I'm In Here (Lex-Chloe/Oliver)

Titulo: I'm In Here

Autora: Roberta Clemente
Classificação: NC-17

Nota: Alguns pensamentos na narração são eventos ocorridos na quinta temporada e podem ter erros...perdão. Mas a história se passa pós Finale.

Resumo: Chloe e Oliver tem suas vidas acompanhadas de perto...muito perto
Prologo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

15

STAR CITY – Chloe não conseguia manter as mãos para si. Ela precisava tocar a carne de sua carne. Precisava ter certeza da sua temperatura, sentir o coração batendo abaixo da palma da sua mão. E enquanto olhava Connor dormir desejou com todas as forças, mais de uma vez, que estivessem certos sobre ela, que ainda tivesse seu poder de cura. Até fechou os olhos e se concentrou em ajudá-lo, mas nada aconteceu.

-Chlo – Lois chamou da porta. – Você precisa de alguma coisa?

-Não, – uma boa noticia, Chloe pensou. Ela olhou para Lois e sorriu. – Eu estou bem. – então voltou a alisar o cabelo arrepiado de Connor.

Lois não soubia o que dizer. Nada faria Chloe se sentir melhor ou se preocupar menos. Ela estava a um passo de surtar e não era a mãe de Connor. Só podia imaginar como sua prima estava se sentindo e nunca chegaria perto, Chloe sempre foi de agir, exatamente como ela, sentar e esperar um milagre não fazia parte de sua natureza.

-Você se lembra de quando ele nasceu? – Lois se aproximou e parou do outro lado da cama, com um sorriso no rosto.

-Por favor, Lois...Não” – Chloe pediu com um sussurro. Não poderia começar a falar de Connor como se ele fosse embora.

-Eu iria dizer que que aquele deve ter sido um dos piores dias da sua vida, - Lois deu um olhar quase duro a Chloe. - Até que ele enfim mostrou a carinha rosa ao mundo – e sorriu com a lembrança. – Você se lembra do dia?

-Claro! – Chloe cedeu, - Eu pensei que fosse morrer aquele dia. – ela revirou os olhos quando as imagens daquele dia caótico voltaram a sua mente.

-Todos nós pensamos, mas você aguentou – Lois ergueu uma sobrancelha e olhou com orgulho para a prima. - Nós nos preparamos para o pior, mas você não desistiu, não enquanto Connor precisava de você para nascer e ele ficou bem. E vai ficar bem agora. Ele é um Sullivan-Lane.

Chloe deixou um riso curto escapar.

-O que?

-Oliver disse mais ou menos isso antes de sair. Ele é um Sullivan-Queen – ela respondeu erguendo a cabeça, tentando ser tão confiante quanto Oliver tinha sido.

-Bem, vou ter que admitir, ele tem razão – Lois concordou cruzando os braços sobre o peito e olhando para Connor. – Ele é petulante, charmoso, tem a boca grande, os olhos verdes mais hipnóticos do mundo é ridiculamente inteligente para a idade. É, ele é uma mistura exata de vocês dois – ela constatou.
Chloe assentiu. Ele é perfeito, ela pensou.

-E você, como está? – Lois perguntou. Podia ver o medo em Chloe.

-Isso não sobre mim, Lois. Não é a minha vida que está em risco, eu sou quem menos importa aqui. – Chloe olhou de novo para Connor, trocaria de lugar com ele sem nem precisar pensar a respeito.

-Você não podia estar mais errada.  Essa é a sua vida, seu filho. Seus sentimentos contam e são os mais importantes. Então vou perguntar de novo. Como você está se sentindo?

-Partida ao meio. Meu coração está dividido e eu tenho muito medo que essas duas partes não se encontrem mais. – Chloe desabafou. Podia perder dos dois lados e estava aterrorizada.
-Oliver vai voltar e com a cura. Confie.

-Eu confio. – Chloe confiava cegamente em Oliver e sua determinação em trazer o soro para Connor, mas já tinha visto e vivido demais para saber que existiam outros fatores. Caminhar em território inimigo sempre trazia consequências.

-É Lex, não?Eu não te culparia por estar surtando. Uma pessoa normal estaria enrolada no canto chorando.

-Lex vem se mostrando...diferente. Talvez ele tenha mudado, e por Oliver eu torço para que sim. Por que eu não vou aguentar se para salvar meu filho tivesse dado Oliver em troca – Chloe sussurrou, olhando nos olhos da prima.

-Diferente como? Pra mim ele parece o mesmo  - Lois perguntou, para manter Chloe distraida e para alimentar uma curiosidade sua.

-Eu sei lá – Chloe não sabia como explicar. Não sabia se queria dizer que tinha visto algo de diferente. – Ele me ajudou, salvou minh vida, tirou a mim e Connor de uma situação que enorme potencial para catastrofe e... Não importa. Ele é ainda é Lex Luthor.

-Exato. E eu fico preocupada Chloe. Se e eu acredito que ele vai, entrar por aqu dela porta com o soro, você vai estar devendo a alma a ele.

-Se Oliver e Connor estivere bem – Chloe deu de ombros. Não desejava nada mais que a segurança dos dois, mesmo que para isso terminasse com uma divida eterna com Lex.

Lois fez força para esconder a surpresa e assombro de sua reação. Como ela poderia contráriar Chloe quando Connor estava inconsciênte entre elas, com não mais de doze horas de vida. Ela faria o mesmo por ele.

Chloe suspirou. Lois estava certa em uma coisa. Não podia deixar que seu medo fosse maior que sua fé, nunca. Ela respirou fundo e tentou se animar.

– Você se lembra de como ele era quando nasceu? Acho que passei meses olhando para ele – Chloe segurou a mão livre de Connor e deixou a outra percorrer pela décima vez na ultima hora, os cabelos loiros e finoss de seu filho.

Lois se endireitou no lugar e sorriu com a mudança.

-Oh, me Deus. Você está brincando comigo? Seu bebê foi à coisa mais linda que eu vi, com o cabelo arrepiado. Quase convenci Smallville a roubá-lo pra mim.

As duas riram e Chloe conseguiu relaxar por um segundo, mas sem nunca esquecer que o relógio estava correndo, que não tinham muito tempo, Connor não tinha muito tempo antes de realmente piorar e ser tarde demais.






PHOENIX – O ar dentro da cabine pareceu pesado, tão denso que uma faca poderia ser cortado em alguns pedaços. Oliver e Lex estavam sentados frente a frente, mas em um total e desconfortável silencio, pelo menos para Oliver, que não escondia sua insatisfação, já Lex fingia indiferença quando por dentro estava em  total alerta.

Oliver tirou os olhos do lado de fora e os colocou sobre o homem a sua frente. Ele não disfarçou e encarou Lex sem se importar. Lex sempre foi uma incógnita, se por um lado podia esperar qualquer coisa ruim vinda dele, era praticamente impossível saber o que ele estava pensando. Julgava Lex por suas ações e não por sua postura, sempre educada e contida. Quando ele deu um ultimo gole em sua bebida e o encarou de volta, Oliver não soube dizer o que se passava na mente dele.

-Você tem uma bela família – Lex disse com simpatia.

Oliver se impediu de gemer. Preferia o silêncio a ouvir Lex falar de Connor ou Chloe. Ele apenas assentiu, mas um segundo depois pensou que poderia tirar algum proveito e daquela situação maldita.

-Obrigado! Por essa razão eu tenho toda a intenção de voltar – Oliver afirmou.

-Essa é a ideia. Além do mais, eu posso ter prometido a Chloe que garantiria a sua volta – Lex respondeu, com um sorriso torto.

Oliver manteve o olhar, o sorriso no rosto dele era de satisfação, como se tivesse seu destino nas mãos.

-Que pena, hum? Eu aposto que você adoraria que ela não tivesse...exigido – Oliver o corrigiu. Chloe nunca pediria a Lex para prometer nada por ele. – Só pra poder me jogar daqui de cima, como você deve ter feito algumas vezes dentro dessa sua cabeça lisa.

Lex riu e baixou a cabeça. Gostaria de admitir que a ideia de Oliver despencando pelos céus tinha passado por sua cabeça, afinal, não o suportava, mas não admitiria, era mais divertido ouvi-lo dizer que pensavam da mesma maneira.

-Você é engraçado. Eu não faria isso, sabe por quê? Não ficaria bem para mim, se Oliver Queen simplesmente sumisse do meu avião quando uma dezena de testemunhas sabe onde ele está, – ele disse em tom de brincadeira. -  E por que Chloe não ficaria feliz com isso. Na atual situação, eu não gostaria de perturbá-la.

Oliver ficou satisfeito com a resposta. Era exatamente por este caminho que ele queria levar Lex, mesmo que seu estomago se agitasse com o pequeno brilho que podia ver nos olhos dele enquanto falava sobre Chloe.

-Uau. Você realmente é apaixonado por ela, não? – ele quase estremeceu ao dizer aquilo em voz alta.

Por uma pequena fração de segundo a surpresa cruzou o rosto de Lex. Não esperava ser confrontado sobre isso, muito menos por Oliver. Mas aquela noite não estava caminhando do jeito que ele imaginou, então. Só que haviam três saídas, negar, tentar ludibriar ou...

-Você pode me culpar? – confessar. Lex confessou com um sorriso no rosto. Oliver parecia muito convencido sobre o assunto e se ele fosse fazer algo teria sido há um bom tempo.

Custou toda força de vontade que Oliver tinha para não levantar de onde estava sentado e não deixar seu punho responder por ele. Adoraria deixar seu lado primitivo tomar conta, mas não podia. Lex era a única chance de Connor e seu filho não teria a cura se Lex estivesse inconsciente. Ele ergueu uma sobrancelha e tentou sorrir.

-Eu acho que não.  – Oliver coçou o queixo. - Afinal, eu sou apaixonado por ela desde o momento em que coloquei as mãos nela pela primeira vez. Chloe é...de tirar o chão de qualquer homem. E foi ai que eu fiquei confuso, - Oliver deu de ombros, exagerando cada gesto. –Por que, até onde eu sei você não esteve no mesmo lugar que minha esposa desde o dia em que você a demitiu do Planeta Diário, segundo ela. E se você não se lembra de nada antes de cinco anos atrás, de onde veio isso? Por que ela? – Oliver perguntou, em tom mais sério e frio, algo que rondou seus pensamentos por semanas.

Lex não se intimidou com a pressão, com as perguntas. Ele deliberadamente se ajeitou no acento enquanto pensava sobre o assunto, em silêncio, sem dividir com Oliver suas respostas.

-Qual é, Lex? Nunca pensei que você fosse do tipo fangirl, – Oliver riu. - Não me diga que se apaixonou por ela vendo nossas fotos no jornal e revista? – Oliver sussurrou se inclinando na direção dele.

Lex engoliu com dificuldade. Não gostava de Oliver e estava odiando seu tom e seu desdem. O que ele sentia por Chloe não podia ser diminuido assim. Não admitiria. Não quando ela era tão importante para ele e sua vida.

-Não sei se uma mente como a sua vai compreende alguma coisa que não te envolva – Lex ergueu uma sobrancelha.

-Mesmo? – Oliver perguntou, com um sorriso. Estava chegando aonde queria. – A ultima vez que chequei nós eramos casados e se um homem como você está apaixonado por minha esposa e rondando como um tubarão, eu estou automaticamente envolvido. Me chame de machista, super-protetor ou...simplesmente desconfiado. Mas por outro lado...me diga que não passou anos pensando nela enquanto ela nem sequer se lembrava da sua existência, isso seria muito triste e eu acho que seria mais compreensivo. Sabe, eu tenho um amigo que também tem essa paixão platônica por ela e talvez vocês dois pudessem ...

-Nós estamos ligados! Você não entende, Chloe salvou minha vida – Lex explodiu. Seus olhos queimaram de raiva antes que ele ficasse em silencio de novo.

Oliver acalmou e se indireitou, sentindo o coração acelerar no peito. Era mais grave do que havia imaginado, mas pelo menos começava a descobrir em que tipo de terreno estava caminhando.

-OK!  - Oliver disse, tentando parecer mais tranquilo. – Eu não vou tentar te convencer do contrário, afinal, é de Chloe que estamos falando e ela pode muito bem ter feito isso, mas você não pode realmente acreditar que isso esteja ligando vocês dois ou seja um motivo.

-Motivo, para que? – Lex ergueu os olhos novamente para Oliver depois de se recompor. Não era sua intenção demonstrar nada, havia passado dos limites.

-Para ter esperanças. Chloe não vai ser sua – Oliver disse sem conseguir controlar o tremor que percorreu seu corpo com a ideia.

Foi à vez de Lex sorrir, um sorriso cheio de mistério. Era como se estivesse desafiando Oliver a impedi-lo de desejar Chloe.

-Eu acho que antes de estabelecer limites aqui nós devemos cumprir nossa missão e voltar para...casa – ele disse,  cauculadamente quando percebeu seu comissário se aproximar.

-Eu não poderia concordar mais – Oliver deu seu sorriso brilhante e puxou algums pastas para o colo.

Por mais que quisesse descobrir as intenções de Lex, ele não era o motivo daquela viagem, nem nunca seria. Connor, ele era o que dominava seus pensamentos. Não podia falhar com ele ou nunca se perdoaria por isso.

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