terça-feira, 28 de setembro de 2010

I'll Explain Everything When it's Friday - Capítulo 10

Bom gente, aqui está o capítulo final. Foi muito legal traduzir essa fic!!! =D Desculpem a demora. Aproveitem!

[Personagens e história não nos pertencem.]

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-- 10 --

Chloe e Oliver estavam na rua, do outro lado do Pino’s. “Não posso acreditar nisso.” Chloe sacudiu a cabeça. “Não posso acreditar, depois de tudo o que fizemos, depois de todas as maneiras estranhas que tentamos salvar o traseiro dele, e eu tenho que o envenenar?” Chloe suspirou frustrada. No fim das contas era extremamente simples. Claire explicou tudo para Chloe, que ouviu a coisa toda com uma sensação crescente de descrença.

O assassino original, o garçom do Pino’s, nunca teve a intenção de matar Lex. O veneno que ele colocou para Lex deveria causar dor abdominal severa e provavelmente diarréia. Ele só queria machucá-lo, e talvez envergonhá-lo um pouco. Só que ele ferrou com tudo quando colocou o veneno no uísque do Lex, o que causou um efeito adverso e o matou. Claire explicou que tudo o que Chloe tinha que fazer era permitir que o garçom seguisse com o plano original de envenenar o Lex, envenenar, mas não matar. Lex seria levado para o hospital, provavelmente passaria algumas horas curvado sobre o vaso sanitário, e então passaria o resto do dia na delegacia dando seu depoimento, e ele ficaria tão frustrado e exausto depois de tudo isso que iria direto para casa.

Depois de vociferar sua descrença, ruidosamente e por bastante tempo, Chloe se acalmou e então fez um plano. Ela encontrou algumas roupas que eram iguais ao uniforme do Pino’s, pagou mil dólares ao barman para tirar um dia de férias e então esperou atrás do balcão do bar. Quando Lex chegou lá, ela assistiu enquanto Lex humilhava e insultava o garçom, e Chloe viu quando ele chegou a um ponto em que ela entendia o fato de ele querer dar uma lição no Lex. Ele foi até o bar e colocou no balcão o pedido. “Esse cara parece ser um verdadeiro pé no saco.” Chloe disse enquanto servia a bebida, colocando uma dose de uísque e 9 de água, só por segurança.

“Você não tem idéia.” O garçom disse. Chloe olhou para o nome dele na camisa e sorriu, Brian, todos esses dias e ela nunca se incomodou em saber o nome dele.

Ela deu a ele o uísque e as outras bebidas e viu quando a mão do Brian deslizou para dentro do avental dele e pegou uma pequena garrafa. Ele levou até o uísque e abriu a tampa. Chloe rapidamente esticou a mão e cobriu a dele. Brian virou para ela surpreso e culpado, uma desculpa pronta na ponta da língua. “Na bebida dele não.” Ela sacudiu a cabeça levemente. “A maioria das coisas não devem ser misturadas com álcool.” Ele de repente pareceu acometido; como se isso nunca tivesse passado pela sua cabeça.

“Oh Deus.” Ele rapidamente colocou a garrafa de volta no avental.

“A entrada dele tem algum tipo de molho?” Chloe perguntou sorrindo para acalmar Brian. Ele balançou a cabeça. “Seria melhor lá.”

“Sério?” Brian se afundou em alívio quando percebeu que Chloe não iria denunciá-lo ou algo assim. “Eu normalmente não faço esse tipo de coisa, sabe. Só que eu odeio aquele cara.”

“Não sei de nada sobre nada.” Chloe o assegurou. “Só estou substituindo por hoje.” Ela piscou para ele e ele foi até a mesa com as bebidas. Quarenta minutos depois Lex estava sendo levado embora em uma ambulância e Brian, em uma crise de culpa, confessou tudo.

“Eu estou me sentindo meio mal por ele.” Chloe disse. “Ele só parecia um cara legal que foi levado até muito longe.” Chloe virou para Oliver e franziu a testa. “Sabe, não tenho absolutamente idéia nenhuma sobre o que fazer agora.”

“Eu digo que devemos festejar.” Oliver sorriu, jogando o braço sobre o ombro da Chloe e a guiando rua abaixo.

Cinco horas depois a música estava estourando no sistema de som da Chloe, seus amigos e familiares estavam vivos, Lex Luthor também, o vaso dava descarga sem inundar o apartamento, ela podia fazer café e usar o computador ao mesmo tempo e em uma hora seria sexta-feira. “Obrigada por nos convidar.” Julia entrou com o namorado Jeremy.

“Bem, as paredes são meio finas e eu achei que seria melhor conhecer os vizinhos convidando eles para a festa do que com eles ligando para a polícia por causa da festa.” Chloe sorriu.

“Nós realmente apreciamos isso. Esses dois meses têm sido difíceis, precisávamos disso.” Julia sorriu.

“Nós podíamos tomar uma café qualquer dia.” Chloe disse. “Estou partindo para a Escócia amanhã, mas depois que eu voltar, poderíamos nos encontrar.

“Definitivamente.” Julia balançou a cabeça e Chloe pediu licença quando Lois entrou no apartamento, confusa e, ao que parecia, irritada, com o Clark atrás dela.

“Estou tão feliz por vocês terem vindo para a minha festa de ‘casa nova/estou feliz por amanhã ser sexta-feira’.” Ela abraçou um de cada vez. “Posso pegar uma bebida para vocês?”

“Você pode me dizer por que contou para o Clark os meus planos de invadir a LuthorCorp. Ele não me deixou sair de perto dele o dia todo e eu não consegui fazer nada.” Lois olhou feio. “Por falar nisso, você pode me dizer como sabia que eu ia invadir a LuthorCorp.”

“Jesus, Clark. Que parte do ‘não fala para ela que fui eu quem te disse’ você não entendeu?” Chloe se sobressaltou com ele.

“Não dá para esconder as coisas da Lois, você sabe disso.” Clark se defendeu.

“Chloe, vem explicar para o Bart que...” Oliver parou quando viu Lois e Clark lá. “Lois.”

“Oliver?” Lois perguntou e virou para Chloe.

“Prometo que explico tudo quando for sexta-feira.” Chloe sorriu para ela.

Lois olhou para o relógio e então para Chloe e Oliver. “Sexta-feira é daqui a duas horas. Qual é a diferença entre daqui a duas horas e agora?” Ela cruzou os braços e Chloe suspirou.

“Ok, certo. Eu sabia o que você estava planejando fazer porque você fez isso nos últimos 158 dias. Eu contei para o Clark o que você estava planejando especificamente, porque nos últimos 158 dias você foi presa por invadir a LuthorCorp. Oliver está aqui porque ele é o meu novo chefe misterioso. Foi ele quem salvou a Fundação Ísis e preparou o apartamento para mim. E não foi só porque ele queria investir em algum tipo de organização de caridade, foi para eu ajudar ele com o outro trabalho dele.” Quando Lois olhou para Oliver chocada, Chloe continuou. “Sim, eu sei que ele é o Arqueiro-Verde, eu sabia que ele era o Arqueiro-Verde bem antes de você e eu tenho ajudado ele não-oficialmente nos últimos anos de vez em quando, agora eu faço isso o tempo todo.” Chloe expirou e Lois a encarou, atônita. “Ah, e estamos saindo. Eu e Oliver. Nós estamos saindo.” Lois ainda não disse nada. “Juntos.”

“Ok.” Lois ergueu uma mão. “Começando pelo começo. Eu preciso de uma bebida, uma bem grande, e com uma fruta dentro, e um guarda-sol pequeno daqueles, e muito, muito rum.”

“Posso fazer isso.” Oliver sorriu para ela. Ele acenou para o Bart e sussurrou alguma coisa no ouvido dele. Bart sorriu e correu da sala.

“O que...” Antes que Lois pudesse terminar a frase Bart estava lá do lado dela com uma bebida bem grande e rosa, com fruta flutuando e no topo um guarda-sol azul. “Obrigada.” Ela tomou um gole e sorriu. “Você fez isso agora?”

“Não.” Bart riu. “Peguei em um resort pequeno em Ohau. Quase derramei no Novo México, aquele tatu apareceu do nada.” Ele deu uma piscadela para Lois e saiu enquanto ela o encarava, e então ela tomou um gole ainda maior da bebida.

“Melhor.” Lois disse quando metade do copo estava vazio. “Começa do início e não pula os detalhes.”

Chloe olhou para Oliver e respirou fundo. Ela contou a história toda para Lois, Oliver acrescentava alguma coisa aqui e ali. Quando eles terminaram, o copo da Lois estava vazio e o rosto dela estava surpreendentemente impassível. “Você está bem?” Chloe perguntou.

“O quê?” Lois sacudiu a cabeça. “Sim, estou legal, estou ótima.” Ela sorriu. “Ei baixinho.” Ela gritou para o Bart do outro lado da sala e ele correu até ela. “Mais um, por favor.” Ela empurrou o copo na barriga do Bart. Bart olhou para Oliver, que balançou a cabeça. “E faça com que eles continuem vindo, hein?” Bart desapareceu e voltou um minuto depois com outra bebida. Lois tomou um longo gole e sorriu. “Onde eu consigo um igual a ele?” Lois sorriu e Bart irradiou alegria.

“Queria, você pode ficar com esse.” Bart disse a ela. “É só falar.”

“Bart!” Chloe e Oliver disseram bruscamente ao mesmo tempo. Bart franziu a testa e saiu de perto. “Sério Lois, você está ok com isso?”

“Estou bem com isso.” Lois a assegurou, sinceramente. “Tudo isso...” Ela acenou para as mãos de Chloe e Oliver entrelaçadas e os dois olharam para baixo como se nem tivessem percebido o que tinham feito. “Vai levar um tempo para eu me acostumar com isso, eu não vivi os 158 dias, mas estou bem.” Lois disse. “E agora eu vou dançar.” Ela colocou sua bebida em uma mesa e saiu, pegando o braço do Clark no caminho. “Vamos, Smallville.”

“Ela está bem?” Oliver perguntou preocupado.

Eles olharam enquanto Lois foi até a pista de dança improvisada e tentou fazer Clark dançar, sem muito sucesso. “Ela está bem.” Chloe sorriu. “Já estou com tudo empacotado.”

“Empacotado?” Oliver perguntou, confuso.

“Escócia.” Chloe o lembrou. “Castelo.”

“Sim.” Oliver franziu a testa. “Sobre isso...”

“Chloe! Ollie!” AC abriu caminho até ela, segurando duas taças com champagne. “Um minuto para a meia-noite.”

Chloe e Oliver pegaram as taças e foram até onde os outros estavam. “Você tem certeza?” Oliver perguntou a Sam pela centésima vez.

“Tenho certeza.” Sam disse. “O relógio vai bater 00:00 e então vai bater 00:01. Eu juro.”

“Bem, aqui vai nada.” AC olhou para o relógio na parede. “Dez, nove, oito, sete...”

Os outros acompanharam e quando chegaram ao um, congelaram e olharam em volta. Nenhum dos convidados desapareceu, a música continuou tocando e o segundo ponteiro andou para frente no relógio. Uma rodada de gritaria e risadas surgiu e todos brindaram, Oliver carregou Chloe a e girou e eles festejaram a sexta-feira chegando para o mundo.

Dia 17 de Outubro de 2008

Por volta de três da manhã os olhos da Chloe estavam se fechando, mas ela recusava se entregar. Era finalmente sexta-feira e de forma alguma ela iria dormir um minuto da sexta-feira. Todos pareciam ter tido a mesma idéia. Os convidados tinham ido embora pouco depois da meia-noite. Lois ficou até uma e meia, quando Clark a arrastou embora. Mas Chloe, Oliver, Bart, AC, Victor, Sam e Claire ainda estavam acordados, com medo de que se fechassem os olhos descobririam que foi tudo um sonho.

Oliver deu a Chloe outro copo de café e ela o bebeu lentamente. “O que eu não entendo.” Chloe disse. “São as pistas. Elas foram ridículas.”

“Que pistas?” Sam a olhou, confuso.

“As pistas, as que nos levaram até o laboratório.” Chloe explicou. “A lista que a Lois roubou do escritório do Lex, as caixas que ficavam molhadas quando o banheiro inundava, o Haiku estúpido na geladeira.”

Sam olhou para Claire, que sacudiu os ombros. “Não tenho absolutamente idéia nenhuma do que você está falando. Honestamente.”

Oliver olhou para Chloe. “Então de onde elas... havia pistas, não teríamos chegado até vocês sem elas, elas estavam lá.” Chloe disse. “A droga do Haiku, as caixas estúpidas... não entendo.”

“Talvez houvesse pistas.” Claire disse. “Mas nós não as colocamos lá. Talvez fossem só coisas aleatórias e que você interpretou da forma que precisou e isso a levou até nós. Se tem alguma coisa que eu aprendi nesses últimos cinco anos é que às vezes algumas coisas não são conectadas, às vezes o mundo é simplesmente aleatório, e às vezes as coisas são destinadas a acontecer. Não seio que te dizer.”

“Você tem que saber. Elas nos levaram até vocês.” Chloe disse. “Você não viu isso? Não foi assim que você nos viu chegar até vocês?”

“Na verdade não.” Claire disse a ela. “Eu nunca vi isso.” Sam se virou para Claire surpreso.

“Como assim você não viu isso?” Sam perguntou.

“Eles não deveriam ter nos encontrado.” Claire finalmente admitiu para ele. Foi uma boa sensação, depois de 158 dias de mentira, esclarecer tudo. “Sinto muito. Quando Lex morreu e tivemos que recomeçar o dia mais cedo, você estava com tanto medo, com medo de que fossemos morrer, então eu te disse que a Chloe nos encontraria. Eu inventei uma história e te contei que ela nos salvaria. Eu menti para fazer você se sentir melhor. Acho que para fazer eu me sentir melhor também. Eu queria acreditar nisso. Eu queria viver mais, mesmo que fosse o mesmo exato dia de novo e de novo.”

“Então nós nunca deveríamos ter achado aquele lugar?” Oliver perguntou.

“As pistas eram só...” Chloe virou para Oliver rindo. “As pistas não eram nada. A lista, as caixas, o Haiku, eles eram só uma lista, uma caixa e um poema muito ruim.”

“Às vezes o destino faz curvas e você tem que acompanhar.” Claire sorriu.

“Então você me fez passar por aquilo essencialmente para fazer o Sam se sentir melhor?”

Chloe riu mais e Oliver se juntou a ela, vendo o humor da situação.

“Sinto muito.” Claire sacudiu os ombros. “Foi por isso que eu disse a ele para puxar o Oliver também. Para você não ficar só.” Chloe riu mais ainda, Oliver junto com ela. Alguns segundos depois, Claire se juntou a eles e então Sam.

Depois de alguns minutos todos conseguiram se acalmar e parar de rir. “Sabe, o próprio Aristóteles diria a você que isso não deveria ter funcionado.” Chloe pontuou.

“Aristóteles?” Oliver olhou para ela, sorrindo. “São três da manhã. Você acabou de reviver o dia anterior 158 vezes, você estava morta há pouco mais de vinte e quatro horas, e ainda assim você está consciente o suficiente para meter Aristóteles nisso?” Ele ergueu as sobrancelhas como se desafiando ela a continuar.

Chloe o olhou feio e se retesou. “Aristóteles disse que impossibilidades prováveis são preferíveis a possibilidades improváveis.” Todos a olharam confusos. “Ele estava falando de poesia. Ele estava dizendo que era melhor criar um cenário que fosse impossível, mas provável, do que um cenário que fosse possível, mas improvável.”

“Ela ainda está falando português?” Bart perguntou.

“Na verdade é simples.” Chloe disse. “O que fizemos hoje foi um possível resultado da situação. Nós possivelmente iríamos parar o loop, encontrar Sam e Claire, e salvar o Lex.” Eles balançaram a cabeça, a acompanhando. “Mas enquanto isso era possível, era também improvável. Logos nas caixas que ficaram encharcadas quando o vaso transbordou nos levando até um endereço de uma companhia na lista que a Lois por acaso roubou da LuthorCorp. E um Haiku encontrado em uma cesta de reciclagem em outro laboratório aleatório do Lex, nos levando através do prédio como um mapa, e com a combinação da fechadura. Improvável. Uma possibilidade improvável.” Chloe sorriu. “Aristóteles diria que isso foi loucura. Ele diria que uma impossibilidade provável seria mais acreditável.”

“Você sabe o que Aristóteles diria?” Victor perguntou, se levantando. “Que você precisa ir para a cama.” Ele se inclinou e a beijou na bochecha. “Boa noite.”

“Noite.” Chloe sorriu.

“Vamos, eu tenho um quarto sobrando e um sofá-cama.” Victor ofereceu a Sam e Claire, que balançaram a cabeça e o seguiram. Bart e AC foram atrás e Oliver se levantou e estendeu a mão para Chloe.

“Hora de ir para a cama.” Oliver disse a ela.

“Temos que ir?” Chloe gemeu enquanto Oliver a puxava.

“Pense dessa forma. Você vai ter uma noite inteira de sono para variar.” Oliver sugeriu.

Chloe pausou. “Você quer dizer que finalmente vou acordar na mesma cama com você?”

“No colchão mais incrível do mundo.” Oliver acrescentou.

“Ok, entendi. Você escolheu o colchão.” Chloe brincou com ele. “Por que você não acha uma coisa nova para se vangloriar?”

“Essa é uma forma sutil de dizer que você quer que eu te compre um presente?” Oliver perguntou enquanto eles tiravam as roupas.

“Primeiro, não sou esse tipo de garota.” Chloe disse a ele. “A garota que precisa de presentes e coisas caras, ok.” Oliver balançou a cabeça. “E segundo, se você acha que um colchão é de alguma forma um presente... como você conseguiu manter uma namorada?”

“É um colchão incrível.” Oliver sorriu, deslizando pela cama. “E já me disseram que sou muito gostoso, isso normalmente conta bastante.”

Chloe sorriu e o beijou levemente. “Boa noite, Oliver.”

Dia 20 de Outubro de 2008

Chloe estava nos degraus da Fundação Ísis bebendo café feito pela sua cafeteira nova em folha, assistindo o tráfego não familiar passar e pessoas não familiares caminharem pela rua. “Esse é de longe o dia mais bonito que eu já vi.” Chloe inspirou e então se escondeu mais para dentro sob a entrada.

“Está chovendo torrencialmente.” Bart olhou para ela, confuso.

“É, mas é segunda-feira.” Um raio iluminou o céu e um trovão estrondou até os ossos da Chloe.

“Vou para dentro.” Bart olhou feio para a chuva. “Você é maluca.”

“Já ouvi isso antes.” Chloe sacudiu os ombros. “Então, você já tem a passagem de avião?” Chloe perguntou para Sam. Ele balançou a cabeça. “Sua mãe vai estar lhe esperando quando você desembarcar com mais ou menos três anos de beijos de mãe para compensar. Eu falei com os caras de admissão da UCLA essa manhã; você pode voltar de onde estava.”

“Vocês não precisavam fazer isso.” Sam disse. “A passagem de avião já era mais do que suficiente, mas pagar pela faculdade...

“Temos dinheiro para isso.” Oliver o assegurou.

“Mas depois do que eu fiz...” Sam olhou para Chloe, envergonhado.

“Tem muitas coisas que eu fiz naqueles dias que eu preferiria esquecer. Nada foi prejudicado, e você se arrependeu no final, é isso que importa.” Chloe sorriu para ele. “Só termine a faculdade, consiga um bom emprego e tenha uma vida boa.”

“E o Lex?” Sam perguntou, preocupado. “Ele vai saber onde eu estou, ele vai...”

“Deixe que nós nos preocupemos com o Lex, ok?” Chloe sorriu.

“E sem mais dias repetidos?” Oliver perguntou a ele.

“Não sei se posso prometer isso.” Sam sorriu envergonhado. “Mas posso prometer dar a vocês um aviso na próxima vez.”

“Isso serve.” Chloe disse. Então ela surpreendeu a todos quando se inclinou para frente e o abraçou. Ele lentamente envolveu os braços na cintura dela e devolveu o abraço.

“Obrigado.” Ele sussurrou no ouvido dela, com lágrimas aparecendo nos cantos dos olhos.

“Só fazendo o meu trabalho.” Chloe sacudiu os ombros.

“E vocês?” Sam perguntou. “O que vocês vão fazer?”

“O que sempre fazemos.” Oliver disse. “Tentar encontrar uma forma de parar o Lex e derrubar todos os laboratórios 33.1 com ele.”

“Se vocês precisarem refazer alguma coisa me liguem.” Ele colocou no ombro a sacola que Oliver comprou para ele, cheia de roupas novas e produtos de higiene. Um táxi parou na frente deles e Sam suspirou. “É para mim.” Ele olhou para Claire e Chloe e Oliver se afastaram um pouco para dar a eles um tempo. Um era basicamente a única pessoa no mundo com que o outro podia contar por três anos. “Você vai ficar bem sem mim?”

“Você vai ficar bem sem mim?” Claire cutucou o ombro dele.

“Provavelmente não.” Sam admitiu e então a abraçou forte. Ele virou para Chloe. “Tem certeza de que quer ficar com essa galera?”

“Sim, eu não tinha família em Chicago. Depois de cinco anos, meu apartamento, meu emprego, tudo se foi. Além do mais, estava bem frio lá.” Claire sorriu.

“Vocês vão cuidar dela, certo?” Sam perguntou, hesitante.

“Eu tenho quase o dobro da sua idade, sabe.” Claire o lembrou e ele simplesmente olhou para Chloe.

“Vamos ajudá-la com o emprego e o apartamento e essas coisas, ok? Somos um serviço completo de resgate.” Chloe disse. “Até lá ela pode ficar aqui. Temos o quarto.”

“Aprecio muito isso.” Sam disse a ela.

O táxi buzinou e Claire deu um tapa na cabeça dele. “Vai.” Ela o empurrou para a chuva e ele entrou no táxi e foi embora.

Dois meses depois

O Agente Especial Powell abriu caminho pela multidão nos fundos do teatro depois da peça sorrindo abertamente quando avistou Eva conversando com alguém. “Papai!” Ela pediu licença e correu para ele, jogando os braços em volta do pescoço dele em um abraço apertado.

“Você foi ótima. Fantástica.” Ele deu a ela a dúzia de rosas que estava segurando desde quando as cortinas se abriram. “Incrível.” Eva corou enquanto a Agente Especial McClane foi até eles.

“Realmente ótima.” Ela acrescentou, entregando um bouquet de rosas. “Senti como se estivesse assistindo um show da Broadway.”

Eva corou novamente e se virou. “Pai, quero lhe apresentar uma pessoa. Esses são Oliver Queen e Chloe Sullivan.”

Powell e McClane trocaram olhares confusos e se viraram para o casal na frente deles. “Você disse Chloe Sullivan?” McClane perguntou, estendendo a mão para apertar a da mulher.

“Sim.” Ela sorriu. “E Oliver Queen.”

“Como em líder das Indústrias Queen?” Powell perguntou.

“Culpado.” Ele apertou as mãos deles e sorriu.

“Desculpa, mas o que vocês estão fazendo aqui?” McClane perguntou, confusa.

“Foi ele quem doou o dinheiro para manter o teatro aberto.” Eva sorriu.

“Sou um grande defensor das artes, especialmente dos projetos de comunidades. Estava só checando meu investimento.” Ele sacudiu os ombros.

“Bem, isso é ótimo, apreciamos muito isso.” Powell disse, meio cautelosamente.

“Estava dizendo a Eva que tenho algumas conexões na Julliard e que ela deveria me dar uma ligada quando se inscrever.” Oliver sorriu.

“Isso não é incrível?” Eva estava praticamente pulando excitada.

“Deveríamos ir.” Chloe disse a Oliver.

“Foi bom ver vocês de novo.” Powell apertou a mão deles de novo.

Chloe sorriu para os Agentes Especiais. “Parabéns pelo bebê.” Chloe acenou para McClane, que olhou para sua barriga quase invisível e franziu a testa. “Vamos nos atrasar.” Ela disse. “Você esteve ótima, Eva. Ele falou sério sobre Julliard.”

“Falei.” Oliver sorriu e eles saíram.

“Isso é tão incrível. Tenho que contar para Sarah Beth e Marcie.” Eva sorriu.

“Não pude deixar de notar a ausência do seu namorado.” Powell disse a palavra namorado como alguém diria arsênico.

“Marcus?” Eva revirou os olhos. “Por favor, eu terminei com ele semanas atrás. Você estava certo, papai. O cara era um galinha. Sabia que ele tinha mais três garotas na fila?”

“É mesmo?” Powell sorriu. “Bem, vamos voltar para casa, não fique até tarde na rua.”

“Muito obrigada por vir.” Eva abraçou cada um de novo. “É uma pena que Andrew não pôde vir.”

“Ele queria muito, mas ainda está tentando terminar todas as renovações antes que o bebê chegue.” McClane disse. “Não acredito que você me convenceu a não ficar com a casa de Antioch, era perfeita.”

“Eu tinha uma sensação ruim sobre ela.” Powell disse sacudindo os ombros. “E eu estava certo, não estava?”

“Ainda gostaria de saber como você descobriu que havia cupins.” McClane olhou para seu parceiro criticamente. “Sem nem ter visto a propriedade.”

“Chute de sorte.” Ele pegou o braço da McClane e a guiou até o estacionamento.

“Por que esse nome me é familiar?” McClane perguntou.

“Oliver Queen? Ele só é o terceiro homem mais rico do mundo.” Powell respondeu.

“Não ele, Chloe Sullivan. Juro que já ouvi esse nome antes.” McClane disse entrando no carro.

“É óbvio que os dois estão saindo, ela provavelmente já esteve no jornal com ele.” Powell disse.

“Eu acho.” McClane sacudiu os ombros. “E como ela sabia que eu estava grávida? Você disse que não dava para ver.” Ela olhou para sua barriga de novo.

“Não dá.” Ela assegurou. “Você só tem aquele brilho de mulher grávida.” McClane olhou feio e Powell se calou.

“Você poderia passar naquele lugar Italiano antes de me deixar em casa? De repente tive um desejo de comer tiramisu.”

“Claro.” Powell sorriu para ela.

Powell trancou o carro e pegou o saco com tiramisu antes de ir até sua porta. Ele ouviu um barulho e parou, se virando lentamente. “Olá!” Ele falou. Um gato correu de trás da garagem e ele soltou um suspiro de alívio. Ele se virou e congelou no lugar, o Arqueiro-Verde estava em frente a sua porta. “Puta merda. Você me assustou.”

“Agente Especial Powell.” Oliver disse sorrindo.

“Isso é tiramisu?” Outra voz disse vinda de trás dele e ele relaxou quando viu Chloe. “Uau. Não como isso há uma eternidade. Oi Powell.”

“Srta. Sullivan.” Ele acenou com a cabeça para ela. “Tenho extra, lembrei que você gostou.”

“Te disse que ele lembrou.” Chloe virou para o Arqueiro-Verde, que puxou para trás o capuz e tirou os óculos.

“Como você podia ter tanta certeza?” Oliver perguntou.

“Ele disse ‘foi bom ver vocês de novo’.” Chloe pontuou. “E não ‘foi bom conhecê-los’.” Powell parou, não tinha percebido isso.

Ele voltou para casa naquele dia depois de conversar com Chloe pensando que seria uma boa história, mas que ela era provavelmente meio doida. Então ele acordou na manhã seguinte e era quinta-feira de novo e mais tarde naquele dia, de novo, Lex Luthor morreu. Ele estava tentado a ligar para ela, mas achou que ela já tinha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e se alguém poderia lidar com uma situação dessas era ela. E de certo, 16 quintas-feiras depois ele acordou e era sexta-feira. Ele decidiu guardar a história para si mesmo e esperar e ver se ela entraria em contato com ele.

“Como exatamente você lembra?” Oliver perguntou a Powell enquanto ele abria a porta e acenava para eles entrarem.

“Não tenho certeza.” Ele sacudiu os ombros, dando a Chloe a sacola. “Simplesmente acordei no dia seguinte, só que ainda era quinta-feira e as coisas estavam acontecendo exatamente da mesma forma que aconteceram antes.”

“Mas McClane não lembra?” Chloe perguntou.

“Nada.” Ele sacudiu a cabeça. “Isso também apareceu.” Ele disse abrindo a gaveta na sua mesa e puxando um pedaço de papel. Oliver pegou e leu, rindo antes de passar para Chloe. Era a primeira página da transcrição do interrogatório com McClane e Powell, só a primeira página.

“O Sam disse algo sobre puxá-lo também?” Oliver perguntou.

“Não e eu falei com ele ontem.” Ela sacudiu a cabeça. “Ele está com o curso em carga completa e conheceu uma garota.”

“Quem é Sam?” Powell perguntou. “E o que aconteceu? Como vocês pararam a repetição?”

“Faça um café e pegue umas colheres.” Ela acenou com a cabeça para o tiramisu. “É uma longa história.”

Chloe contou tudo para ele, como ele estava certo sobre as pistas, e errado, já que tecnicamente não havia pistas. Ela contou sobre a morte do Oliver, sobre a morte dela, sobre finalmente acertar tudo, e sobre como salvou Lex. “Eu li sobre Brian no jornal, mas Lex retirou a queixa poucos dias depois.”

“Sim, foi ela.” Oliver pegou o tiramisu da Chloe e comeu uma colherada. “Apesar de que ela não me conta como, exatamente.”

“Já disse, eu cometi pelo menos um crime, queria que você pudesse negar de forma plausível.” Chloe se esticou para pegar o tiramisu e Oliver o afastou e a olhou feio. “Certo.” Ela virou para Powell. “Mas eu que vou contar a história, não você.”

“Não me importa, ainda poderei ouvir.” Oliver se gabou com seu tiramisu.

Dia 20 de Outubro de 2008

Chloe puxou mais apertado sua capa de chuva e saiu pela porta da Fundação Ísis. Oliver deve ficar dormindo até ela voltar e se ele acordar quando ela entrar, ela confiança na sua habilidade em persuadí-lo a voltar para a cama. Ela caminhou pela rua na chuva e sorriu. Algo passou pela cabeça dela quando estava se despedindo do Sam mais cedo. Ela estava cheia de bravura e confiança quando disse a Sam que daria um jeito no Lex sem idéia alguma de como o faria, então isso surgiu. Ela percebeu que teria que fazer isso sozinha porque havia chances de que o Oliver não aprovasse e ela não podia mandar os rapazes, tinha que ser ela. Então ela estava quietamente passando através da cidade toda dormindo às três da manhã, pisando e espirrando as poças de água só por diversão, com um sorriso no rosto.

Ela entrou pelos fundos do Torres de Metrópolis como fez tantas vezes antes, nos dias repetidos, e subiu pelas escadas até a cobertura. Ela hackeou a fechadura usando um equipamento emprestado do Victor e esperou. Quarenta e cinco minutos depois Lex entrou e parou na porta. “Você fede como um cachorro molhado.”

“É, eu acho que uma das poças em que pisei não tinha só água da chuva.” Chloe franziu o nariz.

Lex terminou de pendurar seu casaco e serviu uma bebida para si mesmo. Ele ergueu a garrafa de uísque e Chloe balançou a cabeça. Ele serviu uma dose para ela e entregou. “Então, o que posso fazer por você hoje, Srta. Sullivan?”

“Algumas coisas, na verdade. Você talvez queira anotar.” Chloe sugeriu e Lex simplesmente a encarou. “Em primeiro lugar, você vai retirar a queixa contra Brian Martin amanhã.”

“Quem é Brian Martin?” Lex se sentou e apertou um botão. Fogo surgiu na lareira e Chloe chegou mais perto para se aquecer.

“O garçom do Pino’s que envenenou você.” Chloe o relembrou.

“Por que, exatamente, eu retiraria a queixa?” Lex riu.

“Vai parecer loucura, mas Brian te envenenando na verdade salvou a sua vida de tantas formas que você não pode nem começar a imaginar.” Chloe sorriu. “Você vai querer retribuir o favor.”

“Você está certa, parece loucura.” Lex sorriu para ela. “Tente de novo.”

“Ok, que tal isso.” Chloe sentou na cadeira ao lado dele. “Eu não percebi isso até essa tarde, mas recentemente eu passei bastante tempo lidando com você e descobri algumas coisas.”

“Coisas?” Lex a olhou confuso.

“Coisas ilegais.” Chloe disse. “Várias coisas ilegais. Algumas delas provavelmente seriam ilegais até em Amsterdã, então isso faz delas duplamente ilegais aqui.”

“Do que diabos você está falando?” Lex gargalhou, imaginando que a coisa toda fosse alguma piada ou blefe.

Chloe pausou por um segundo, não sabia ao certo por onde começar. Ela tinha conhecimento íntimo de múltiplos subornos, negócios internacionais ilegais, fraudes, e muito mais esquemas do Lex, dos 158 dias que passou tentando mantê-lo vivo. “Bem, se começarmos pequeno, eu diria o esquema da fraude da taxa de propriedade que você vem fazendo há cinco anos, o que leva ao suborno de um oficial do governo local, bem não só um, mas não posso mostrar todas as minhas cartas no começo do jogo, não é?”

“Você tem alguma prova para essas alegações?” Lex colocou o copo na mesa.

“Ah, você é mestre em deixar pistas em papel.” Chloe sorriu para ele. “É isso que amo em você.” Ela puxou um envelope da bolsa e jogou para ele. “Isso é só uma prévia do que eu tenho. Só levei algumas horas para juntar isso também.” Essa era, na verdade, a parte fácil. Saber de todas as falcatruas tornava fácil encontrar provas sólidas, com a ajuda de câmeras de seguranças ao redor da cidade ela tinha até algumas provas visuais. O rosto do Lex ficara mais enraivecido enquanto ele passava as páginas.

“Certo.” Ele jogou o envelope de volta para ela. “Eu retiro as queixas de manhã cedo.”

“Bom.” Chloe sentou de novo. “Próximo...”

“Sério?” Lex perguntou. “Próximo?”

“Eu perguntei mais cedo se você não queria anotar as coisas.” Chloe sorriu e ele gruniu, realmente gruniu antes de sentar de frente para ela. “Próximo, ouvi dizer que você teve um incidente infeliz há alguns dias envolvendo um dos seus armazéns. Uma explosão por vazamento de gás misteriosa, se não estou enganada.”

Lex fungou. “Foi aquele Arqueiro-Verde-Bandido.”

“É, até onde eu sei seus galpões tinham algumas pessoas dentro, graças a Deus todos saíram. E vão continuar fora.” Chloe sorriu para ele. “Você entende o que eu quero dizer?”

“Não tenho certeza.” Lex a desafiou.

“Sam Walter e Claire Peterson.” Chloe se fez perfeitamente clara. “Vou manter os olhos nesses dois, meio que tenho um interesse na liberdade deles. Você não chega perto deles, você não olha para eles, você não entra em contato com eles de forma alguma e você definitivamente não seqüestra eles e os leva para seus laboratórios para fazer seus experimentos. Alguma dessas coisas acontece e eu vou ter que expor o arquivo que provavelmente não vai interessar tanto à polícia quanto à Máfia Russa localizada aqui em Metrópolis. Entendeu agora?”

“Perfeitamente.” Lex disse.

“Ótimo.” Chloe sorriu e terminou seu uísque. “Do bom.” Ela colocou a jaqueta molhada e caminhou para a porta.”

“É isso?” Lex perguntou a ela. “É tudo o que você quer?”

“Ah, provavelmente não. É tudo o que eu quero de você agora.” Chloe sorriu para ele. “Odeio ter que dizer isso, mas você provavelmente vai ser meu cachorrinho por um tempo, e quer saber? Estou ok com isso, você deveria começar a se acostumar também.” Ela abriu a porta e saiu para o corredor.

“Como você sabia?” Lex perguntou e Chloe virou para ele, segurando a porta aberta. “Sobre Sam e Claire?”

“Fundação Ísis.” Chloe sorriu. “Sua esposa, desculpa, ex-esposa fez um bom trabalho de propaganda. Se eles precisam, me encontram. E com a tecnologia que eu tenho à minha disposição, se eu quiser, eu os acho.”

“Eu sabia que nunca deveria ter deixado ela ter um hobby.” Lex brincou enquanto Chloe fechava a porta.

Presente

“Espera só um segundo.” Oliver sorriu. “Você disse mesmo para o Lex que ele seria seu cachorrinho?”

“Sim.” Chloe balançou a cabeça. Oliver entregou o prato de tiramisu se curvando.

“Você é tão incrível. Às vezes esqueço o quão incrível você é, e então você faz coisas assim.” Oliver se inclinou e a beijou.

“Eu pensei que a primeira história fosse louca.” Powell sacudiu a cabeça.

“É como vivemos.” Chloe sorriu para ele.

“Antes você do que eu.” Powell sorriu para ela. “Então você veio aqui para me contar como tudo se deu?”

“Na verdade, esperávamos que você nos fizesse um favor.” Chloe pediu.

“Isso não pode ser bom.” Powell sacudiu a cabeça e riu. “Manda.”

“Claire, a garota do laboratório, estávamos pensando sobre isso e achamos que, com a habilidade especial dela de ver conexões, ela seria uma boa policial.” Chloe explicou.

“Provavelmente seria.” Powell pensou por um minuto e notou que Chloe e Oliver estavam olhando para ele com expectativa. “O que?”

“Bem, ela fez o teste e pontuou no céu, ela já está quase acabando e treinamento na academia. Mas eu acho que o talento dela vai ser desperdiçado como uma policial de batida. Então eu falei com alguns amigos no departamento e eles disseram que com a nota do teste dela, ela poderia rapidamente subir no departamento se tivesse um ‘padrinho’. Alguém que garantisse ela, mostrasse para ela as rédeas, fosse parceiro dela.”

Powell finalmente entendeu o que eles queriam dizer. “Eu já tenho uma parceira.” Ele disse.

“Que está grávida e provavelmente vai sair de licença maternidade em alguns meses, que por acaso é só do que a Claire precisa para trabalhar como policial de batidas antes de subir o suficiente para poderem considerar a promoção.” Oliver pontuou.

“Isso é verdade, mas mesmo assim.” Powell se levantou. “Há uma diferença entre subir de policial de rua para homicídios no precinto local. Mas estamos falando de ir do Departamento de Polícia de Metrópolis para o FBI em dois meses, isso não acontece.”

“Pensamos nisso também.” Oliver disse. “Você pode ficar surpreso em saber que já há algumas pessoas em posições de autoridade que estão à par do que pessoas como Claire podem fazer. Eu conheço alguns que seriam capazes fazer o currículo dela entrar.”

“Pessoas em posição de autoridade?” Powell perguntou.

“Não posso revelar nomes, na verdade.” Oliver sorriu.

“Claro que não.” Powell respirou fundo. “Ela é tão boa assim? Digo, isso não é só você querendo usar sua posição para conseguir um emprego melhor para uma amiga.”

“Ela é boa assim.” Chloe disse pegando um pedaço de papel. “Esses são os pontos dela da simulação da cena do crime.”

Powell estudou o papel. “Isso não pode estar certo.” Ele olhou os números de novo. “Ela solucionou os casos em dois minutos? Todas as oito cenas do crime simuladas?”

“Ela pode entrar em qualquer sala e dizer o que está faltando, o que está fora do lugar, quantas pessoas estiveram lá nos últimos três dias, quem eram e onde estão agora.” Chloe explicou para ele. “Se tiver tempo, ela pode pegar esse garfo e lhe dizer o nome de cada pessoa que já tocou nele.”

“Ela é boa assim.” Powell baixou o papel. “Eu quero conhecê-la primeiro. Não vou apadrinhar alguém, ficar parceiro de alguém se nunca conheci esse alguém.”

“Que tal um café? Amanhã?” Chloe sorriu.

“Vou checar meus horários.” Powell sorriu para ela.

“Os números dela estão no papel.” Chloe disse a ele.

“Temos que ir.” Oliver disse à Chloe. “O avião parte em duas horas e você ainda não arrumou as malas.”

“Indo viajar?” Powell os levou até a porta.

“Ele finalmente está cumprindo uma promessa dele.” Chloe sorriu. “Ele promete uma viajem de férias e não menciona o fato de que o castelo dele está em reforma e completamente indisponível no momento. Três meses depois, estou finalmente entrando no avião.”

“Escócia.” Powell lembrou. “Sua ilha própria.”

“Você contou isso para ele?” Oliver gemeu, frustrado.

“Você honestamente não entende como isso é incrível? O fato de que você tem uma ilha?”

“São terras, muitas pessoas tem terras.” Oliver argumentou e Chloe jogou as mãos para cima exasperada. “Foi muito bom encontrar você.” Oliver ignorou Chloe e estendeu a mão para Powell. “Tenho certeza de que vamos nos ver novamente no futuro. É sempre útil ter amigos no poder de aplicação da lei na nossa linha de trabalho.”

“Tenho certeza que sim.” Powell riu.

“Também não estava brincando sobre aquilo de Julliard. Diga à Eva para me ligar.”

“Direi.” Powell acenou com a cabeça e caminhou até a porta.

“Ok.” Chloe virou para Oliver enquanto eles desciam a entrada da garagem. “O que você diria se eu falasse que queria comprar meu próprio ônibus espacial?”

“Para quê você precisa de um ônibus espacial? Para quê alguém precisa de um ônibus espacial? Isso é ridículo.” Oliver fungou para ela.

“Exatamente.” Chloe balançou a cabeça de forma encorajadora.

“Não é a mesma coisa.” Oliver argumentou.

“É exatamente a mesma coisa.” Chloe gemeu. “Como você não entende isso?”

“Será que você poderia deixar isso para lá?” Oliver pediu a ela. “Se isso é grande coisa, que tal isso, não vamos para a ilha. Não vamos para o castelo. Vamos comprar passagens em um vôo comercial, reservar um quarto em um resort qualquer.”

“Espera aí, não seja radical, Cowboy.” Chloe sorriu para ele. “Não estou dizendo que não quero ir. Eu definitivamente quero ir. É uma ilha privada, pelo amor de Deus. Nós vamos. Eu só quero que você admita que a idéia geral de uma pessoa ter uma ilhar é um pouco supérflua.”

“Eu admito, você vai parar de falar sobre isso?” Oliver perguntou esperançoso.

“Sim.” Chloe balançou a cabeça e esperou ele continuar.

Oliver abriu a boca. “Não, desculpa, não posso fazer isso, simplesmente não posso. Chloe, tem algumas coisas com que você vai ter que aprender a conviver. Eu sou esse cara. O cara que tem uma ilha e não acha grande coisa. O cara que larga tudo e passa um mês em Monte Carlo porque estava com vontade. Se você pensar bem, é uma coisa boa para você, porque esse cara pode provavelmente comprar presentes extravagantes para você sem motivo algum, e levar você em aventuras ridículas só pelo impulso do momento e manter você na linha.”

“Você simplesmente gosta de discutir comigo.” Chloe deslizou o braço pelo dele.

“É isso aí.” Ele balançou a cabeça.

“Eu gosto de discutir com você também.” Chloe repousou a cabeça no ombro dele enquanto eles caminhavam pela rua indo para o carro. “Enquanto você admitir que certa ou errada, eu sempre vou ganhar.”

“Disso não há dúvida.” Oliver assegurou.

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4 comentários:

  1. Oi vê se vc consegue a legenda desse trailler:Smallville - Shield Episode Preview

    Abraços

    AC

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  2. ahhhhh, eu preciso dizer novamente que simplesmente amo essa fic! É uma pena que tinha que acabar (embora eu acho que você está feliz por isso, Nathalia :D)

    A tradução ficou incrível em todos os capítulos ^^

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  3. Ufaaa!

    Alguém sabe se depois desta fic a autora escreveu de novo???hahaha

    Parabéns Nathalia!Ótimo trabalho!!!

    Ah, vontade de comer um tiramisu!kkkk

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  4. O fim =(
    E sempre deixa aquele gosto de quero mais, hahaha!
    Ótima tradução, ótima fic =) É triste, mas também é bom que tenha acabo, parabéns! \o/

    Mônica/Shann

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