Here Comes The Sun

Olá!!Minha ultima fic de natal agora. Foi divertido escrever alguma coisa com um tema, e foi mais ainda ver que vcs gostara, então espero que gostem da continuação... Sem esquecer de fazer a escritora feliz comentando...Então, é isso. Boa leitura e Feliz Natal!!!

Titulo: Here Comes The Sun
Autora: Roberta Clemente
Completa: Sim
Spoiler: Não
Classificação: PG-13
Nota: O nome da fic é uma musica dos Beatles. E o nome Oráculo surge e é uma pequena homenagem a uma personagem  do universo DC, então não me matem.
Resumo. Está fic é uma continuação de Somewhere Only We Know, então o que acontece é o desenrolar dos acontecimentos.

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Here Comes The Sun

1/1

Chloe sentiu um peso familiar em seu braço, sua mente sabia que estava agarrada ao travesseio e inconscientemente ela apertou mais o abraço. Mas o peso era insistente, tentando tirá-la de seu sono e devagar ela cedeu.  Tudo nela sabia de quem era aquele toque, seu inconsciente, seu corpo.

Resmungando um pouco ela sorri sem abrir os olhos e recebe um beijo na nuca. Seu corpo estremece e ela adora, adorava acordar com o toque dele, com o contato da pele quente dele na dela.

“Hei” ela murmura.

“Bom dia” Oliver diz percorrendo o cabelo dela com o rosto.

“Bom dia” ela responde sorrindo. Então abrindo ligeiramente os olhos ela franze a testa.  “Não amanheceu ainda, o que você está fazendo acordado, melhor, o que eu estou fazendo acordada?”

“Pensei que poderíamos ver o sol nascer,” ele propõ

e, com a voz rouca no ouvido dela.

Chloe geme e gira, ficando de frente pra ele. Ela sorri quando seus olhos se encontram com os dele. Querendo mais contato ela chega mais perto.

“Você está de roupa... Você está falando serio, não está?” ela ergue uma sobrancelha para ele.

“O que você acha, só eu e você, nosso primeiro natal juntos?” o pedido dele sai suave.

Chloe o examina por um segundo e a aqueles olhos pidões, eram impossíveis de negar qualquer coisa a eles.  Ela sorri pra ele enquanto Oliver tira uma mexa de cabelo da frente de seus olhos. Adorava quando ele fazia isso, se sentia cuidada de novo.

“Oficialmente, nosso primeiro natal juntos foi ano passado na fazenda Kent” ela corrige e se adianta quando Oliver ameaça protestar. “Mas eu entendo o que você quer dizer... Me da um minuto ou dois pra me arrumar?”

Oliver oferece seu sorriso mais brilhante e depois de roçar o nariz no dela da um beijo suave. “Claro!” ele puxa devagar o lençol de cima dela enquanto a beija.

Chloe não arrepia pelo choque graças ao beijo quente de Oliver. E rindo pra cara de menino dele levanta da cama. Ela atravessa o quarto em direção ao banheiro e sorri pra arvore que Oliver tinha colocado e decorado só pra ela, pra eles, era linda. Depois de passar a mão em um enfeite ela entra no banheiro e fecha a porta.

Alguns minutos depois, depois de se arrumar e disfarçadamente pegar um pacote na arvore, ela está pronta para sair. Oliver faz um gesto para manterem o silêncio antes de abrir a porta do quarto para ela sair. Chloe gesticula concordando e depois de Oliver contar até três eles saem, na ponta dos pés pelo corredor da casa deles. Casa que não era tão grande quanto à mansão da família Queen, mas grande o suficiente para abrigar todos os amigos na noite de natal.

Eles atravessam a casa e entram no carro. Chloe senta no banco do passageiro com uma ansiedade infantil no estomago, o ar frio da manhã de natal era delicioso, especial. Como nas manhãs com sua família, sua mãe e seu pai, quando esperava ansiosa a manhã seguinte e era a primeira a estar no andar de baixo para abrir seu presente.

Pensou que nunca mais experimentaria esta sensação, mas o mundo deu voltas e agora ela se encontrava em uma vida que não trocaria por nada. O ultimo ano tinha sido mais do que ela podia desejar. Difícil, não negava. Teve que começar do zero. Se reencontrar, aprender a ser ela de novo. Voltou a estudar e trabalhar, voltou a ser uma civil e se apaixonou pela vida simples de novo. Oliver lhe ajudou a conseguir seu nome de novo e Chloe Sullivan nasceu de novo.

No conforto de seu pensamento ela olhou para ele, ao seu lado, dirigindo com um sorrido no rosto. Deus, como ela adorava aquele sorriso, aquela expressão relaxada e feliz no rosto de Oliver. Apaixonou-se por ele todos os dias desde que se reencontraram. Era um mundo novo para os dois e ela não teve medo como antes. Eles estavam juntos nessa. Medos, inseguranças e vontade. Igual para os dois.

Ser a mulher, namorada, noiva, cada dia uma coisa, de Oliver Queen, o filho de Star City poderia ser sufocante, mas o tempo que estiveram forçadamente separados foi tão doloroso que tudo ficou pequeno. Em pouco tempo já se sentia em casa. Claro que Oliver facilitava tudo, sempre facilitou, com ele nada era difícil demais de se enfrentar.

Percorrendo a mão no cabelo arrepiado dele Chloe agradeceu. Oliver se virou e beijou sua mão com um sorriso de satisfação no rosto. 

“Ok! Pra onde está me levando Queen?” ela pergunta tentando parecer preocupada.

“Ver o nascer do sol, já disse... Do  seu lugar preferido” ele confessa encontrando os olhos dela.

Chloe não consegue não abrir um enorme sorriso e sentir o nervosismo aumentar. Aquela sensação era deliciosa. Então fica em silencio, olhando pela janela pra cidade ainda escura. Natal em Star City não era nada parecido com o natal no Kansas. Não tinha neve até os joelhos, nem gemadas flamejantes, mas era acolhedor.

Primeiro natal em uma casa dela, dela e Oliver, em um lar, rodeados de amigos. Este estava sendo o melhor natal e tinha tudo para melhorar. Em poucos minutos pararam diante de um edifício que ficava quase a beira mar. Chloe o conhecia, esteve lá dezenas de vezes com Oliver e o resto da equipe. Ela tinha se apaixonado pelo lugar, era o mais alto da cidade e pra sorte era uma das propriedades da família Queen. Só que até dias atrás ele estava vazio.

Puxando Chloe pela mão Oliver entrou com Chloe no prédio. Sabia que não adiantava fazer surpresa, Chloe era inteligente demais e ela logo estragaria a brincadeira.

“Vamos, o sol vai nascer a qualquer momento, a vista lá de cima é a melhor da cidade”

Eles subiram abraçados no elevador, até o ultimo andar. Quando as portas se abriram Oliver deixou Chloe ir na frente. Ela andou rápido para encontrar uma janela e não notou que caminhou sozinha para dentro do prédio, até que ela deu de cara.

O lugar que ela disse a Oliver que ficaria perfeito como Torre de Vigilancia, que ela descreveu a ele, exatamente como ela imaginou. Ela prendeu o ar quando olhou para o centro, onde uma ilha, com monitores descendo do teto e centrais ascenderam. Amparado por toda tecnologia que conhecia.

“Eu estou no céu” ela sussurra para si mesma, com a boca ainda aberta e escuta uma risadinha vinda de trás.

Ela gira nos calcanhares e encontra Oliver sorrindo satisfeito para ela, afastado, deixando aquele momento ser todo dela. Ela olha pra ele encolhendo os ombros.

“Anda! É todo seu” ele a incentiva apontando para a ilha.

“Você sabe dar os melhores presentes Oliver Queen” ela morde o sorriso.

Ele dá de ombros olhando pro alto. “Um satélite aqui, uma Torre de Vigilancia ali, quem está contando?” ele sorri brilhantemente pra ela.

Chloe revira os olhos e em vez de ir olhar seu novo brinquedo ela corre pra ele e se joga nos braços dele.  Oliver a abraça pegando no ar e recebe um beijo intenso.

“Obrigada!” ela agradece na boca dele.

“De nada” ele aceita roçando o nariz no dela. “Agora deixa eu te mostrar o resto” ele leva Chloe pela mão.

O lugar não era nada parecido com a Torre de Vigilancia de Metropoles. Tinha uma aparecia muito mais moderna, tanto arquitetonicamente quanto tecnologicamente. Mas Oliver escolheu algumas coisas que sabia que dariam uma aparência mais confortável e menos fria ao lugar. Afinal Chloe se tinha se esforçado para deixar a de Metropoles mais parecida possível com uma casa para todos.

Então no primeiro andar em frente a ilha de comunicação haviam vários ambientes, com sofás e almofadas, uma mesa  de madeira redonda, rodeada de alguns monitores que desciam do teto, mas que removidos faria parecer com qualquer sala. Em um dos cantos uma mesa de sinuca e um bar.

Oliver olhou para Chloe, para pegar a reação dela a cada detalhe e se deliciou com cada uma. Os olhos dela cresciam e se apertavam conforme ela imaginava todos ali. Ele sabia que era isso que estava na mente dela.

“Uau, Ollie, esse lugar, é incrível. Posso imaginar todos aqui” ela diz olhando sonhadoramente em volta.

Oliver sorri pra si mesmo e passa os braços em volta do ombro dela.

“ Tenho mais uma coisa pra você” ele diz orgulhoso.

“Mais? Esse é definitivamente o melhor natal de todos”

Oliver ri. Depois gira Chloe pra que ela fique de frente para uma enorme maquina de café italiana, que mandou buscar só pra ela.

“Oliver” a voz dela sai fraca.

“Bem, todos têm uma distração, como sei que a mesa de bilhar não é a sua, achei que merecia algo para alimentar seu vicio. Afinal esse prédio é mais alto que o de Metropoles , não quero que se canse indo buscar café na rua” ele brinca. “e nem que se frustre, sei que gostava daquele café de rua...”

“Oliver” Chloe interrompe. Ela fica de frente para ele, maravilhada, encantada. “É perfeito!”

Ela fica na ponta dos pés e passando os braços em volta do pescoço dele beija o queixo e depois a boca dele. Depois do beijo Oliver olha no fundo dos olhos dela e Chloe vê que ele está pensando em algo.

“O que?

Ele balança a cabeça, hesitando um pouco.

“É que. Eu fiz tudo isso, que você projetou, mas... Você andou treinando, está quase pronta pra ir pra campo e coitados dos bandidos que encontrarem você na rua quando estiver pronta, sua inteligência combinada com força...”

Chloe ri quando Oliver começa a divagar. Ela entende o que ele quer dizer e o que mais vai dizer. Aonde aquilo vai chegar, mas ela espera. Ela balança a cabeça concordando e esperando.

“Vou ficar com o coração na mão no começo, mas vou aceitar, então não quero que pense que fiz isso pra te forçar a ficar escondida” ele termina com um suspiro.

Chloe balança a cabeça em silencio, assimilando as palavras. Ela aperta os lábios e o meche de um lado para o outro enquanto vê crescer uma expressão ansiosa no rosto de Oliver. Então ela ergue o dedo para ele e sai à procura de sua bolsa.

Ela encontra no chão, onde nem se lembrava de ter deixado. Pegando na mão ela enfia a mão dentro e puxa o embrulhe que tinha pegado da arvore de natal. Caminhando de volta a ele ela oferece.

“Sei que não é grande como um satélite ou um edifício, mas... Este é meu presente pra você Ollie” ela sorri quando ele pega depois de olhar dela para o presente.

Ela observa e enquanto ele tira a fita verde e vermelha da pequena caixa como se fosse o maior presente do mundo e sente o coração disparar. O momento que mais esperou em sua vida estava chegando, acontecendo diante de seus olhos.

Oliver tira a tampa da pequena caixa e seu sorriso singelo desaparece. Ele coloca as pontas dos dedos e puxa dois pedaços de tecido, verde, pequenos, para frente de seus olhos. A respiração fica difícil quando ele olha dois sapatinhos de bebê praticamente sumirem na palma de sua mão. Seus olhos ardem, seu coração dispara e ele busca em Chloe uma resposta. Ela está olhando para ele com a resposta estampada em seu sorriso mais encantador. Ela também está com os olhos brilhando e ao ver as lágrimas descerem pelo rosto perfeito dela as dele acompanham.  Um bebê. Um bebê?

“Nós vamos ter um bebê?” ele pergunta só para ter certeza.

“Sim, nós vamos” ela confirma com a voz embargada.

Oliver sorri e ri dando um passo na direção dela. Pegando o rosto de Chloe entre suas mãos. E com os sapatinhos verdes do lado dos olhos dela ele se apaixona de novo por ela.

“Eu te amo!” ele se declara sem conseguir impedir as lágrimas de correm rosto abaixo.

“Eu te amo, também!” ela responde colocando as mãos sobre as dele.

Oliver a beija, com paixão, com amor, com desejo, com gratidão. Ela estava lá com ele, ao lado dele este tempo todo e agora estava lhe dando o maior presente que um homem podia querer, um filho, uma família. Ele tira Chloe do chão e a gira no ar.

“Melhor natal de todos” ele grita pro alto.

“Melhor natal de todos” ela também grita abrindo os braços. “Até o ano que vem” ela fala sussurrando contra ele.

Oliver para e a encara. ”Até o ano que vem, quando ele vai estar em nossos braços”

Chloe sonha com a imagem. Ela, Oliver e o filho deles e ela fecha os olhos por um instante.

“Você viu isso, não viu?” ele pergunta, resgatando uma pergunta de um ano atrás.

“Eu vi você e seu filho, dois arqueiros, lado a lado” ela sorri com a lembrança.

“E por que você duvidou de que ele era seu?” ele franze a testa.

“Eu ouvi você chamá-lo pelo nome. Connor” ela diz orgulhosa.

“Connor?” ele pergunta emocionado.

“Quando pequena eu e Lois escolhemos os nomes de nossos filhos. Eu adorava os contos de uma escritora chamada Flannery O’Connor, então eu disse a Lois que se tivesse um filho, ele se chamaria Connor.” ela busca ar, estava nervosa, emocionada. “Então eu tive a visão do futuro, você e Connor e eu soube, que tudo ficaria bem” ela sente o queixo tremer.

Oliver segura o queixo dela, tentando segurar as próprias lágrimas. Diante da revelação dela seus medos estavam desaparecendo.

“Por que não me contou?”

“Eu não podia dizer. Tinha que ter certeza de que Connor viria de mim, do meu ventre” ela explica suspirando aliviada.

“Eu entendo” ele a consola.

“Entende?” ela fecha os olhos.

“Claro!” ele a tranqüiliza colocando a mão sobre o rosto dela.

“Quando descobri foi como se um peso de uma tonelada deixasse meus ombros. No fundo sempre tive medo...”

“Shu!” Oliver interrompe, sorrindo. “Você, nós, não temos que ter medo de nada. Connor está aqui” ele se afasta pra poder colocar a mão sobre o ventre de Chloe. Ela coloca a mão sobre a dele, mais calma. “Tudo vai ficar bem”

Chloe fecha os olhos, deixando aquele ultimo resquício de medo, de insegurança que a rondava ir embora com o ar que expulsou dos pulmões. Aquele passado cheio de dor e sacrifícios tinha ficado definitivamente para trás. Ela e Oliver nasceram para se encontrar, para ser, pra vida toda, um do outro.

“Já disse que te amo Chloe Sullivan?” ele sussurra baixinho no ouvido dela.

“Hum” ela faz charme abrindo os olhos pra ele.

“Eu te amo demais!Cada dia mais, não duvide nunca disso” ele olha pra ela com carinho. “Você é minha testemunha Connor” ele brinca baixando os olhos.

Chloe gargalha. Ela toca o rosto dele.

“Você vai ser um excelente pai” ela fala, segura.

Oliver respira rápido, nervoso. Ele balança a cabeça, acreditando nela. “Arqueiro, hein?” ele ergue as sobrancelhas pra ela.

“É, me dei mal. Nosso filho vai ser igualzinho ao pai” ela diz revirando os olhos. Mas se preocupa quando vê o orgulho nos olhos dele desaparecer.

“Eu não o quero de outro jeito” ela o tranqüiliza. Sabe que Oliver ainda carrega a culpa por muita coisa no coração... “Bem, talvez pela calça colada” ela brinca.

“Muito engraçada” ele força uma risada.

“Mas o futuro não é imutável, talvez eu possa usar meu poder de mãe e fazer com que ele mude de idéia quanto à veste de herói” ela da de ombros.

Oliver ri passando os braços em volta dela.

“Isso quer dizer que você...”

“Que eu vou ficar aqui, cuidando de você lá fora, dele aqui dentro e depois... Dos dois lá fora? Meu Deus! Dois Arqueiros pra cuidar” ela hiperventila.

“Hei, Chloe!Calma, não entre em pânico!” ele respira fundo pra que ela faça o mesmo.

“Ok” ela imita e se acalma.

“Você só tem que escolher um nome agora. Pra você!” Oliver muda de assunto.

Chloe olha pra ele com os olhos arregalados. Escolher o próprio codinome. Oliver tinha dado a ela o que agora era de Tess. Foi algo tão natural. Ela era a Vigilancia. Ela era quem estava sempre cuidando de todos.

Agora seria um pouco diferente. Ela não cometeria os mesmos erros, não vigiaria o que não tinha que ser vigiado, teria limites. Cuidaria da equipe, mas esperaria que viessem até ela.

“Pronto!” ela se inspira em seus próprios pensamentos.

“Oh” Oliver se surpreende. “Vamos lá então” ele aponta o caminho até a ilha.

Chloe caminha com uma euforia contida. Era tanta coisa nova ao mesmo tempo em sua vida. E mesmo que sua vida sempre tivesse sido assim, não conseguia não sentir o frio na barriga.

Oliver entrega um comunicador a ela, seria exatamente como da outra vez. Eles fariam as honras de colocar a Torre para funcionar, juntos. Enquanto ela coloca na orelha ele também o faz. Prontos ele olha para o relógio. Chloe observa ansiosa quando alguns segundos depois monitores descem em frente a eles.

“Cyborg, online” uma voz computadorizada soa e segue.

”Impulse, online”

Chloe olha para Oliver surpresa. Pensou que seria só os dois.

“Canary, online”

“Aquaman, online”

“Blur, online”

“Watchtower, online”

“Arrow Um, online” Oliver diz dando de ombros e espera Chloe se apresentar.

“Oracle, online” Chloe sorri ao escutar o próprio codinome. “Lighthouse está oficialmente, online” a voz dela sai firme, como se tivesse feito aquilo à vida toda e nunca tivesse parado.

Mesmo com o tempo longe, tinha voltado ao lugar onde sempre pertenceu. “Ok, temos muito trabalho a fazer. É bom voltar à equipe, mas antes... Aproveitem e feliz natal a todos”

Chloe retira o comunicador e se vira para Oliver, que está ao seu lado lhe observando e admirando. Ela solta um suspiro de satisfação.

“Você foi muito bem, Oráculo!” ele elogia pegando a mão dela.

“É bom estar de volta!” ela olha em volta, se sentindo em casa. Era mais forte que ela, aquilo, aquela vida estava em suas veias, sempre esteve.  Antes de se aprofundar em seus pensamentos ela vê uma mão ser estendida a ela.

“Vamos? O sol já deve estar iluminando o mar” ele aponta com a cabeça para o andar de cima.

Chloe sorri e toma a mão dele. Ela se deixa ser leva por ele mais uma vez. Eles sobem uma escada lateral, no andar de cima Oliver aperta um botão do controle remoto que carregava e as paredes do segundo andar se abrem parcialmente. E em um ângulo de 360 graus eles podem ter uma visão de Star City e o mar.

Chloe olha em volta, girando para ter uma visão total. O sol começava a bater nos edifícios da cidade, revelando o contorno e escondendo os detalhes. O mar estava calmo, como um tapete se estendendo para o sol se colocar. Era uma linda vista.

“Eu amo está cidade!” Chloe diz deslumbrada.

“Será que Connor vai gostar?” Oliver pergunta, cheio de expectativas.

“Não preciso nem olhar pro futuro pra saber” ela responde sorrindo pra ele.

Oliver aceita e trazendo Chloe pra debaixo de seus braços, de sua proteção a leva para o lado de fora.

“Vamos aproveitar nosso nascer do sol, por que daqui a pouco uma casa cheia de esfomeados nos espera”

“Me preocupo mais com você tendo que explicar o “Arqueiro Um” pra eles” Chloe o lembra apertando os braços em volta dele.

“Tem certeza que gosta daquela casa? Nós podemos nos mudar pra outra, não sei se te disse, mas nós somos ricos” Oliver oferece uma alternativa.

“Você está com medo?” ela provoca. “Não me diga que é do Clark.”

“Clark?Não... Lois” ele explica.

“Verdade, ela não vai gostar de saber que não esperei por ela. Mas o que posso fazer se ela e Clark estão correndo uma maratona antes de se casarem?” ela ri e eles chegam ao terraço que rodeia o ultimo andar.

“Por falar nisso. Em trocar alianças e tal...” ele começa.

“Não precisa terminar. Eu não espero que você me dê uma aliança, Oliver.” ela lê os pensamentos dele e o tranqüiliza.

“Não?”

“O que nós dois temos, é muito mais que uma aliança, um papel... Eu sei que você se casaria comigo se eu quisesse, mas talvez não seja o nosso lance. Nós já somos uma família, sempre fomos” ela sorri sinceramente.

“Somos, não somos? Desde muito antes de ficarmos juntos.” Oliver concorda. Sempre soube que Chloe era seu futuro, mas ao olhar pro passado, ela também esteve sempre lá, com ele.

“Quem sabe um dia?” ela não afasta a possibilidade de um dia se casar com Oliver, o homem de sua vida. Mas naquele momento, o que eles tinham bastava.

“Quem sabe?” Oliver ergue o queixo dela para ele e deposita um beijo calmo nos lábios dela. “Feliz natal!”

Ela fecha os olhos para o beijo e se sente completa. “Feliz natal”

Oliver a abraça apertado, beijando mais uma vez a mulher que o fazia o homem mais feliz e completo do mundo. Então silenciam, olhando para fora, para onde as estrelas davam lugar ao nascer do sol.

FIM