A Better Place - Final (NC-17)

Titulo: A Better Place

Autora: Roberta Clemente

Classificação: NC -17

Nota: Essa fic tem como base o episódios Roulette, mas com um final alternativo e o final dela tem como base alguns acontecimentos de Absolute Justice.
O nome da fic é uma musica da banda VAST

Resumo: E se antes de Oliver entender que Chloe salvou o herói, o mito, o homem tivesse cometido um ultimo erro?

Prologo  1/17  2/17  3/17  4/17  5/17  6/17  7/17  8/17  9/17  10/17  11/17  12/17  13/17  14/17  15/17  16/17 17/17 P1 17/17 P2

17/17

Parte Final

Chloe se abaixou para pegar mais um monitor quebrado do chão e bufou irritada. O lugar estava uma bagunça, com cacos por todos os lados e equipamentos danificados. Nenhum dano permanente na estrutura, bem, menos em sua dignidade, que tinha sido fortemente golpeada depois de ser pega por Icicle e nisso quase ter colocado tudo a perder.

Claro que estar fora de forma era uma desculpa bem plausível, até mesmo para ela, ter sido pega de surpresa também, mas a verdade é que não podia não se sentir ridícula por no meio de tantos heróis ter sido a donzela em perigo mais uma vez. Isso estava lhe matando, há horas.

Isso e o fato de estar agora cuidando da bagunça que todos tinham sem cerimonia deixado para trás. Depois que Icicle foi rendido cada um tomou um rumo diferente, inclusive Oliver, deixando a sujeira pra ela. Seu corpo doía, seu pescoço ardia de mais uma queimadura de frio e ainda vestia as roupas do dia anterior.

Olhando através do buraco de um dos seus monitores preferidos Chloe sentiu uma rajada de vento bagunçar seus cabelos. Ficou imediatamente tensa, o que só serviu para lembrá-la de que seu pescoço não só ardia, mas também doía.

Encarar Clark estava ficando cada vez mais fácil, mas seu coração ainda acelerava por isso. Respirando fundo se preparou para encontrar mais uma vez aquele olhar de desaprovação que agora Clark ostentava. Se virou e para seu total alivio encontrou J'onn parado atrás dela.

-Se não é meu marciano preferido – Chloe relaxou imediatamente. Era impossível ficar alheia a presença reconfortante de John. - Parece que está aproveitando o retorno dos seus poderes.

-A um custo – o sorriso fácil dele se desfaz. - O ultimo ato do Sr. Destino foi devolver minhas habilidades em vez de salvar a própria vida.

Chloe engole seco. Eles mal se conheciam, os dois grupos tinham acabado de se encontrar, mas a perda foi sentida por todos.

-O que acontece com o capacete agora? - Chloe pergunta em um misto de curiosidade e medo. Não conseguia não estremecer ao se lembrar da voz profunda que vinha do capacete.

-Segundo o Gavião Negro, alguém de valor será levado a ele. E se tornara o próximo Sr. Destino – J'onn explica.

-E o que acontece com você? - Chloe pergunta franzindo a testa.

-Meu tempo como detetive me permitiu proteger os humanos em um nível muito pessoal e individual. Eu gostei disso. Agora vou continuar a proteger e servir, usando toda ferramenta que tenho – J'onn diz com orgulho, segurando a barra de sua jaqueta de couro.

-Eu também – inspirada Chloe atravessa o centro da sala em direção ao único console que ainda funcionava.

-Correndo o risco de ultrapassar algum limite, preciso lhe dizer uma coisa – J'onn para ao lado dela. - Você é muito apreciada Chloe, por todos, saiba disso, mesmo que não ouça com a frequência que merece.

-Obrigada – Chloe agradece sinceramente.

-E por isso me vejo na obrigação de te alertar. Sr. Destino foi inundado por um fluxo constante de visões e informações, mas há um limite para quanta sabedoria alguém pode ter. Isso o levou ao limite da sanidade e ele o ultrapassou. Não preciso da minha telepatia para ver que você corre esse risco.

-Um capacete dourado, possuído por espíritos antigos e uma Torre de Vigilância são coisas completamente diferentes. Eu aguento – o tom de preocupação ativou nela um mecanismo bem antigo, o de disfarce.

-Eu digo isso por que me importo – J'onn toca gentilmente a mão dela.

Chloe resiste ao impulso de se afastar. Fora Oliver não tinha tido nenhum tipo de contato fisico nos últimos meses e isso as vezes a assustava.

-Você e Clark, Oliver. São minha família aqui. Então não interprete o que te digo de maneira errada. Sei que o que lhe fez ir embora era legitimo e sei que não deve ter sido fácil voltar, então se no fundo do seu coração o que te trouxe de volta valer a pena... Não se perca Chloe. Nem o trabalho que faz aqui vale a sua felicidade.

Chloe não consegue responder, apenas assentir. Se John tentasse abraçá-la agora em segundos estaria as lagrimas. Toda a tensão dos últimos dois dias, da volta, de ter que encarar todos de frente depois de sua partida a atingiu com força. Estava exausta.

-Alguém em casa? - Oliver entra sorrindo.

Chloe pisca algumas vezes e olha para ele, desviando o olhar de volta para o computador. Não queria ser vista chorando, não por Oliver e Deus sabia que J'onn quase a fez chorar.

-Novidades? - ela pergunta com os olhos presos a tela.

-Nada, na verdade passei para ver se estava com fome... se alguém estava com fome – Oliver se corrige. Correu até a Torre para encontrá-la e não esperava encontrar John também.

-Eu gostaria de jantar. Chloe? – J'onn pergunta a Chloe com um sorriso no rosto.

-Vão vocês, eu vou terminar por aqui – ela despensa o convite só pensando no quanto queria ficar sozinha naquele momento.

Oliver se surpreende com a recusa e estava para dar um passo na direção dela para pedir de novo quando J'onn tocou seu ombro, o impedindo de fazer qualquer coisa.

-Vamos lá, mas você paga – ele leva Oliver na direção da porta.

-Ok – Oliver responde tentando não deixar transparecer a decepção que estava sentindo.

-Tudo bem Oliver. Ela só precisa de um tempo – J'onn sussurra para apenas Oliver escutar.

-Acho que sim - assentindo Oliver deixa o prédio e Chloe.

As três horas seguintes tinham passado especialmente devagar para Oliver. Não que a companhia de J'onn não fosse agradável, sempre era, seu amigo marciano emanava uma calma toda especial e era impossível não se entregar a ela, mas naquela noite Chloe não saia de seu pensamento.

Ouviu mais do que falou e em alguns momentos se pegou fazendo o caminho de volta para a Torre. Queria falar com ela, saber o que estava acontecendo, por que ela o tinha afastado. Se algo que não sabia tinha acontecido com ela. Se ele tinha feito alguma coisa.

Nunca tinha se sentido tão vulnerável e exposto na vida. Ainda mais diante de uma mulher. Mas tinha arriscado tudo com Chloe. Disse o que estava sentindo, se declarou e foi sincero. Agora só podia esperar para que não estivesse sozinho nessa.

Quando J'onn foi embora quis correr até ela, quis muito, mas as palavras dele o impediram. Chloe precisava de um tempo, ele estava certo. Se tinha aprendido uma coisa sobre ela nos últimos tempos era de que pressioná-la ou forçá-la só fazia com que ela se fechasse atrás de muros ainda mais altos.

Saiu do elevador na cobertura se sentindo frustrado e impotente. Não era da sua natureza esperar, fazia um movimento quando queria algo ou alguém, mas Chloe o tinha colocado em um lugar totalmente novo.

Andou pelo corredor em direção ao quarto massageando a nuca. A tensão só o estava deixava mais dolorido. Mais uma cortesia de seu novo amigo Carter. Foram as palavras dele que o fez correr para a Torre naquela noite, pronto para dizer a Chloe o quanto ela significava para ele, para reafirmar o que tinha colocado naquele bilhete. E ele estaria rindo da sua cara se estivesse vendo a situação em que se encontrava.

Ignorando a cama Oliver foi até a janela, podia ver a ponta da cúpula azulada e redonda que iluminava o céu de Metropoles. Ficou ali alguns minutos antes de escutar o som vindo do corredor.

Oliver não percebeu, mas segurou o ar nos pulmões enquanto o som de saltos contra o mármore ficava mais alto e próximo. A expectativa fez seu pulso acelerar, podia sentir o coração batendo forte no peito, como o de um garotinho apaixonado pela primeira vez.

Chloe parou na porta quando encontrou Oliver esperando por ela. Podia sentir as borboletas se agitarem em seu estomago. Olhar para Oliver a deixava sem rumo, sem chão, sem referencia, fez força para não sorrir, ainda mais por que percebeu a expressão dura no rosto dele.

Ele preferiu observar em vez de dizer qualquer coisa. Deixaria Chloe fazer o movimento, dar o próximo passo, mesmo que seu peito estivesse cheio de esperanças por ela ter ido até lá. Colocou as mãos nos bolsos para se impedir de ir até ela e beijá-la ali mesmo.

E ela estava linda. De saltos pretos, saia lápis cinza e blusa de seda verde, combinados com os cachos dourados que caiam emoldurando o rosto perfeito dela. Chloe era linda e ele queria tocá-la para sempre.

-Oi – Chloe sussurra quebrando o silencio.

-Oi – Oliver responde em um tom neutro.

-Como foi o jantar? - Chloe pergunta, mais para ganhar tempo do que qualquer outra coisa.

-Bom – ele responde brevemente. Ela teria dele qualquer coisa, menos papo furado.

Chloe baixa a cabeça diante da impaciência dele.

-Chloe? - Oliver dá um passo a frente.

-Eu sinto ter perdido, tinha algumas coisas para arrumar e...

-Você me dispensou, eu entendi – Oliver sorri, mas o sorriso nem de perto atinge seu olhar.

-Não! Eu não te dispensei – Chloe dá um passo para dentro do quarto. - Eu estava cansada, eu não durmo há dois dias, não trocava de roupa desde ontem, eu precisava de um longo banho – ela olha bem nos olhos dele e o olhar neutro dele faz seu coração ficar pequeno. - Eu precisava de um tempo – ela dá de ombros.

-Você poderia ter dito, não sou criança Chloe. Eu teria entendido – Oliver se mantem calmo, quase frio.

Assentindo Chloe engole o nó que tinha formado rápido demais em sua garganta, dificultando sua respiração. Ela desvia o olhar de novo, o tom dele a estava matando.

-Você tem razão... Eu deveria ter dito que os dois últimos dias foram demais para mim em vez de te manter de fora. Me desculpe Oliver – ela diz baixinho.

-Está tudo bem se sentir assim. Você não tem que se desculpar ou se esconder por isso.

-Eu sei – Chloe se sente uma criança levando bronca. Sua vontade era de lhe dar uma resposta sarcástica e depois correr dali o mais rápido possível. Só não fez por ser ele, Oliver. Que a estava colocando em um lugar completamente desconhecido.

-Você quer correr, não quer? - estava fazendo algo que tinha prometido a si mesmo não fazer, forçá-la. Mas Oliver podia ver nos olhos dela o conflito.

-Sim – Chloe admite. - Tudo em mim me diz pra correr, pra me afastar.

-E por que você não faz? - Oliver pergunta com medo, muito medo.

-Por que não tem mais volta. Você me tira da minha zona de conforto, você me força a sair dessa concha em que eu me escondo e não tem mais jeito... eu não quero voltar pra ela, se for pra ficar sem você.

Oliver se esforça para não sorrir, mas sabia que seu rosto tinha ficado completamente relaxado.

-Não quer ou não vai? -ele pergunta para ter certeza do que ela estava dizendo.

-Não quero e não vou – a voz dela sai tremida, entregando todo o nervosismo que sentia correr por seu corpo.

Ela fica em silencio, esperando dele uma resposta enquanto seu coração bate acelerado em expectativa. Imaginou por dias aquela conversa e nem de perto se parecia com o que estava acontecendo. Na sua cabeça era agora que Oliver correria até ela e lhe tomaria nos braços.

Mas seu silencio era uma prova de que expectativa e realidade eram coisas completamente diferentes. O olhar dele preso ao chão lhe dizia tudo. Ela tinha estragado tudo de novo.

-Ok – ela sussurra antes de virar e sair do quarto.

As lagrimas presas começavam a minar quando Chloe chegou ao elevador. Tentar abrir a porta e não conseguir só serviu para fazer as emoções que estavam minimamente sobre controle ganharem força. Odiava perder o controle e mostrar fraqueza, precisava sair dali com urgência, mas não conseguia abrir a porta, por mais que sacudisse ela não abria.

-Onde você pensa que vai? - Oliver segura a mão dela.

-Eu vou embora – Chloe dá um passo para trás.

-Você disse que não iria – Oliver cobra dela palavras ditas há alguns segundos.

-Eu disse, mas você não disse nada e eu achei que...

-O que? - Oliver pergunta frustrado. - Jesus Chloe. Você tem que parar de me tomar pelos babacas que passaram por sua vida. Eu achei que tivesse me provado há muito tempo quando deixei aquela carta.

-Provou – Chloe diz irritada e confusa.

-Então me diz o que você quer. O que você realmente quer Chloe? - Oliver pergunta, firme, se aproximando dela. - O que você quer?

-Você! - Chloe grita. - Eu quero você – ela repete, sussurrando agora. - Eu tentei ficar lá, mas não conseguia parar de pensar em você, de sentir seu cheiro, de sonhar com você. Eu voltei também por mim, mas meu real motivo foi...você.

Oliver suspira tocando o rosto dela. Queria tanto escutar aquelas palavras, queria tanto que Chloe o quisesse do jeito que a queria.

-Chloe...

-Eu preciso que você saiba Ollie – Chloe fecha os olhos se inclinando ao toque.

-O que? - Oliver sussurra se aproximando.

-Eu sei que sou uma bagunça e complicada, que eu vou fazer besteira algumas vezes, mas... - ela abre os olhos procurando os dele. - Eu sou apaixonada por você – ela se declara enfim. Dizendo pela primeira vez em voz alta o que seu coração repetia para ela a todo instante.

Oliver sorri, sentindo o coração aumentar no peito, como se fosse explodir a qualquer momento de tanta felicidade. Pela primeira vez se sentiu recebendo um pouco da vida. Podia até parece bobagem para outra pessoa, mas se sentir desejado por ela, a mulher por quem estava completamente apaixonado, mulher que o conhecia por inteiro, significava muito, tudo.

-Você não é uma bagunça Chloe! Você estava machucada... Mas não se preocupe, eu vou cuidar de você – ele prende o rosto dela entre as mãos. - E não é só por que eu também sou, completamente, perdidamente, apaixonado por você – ele diz tocando o nariz no dela, fazendo ela rir com ele, se afastando de novo para olhar nos olhos dela. - Mas por que você vale a pena.

Chloe sentiu os joelhos fraquejarem, os olhos encherem de lágrimas, tão rápido que em segundos transbordaram lavando seu rosto... e ela respirou fundo, tão fundo que seu peito doeu. Há alguns meses atrás pensou não ser digna daquelas palavras. Tudo fazia acreditar que não fosse. Até Oliver. Até ele voltar pra sua vida sem pedir licença e roubar seu coração.

Não sabia se sobreviveria a mais uma desilusão, mas o homem a sua frente, secando suas lágrimas e tocando seu rosto com tanta adoração, não pedia dela mais do que estava dando. E saber que ele sentia o mesmo, que corria o mesmo risco que ela, acalmava seu coração e lhe dava a força que precisava para se arriscar.

Chloe se agarra a camisa dele e na ponta dos pés deixa um beijo delicado na mandíbula forte e quadrada de Oliver. Em resposta ele envolve os braços em sua cintura e Chloe se sente motivada a continuar. Pressionando o corpo contra o dele ela roça os lábios pelo pescoço, sentindo a pulsação acelerada debaixo da pele quente dele.

Como podia não se apaixonar por aquele homem? Como não deixar seu coração se entregar quando o dele estava totalmente entregue em suas mãos? Como resistir se tudo o que queria agora era tocá-lo? Como não beijá-lo quando queria desesperadamente ser beijada por ele?

Chloe sobe as mãos pelo peito firme e se segurando em sua nuca leva sua boca até a dele. Seu corpo todo estremece quando seus lábios se juntam ao dele, selando o acordo. Oliver tinha lhe dado seu coração e agora estava dando o seu a ele. Estava pegando em sua mão pra juntos se jogarem de cabeça no desconhecido. Se ela valia a pena, ele também.

Oliver deixa um gemido subir por sua garganta. Ele queria tocá-la e seu corpo não parecia se contentar em tê-la presa ao seu, não era suficiente. Sua mente era um turbilhão e seus movimentos não conseguiam acompanhar.

Sentia uma fome desesperada dela. Sentia também que um novo mundo de possibilidades estava se abrindo diante de seus olhos, era só esticar o braço e pegar. Ele puxa a blusa dela de dentro da saia de uma vez só. Chloe ri e ele ri também, ela levanta os braços facilitando e ele afunda o rosto no pescoço dela assim que o tecido some indo parar em algum lugar pelo chão.

Chloe fecha os olhos e abre a boca procurando ar. Pela segunda vez suas pernas ficam fracas em apenas alguns minutos. Oliver morde seu pescoço e ela se agarra aos ombros dele. Ela tenta abrir a camisa dele, mas Oliver suga sua orelha e seus dedos imediatamente se atrapalham com os botões.

-Oh, Deus! - ela choraminga.

-O que foi? -Oliver pergunta sobre a pele dela. - Quer que eu pare? - ele provoca.

-Não! Continua – Chloe responde segurando o riso.

-Pode apostar que eu vou, mas eu tenho uma ideia melhor – ele se afasta, pegando Chloe no colo, não dando tempo a ela de se preparar.

-O que você está fazendo? - ela se agarra a ele.

-Aqui em baixo não tem porta – ele olha para ela com um sorriso malicioso.

-Mesmo? - Chloe ergue uma sobrancelha entendendo. - Eu gosto de portas.

-Você vai adorar o andar de cima – ele sorri brilhantemente caminhando com ela em direção a escada.

-Muitos quartos de hospede? - ela pergunta tocando o rosto dele.

-E todos com porta, só esperando para serem batizadas – ele beija o pescoço dela.

-Oh, você é tão romântico - Chloe diz em um tom sonhador.

-Você não viu nada sidekick – ele pisca para ela.

E sobe com ela nos braços. Claro que ele não levou Chloe para os quartos. Passou dias imaginando como ela ficaria em sua cama e foi para lá que ele a levou. Mesmo com a promessa de todo tempo do mundo ele tinha pressa. De tocá-la, beijá-la, de estar dentro dela.

E Chloe ficou exatamente como ele tinha imaginado, sonhado, fantasiado. Linda, nua e perfeita entre os lençóis. Em alguns momentos não sabia se olhava para ela, se parava para contemplá-la ou se beijava cada centímetro de pele. Ela tinha o mesmo gosto, o mais doce do mundo.

Chloe percorreu as mãos em cada músculo dele enquanto Oliver beijava seu corpo ou simplesmente a olhava. Traçou de olhos fechados cada curva que tinha guardada na memória. O corpo dele era tão excitante e o seu sentiu tanta falta quanto ela.

Quando Oliver deslisou gentilmente para dentro dela os dois seguraram o ar ao mesmo tempo. Abraçados. E foi tão bom e reconfortante quanto voltar para casa. Como se aquelas semanas ou dias juntos em Independence tivesse durado anos e anos.

Chloe teve certeza de que nada no mundo se compararia com a sensação de Oliver se movendo dentro dela, de se sentir tão completa, bonita... mulher. E Oliver sabia que não conseguiria viver uma vida inteira sem ela depois de ter Chloe em seus braços, a sua volta. Que nada no mundo se pareceria com o rosto dela enquanto estavam fazendo amor.

-Eu senti sua falta – Chloe sussurra ao lado da orelha dele, massageando a nuca úmida, sentindo o cabelo arrepiado roçar a palma da sua mão de forma tão familiar.

-Não mais do que eu – Oliver responde imediatamente, deixando os lábios escorregarem pelo ombro, a procura de uma pinta que ficava na ponta e que estava com saudade de beijar.

Sentindo o corpo queimar com aquele beijo tão doce em seu ombro, Chloe desceu as mãos pelas costas larga dele, parando na curva a baixo da coluna, ela prende os dedos na carne firme e prende as pernas em volta das coxas dele, se empurrando na direção dele.

Oliver geme contra a pele dela e aumenta o ritmo. Ele beija atrás da orelha dela antes de procurar sua boca mais uma vez e se enterrar nela. Suas pernas estavam cada vez mais quentes, uma onda de prazer ganhava força onde Chloe tinha as mãos e logo ele chegaria ao orgasmo.

Queria que durasse para sempre, mas o mesmo que o fazia querer ficar era o que o levava correr para a borda para se jogar. Chloe. Seu corpo reagia de um jeito todo diferente a ela. Se antes sexo era uma corrida ao prazer final, com ela o caminho e as sensações até ele eram tão prazerosos quanto.

Aquilo era diferentes, sem pressa, era mais que desejo e tesão. Chloe sabia bem a diferença. Quando era rápido e urgente sua mente ficava em branco,quando era devagar e cheio de toques e beijos prolongados sua mente virava um turbilhão, cheio de emoções e sentimentos misturados ao prazer físico.

O que nem ela nem Oliver sabiam era o real significado daquilo. Tanto um quanto o outro sentiam tudo aquilo pela primeira vez. Mas estava tudo bem para ele agora, o que não sabiam o tempo seria encarregado de responder. Estavam juntos, para aprender e errar juntos.

Chloe choramingou se apertando mais contra ele quando a sensação em seu ventre ganhou força. Oliver tinha a respiração pesada em seus últimos segundos de controle, antes de seu prazer explodir dentro dela. Ele afundo os dedos nos cabelos dela, segurando Chloe contra ele enquanto ela tremia em seus braços.

Eles continuaram abraçados por um longo tempo. Oliver continuou dentro dela, com o rosto em seu pescoço, querendo ficar ali para sempre, mas relutante deitou ao lado dela e não pensando duas vezes levou Chloe para seu peito.

Ela não protestou, se deixou ser levada ao peito forte e seguro dele. Seu corpo estava pesado ou leve demais, não conseguia decidir, só sabia que de repente se mover havia ficado difícil. Ela sorriu em agradecimento quando ele puxou sua perna para cima dele, como ela gostava de fazer.

-Eu senti falta disso – Chloe diz preguiçosamente.

-É mesmo? Eu também – ele tira uma mexa de cabelo úmido da testa dela.

-Acho que sou o homem dos dois no momento. Sinto que posso dormir a qualquer momento – ela deixa os olhos fecharem e o corpo relaxar mais contra o dele.

-Hei. Nem todos são assim, ok? - Oliver finge indignação.

-Eu sei. Você não dorme depois por que em minutos está pronto pra outra – ela beija o peito dele. - E eu adoro isso em você. - ela se esforça apesar de realmente sentir que poderia dormir a qualquer momento e olha para ele. - Mas eu estava falando de nós, eu senti falta de nós.

-Nós funcionamos juntos não é? - o olhar dele suaviza com a visão dos enormes olhos verdes dela a centímetros dos dele.

-É. Nós formamos uma bela dupla herói – Chloe sorri um de seus famosos sorrisos.

-Concordo. Acho que aqui nasce uma bela parceria – Oliver toca o rosto dela. - O que você acha?

-Eu acho que você e eu, Watchtower e Green Arrow viemos pra quebrar regras - Chloe diz segura do que poderia estar em seus caminhos.

O sorriso de Oliver aumenta as palavras dela. Não poderia concordar mais. Algo em seu peito dizia que ele e Chloe tinham um futuro inteiro pela frente.

-Quem sabe Chloe Sullivan não se torna uma Queen no futuro, ham? - ele diz, em um tom de provocação, mas cheio de intenções.

Chloe revira os olhos em diversão.

-Devagar Romeu. Por que não começamos com coisas simples antes de querer mudar meu nome? - Chloe faz um caminho de beijos até o queixo dele, onde ela morde levemente a covinha.

-Hum – Oliver geme quando ela deixa um beijo rápido em seus lábios. Não tinha pressa com ela. Não a forçaria, não quando tinha certeza do que ela sentia por ele. - Eu gosto de coisas simples.

-Bom. Por que eu estou com desejo de uma xícara simples de café – ela para de beijá-lo para sorrir brilhantemente para ele.

-O que? Pensei que estivesse com sono, você não dorme há dois dias, lembra? - ele sorri confuso.

-Exatamente. Mas minha saudade de você é maior que meu sono. E eu acabei de ter você de volta – ela desvia o olhar para olhar para ele de novo.

-Ok – Oliver responde baixinho, sem conseguir não sorrir. -Café para dois saindo, por que eu também... Estou cheio de saudade de você.

Oliver passa o braço em volta dela, trazendo Chloe para o seu peito, os dois se beijam mais uma vez e mais uma vez, em segundos o café é esquecido. Nada despertava mais o outro do que a sensação de estarem juntos.

Por ela Oliver foi longe e por ele Chloe voltou. Agora em casa, seria tudo mais fácil. Tinham juntos um propósito, uma causa. E tinham mais que isso, tinham um ao outro. O medo das lutas e provações que sabiam que estava em seus caminhos era menor.

A partir dali a solidão não faria mais parte de suas vidas. Mesmo sós estariam sempre com a certeza dos sentimentos do outro no coração. Mesmo quando tivessem que se separar, a promessa de estarem de novo juntos os manteriam de cabeça erguida.

Chloe não era mais a mulher machucada de antes e Oliver o playboy solitário. Suas vidas seriam classificadas, contada em antes e depois de se encontrarem. Chloe e Oliver. Watchtower e Green Arrow estavam começando uma vida juntos.

FIM