sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Friends, Lovers or Nothing, Capítulos 5 e 6

Bem, como vou passar o final de semana fora ou melhor,  sem tempo, a pedidos das meninas vou postar o fim da fic. Agradeço desde já o carinho com a história, os comentários e incentivos. Vocês são uns amores...Ah, semana que vem começo a postar a minha nova fic, ok?\o/...Então sem mais, a fic. Boa leitura!! E comentem.


Titulo: Friends, Lovers or Nothing
Autora: Roberta Clemente 
Classificação: PG-13
Categoria: 9º Temporada
Casal: Chloe/Oliver
Spoilers: Não
Capítulos:  6
Completa: Sim
Nota: O nome da FIC é uma música de John Mayer
Resumo: Oliver e Chloe vão passar pelo primeiro teste de seu relacionamento.




Capitulo 5

A garganta e Oliver ardia e ele não sabia se conseguiria gritar mais uma vez o nome de Clark quando ele apareceu do seu lado. Com os olhos arregalados e em choque com a cena que encontrou. Provavelmente a mesma expressão de Oliver ao encontrar a mesma.

-O que aconteceu? – pergunta Clark quase em desespero, tentando tocar o rosto de Chloe, sem cor aquela altura.

-Ela levou um tiro! Ela está morta! – grita Oliver

-Não, me de ela! – dispara Clark se negando a acreditar e tirando Chloe dos braços de Oliver.

-Salve ela, por favor! – grita Oliver aos prantos, antes que Clark desaparecesse na noite levando Chloe

Em um segundo Oliver se viu sozinho, impotente e desesperançado na escuridão. Tendo como única companhia o fogo que ardia ao seu lado. 

Mesmo Clark sendo o homem mais rápido do mundo, não tinha como devolver a Chloe todo o sangue perdido, derramado naquele campo frio.

Oliver deixou o corpo cair, até a testa tocar a terra gelada. Queria sentir o que Chloe sentiu ao ficar ali sozinha, enquanto sua vida se esvaia. A solidão de chamar e não ser ouvida. Não ter escapatória. De ter morrido sozinha, no escuro.

Era sua culpa! Chloe voltou sozinha por sua culpa. Sua incrível habilidade para cometer erros, que custariam caro para ele e pra quem estiver a sua volta. Alguém sempre pagava por seus erros e dessa vez foi a ultima pessoa no mundo que gostaria de magoar ou ver sofrer. 

Chloe era a pessoa que ele queria cuidar, nem que pra isso dependesse a sua vida. E quando ela precisou, não estava por perto. Chloe morreu lhe odiando e isso doía mais que tudo.

Oliver agarrou a terra onde Chloe tinha dado seu ultimo suspiro. Se culpando até o cérebro quase explodir. Teria que pagar por isso, ele e a outra pessoa responsável.

Ele sabia quem era e isso foi o que lhe deu forças para levantar daquele campo e correr para seu carro. O ódio! Se ele pagaria, ela também.

Seguiu cantando pneu para onde Clark tinha levado o corpo sem vida de Chloe. Smallville era seu destino. Lá estava a pessoa que tirou covardemente Chloe dele.

Entrou na mansão Luthor sem tomar conhecimento dos seguranças que tentaram impedir seu avanço. Sua fúria tinha lhe dado uma força sobre humana. Derrubou um por um, apenas usando seu punho. Quando invadiu o escritório Tess parecia lhe esperar. Ela tinha os olhos inchados e molhados. Havia medo em seu olhar e mesmo tentando não deixar transparecer, segurando os braços da cadeira com toda a força que tinha nos punhos, ele estava lá e era visível.

-Como você pode Tess?Você matou Chloe só pra me atingir? – pergunta atravessando o cômodo e dando um soco na mesa.

-Eu, eu não sei do que está falando – gagueja Tess, tentando dissimular enquanto olha para o smoking dele sujo de sangue.

O que faz Oliver explodir e jogar tudo o que está em cima da mesa para longe. E em seguida a própria. Tess pula da cadeira, com a arma na mão, se escorando na janela enquanto Oliver vai pra cima dela.

-Eu não queria Oliver – se explica Tess apontando a arma para ele. Frio ele continua até que o cano da arma toca seu peito.

-Vai atirar em mim também, quer que eu me vire? – pergunta Oliver olhando fundo nos olhos dela. Tess tremia, ao contrário dele.

-Foi um acidente, eu juro – justifica Tess aos prantos.

Por um segundo Tess baixa a guarda e Oliver facilmente tira a arma da mão dela. Ela recua assustada batendo de novo na vidraça, procurando algo em volta para se defender e Oliver agarra seus cabelos a impedindo de correr. Ele a traz pra bem perto. Perto o suficiente para que ela pudesse ver o ódio em seus olhos.

-Acidente?Acidente?Um tiro pelas costas não é acidente. É covardia, que só alguém nojenta como você teria coragem – grita Oliver.

-Eu, eu...o carro saiu da pista – murmura ela.

A voz e o comportamento frágil dela irritam Oliver, o fazendo explodir de raiva. Num impulso a joga no chão. Sem dó.

-Por quê?Por que, Tess? Você a tirou de mim? – implora Oliver por uma resposta.

-Não sei o que deu em mim! Eu queria conversar – tenta se explicar Tess. Arrastando-se pelo carpete enquanto Oliver avançava sobre ela.

-Você tirou de mim a única coisa que me importava – afirma Oliver enxugando as lágrimas que desciam por seu rosto. Ultima coisa que queria era dar esse gosto a Tess, mas não conseguia – Agora nada mais importa – desabafa ele, mudando de expressão. Ele a encara com os olhos vazios de um homem que perde a razão de viver.

E Tess fica chocada ao ver o quanto Oliver foi afetado pelo que ela fez. Ela fica sem ação, sem saber o que fazer, só olhando aquele rosto derrotado e sem esperança a sua frente. Ela não reage quando ele agarra seu braço a levantando do chão.

-Sinto muito Oliver!- sussurra ela, se rendendo.

-Não se preocupe, eu não serei covarde como você foi. Meus olhos serão a ultima coisa que você vai ver – responde Oliver, baixinho.

Quando Oliver levantava o revolver, já conformado do que teria que fazer Clark surge ao seu lado, segurando seu braço.

-Não faça isso Oliver! – pede Clark, aflito.

-Eu tenho que fazer – diz Oliver ofegante e sem tirar os olhos dos de Tess. Torcendo pra não ser atrapalhado.

-Não, não tem! Por Chloe! – suplica Clark.

Ele consegue ganhar a atenção de Oliver que o olha com os olhos transbordando.

-Ela matou Chloe! – exclama Oliver colocando a arma na têmpora de Tess.

-Chloe lutou por você, se fizer isso vai ter sido em vão – diz Clark tentando trazer Oliver a razão, sem sucesso – Ela lutou por você e agora está no hospital lutando pela própria vida – grita Clark.

Os olhos de Oliver se arregalam, em choque quando escutam aquelas palavras.

-O que? – pergunta Oliver quase sem força.

-Chloe está tentando Oliver e, você vai estar onde, aqui cometendo o maior erro da sua vida ou ao lado dela? – pergunta Clark, dando sua ultima cartada.

-Eu, eu... – murmura confuso, tinha certeza de que Chloe estava morta quando a entregou para Clark. O corpo dela estava vazio e sem vida. Ele olha para Tess e para Clark de novo, confuso. Se existisse uma chance por menor de Clark estar dizendo a verdade, estaria onde deveria estar. Ao lado dela.

Quase arrependido Oliver tira o cano da arma da cabeça de Tess. Perdido, sem saber o que o que fazer ou dizer. Ele olha mais uma vez para Tess, com todo o ressentimento que carregava no peito naquele momento. Em uma fração de segundo eles somem, deixando Tess cair no chão.

Clark deixa Oliver no corredor do hospital, distante o suficiente para Lois não vê-los aparecer do nada. Ela estava escorada na parede, encolhida, parecia rezar. Então Oliver teve medo de se aproximar, medo de perguntar, medo de aquela esperança recente ser uma ilusão. De perder Chloe pela segunda vez naquela noite. 

-Lois? – chama Clark, chamando a atenção dela para eles. 

Ela vira devagar, mas não responde, não consegue, não quando olha para Oliver e a enorme mancha de sangue na roupa dele. As lágrimas correm pelo rosto paralisado dela. O coração de Oliver para, ele sente as batidas sendo interrompidas enquanto Lois se esforça para falar:

-Chloe está em cirurgia! 

-Quer dizer que ela... – Clark não consegue terminar a pergunta.

-Ela está viva! – afirma Lois soltando um breve sorriso.

Oliver sente o coração voltar a bater e os pulmões se encherem de ar de novo. Mas as pernas ao contrario ameaçam não agüentar. Oliver as sentia tremer e quase bambear. Inconscientemente buscou as cadeiras de plástico que eram oferecidas aos que como ele temia pela vida de pessoas que amavam. Deixou o corpo se espalhar sobre a cadeira e nela ele ficou. 

Pelos minutos seguintes, pelas horas seguintes, pelo tempo que durou a cirurgia. Enquanto Chloe estivesse lutando pela própria vida ele ficaria resignado, pensando nela. E assim ele fez, em silencio. Sua concentração chegou a tanto que quase não percebeu quando um jovem medico aproximou-se deles.

-Parentes de Chloe Sullivan? – perguntou ele encarando um prontuário.

-Sou eu, eu, eu sou prima dela! – informa Lois, tomando a frente, eufórica.

-A cirurgia foi bem sucedida...

-Ela vai ficar bem? – pergunta Oliver interrompendo e deixando a calma e concentração que tinha conseguido sentado em seu lugar na cadeira.

-Ainda é cedo para dizer, por pouco não a perdemos. Se tivessem trazido ela imediatamente talvez o ferimento não tivesse sido tão grave, ela perdeu muito sangue...

Oliver deixa a cabeça cair quando pensa no tempo que Chloe ficou sozinha, sangrando e, que quase tinha custado sua vida.

-... Agora temos que esperar próximas horas pra ver como ela reage. São as mais importantes. Mas conseguimos trazê-la de volta e o pior já passou. – termina de explicar.

-Eu posso vê-la – pergunta Oliver, ansioso.

-Ela esta inconsciente...

-Não importa, eu só quero pode olhar para ela, nem que por um segundo – insiste nervoso. Quase se prometendo que se precisasse procuraria quarto por quarto.

-OK! – aceita o jovem medico, vendo nos olhos de Oliver o quão importante era para ele.

Alguns minutos depois Oliver estava diante do quarto onde Chloe se recuperava da cirurgia. Com uma camisa emprestada de Clark ele tentou ficar firme, respirando fundo algumas vezes, ou pelo menos parecer.

Abriu a porta e entrou devagar. Chloe estava sozinha e Oliver logo se acostumou com a mudança de ambiente. Do corredor barulhento para um quarto quieto, onde o único som era do monitor cardíaco ligado a Chloe.

Olhando de longe ela parecia tão vulnerável e frágil, pouco lembrava aquela mulher forte e decidida. Com o rosto levemente caído para o lado.

Aproximou-se rápido, queria examinar cada parte do corpo dela. Contendo a vontade de tocar cada centímetro ele registrou os danos em seu corpo.

Um corte na testa acima da sobrancelha esquerda e alguns arranhões no pescoço, causados pelo capotamento, relativamente leves se levado em consideração a gravidade do acidente.

Diferente do tiro, que atravessou o peito dela causando um grande estrago pelo caminho. Chloe tinha o braço direito em uma tipóia e alguns fios saindo de sua camisola. Tudo era muito doloroso para Oliver, mas não como no momento em que ele viu saindo da camisola a ponta de um curativo.

Com todo o cuidado ele levantou a gola da camisola e pode ver o corte horizontal de aproximadamente quinze centímetros no peito de Chloe, um pouco abaixo da saída da bala, feito durante a cirurgia.

Aquele corte brutalizando o corpo perfeito de Chloe fez a raiva e ódio voltarem ao seu corpo com mais fúria de quando encontrou Tess. Única coisa que lhe impedia de sair correndo dali em busca de justiça ou vingança era o rosto frágil e pálido de Chloe.

Ela precisava dele e ele dela. Ficaria ao seu lado e não sairia ate que ela estivesse bem e segura de novo. 

-Eu queria poder responder aquela pergunta que me fez na festa de novo. “O que tem de especial no seu apartamento”... - diz Oliver. – Tem você, tem acordar com você, tem você constrangida quando te beijo antes que possa correr e escovar os dentes... o que eu faço de propósito, só pra te ver corar – Oliver sorri lembrando e, em seguida se entristecendo pela lembrança. Ele toma mão livre dela e leva a boca. – Tem sua bagunça e seu perfume. Deus, como eu queria estar de volta ao seu apartamento, nunca teria saído dele se soubesse que iria acontecer isso com você. Teria te abraçado a noite toda e agora ainda estaríamos na cama – lamenta deixando uma lagrima correr pelo rosto cansado. – Acorda Chloe, por favor! – pede ele beijando os dedos machucados de Chloe.

Madrugada percorrida, manhã vencida e tarde iniciada. Chloe continuou inconsciente e nenhuma mudança aconteceu. Nem mesmo a de Oliver, que ficou ao seu lado o tempo todo, segurando sua mão. Passando a ela sua força.


CONTINUA...





Capitulo Final


Quando a noite começava e Oliver a desanimar o corpo de Chloe reagiu e sua consciência aos poucos voltou. O que começou com um leve movimento dos olhos com a ajuda de Oliver logo se transformou em um balançar de cabeça. Chloe procurou a voz dele até que uma hora despertou. 


Seus olhos encontraram o teto branco do quarto e nele se fixaram, por longos cinco segundos. Até que teve a necessidade de fechá-los de novo, suas pálpebras estavam pesadas, mais do que o normal. Lutou contra essa vontade e abriu de novo.

Aos poucos Chloe tomou noção do próprio corpo. E que nele tudo doía, como se tivesse saído de uma centrifuga. Uma dor aguda vinha de seu ombro, e lutando para manter os olhos abertos tentou olhar, mas o braço imobilizado impediu. Em vez disso soltou um leve gemido pela dor que o esforço causou.

Então que imediatamente imagens, ultimas lembranças, invadiram sua mente. Como um filme ou um sonho que acabara de sonhar. 

A conversa com Oliver em seu apartamento, eles fazendo amor em seguida, a festa, Tess sendo chamada por Oliver e como se sentiu decepcionada com isso, ela dizendo a ele que não confiaria a ele seu coração e, a imagem mais forte, Tess lhe perseguindo pela estrada, o acidente, a dor da bala atravessando seu peito e o sentimento de vazio que lhe invadiu.

Aquele sentimento ela nunca esqueceria, junto com o arrependimento, em sua forma mais cruel. Sozinha no campo, sangrando, sem tempo e ela não tinha dito a Oliver como se sentia.

Encarando o teto Chloe agradeceu como nunca tinha feito antes por estar viva. Tinha pedido e barganhado com o universo enquanto sentia as forças lhe deixando, que se tivesse a chance de estar com ele de novo diria. Bastava o universo ou o acaso lhe salvar ou manter viva por mais algum tempo, até que estivesse com ele mais uma vez. 

Lembrando-se de ter escutado a voz dele, o chamado e suas suplicas, Chloe procurou ao seu lado e foi só olhar para a sua mão, em como ela continuava na dele. Agarrado a ela estava Oliver, dormindo encolhido no pé de sua cama.


Percebeu então que acordou por causa da voz dele, mas que o processo até que abrisse os olhos tinha durado provavelmente horas. Tanto que ele pegou no sono.

Claro que ele estaria lá, ele sempre estava, tinha se tornado seu companheiro, seu parceiro. Tinha sido muito tola ao acreditar por um segundo que não tinha importância para ele. Era tão óbvio e ela preferiu o caminho mais difícil, precisou Tess lhe mostrar seu lado mais sujo para juntar as coisas e ver que estava errada.

Mas nada disso importava. O universo tinha lhe dado uma segunda chance e ele estava ali, diante dela. 

-Ollie! – tenta chamar, mas sua voz sai fraca. Ela respira fundo, juntando suas forças e chama mais uma vez o nome dele – Oliver! – chama mais alto, o que a faz tossir e acordar Oliver.
Ele levanta a cabeça assustado e da de cara com ela o encarando. Chloe se esforça e sorri para ele, lhe recebendo. Ele suspira aliviado, deixando os ombros caírem.

-Oi – sussurra Chloe.

-Oi – responde Oliver, também sussurrando e se aproximando dela devagar. Munido do maior sorriso que ele poderia construir. Ele para diante da cabeceira dela e coloca gentilmente a mão na testa dela, acariciando. – Como você esta se sentindo? – pergunta olhando para o corpo dela.

-Como se tivesse capotado um carro...em seguida tivesse sido abatida pela Cruela. – explica Chloe tentando parecer descontraída. Deixando em seguida o corpo ainda fraco sucumbir à piada.

-Noite agitada, han? – brinca Oliver se esforçando para rir, mas era tudo tão grave e doloroso que não conseguia mais que um sorriso.

Chloe entende a gravidade da situação, a preocupação nos olhos dele era nítida.

-Nunca mais faça isso, Chloe! – exige Oliver sem medo de ser mal interpretado – Eu te proíbo você esta me ouvindo? – completa olhando nos olhos dela.

-Você não manda em mim! Não é nada meu! – provoca Chloe com a voz rouca. Fazendo enfim ele achar graça no que ela dizia. 

Oliver mordendo o canto da boca revira os olhos.

-Hum, nada seu! Sinto avisar mocinha, mas se depois de passar um dia segurando sua mão, chamando o seu nome eu não ganhar no mínimo, veja bem, no mínimo o posto de namorado, eu me demito – informa Oliver.

-Namorado? – pergunta Chloe, com um tom casual.

-No mínimo! – confirma Oliver, reforçando que não aceitaria menos que isso. – E com a condição de que isso – ele olha em volta – Nunca mais se repita – inclui com a exigência o pedido anterior.

Chloe fica tocada com o pedido, se tivesse sido ao contrario estaria mandando, ordenando e muito provavelmente brigando e se preciso gritando. Então era mais que compreensível a bronca. Nada importava mais para ela do que o bem estar dele e pelo jeito era recíproco.

-Eu não sei!O que vão pensar? – pergunta Chloe tendo a resposta na ponta da língua, mas esperando a hora certa.

-Que eu sou apaixonado por você? – diz Oliver sem esperar, sem titubear - Se bem que acho que isso, eles já sabem. Parece que alguém gritou na festa pra todos escutarem que é apaixonado por você. – solta Oliver, dando de ombros.

Chloe escuta aquelas palavras saboreando cada uma. Nem a dor a fraqueza tirava o sabor doce daquela declaração.

-Ok! – aceita Chloe, sussurrando para ele.

-Ok! – confirma Oliver, realizado com a testa na dela, pronto para beijá-la.

-Mas Ollie? – interrompe Chloe ofegante.

-O que Chloe? – pergunta Oliver, tentando conter a impaciência.
-Eu também...sou apaixonada por você! – se declara Chloe, enfim, cumprindo sua promessa.

Oliver sorri passando o nariz no dela, feliz, com a declaração, com a recuperação, com o rumo que as coisas tomariam. Por ela estar viva, por estar ao seu lado e por ter a boca dela para beijar... A mão dela tocando seu rosto, fazia ele acreditar que era real e com todo o cuidado que ela inspirava ele lhe beija gentilmente. 

Depois disso as horas correram e rápido se transformaram em dias. Chloe continuou a se recuperar e Oliver esteve ao seu lado o tempo todo. Quando sentiu dor, quando sentou, levantou e andou pela primeira vez, ele estava segurando sua mão.

Ele não pensou ou se preocupou com mais nada que não fosse ela. E Chloe por nem um segundo se sentiu mais sozinha ou duvidou do que ele sentia por ela.

Único momento em que se separaram foi quando Oliver teve que se certificar de que nada mais aconteceria com Chloe, pelo menos não vindo do mesmo lado que veio o ataque covarde que quase a tirou dele. 

Tess estava sentada no mesmo lugar, na mesma posição vulnerável de dias atrás quando Oliver entrou no escritório da mansão Luthor. Mas diferente daquela vez agora ele entrava confiante e seguro. E não desesperado, sem nada a perder como antes.

-Oliver! – diz ela, calma.

-Não se preocupe Tess!Eu não vim aqui para te matar, não desta vez – brinca Oliver com o medo que encontrou no fundo dos olhos dela.

-Eu...

-Não vim conversar também! – interrompe Oliver, seco e frio – Vim te mostrar isso – esclarece ele tirando do bolso da jaqueta um pequeno monitor e deixando na mesa para ela.

-O que e isso? – pergunta Tess altiva.

Ele não responde, em vez disso toca a tela e assiste o rosto dela mudar enquanto vê as imagens por satélite do acidente de Chloe e, da imagem dela tirando Chloe de dentro do carro e atirando nela pelas costas.

-Incrível o que a tecnologia facilita a nossa vida, não? – ironiza Oliver com um sorriso forçado.

Tess murcha na cadeira de couro. Nem se quisesse poderia negar ser ela no vídeo, as imagens eram muito claras. E então Oliver sorri de verdade, tinha conseguido o que queria, deixar ela sem saída.

-Eu aguardo até amanha de manhã para ter sua carta de demissão na minha mesa! E pra ter você bem longe...ou essas imagens estarão em todos os noticiários até a hora do almoço... E se você passar no mesmo quarteirão que Chloe de novo ou mencionar o nome dela, eu volto aqui e termino o que comecei – avisa Oliver olhando bem fundo nos olhos de Tess, para que não deixasse margem para duvidas, de que ele estava falando muito serio como nunca tinha falado com ela na vida.

Ela concorda com um breve aceno de cabeça e Oliver se da por satisfeito, não queria ouvir a voz dela de novo. E esclarecidos ele lhe da às costas.

-Eu sinto muito Oliver! – se desculpa ela num ultimo gesto.

-Eu também... De ter te conhecido! – encerra Oliver sua conversa com Tess, a mulher que um dia tinha sido tão importante em sua vida, mas que agora só lhe despertava os piores sentimentos. Ele lhe da às costas rezando para que nunca mais a encontrasse na vida. 

Da mansão até o hospital seu humor mudou por completo. Caminhou pelos corredores se sentindo leve e diferente. Como se um capitulo de sua vida tivesse terminado e um completamente novo e cheio de possibilidades estivesse para começar a qualquer momento.

Flagrou Chloe sentada na cama, completamente concentrada em seu Black Berry, usando apenas uma mão. E não teve como não sorrir e agradecer por ela estar bem e pronta para ir para casa.

-Hei! – chama Oliver, conseguindo a atenção dela.

-Oi– responde Chloe, quase constrangida por ser pega fazendo o que não devia.

-Mandando um "sms"? – pergunta Oliver da porta, dissimulando.

-Ou checando o que vocês fizeram na minha ausência? – responde mordendo a boca em seguida.

-Não vai nem tentar mentir? – pergunta Oliver tirando as mãos do bolso e cruzando os braços.

-Eu não sei o que eles me deram aqui, estranho, muito estranho! – responde Chloe dando de ombros.

-Bom saber!...Pronta pra ir embora? – pergunta Oliver, chamando Chloe com a cabeça.
 
-Muito! – afirma Chloe dando um pulo da cama.

-Devagar mocinha! – diz Oliver entrando no quarto e segurando Chloe.

-Eu estou bem! – acalma Chloe.

-Eu sei, eu sei, mas disse que iria ficar como você até sair por aquela porta – informa Oliver olhando para a porta.

-E depois, vai me deixar? – questiona Chloe com a testa franzida.

-Claro que não, depois que passar por aquela porta eu vou grudar em você! – avisa Oliver, sem se dar conta do exagero. Só quando vê a expressão estranha no rosto de Chloe ele nota – Mas de um jeito totalmente normal e não obsessivo! – explica sem graça.

-Aham! – se diverte Chloe enquanto ele passa os dedos em sua franja, tirando de cima do curativo que ainda tinha na cabeça. Leve com o carinho ela encosta a testa no peito dele. Nunca tinha sido tão cuidada antes. E não tinha que se preocupar o tempo todo em manter segredo, podia ser ela mesma com ele.

E quando ela olha nos olhos do homem que a tirou da concha da solidão recebe um beijo carinhoso. 

-Vamos? – chama Oliver sussurrando um convite para uma vida do lado de fora.

-Sim – aceita ela pegando sua mala que estava em cima da poltrona do quarto. Oliver tira da mão dela e os dois riem, quando ele passa um braço em volta dela e juntos saem do quarto.

Não sabiam quanto tempo duraria e com a vida que levavam, sempre perigosa e sem roteiro, poderia muito bem ser até o dia seguinte. 

Por isso a partir dali aproveitariam o que a vida tinha lhes oferecidos. A amizade, companheirismo, dedicação e o coração, um do outro.


FIM

13 comentários:

  1. Ah que lindoooooooo ^^
    nas o que eu mais AMEI:
    Oliver agarrando a Tess pelo cabelo e jogando ela no chão!! \O/
    "mas se depois de passar um dia segurando sua mão, chamando o seu nome eu não ganhar no mínimo, veja bem, no mínimo o posto de namorado, eu me demito – informa Oliver."
    Roberta mais fics por favor!!
    vilm@

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  2. Ahhh, eu disse que era linda!
    Sério Roberta, eu te disse antes o tanto que eu amei essa fic. Mas eu digo de novo: é simplesmente incrível e é uma das minhas favoritas :D

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  3. hahaha...Oliver "vingando" Chloe?
    Tadinho, ele merece, não?O posto.
    Pode deixar. Semana que vem vou começar a postar uma fic nova que estou escrevendo. Tenho idéias pra mais algumas oneshot tb...Empolgadona a menina, só preciso de tempo..haha

    Ah, Ivy!Valeu mesmo. Nossa e um belo de um elogio. Sei que le bastante, e uma minha entre suas favoritas. Obrigada!\o/uhu\o/
    Espero que goste das próximas(que são inéditas pra vc, haha)também.

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  4. Nooossa, muito boa, super bem escrita ! Parabéns Roberta !
    Estarei esperando por mais ótimas fics. :DD

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  5. Olha, obrigada!Não tem noção de quantas vezes edito uma fic até postar... ridículo...kkk
    Valeu Leticia!!!
    Nos vemos na próxima então.

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  6. Como a Letícia disse, realmente está muiiito bem escrita, lembrei de Sacrifice até... só que com bem mais intensidade...
    Menina o que eu não daria pra não ver essa cena sangrenta do Oliver com a Tess?! :) demais!!

    E chlollie me diz como pode ser tão lindo?? sério!

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  7. Quando vi Sacrifice lembre desta fic.

    Adoraria um acerto de contar Ollie e Tess depois que ele mandou ela sumir e ela invadiu a Torre.
    O meu Ollie não iria perdoar, coitada.

    Chlollie é a perfeição!...Amo, amo, amo!!
    Valeeeeeu linda!

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  8. AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!

    Amei, amei, amei!!!!!!!

    Roberta arrasando!!!!!!!!!

    Quero mais!!!!!!!!!!

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  9. Oliver deixou o corpo cair, até a testa tocar a terra gelada. Queria sentir o que Chloe sentiu ao ficar ali sozinha, enquanto sua vida se esvaia. A solidão de chamar e não ser ouvida. Não ter escapatória. De ter morrido sozinha, no escuro.

    Nossa, essa atitude é totalmente o Oliver, tem uma fic, better late than... em que ele faz mais ou menos isso também, é como se ele se punisse, ai Ollie fofo...

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  10. Eu queria poder responder aquela pergunta que me fez na festa de novo. “O que tem de especial no seu apartamento”... - diz Oliver. – Tem você, tem acordar com você, tem você constrangida quando te beijo antes que possa correr e escovar os dentes... o que eu faço de propósito, só pra te ver corar – Oliver sorri lembrando e, em seguida se entristecendo pela lembrança. Ele toma mão livre dela e leva a boca. – Tem sua bagunça e seu perfume. Deus, como eu queria estar de volta ao seu apartamento, nunca teria saído dele se soubesse que iria acontecer isso com você. Teria te abraçado a noite toda e agora ainda estaríamos na cama – lamenta deixando uma lagrima correr pelo rosto cansado. – Acorda Chloe, por favor! – pede ele beijando os dedos machucados de Chloe.

    MEU DEUS!!!!!!!

    Lágrimas nos olhos... Roberta... meu Deus...

    E a Chloe revelando a promessa que havia feito... nossa, perfeito...

    Parabéns!!!!

    A fic é MARAVILHOSA!!!!!!!!

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  11. Karina...Logo logo tem mais texto meu \o/
    Aguarde!!


    Sofia, Oliver é muito passional, né?Ele faria exatamente isso, acho...Acho que por isso amo tanto ele...Homem que sofre é uma coisa..hahaha

    Valeu meninaaaas.

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  12. Roberta,
    Essa fic é muito linda!!!!!!!
    Chlollie é puro amor!!!!!


    ps : Acho tão engraçado quando as meninas falam que choram lendo as fics!!!!!!rsrsrsrs

    Grécia - Smallville Brasil

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  13. Sensacional!!! Drama, romance, suspense
    Amei
    Perfeita

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