Nothing Else Matters (NC-17)

Titulo: Nothing Else Matters

Autora: Roberta Clemente

Classificação: NC-17

Resumo:  Uma péssima semana, uma noite quase desastrosa e apenas uma pessoa capaz de consertar as coisas.

1/1

Oliver deu as costas para a sala de equipamentos e ainda podia sentir a adrenalina correndo por seus membros trêmulos. Em uma tentativa de acalmar os nervos levou a mão a cabeça, encontrando seu mais recente machucado. Deixou escapar um gemido de dor, mas logo o reprimiu, de certa forma aqui era bom. Então apertou o couro cabeludo até a dor ficar aguda e ter a certeza, estava realmente vivo.

Aquela ultima cena ainda estava presa a sua mente, como um filme, passando sem parar, do começo ai fim, só pra começar de novo e terminar no momento em que quase colocou tudo a perder.

Não tinha percebido um terceiro ladrão se aproximando e por milímetros não terminou a noite com uma bala na cabeça. Seu coração disparou de novo e ficou difícil respirar só em pensar na sorte que teve.

No ultimo instante escutou a respiração pesada do ladrão e se virou a tempo de evitar o tiro certeiro. Conseguiu dominá-lo também, impedir o assalto e fingir ao mesmo tempo que não tinha sido nada de mais. Não queria assustar Chloe, mas a verdade era que tinha saído do banco sem saber direito como, no piloto automático. Quando percebeu estava longe.

Não podia mais fazer aquilo. Sair e usar o Arqueiro Verde como válvula de escape quando o homem de negócios se sentisse frustrado. Não quando tinha tanto a perder. Um momento de distração por estar cansado e quase perdeu tudo.

Se impediu de entrar no quarto e deixou o corpo pesado encontrar o batente frio da porta. De longe olhou pra cama, onde seu mundo, seu universo dormia tranquilamente. Sua esposa era tão linda, tão especial. Nunca mais sairia sem condições, nunca mais correria o risco de perder isso. A mulher de sua vida a sua espera.

Forçando o corpo para dentro olhou pra ela. Sabia que Chloe dormia profundamente pelo ritmo em que respirava e tudo o que mais queria estar com ela, tê-la dormindo em seus braços, mas precisava fazer uma coisa antes. Se livrar do sangue e da expressão de culpa que sabia que estava carregando.

Chloe precisou de um minuto inteiro para sair de seu sono. O quarto estava parcialmente escuro, mas podia vê-lo ali, sentado ao lado dela, parado, velando seu sono com o olhar cansado que vinha carregando, mas suave.

Ela sorri para ele e se espreguiça. “Oi herói”

“Oi” Oliver toca o rosto dela, tirando uma mecha loira dos seus olhos verdes.

Chloe pôde sentir a tensão no corpo dele em resposta ao seu toque. Oliver parecia mais cansado que o de costume. Aquele era o final de uma difícil semana. Semana em que o Arqueiro tinha ficado em casa para o CEO ir a luta, brigar contra vilões tão frios e cruéis quanto os das ruas.

“Vem cá” Chloe levanta o lençol, oferecendo o lugar ao lado dela para ele deitar.

Oliver aceita em silencio e com um pequeno esforço desenrola a toalha da cintura antes de deixar seu corpo cair ao lado do dela. Imediatamente ele a puxa para mais perto enquanto ela o cobre com o fino lençol.

A adrenalina estava dando lugar a dor e parecia ganhar peso a cada segundo. A sensação do tecido tocando seu corpo era reconfortante, a da pele quente dela o moldando um remédio, o melhor dos remédios.

Respirando fundo Chloe inalou o cheiro do sabonete que estava na pele dele e correu os dedos por seu pescoço massageando até seu cabelo molhado, de repente Oliver agarrou seu pulso, a impedindo de continuar.

Ela estranha e procura o rosto dele, o encontrando com os olhos ainda abertos, presos ao teto, sem conseguir relaxar e desligar do que quer que tenha acontecido. Sempre se orgulhou de ser observadora e cuidadosa e daquela vez não tinha sido diferente. Algo não tinha ido como ele esperava durante a patrulha, aponto de não querer lhe dizer.

Quando ele lhe reportou e avisou que estava voltando para casa se impediu de fazer perguntas e simplesmente esperou. Tinha aprendido que as vezes ser companheira era ficar em silencio, observar e deixar o outro saber que estava lá para ele. Não era fácil, mas as vezes preciso.

Eles olham um para o outro, cada um com seus pensamentos e sorriem. Chloe empurra o lençol para baixo e passa a perna por cima dele, de um jeito que ficasse pairando sobre ele, com o rosto a centímetros do dele.

Oliver coloca as mãos em sua cintura e suspira. “Chloe...” ele é silenciado com um beijo. Ele retribui apertando um pouco mais os dedos na pele dela. Ter sua esposa nua a qualquer hora, pedindo por ele era a melhor coisa do mundo, mas estava exausto, não queria decepcioná-la.

“Shuh. Relaxa” ela sussurra na boca dele.

Assentindo Oliver fechou os olhos quando mais uma vez os lábios dela tocaram os dele. De forma leve, sugando para massagear em seguida. A sensação era deliciosa. Então Chloe tirou suas mãos da cintura dela para descansá-las sobre o colchão. Sentiu um arrepio quando as unhas dela percorreram seus braços em direção os ombros. Chloe apertou gentilmente seus músculos tensos ao mesmo tempo em que massageava sua língua com a dela. Foi tão relaxante e excitante ao mesmo tempo que não pode se impedir de gemer.

Deixando a boca dele Chloe fez um caminho de beijos até que seu nariz afundou nos fios dourados atrás da orelha dele. “Eu vou cuidar de você”

Ela se senta, tomando cuidado para deixar o peso do corpo sobre os joelhos e não sobre ele. Ele sorri para ela com uma ponta de malicia e Chloe sente o estomago contrair de paixão. Então usando as duas mãos ela toca o rosto dele, o forçando a fechar os olhos, que estavam ligeiramente fundos e Chloe usa os polegares para fazer círculos em volta deles. Ela o observa com cuidado, cada traço, cada linha. Nem o cansaço tirava sua beleza.

Ela desenha a linha dos lábios grossos que adorava beijar e Oliver abre a boca tocando seu dedo com a ponta da linguá. Segurando seu rosto quadrado com as duas mãos ela se inclina e morde levemente o queixo quadrado que tanto amava e deixa os dentes rasparem contra a pele do pescoço forte.

Chloe sente a crescente ereção dele contra ela e continua a massagear seus músculos cansados, mas já menos tensos. Ela corre os dedos pelos braços, usando mais pressão nos ombros, até a linha do cabelo. Oliver soltava um pequeno gemido todas as vezes que chegava aquele ponto e ela sabia que era onde os nós estavam concentrados.

Depois de alguns minutos Oliver relaxa completamente sob as mãos dela e Chloe deixa seus dedos pastarem sobre o estomago definido a baixo dela. Ela arranha de leve enquanto pressiona o quadril contra a ereção dele. Oliver aperta os punhos no lençol e ela morde um sorriso de triunfo, fazendo movimentos circulares, provocando.

“Não sei onde você aprendeu essa técnica de relaxamento, mas eu gostei” ele murmura.

“É mesmo?” ela continua provocando, arranhando as coxas dele, sempre com o minimo de pressão, tanto nas mãos quanto no quadril. Não queria que Oliver perdesse a paciência e lhe jogasse na cama, não era essa a intenção. “Não sei se você se lembra, mas eu passo muito tempo na internet e lá tem um monte de coisas bem uteis se quer saber”

“Ouvi dizer” Oliver ri, querendo abrir os olhos e ver o sorriso que sabia que ela tinha no rosto, mas se impedindo.

“Deixa eu te mostrar uma das minhas favoritas” ela diz baixinho, se inclinando e sugando a pele firme por onde seus dedos passaram.

Oliver contrai os músculos do abdômen em resposta e faz só mais algumas vezes antes de trocar por beijos suaves, fazendo outro caminho, mas desta vez para baixo. Oliver empurra a cabeça contra o travesseiro e o quadril para fora da cama quando Chloe fecha as mãos em seu membro. Ele abre a boca a procura de ar quando ela começa a massageá-lo e não encontra quando sente a língua quente dela nele.

Sem conseguir manter os olhos fechados por mais tempo ele olha para ela e Chloe está com os seus presos a ele ao mesmo tempo que deixa um beijo suave ali, fazendo uma onda de prazer correr na velocidade da luz por seu corpo a partir dos lábios dela, que sugam suavemente, trabalhando em sintonia com as habilidosas mãos. Já não conseguia mais lembrar o motivo de estar perdendo o sono, só conseguia sorrir.

Chloe continua a olhar nos olhos dele, nos intensos olhos castanhos que a observavam com tanto desejo. Ela percebe também que o peito dele subia cada vez mais alto a procura de ar, ele estava chegando perto.

Depois de percorrer da base a ponta ela deixa mais um beijo e começa a fazer o caminho de volta, engatinhando em volta dele, deixando sua língua deslisar pelo corpo nu de seu marido. Oliver fecha os olhos de novo quando ela alcança sua boca, com fome.

Ele afunda os dedos no quadril dela que estava de novo ao alcance de suas mãos. O beijo desacelera e Chloe se abaixa sobre ele. Devagar e sem pressa ele preenche seu calor enquanto suas línguas continuavam a conversar.

Chloe segura o lábio inferior dele entre os seus antes de cobrir as mãos enormes em sua cintura com as suas e se sentar. Ela quase diz a ele o quanto amava, mas sabia que o sorriso em seu rosto dizia praticamente tudo. E a forma como ele a tocava, que seus dedos a procuravam e protegiam ao mesmo tempo deixava claro o quanto ele a amava também.

Oliver se esforça para manter os olhos abertos quando ela começa a se movimentar em cima dele. Chloe era tão quente, estar dentro dela era tão bom que seria muito fácil esquecer de tudo e se entregar ao prazer que voltava a crescer.

“Está tudo bem, Ollie” ela diz a ele percebendo sua hesitação em relaxar. “ Isso é sobre você. Deixa vir” e aumenta um pouco a velocidade e força de seus quadris e ele fecha os olhos, cedendo.

Ele enche o peito de ar e seu cérebro parece inflar, seu corpo estava formigando, de prazer, sabia que estava com os dedos afundados na carne dela, mas mal os sentia, por alguns segundos o único pensamento coerente que conseguia ter era de como aquilo era bom e perfeito.

Não demorou muito para todas aquelas sensações se concentrarem e ganharem força, explodindo para fora dele, deixando seu corpo leve e sua mente limpa. Estava fácil respirar novamente, não tinha o peso do mundo em suas costas, só a pele macia de sua esposa sobre ele. Quando abriu os olhos ela estava de volta ao seu peito, como se nunca tivesse saído de lá, como se ali fosse o lugar mais seguro do mundo.

“Eu sinto muito” ele diz enfim, com a voz presa a garganta, sem saber se ela entenderia.

“Eu sei que sim” ela responde, beijando a garganta dele. “E sei que não vai fazer de novo”

Ele não se surpreende. Chloe o conhecia bem demais. “Eu te amo!” ele a beija sem esperar qualquer resposta, não precisava. Ele só a abraça forte, descansando a testa na dela.

Seus olhos enfim pesaram e imediatamente sentiu que poderia dormir a qualquer segundo, nada o atormentava mais, não tinha nada na mente além da mulher em seus braços e isso o acalmava. Podia descansar.

FIM

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