não *-* hihi *-*
Pode deixar Sofia!!Capitulo em construção =)
Obrigada!!!
kd o proximo capitulo?????????????
ResponderExcluiransiosa demaissss...
muito boa a fic.
uma das melhores ate agora.
adorei o Ollie dando um murro no Larry.
Então,dessa vez a culpa não é minha... Estou sem internet.
ResponderExcluirCulpa da telefônica, eu to culpando =)to xingando horrores ¬¬
Obrigada Amandaaaaa por cobrar, pode cobrar ;)
Ahh tão lindo, ver a Chloe voltando a ser ela mesma. Ele lutando com o desejo de beijá-la,ele a defendendo. Lindo Betinha simplesmente lindo.
ResponderExcluirE POR QUE UM HOMEM DESSE NÃO APARECE NA MINHA VIDA?????????
¬¬
Vilm@
Que raiva desse Larry! Ele tinha que estragar a dança deles...a noite estava indo tão bem...
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