segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Friends, Lovers or Nothing

Olá!Mais alguns capitulos da minha fic. Espero que estejam gostando, tanto quanto gostei de escrever...Gostando ou odiando, comentem!Faça uma autora feliz(as tradutoras também)!!



Titulo: Friends, Lovers or Nothing
Autora: Roberta Clemente 
Classificação: PG-13
Categoria: 9º Temporada
Casal: Chloe/Oliver
Spoilers: Não
Capítulos:  6
Completa: Sim
Nota: O nome da FIC é uma música de John Mayer
Resumo: Oliver e Chloe vão passar pelo primeiro teste de seu relacionamento. 

Capitulo 1/6 e 2/6



Capitulo 3/6

Oliver conversava com executivos que não suportava mais encarar e lidar no dia-a-dia. Eram pessoas com quem não tinha nenhuma afinidade ou sequer simpatia. Que não estavam ali por ele, por serem seus amigos e lhe desejar felicidades. Estavam lá por interesse, mais puro e simples interesse comercial. 

Diferente dos amigos, poucos, que estavam lá por ele. Notou quando Lois se juntou a Clark na mesa e não pode não notar ela. Que estava lá para ele todos os dias, há algum tempo, Chloe.

Sem querer parecer mal educado Oliver se posicionou de frente para as pessoas que falavam com ele de uma maneira que pudesse olhar para ela sem ser notado. Discretamente observou os gestos delicados de Chloe conversando e rindo com os amigos e desejou saber o motivo do sorriso dela. Quis ser o motivo. Quis também estar de volta no apartamento dela, só ela e ele, na cama, fazendo a própria festa, em vez de estar cercado e separado por pessoas insignificantes.

Um meio sorriso brotou em seu rosto, sem perceber quando se deu conta de seus pensamentos. Não imaginou quando ficaram juntos pela primeira vez na Torre de Vigilância que se tornaria tão dependente da presença de Chloe, que preferiria abrir mão de tudo e todos para ficar com ela, só com ela.

De repente sua visão daquela pequena loira ficou ruiva.  Tess se colocou na frente de Oliver.

-Poderia ao menos disfarçar que está envolvido com sua empregadinha! – provoca Tess sem um pingo de humor na voz.

-O que? Não banque a ciumenta, não combina com você Mercy – devolve a provocação.

Tess olha em volta, tentando ser discreta.

-Ciúmes? Não! Interesse em manter os negócios de pé? Com certeza! – afirma ela, deixando claro sua intenção.

-Do que você está falando? – pergunta Oliver sem entender onde ela queria chegar.

-Você pode viver essa vida, mas isso aqui não é só uma festa de aniversário. Acho que meu representante foi bem claro quando te procurou 

Oliver fica mudo, sem expressão, lembrando da visita que recebeu em seu carro antes de entrar no prédio. Onde foi comunicado de que deveria convencer os investidores de que não existia crise na Luthorcorp com a queda das torres. E que deveria fazer isso a qualquer custo.

-Sim, ele foi! – esclarece Oliver, contrariado.

-Bom! E acho que melhor deixar as distrações para depois – diz ela olhando para Chloe – e fazer de conta que nós dois somos uma dupla perfeita, como um dia fomos – diz ela divagando.

-Quantos copos você bebeu? Ninguém vai acreditar nisso Mercy, basta olhar o campo elétrico que impede que nós dois fiquemos a menos de um metro um do outro – afirma Oliver, firme e levemente irritado.

-Então vai doer, por que vou ficar ao seu lado quando fizer o seu discurso e chamar o meu nome – surpreende Tess. 

-O que? - diz Oliver com a testa franzida, quase em choque. – Não vou fazer isso! – afirma ele, se recusando e rindo de nervoso.

-Você é quem sabe! Mas o que será que a diretoria vai dizer quando souber que sua namoradinha roubou uma pequena fortuna da empresa e você sabia? – pergunta Tess, desdenhando.

-A tinta vermelha entrou na sua mente? Você não tem como provar – afirma ele blefando.

-Não! Não tenho, mas não deve ser difícil de conseguir ou...fabricar. E duvido que não consiga o comando das Indústrias Queen, que seus pais lutaram tanto para construir, em minhas mãos – completa Tess, enquanto saboreia o pânico crescer nele.

E sem dar a ele a oportunidade de debater ela sai. Deixando Oliver incrédulo e sem reação para trás. Ele olha para Chloe buscando nela uma resposta e como um imã o olhar dela encontra o dele. Ela sorri gentilmente para ele. Como se estivesse lhe dando a benção.

Oliver não acreditou no que teria que fazer para preservar o nome da empresa, dele e principalmente o dela. Se negar a fazer o que Tess lhe obrigava era entregar o nome de seus pais nas mãos de uma mulher sem escrúpulos e envolver Chloe em um escândalo, maior do que ela poderia suportar e isso não era uma opção. Ele suportaria qualquer coisa, menos isso. 
Faria, mesmo que custasse algo que ele ainda nem tinha. O amor de Chloe.

Lois falava sem parar, sobre as perguntas que lhe tinham sido negadas. Sobre o passado obscuro de alguns dos convidados e Clark prestava atenção, tentando não perder nenhuma palavra das centenas por minuto que Lois falava.

Chloe tentava fingir interesse. Tentava não demonstrar que sua atenção estava toda em Oliver. Ainda mais quando depois de lhe encarar, caminhou em sua direção, mais uma vez. Tentava sem muito sucesso mostrar indiferença a sua presença, mas a verdade é que não conseguia não sorrir quando ele se aproximava.

Quando ele parou ao seu lado e ofereceu a mão Chloe deixou primeiro a cabeça cair. Sentia as pernas tremerem de nervoso. Esperou a noite toda por este momento. Estar com ele de novo.  E seria na frente de todos.

Sob os olhares de Clark e Lois ela aceita. Oliver segura firme sua mão em direção a pista de dança.  E antes de se posicionarem para dançar, antes dele segurar a cintura dela, Oliver olha nos olhos dela. Tentando passar tudo o que sentia naquela hora. Queria que Chloe lesse seus pensamentos, que usasse toda a cumplicidade deles naquele momento e visse que a culpa não era dele.

-O que foi Ollie? – pergunta Chloe preocupada.

-Eu... – murmura ele, sem saber o que dizer.

-Algum problema? Você não está bem! Seu olhar parece pedir socorro – afirma ela, com uma ruga entre os olhos.

-Não é nada! – nega, balançando a cabeça e aproximando Chloe dele. – só gostaria de estar poder voltar no tempo e estar no seu apartamento de novo. – desabafa um desejo real.

-Mesmo? – pergunta Chloe envaidecida. 

-Sim! Preferia lá a aqui. – diz ele dando um meio sorriso.

-Por quê? O que há de tão especial no meu apartamento? – questiona Chloe olhando para ele de lado.

Oliver olha para baixo, sorrindo e deixa os olhos encontrarem os dela.

-Além do colchão macio, do balcão incrivelmente resistente, do café delicioso que ninguém mais no mundo sabe fazer, só você, e das gavetas de lingerie que não tem no meu apartamento? – sussurra ele, olhando para o alto, enquanto Chloe levanta cada vez mais a sobrancelha – A companhia, sem duvida! – completa olhando para ela.

-Sei! – concorda Chloe, sem se dar por convencida.

-Ah... você tem Xbox. E eu adoro esse jogo – provoca, só para não perder o costume.

-Shu!Fala baixo, se Lois descobre que eu deixo você usar o vídeo game dela, eu e meu colchão macio vamos para rua – adverte Chloe olhando para os lados.

Oliver imita o movimento dela e olha para os lados a procura de Lois, depois enquanto ela ainda olhava para longe para os olhos nela.

-Nunca deixaria você e seu colchão na rua – sussurra ele, sério.

-O que? – ela se assusta, encarando ele de volta. Depois um sorriso brota em seu rosto e em segundos ele vira um riso – Oliver!Você é tão espirituoso – diz ela suspirando e rindo ao mesmo tempo.

-Não é brincadeira! Você sabe que nunca te deixaria desamparada, não sabe? – suplica Oliver por aquela resposta.

-Sei claro que sei! Nós somos uma equipe, e, além disso...

-Amigos? – interrompe Oliver, evitando ouvir da boca dela. Mal podia se reconhecer. 
Há algumas horas isso não o incomodaria, mas agora a palavra “amigos” era quase insuportável.

-E não somos? – pergunta ela, um pouco confusa com o tom da pergunta.

-Sempre! Mesmo quando discordamos, quando cometemos os maiores pecados que poderíamos cometer, sempre fomos amigos. – a tranqüiliza Oliver.

-Estranho não? Como nossos caminhos se cruzaram? Eu uma geek e você... – ela para e Oliver espera a definição dela sobre ele com curiosidade – tão, você – termina Chloe. Oliver concorda balançando a cabeça. – Quem diria que nossa pareceria poderia dar tão certo? – questiona Chloe com um sorriso encantador. Que desmancha Oliver. Chloe havia se tornado uma mulher forte, mas tinha o sorriso mais doce que já vira em toda a vida.

Antes que se perdesse nos olhos dela Oliver segura sua mão e a leva com ele. Discretamente eles atravessam o salão, até um terraço vazio. Chloe ri quando Oliver fecha a porta e olha mais uma vez para dentro do salão, se certificando de que ninguém tivesse visto ou ido atrás deles, antes de investir contra ela. 

Ele olha para ela com tanta intensidade que Chloe pode sentir o peso de seus olhos sobre ela.
Ele toca seu rosto, deixando os dedos escorregarem para sua nuca. E com a outra mão puxa sua cintura para encontro do corpo dele. Oliver tem necessidade de sentir Chloe, a pele dela. 
Ele passa a boca pela dela e só quando ela fica convidativa demais para agüentar a beija.

Chloe curva o corpo para trás tamanha é a força que ele coloca no beijo. Oliver passa os dois braços na cintura dela tirando-a do chão. Chloe se agarra ao pescoço dele enquanto é erguida. 

-Você é maluco Oliver, e eu adoro isso em você! – afirma Chloe sorrindo a centímetros da boca dele.

-Você tem esse efeito sobre mim – diz Oliver dando um selinho nela.

-Tenho certeza de que você já era assim antes de me conhecer – se esquiva Chloe.

-Antes de te conhecer? Nem lembro – afirma ele com um sorriso petulante.

-Quer parar? Sou eu! Chloe esqueceu? – pergunta Chloe rindo do charme jogado por ele.
Oliver afasta o rosto um pouco do dela.

-É você! Chloe Sullivan é você – declama Oliver, com os olhos brilhando.

-Você está infectado por alguma pedra alienígena? – brinca Chloe. O que faz Oliver rir, negando. Chloe concorda o beijando em seqüência. Tão intenso quanto o que recebeu. O barulho da porta interrompe o beijo.

Eles se olham, rindo por terem sido pegos. Por alguns segundos eles se divertem com a situação. Então Oliver coloca Chloe no chão e vê nos olhos dela que a pessoa a flagrar os dois não era alguém de agrado dela. Imaginando quem seria ele se vira para a porta e encontra Tess parada diante da porta.

-Está na hora do seu discurso! - avisa Tess, fingindo um sorriso.

Oliver sente todo aquele peso voltar aos seus ombros. Ele devolve para Tess o olhar de vitória com um de desprezo. Chloe não se deixa incomodar pela presença de Tess, sem saber que por dentro Oliver pedia socorro. Ela ajeita a gravata dele calmamente.

-Vai lá aniversariante. Jogue sua lábia para os convidados, mostre que não é só um rostinho bonito, mas não se esqueça de mim. Ok? Você me fez uma promessa – diz Chloe, baixinho olhando para a gravata e depois para ele, fazendo um leve bico.

Oliver se diverte com o comentário e a promessa lembrada, de que seria só dela. Mesmo que isso estivesse ameaçado. Em seguida ele caminha para a porta e quando passa por Tess sussurra:

-Isso vai ter volta! – promete Oliver.

Tess não se abala, não meche um músculo. Ela volta sua atenção para Chloe. Que não baixa a guarda e devolve a encarada. Mesmo estando sob o efeito da kryptonita lembrava todos os detalhes do último encontro delas. Da briga e principalmente que se não fosse por Clark Tess teria lhe dado um tiro.

Mas o que passava na cabeça de Tess era outro encontro delas. Onde quem morria era ela e quem a matava era Chloe. Isso não saia de sua cabeça há meses. Seu fim pelas mãos de Chloe.

-Concurso de encarada? Um pouco infantil não acha Tess? – pergunta Chloe firme.

-Você não significa nada pra ele, sabia? – responde Tess com outra pergunta. E Chloe ri do rumo que Tess da à conversa.

-Uau! Vai agarrar meu cabelo e me dizer pra me afastar do seu homem? – provoca Chloe com um sorriso de sarcasmo no rosto. – agora sim! Essa é minha deixa para entrar – fala Chloe caminhando para a porta. Quando se aproximava de Tess tem o braço agarrado.

-Todas as noites eu penso naquela briga e me arrependo amargamente do minuto perdido! – esbraveja Tess, pela primeira vez demonstrando descontrole.

-Pois eu, não perco um segundo do meu tempo pensando em você Tess! – responde Chloe olhando bem nos olhos dela. Sem saber das conseqüências que suas palavras teriam.



CONTINUA...



Capitulo 4/6

-Onde está o conteúdo daquele contêiner? – escutou Chloe, ainda com a mão de Tess apertando seu braço, um pouco mais forte.

Ela não respondeu, só devolveu a ela um olhar de desdém.

-Não seja dissimulada!

-Não estou sendo! – responde Chloe puxando o braço e se livrando da mão dela. Mas mantendo a posição.

-Eu sabia que fazia tudo por Clark, sempre foi um cachorrinho, mas Oliver? – diz Tess com um olhar irônico.

-Oliver, Clark, pode dizer, é inveja? - pergunta Chloe com o mesmo tom – Você gostaria de ter a confiança deles, mas não tem! Desculpe, o clube está cheio, novas inscrições só no próximo semestre! – ironiza Chloe dando um passo para frente, na direção de Tess ficando frente a frente com ela.

-Espero que saiba no que está se metendo, com quem está se metendo. – avisa Tess também dando um passo a frente.

O ar entre elas era pesado, tenso, qualquer faísca causaria uma explosão. Tess não conseguia não se ver sendo morta por Chloe enquanto a encarava. E Chloe não podia não sentir o ódio no olhar de Tess. Mas a frieza de Tess voltou a sua mente e sua expressão, quando ela desviou o olhar e se retirou.

Chloe só deixou o ar sair dos pulmões quando a porta foi fechada e ficou sozinha. Há algum tempo pessoas como ela lhe fariam tremer, mas agora depois de tudo, poucas coisas ainda causavam medo.

E em segundos se deu conta de onde estava e o motivo. Quase deu um pulo, estava lá por Oliver. E estava perdendo seu discurso. Entrou apressada no salão e sorriu quando o avistou, sobre o pequeno palco, diante do púlpito. Lindo, sempre o achou lindo. Desde a primeira vez que o viu.

Chloe parou no meio das pessoas para ouvir, preferiu não se aproximar demais. Só que Oliver não parecia feliz, nem mesmo entusiasmado. Não como ela estava.

-... Luthorcorp e Indústrias Queen se tornaram uma só. Não sei se meus pais estariam orgulhosos disso. Das escolhas que fiz ou das pessoas que me associei, mas... – ele pausa, colocando as duas mãos sobre o púlpito. Respira fundo e olha para as pessoas a sua frente. 
Encontrando os olhos de Chloe sobre ele. Se antes não sabia como continuar, agora tinha encontrado força e as palavras certas. – Mas eu tenho certeza que uma parte de mim eles aprovariam, uma que ninguém mais conhece. Que só permiti a uma pessoa ver – ele para mais uma vez, balançando a cabeça e rindo quando seus olhos e os de Chloe se encontram de novo. – na verdade acho que foi essa pessoa que enxergou, antes de mim e me mostrou o quanto eu valho a pena. Essa pessoa, essa mulher faria meus pais orgulhosos de mim... Ela é... – Oliver não consegue continuar. A garganta apertada e quase fechada não deixava o nome subir até sua boca. Teve que se esforçar muito, ainda mais quando os olhos de Chloe lhe eram tão doces e brilhantes... - Tess Mercer! – praticamente cospe o nome Oliver. 

E quando os olhos de Chloe mudaram de doçura para estranheza e choque, baixou a cabeça, envergonhado. Não podia vê-los virarem decepção.

Oliver não viu Chloe paralisar, sentir vergonha, raiva e decepção, tudo ao mesmo tempo. Por que enquanto ele esperava Tess se aproximar, com um sorriso de orelha a orelha, Chloe saiu de fininho, tropeçando em algumas pessoas no caminho.

Chloe quase saia do meio das pessoas que aplaudiam Oliver e sua “companheira”, totalmente ignorantes de que a mulher de quem ele falava era ela, quando avistou Clark e Lois aplaudindo também, enquanto se encaravam.
 
Nem o desconforto no rosto deles faria Chloe se aproximar e encarar a reprovação de Clark. Não tinha condições de encará-lo.  Chloe se viu perdida entre as pessoas.

A sua frente perguntas, atrás a decepção. Olhou para o lado e viu a porta do terraço. Correu até ele e quando fechou a porta procurou a chave. Se ela estivesse onde deveria estar trancaria e a jogaria prédio a baixo. Mas não estava onde deveria. Respirando muito rápido, o que era o prenuncio de um choro inevitável, Chloe andou de um lado para o outro tentando se acalmar.
Conversou com ela mesma, tentou se convencer de que não tinha importância. De que não podia se importar com aquilo, afinal era só uma amiga de Oliver e vice e versa. Não tinha motivo muito menos direito de se importar. Mas se importava e muito.

Aos poucos a respiração voltou ao normal e a mente ficou mais clara. Já poderia ser vista em publico, então se virou na intenção de sair pela porta e ir embora quando deu de cara com ele. Parado diante da porta, lhe encarando.

Toda a conversa que teve com ela mesma foi por água a baixo quando viu os olhos castanhos de Oliver lhe encarando. Tentou impedir que sua boca tremesse lhe denunciando mordendo o lábio inferior.

-Sinto muito Chloe – se desculpa Oliver, balançando a cabeça. – Eu posso explicar...

-Você não entrou comigo! – afirma Chloe - não me apresentou as pessoas – e ficou bem claro que não disse o meu nome – diz Chloe, forçando um riso defensivo. – Acho que ficou bem explicado – termina ela, andando em direção a porta e parando quando Oliver impediu sua passagem.

-Não é nada disso. Eu tive que fazer isso, Tess praticamente me forçou – explica Oliver.

-Forçou você a me esconder a noite toda? – questiona Chloe

-Não, eu não te escondi, eu só não sabia como agir. Nós não somos um...

-Casal!- responde Chloe, por ele.

-Exato! Você não diz o que quer de mim, de nós. Mas não foi isso, tudo o que eu disse em cima daquele palco...

-Oliver!- interrompe Chloe, impaciente.

-Me deixa falar, por favor!Sei que você tem essa mania de sempre se defender, mas só me escuta... Tudo foi pra você! – afirma ele, esperando dela uma resposta. E recebendo um olhar de confusão.

-Pra mim? Uau! Se você já vai começar a trocar meu nome, eu paro por aqui – ironiza Chloe tentando se afastar.

-Confia em mim! – pede Oliver, em desespero.

-Eu confio, confio minha vida se precisar. Mas não meu coração. Eu não sei o que somos ou fomos. Amigos, amantes... ou nada? – pergunta Chloe, sem esperar resposta.

-Eu não sei! Tudo talvez! – tenta responder Oliver.

-Não sei, só sei que por de baixo dessa casca de mulher forte que ajuda a salvar o mundo, eu sou... só uma garota! – lamenta Chloe dando de ombros com um sorriso apertado.

Oliver sente aquelas palavras como golpes de um inimigo. E sem força deixa Chloe escapar por entre seus dedos e desaparecer no salão. Ela estava tão magoada, como ele não achou que ficaria. Esperava fúria, gritos ou até indiferença dela, mas não magoa. Aquela reação lhe tirou o chão, a fala, o rumo.

Demorou minutos para juntar forças e voltar ao salão à procura dela. Sua primeira opção foi à mesa e Clark. Ela teria corrido para o melhor amigo. Mas se enganou a mesa só Lois, Clark e seus olhares de reprovação.

-Onde está Chloe? – pergunta Oliver, olhando para os dois e em volta.

Clark se apressa em levantar e encarar Oliver colocando o dedo no peito dele.

-Aonde você acha que ela iria depois daquele discurso romântico? – esbraveja Clark.

Oliver não se importa e olha para a direção da porta. Ele da à volta em Clark quando sente uma dor esmagadora no antebraço esquerdo. A dor foi à única coisa que o impediu de seguir seu caminho. Clark sabia que estava machucando Oliver e não se importou. 

Oliver faz uma careta e olha para Clark, furioso desta vez. Sabia que se ele assim quisesse não se soltaria. 

-Me deixe ir Clark – pede Oliver.

-Não vou deixar você machucar Chloe – afirma Clark, convicto.

-Mais do que você já machucou? – devolve a acusação.

-Não adianta tentar virar o jogo – responde Clark.

-Juro que deixo você me jogar na parede, mas depois que eu falar com Chloe, ok? – implora Oliver.

Clark não responde, em vez disso olha fundo nos olhos de Oliver, tentando lê-los.

-Eu sou apaixonado por ela, Clark! Eu estou apaixonado por Chloe!E eu preciso dizer isso a ela – desabafa Oliver, alto o suficiente para Clark e metade do salão escutar. – Eu tenho que encontrar Chloe, esclarece Oliver, quase se desmanchando.

-Então corre! – encoraja Lois, se intrometendo entre os dois búfalos. – Ela foi com meu carro, o que significa que não está longe 

-Vai com minha caminhonete – fala Clark, soltando o braço de Oliver. E saindo do caminho dele.

Oliver agradece balançando a cabeça. E depois de pegar as chaves ele corre. Em segundos a porta, mais alguns o carro. E em pouco tempo estava saindo de Metrópoles. Nenhum sinal do carro de Chloe pelo menos até chegar à estrada para Smallville.

Oliver ficava mais e mais ansioso a cada quilometro percorrido. Quando se viu sozinho na rodovia escura só teve seus pensamentos para ouvir. E eles eram confusos. O que diria ou faria quando a encontrasse? Era torturante pensar nisso quando não tinha condições de construir uma frase lógica em sua mente. 

Tudo o que queria era olhar pra ela. Só depois disso saberia o que dizer ou fazer. Por isso se permitiu relaxar por um segundo. Oliver quase sorria quando avistou a alguns metros a frente uma luz alaranjada. Quanto mais perto chegava mais tinha certeza de que era fogo. Vindo do campo, à esquerda, um pouco afastado da pista.

Seu coração disparou quando reconheceu o objeto em chamas. Um carro esporte, vermelho, igual ao de Lois. Era o de Lois. Dirigindo a picape de Clark Oliver atravessou a pista e chegou ao carro em segundos. Saltou no acostamento e teve que firmar as pernas ao ver o carro de cabeça para baixo com fogo no motor.

Ele gritou o nome de Chloe e correu o mais rápido que pode. Continuou a gritar até chegar ao veiculo e se jogar na terra, a procura dela. Seu desespero aumentou, quando encontrou o carro vazio. Isso só podia significar uma coisa e tinha medo de pensar, que ela teria sido jogada do carro durante o acidente.

Em desespero deu a volta, olhando em volta e não encontrando. Gritou em plenos pulmões o nome dela. Como se ele estivesse em perigo, como se sua vida dependesse disso. A escuridão da noite impedia de enxergar muito além naquele vasto campo. 

Oliver juntou todas as suas forças e se concentrou. Sua falta de controle estava lhe cegando. E não podia se permitir a isso. O fogo do carro de repente aumentou fazendo luz suficiente para ele poder ver um pedaço de tecido verde balançar no ar. Foi apenas um segundo, mas era o que ele precisava, um rumo.

Enquanto corria para aquele pequeno pedaço de seda, o fogo se tornou uma labareda, iluminando tudo a sua volta. Tudo inclusive o corpo inerte de Chloe. Oliver se jogou ao seu lado e quase perdeu o ar quando notou a poça de sangue em que ela estava deitada. De bruços, com o rosto na terra e os cabelos sobre os olhos.

A confusão tomou conta dele quando viu o ferimento que ela tinha nas costas. Redondo e perfeito, não parecia com um ferimento causado por um acidente automobilístico, e sim por uma arma. Chloe havia levado um tiro nas costas.

Ele chamou pelo nome dela enquanto com as pontas dos dedos tirava a mecha de cabelo de seu rosto. Revelando mais sangue, vindo de um corte na testa. Sem saber o que fazer, notou que ela não respirava. Então sem pensar duas vezes a virou, com todo o cuidado. Sentiu o ódio percorrer seu corpo ao constatar que a bala saiu um pouco abaixo da clavícula direita dela, um tiro pelas costas, um tiro de execução, causando um sangramento que ele não seria capaz de estancar. 

Oliver tinha a impressão de que ela já tinha perdido todo o sangue do corpo, tamanha era a quantidade que havia ficado na terra e no vestido dela. Desesperou-se mais uma vez quando o rosto pálido e sem vida dela tombou para o lado.

-Chloe? – chama Oliver, perdido. – Abre os olhos, por favor – pede sem ser atendido. Tinha de conseguir ajuda, a vida de Chloe se esvaia a cada segundo. Conseguiu raciocinar por breves dois segundos e lembrou que se celular não estava com ele. No meio do nada, sem ninguém por perto, baixou a cabeça, tocando a testa fria de Chloe, sem esperança. E em um ultimo ato, olhou para o alto e gritou:

-Clark!...Clark!... Clark!





CONTINUA...

11 comentários:

  1. Tão lindo, o qto ele encontra força nos olhos dela, como um imã seus olhares se encontram... ai vem a vaca da Tess pra atrapalhar, Roberta alguém pode por favor mata-la no proxmio capítuo?
    Ansiosa por mais
    P.S: por favor não deixa a Chloe morrer!!
    Vilm@

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  2. MARAVILHOSA essa história... Roberta, parabéns!!!!!

    Agora, amei:
    Então corre! – encoraja Lois, se intrometendo entre os dois búfalos. – Ela foi com meu carro, o que significa que não está longe.

    Meu, Lois é a melhor... kkk

    Sofia

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  3. Vilm. Que bom que gostou desta parte, tb gosto, e e isso foi antes de acontecer a season finale hein. Quando eles conversavam só pelo olhar.
    Ah Tess. Essa mulher é uma praga não?hehe

    Obrigada Sofia!!!
    Lois aparece pouco, mas quando aparece é bem...Lois...hahaha

    Obrigada meninas!!

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  4. preciso saber o final! lindo demais!

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  5. karkas

    não gosto de ficar triste buáaaaaa

    to chocada, com muita raiva da vagaba!!!

    ow é engraçado enquanto leio imagino as cenas perfeitamente!!!

    Deus ajude estes dois agora rsrs

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  6. Anônimo...Logo, calma..hehe


    Tishaaaa...Não fica, não fica.
    Que lindo, que imagina, melhor elogio.

    Deus ajude mesmo, Clark ajude, toda ajuda possivel.

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  7. A fanfic está maravilhosa. E tinha que ser Tess para atrapalhar, mas Chlollie é lindo.

    Estou adorando a história, ansiosa para ler o final.

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  8. Olha, agora vai acontecer que a... (okaay, eu não posso dizer nada. Mas a fic fica melhor ainda, isso é certeza)

    eu adoro reler essa sua fic Roberta, adoro. :D

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  9. Ivy não vale... já estou ansiosíssima pela continuação... e vc ainda fala isso... humilha kkk... parabéns novamente, essa fic é maravihosa, tô toda hora vendo se ja saiu a continuação... Roberta, please!!!!!!!!

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  10. Tinha que ser a Tess Karina. Apesar de odia-la eu adorava as cenas dela com a Chloe. Ai me inspirei..hihi

    Ivyyyy...Oh!hahaha
    Que bom, obrigada!Valeu pela força \o/

    Maldade dela Sofia??Calma. Vou postar logo.
    E obrigada pelos comentários.

    Fico felizona de ver que estão gostando da história!!!\o/

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  11. Muito boa essa fic ! Quero o final logo...
    Tô curiosa demaais. SAHDUHADUA

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