segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Flames

Titulo:Flames
Autora: Roberta Clemente
Classificação: R
Nota: O nome da fic é uma música da banda VAST. Uma versão alternativa da 10ª temporada.
PARTE 1 PARTE 2 E 3 PARTE 4 PARTE 5 PARTE 6 PARTE 7 PARTE 8 PARTE 9 PARTE 10 PARTE 11 PARTE 12 PARTE 13 PARTE 14 PARTE 15 PARTE 16



PARTE 17

Chloe correu pelas ruas de Metropoles, atrapalhada e ligeiramente confusa. Não fazia parte de sua rotina acordar depois do meio dia desde... sempre. Se sentindo renovada pelas horas extra de sono e principalmente pelo sexo deliciosamente intenso com Oliver fez o trajeto em poucos minutos. Antes que percebesse estava à porta do consultório de Emil.

Seus calcanhares reclamavam, mas ela se sentia ótima. Na verdade, desde sua ultima volta dos mortos vinha se sentindo fisicamente muito bem, melhor do que nunca. Então tirando a péssima escolha de sapatos daquele dia, a consulta era estritamente informativa.

-Emil? - Chloe chama entrando depois de bater

-Oi Chloe. Entre – Emil empurra o banquinho em que estava e se levanta para recepcioná-la.

-Obrigada – Chloe fecha a porta atrás dela e sorri para o médico.

-Como tem passado? - ele pergunta apontando para ela a cadeira em frente a sua mesa.

-Bem, na verdade – Chloe se senta, sem saber se a consulta já havia começado ou não.

-Você me parece muito bem – ele concorda. O sorriso no rosto dela não o deixaria pensar o contrário.

-É – Chloe se sente corar. O letreiro dizendo sexo ainda estava piscando, sabia disso.

-Então, se quiser me dizer o motivo de Oliver ter pedido educadamente que a encontrasse hoje, fique a vontade.

-Sinto muito – Chloe se encolhe. Apostaria qualquer coisa que Oliver exigiu uma hora.

-Tudo bem. Cuidar de vocês é meu dever – Emil sorri com simpatia para ela. – Então?

-Bem. É sobre meus poderes. Eu quero saber tudo o que há para saber e um pouco mais. Eu fiz uma pesquisa bem rápida sobre o assunto...

-Tenho certeza que sim – Emil coloca as mãos sobre a mesa e se diverte quando ela dá de ombros.

-É meu dever também. Mas enfim, não achei muita coisa sobre metas com poder de cura, só curandeiros com poderes sobrenaturais, e nós sabemos que essa já é outra área.

-Verdade. Mas vamos do começo, o que mudou desde a ultima cura?

-O que mudou? - Chloe inclina a cabeça, procurando uma maneira de explicar o que estava acontecendo, que estava tendo orgasmos cada vez mais intensos.

-Posso entrar? - Oliver coloca a cabeça para dentro da sala.

-Claro – Chloe relaxa com a presença dele. Seria mais fácil se ele a ajudasse.

-Oi Doc – Oliver sorri para o médico.

-Olá Oliver – Emil aponta a cadeira ao lado de Chloe.

-Oi linda – Oliver beija o rosto de Chloe e se senta o lado dela, segurando sua mão.

-Oi – Chloe entrelaça os dedos nos dele.

-Então, o que perdi? - Oliver pergunta olhando de volta para Emil.

-Nada. Chloe estava começando a me dizer o que está acontecendo – Emil ergue a mão para Chloe, incentivando a continuar.

Oliver olha para Chloe e segura o riso quando a percebe corar, percebendo o quanto ela estava desconfortável. Chloe cerra os olhos para Oliver e seu risinho e ergue a cabeça, olhando para Emil.

-É o sexo, Emil. Tem alguma coisa errada com o sexo entre eu e Oliver.  E eu preciso de sua ajuda – Chloe diz logo sem parar para respirar.

Oliver engasga e as sobrancelhas de Emil ficam preocupantemente altas. E é a vez de Chloe segurar o riso. Oliver solta sua mão para afrouxar a gravata e ela respira fundo.

-Corrigindo antes que o ego do grandão aqui encolha tanto que quem vai precisar de um médico é ele.  O que eu sinto...durante...você sabe...

-O sexo? - Emil tenta ajudá-la.

-Isso. Está mais... forte – ela diz quando Emil não continua por ela.

A expressão de quase terror de Oliver se transforma em uma de orgulho. Ele sorri para Emil, que desvia o olhar de volta para Chloe, em uma tentativa de não deixar a conversa sair do controle.

-Entendo. Tenho uma suspeita, mas eu gostaria de te examinar antes, Chloe.

-Oh! - ela ergue as sobrancelhas surpresa. - Ok – e concorda.

O exame dura alguns minutos, lembrando os que ela fazia quando seu pai levava ela e a prima ao pediatra. Só que agora era Oliver ao seu lado, tirando sarro de sua camisola e não Lois.

-E é só, você pode se vestir – Emil se afasta apontando para ela a sala ao lado, onde ela poderia trocar de roupa mais uma vez.

Oliver observa atentamente Emil fazer anotações em um prontuário. Queria poder ler, então se aproximou, quase se inclinando sobre o médico.

-Então? – ele sussurra, olhado para trás, para ter certeza de que Chloe ainda estava na outra sala.

-Prefiro esperar ela voltar – ele responde vendo a cara de Oliver fechar. – Mas não a nada para se preocupar.

-Bom – Oliver suspira sentando de novo.

Chloe volta fechando o último botão da blusa e se senta de novo de frente para Emil. Oliver imediatamente segura sua mão e ela sorri para ele.

-Então? – ela faz a mesma pergunta, só um pouco mais ansiosa.
-Você está perfeitamente saudável. Tenho seus exames de quando você ficou internada aqui, e te examinando eu não achei nada – ele responde simplesmente.

-Ok – Oliver ri nervoso. – Você disse que tinha suspeitas, sobre o que?

-Empatia – ele diz olhando de um para o outro.

-Claro. Isso responderia muita coisa – Chloe concorda. – A primeira vez que meu poder se manifestou Lois tinha levado uma facada e eu a encontrei sem vida. Não é uma simples cura, eu dou minha energia para quem estiver curando e pego a dela em troca – ela ergue o olhar para Emil.

-Exatamente – você se conecta com a pessoa por empatia.

-Isso explica também as mudanças – Oliver diz olhando para Chloe.

Chloe olha fundo nos olhos de Oliver e entende. Quando faziam amor ou até mesmo quando faziam simplesmente sexo, eles estavam ligados de alguma forma, tudo estava mais intenso por que ela sentia o que mesmo que ele. Sorrindo ela coloca a outra mão sobre a dele. Oliver dá de ombros com um sorriso suave.

-Acho que posso lidar com isso – Chloe sorri largamente olhando para Emil.

-Espero que sim. Enquanto isso eu vou estudar seu caso e lhe dou uma resposta logo.

-Por mim tudo bem – Oliver levanta levando Chloe com ele.

-Obrigada Emil – Chloe agradece colocando a bolsa no ombro, se desculpando por estar sendo levada por Oliver pra fora.

-Valeu Doc – Oliver diz sem olhar para trás, passando o braço em volta dela, levando Chloe para o seu lado. Queria levá-la dali o mais rápido possível.

-Mal educado – Chloe passa os braços em volta dele enquanto caminham para o elevador.

-Nós vamos pra casa – ele diz rindo.

Eles esperavam abraçados, se beijando quando Emil apareceu atrás deles.

-Hei Oliver. Será que posso falar com você? – ele pergunta envergonhado por interromper.

-Claro – Oliver responde, mas não sem antes revirar os olhos.

-É particular – ele se encolhe. – Mas não se preocupem – ele corrige quando vê a postura dos dois mudar. – É algo burocrático.

-Ok – Oliver ri relaxando e dá um beijo no rosto de Chloe, seguindo o médico.


Chloe sorri para eles e pela primeira vez observa o que tem em volta. Aquele andar do hospital não estava tão cheio quando chegou,mas agora estava quase tomado. Saindo do caminho ela dá alguns passos em direção as cadeiras de espera.

Seus olhos caem sobre uma menina que estava deitada no colo da mãe. Ela não devia ter mais que cinco anos, mas aparentava muito mais. Extremamente abatida e pálida era de cortar o coração. Percebendo Chloe ela sorri, mas não se mexe, parecia não conseguir. O peito de Chloe aperta de emoção quando a menina estica a mão para ela.

Sem pensar Chloe dá um passo a frente e segura a mão da menina. Ela gargalha e Chloe e  mãe da menina riem juntas.

-Oi – Chloe diz acenando com a outra mão.

-Oi – a menina diz tímida, se escondendo no colo da mãe.

-Meu nome é Chloe. E o seu? – ela pergunta baixinho.

-Li – ela responde com a voz fraca.

-É Lily – a mãe da menina diz por ela.

-Oh – Chloe olha para a senhora que também parecia abatida. – É um lindo nome.

-Você também tem câncer? – Lily pergunta pra Chloe com a voz rouca.

Chloe engole seco e por um segundo não consegue responder. 

-Não querida. Eu não tenho – ela responde com a voz embargada. Tentando não demonstrar nada mais que carinho e respeito, guardando a pena para si mesma.

A menina segura a mão dela mais forte e Chloe sente o peito aquecer. Antes que percebesse o que estava fazendo uma luz branca cresceu na palma de sua mão e irradiou pelo braço de Lily. A menina abriu os olhos encantada e a mãe dela chocada.

Chloe tentou parar, mas foi mais forte que ela, um turbilhão passava por seu corpo em direção a garota e logo se espalharia se não parasse, mas não conseguia largá-la. Seus joelhos dobraram e ela estava caindo quando sentiu dois braços agarrando firme sua cintura.

A luz sumiu e tudo escureceu. Ainda podia escutar a sua volta, mas não conseguia abrir os olhos. Seus braços e pernas estavam moles como gelatina e não tinha forças para tentar movê-los.

-Chloe. Você está me escutando? – Oliver chama por ela.

-Ollie – ela murmura. Só sabia que está sendo levada a algum lugar.

-Aqui. Coloque-a aqui – Emil diz a Oliver, apontando a maca em seu laboratório. – O que aconteceu?

-Quando eu cheguei na sala de espera ela estava segurando a mão de uma garotinha e curando ela. Ainda bem que ela não aguentou ou teria curado a sala toda.

-Eu não...percebi – ela tenta dizer, mas estava difícil respirar.

-Tudo bem Chloe – Oliver a acalma enquanto Emil a examina.

-Precisamos saber o que a garota tem ou tinha – Emil diz preocupado, o pulso de Chloe estava caindo.

-Câncer – Chloe responde mal conseguindo escutar a própria voz.

-Deus – Oliver leva a mão à cabeça.

-Calma. Ela já fez isso antes. Não precisamos entrar em pânico..

-Só que ela nunca ficou com o câncer de ninguém – as palavras saem mais ríspidas do que Oliver gostaria, mas aquilo era assustador.

-Mas ficou com queimaduras e facadas e no fim deu tudo certo – Emil responde vendo o temor nos olhos de Oliver.

-Ollie... - Chloe chama, mas não escuta uma resposta, tudo some rápido e a escuridão em que ela estava caindo fica mais funda e quieta.

Algumas horas depois ela acorda em um dos quartos particulares do hospital. Aquele não era o jeito que ela queria terminar o dia, não depois do modo como começou. Gemendo ela se senta e olha para a porta. 

Seus músculos estão mais pesados, mas ela consegue sair da cama. Estava de volta a aquela ridícula camisola. Odiava aquela camisola, mas não mais do que odiava saber que assustou Oliver mais uma vez. A voz dele era de medo.

Estava a alguns passos da porta quando ele entrou, assustado por encontrá-la ali de pé. Ela se encolhe, esperando uma bronca, mas ele corre até ela e a abraça apertado, como se não fosse deixá-la tão cedo.

-Me desculpe – ela se desculpa afundando o rosto no peito dele.

-Está tudo bem – ele beija os cabelos dela.

-Você não está furioso? - ela pergunta sem se mover.

-Chloe. Você curou o câncer de uma garotinha. Como eu poderia estar furioso com você – ele coloca o rosto dela entre as mãos.

-Ela ficou curada? - Chloe pergunta se lembrando da garotinha, entendo o quão grande era o que tinha feito. Depois de Oliver assentir e seu peito quase explodir de emoção ela se encolhe. - Eu não morri, morri?

-Não – Oliver responde. Emil te sedou quando seu sinais começaram a despencar e algumas horas depois você já não tinha mais nada.

Ela segura a camisa dele e sorri.

-Eu sei que concordamos em pensar duas vezes antes de qualquer coisa, mas acho que no fim... foi um bom dia, não foi? - ela pergunta olhando pra ele por baixo.

Oliver dá um meio sorriso a ela. Sabia que não tinha sido sua culpa, qualquer um se comoveria com uma criança doente e ela sendo quem era, do jeito que era, tendo o poder que tinha, não conseguiria ficar alheia. Teria que se acostumar.

-Claro que foi – ele responde colocando um beijo nos lábios dela.

A volta pra casa foi feita em silencio, um estranho e confortável silencio. Chloe percebeu a necessidade dele de tocá-la a cada possibilidade e deixou. No carro enquanto dirigia Oliver roçou a mão na sua algumas vezes e ela sorriu em todas, a cada farol fechado ele aproveitou para tocar seu cabelo ou beijá-la brevemente e ela retribuiu. Podia sentir a luta dele em aceitá-la.

No elevador eles estavam abraçados, ela estava com os braços em volta dele, dentro do terno. Ela corria as mãos pelas costas dele e ele o nariz pelo pescoço ela. Normalmente ela ficaria arrepiada e excitada só com isso, mas seu corpo todo estremeceu e ela entendeu que era a reação dele aos seus toques, estava acontecendo de novo.

-Eu sei que a empata aqui é você, mas no momento em que sairmos deste elevador eu vou te colocar na cama – Oliver diz beijando o ombro dela.

-Eu não estou me opondo a isso, de jeito nenhum – ela responde, pressionando o corpo contra ele.

-Chloe. Você estava sedada há algumas horas – ele diz, mas não tenta pará-la.

-Exatamente. Eu estou descansada, pronta pra me cansar de novo – ela puxa a camisa dele para fora da calça.

-Você vai abusar de mim agora, não vai? - Oliver coloca as mãos na cintura e olha para ela por cima.


-Oh, pode apostar que vou – ela responde descaradamente, começando a abrir a camisa.

Oliver olha de lado para ela. Chloe ficava sexy demais quando queria provocá-lo. O tom de voz, o brilho nos olhos maliciosos, a velocidade de seus movimentos. Ele dá um passo na direção dela e o elevador para. Não existe tempo para sair. Ele a pega no colo e pressiona contra a grade, se empurrando entre suas pernas grossas antes e cobrir sua gargalhada com sua boca faminta.



...continua.





8 comentários:

  1. Meu Deus!!!! muito linda essa atualização, quente, romântica e muito emotiva quando ela cura a menina, quase chorei..., foi simplesmente uma mistura de sentimentos que me deixaram emocionada, parabéns Roberta, você foi perfeita!!!

    Diny
    Obs.: ansiosa pelas próximas (Ah!! e que você tenha uma ótima semana!bjos!! )

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  2. Awn, que bom que gostou.
    Já fazia tanto tempo que não atualizava que ninguém ler era uma possibilidade pra mim.
    A cara da Chloe curar alguém não?Ainda mais uma criança.
    WOW, muito obrigada Diny, de coração!!!! *-*

    Deixa comigo ;)
    E pra vc também, uma ótima semana, beijos ;)

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  3. FLAMES!!! \o/

    Roberta, que maravilha!!

    Aahhh!!! Flames foi a primeira fic que me fez chorar e uma das primeiras que li, levando a me tornar sua fã, Roberta. Por isso fico muito, muito, muito feliz que tenha atualizado.

    Eu também espero por mais... Flames... I'm In Here... e muitas mais!! =D

    GIL

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    1. Jura Gil???? *-*
      Que linda!!!

      Eu gosto muito dessa fic, e me martirizo muito por não atualizar.
      Achei que estava precisando.

      Sim, e pode deixar que I'm In Here não vai virar uma Flames ;)
      Muuuuuuuuuuuuuuuito obrigada!!!!

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  4. Adorei!! Nossa que lindo ler sobre a Chloe sendo essa heroina, (que não era reconhecida na série)
    Parabéns!!

    Vilma

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    1. Oi Vi!!!
      Sempre digo isso, mas...saudades.

      Chloe é nossa heroina \o/
      Foi reconhecida só no final, né ¬¬

      Obrigada =D

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  5. uhu, felicíssima com a volta de Flames, amo essa fic, Roberta... mais, please... :D

    desculpe não ter comentado antes, fiquei de 'férias' da net no feriadão...

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    1. uhu...

      Ai, não sabe a culpa que eu carrego por não ter terminado * carinha de inocência*

      imagina, eu tb estava, voltei agora =)
      Muito obrigada Sof =)

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